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Ações judiciais tributárias

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AÇÃO ANULATÓRIA 
 Art. 38 da Lei 6.830/80; 
 É utilizada quando o sujeito passivo (contribuinte) tenha como escopo anular 
lançamento já realizado pelo Fisco, desconstituindo o Auto de Infração ou ato 
administrativo equivalente; 
 Tem o objetivo de retirar o ato administrativo discal viciado do mundo jurídico, sendo 
necessária a prolação de uma sentença desconstitutiva; 
 O sujeito passivo (contribuinte) tem 5 anos para o ajuizamento da ação, que deve ser 
contado do ato administrativo fiscal editado; 
 Para que ocorra o efeito suspensivo, ou seja, a suspensão da exigibilidade do crédito 
tributário, o contribuinte deverá efetuar o depósito do montante integral ou requerer 
tutela provisória, para que assim não haja constrição patrimonial do contribuinte; 
 Identificação da ação: usada quando já teve o lançamento – depois do lançamento 
 
AÇÃO DECLARATÓRIA 
 É aquela que busca afirmação de uma verdade, seguindo o procedimento comum 
conforme o art. 318 do Código de Processo Civil ; 
 Tem o objetivo de obtenção de uma sentença declaratória sobre algum fato necessário 
ao contribuinte, buscando a declaração de existência de uma relação jurídica, ou o 
reconhecimento de autenticidade ou falsidade de algum documento; 
 Esta ação não possui prazo para ajuizamento, não estando sujeita a prescrição ou 
decadência; 
 Identificação da ação: usada quando o tributo ainda não foi lançado – sempre antes 
 
AÇÃO CONSIGNATÓRIA 
 Usada pelo contribuinte, quando ele quer efetivar o pagamento de sua dívida com o 
Fisco, no entanto, por algum motivo, existem obstáculos para a satisfação desta 
obrigação, de forma voluntária e sem ser por meio da intervenção do Poder Judiciário; 
 Art. 164, I, II e III do CTN; 
 Tem por objetivo possibilitar que o contribuinte efetue o pagamento e se libere do 
débito fiscal; 
 Identificação da ação: contribuinte não consegue pagar ou não sabe para quem pagar. 
 
AÇÃO REPETITÓRIA – RESTITUIÇÃO DE INDÉBITO 
 Segue o procedimento comum do CPC, usada pelo contribuinte quando há necessidade 
de reaver de forma indevida ao Fisco; 
 Tem por objetivo possibilitar que o contribuinte consiga a devolução do que foi pago; 
 O sujeito passivo (somente aquele que realizou o pagamento indevido) pode ajuizar a 
ação em até 5 anos **EXCEÇÃO quando o contribuinte faz o pedido da devolução 
administrativamente, caindo para 2 anos o prazo de ajuizamento da ação** 
 
EXECUÇÃO FISCAL 
 Ajuizada pelo Fisco quando quer cobrar os créditos que não foram pagos pelos 
contribuintes (certeza, liquidez e exigibilidade, devendo ser acompanhada da Certidão 
de Dívida Ativa) 
 Lei nº 6.830/80; 
 Tem por objetivo promover a execução de dívidas 
 Fases: 
1. Pré-executiva: Atos preparatórios da execução fiscal, para a constituição em 
definitivo do crédito, através do processo administrativo. 
2. Executiva: Ajuizamento da ação com o início do processo judicial, citando o réu e 
lhe dando a oportunidade de pagamento do débito fiscal ou realizar sua defesa na 
execução. 
 
EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL 
 Principal forma de defesa do executado, apresentada no curso da própria Execução 
Fiscal, distribuída por dependência, podendo o contribuinte apresentar todo e qualquer 
argumento para sua defesa, produzindo as provas que achar necessárias; 
 Sentença: declaratória, porque declara a inexistência da dívida e constitutiva, porque 
atribui efeito e estrutura que antes não existiam; 
 Tem por objetivo tentar inviabilizar a efetividade da Execução Fiscal; 
 Prazos: ajuizada a Execução Fiscal pelo Fisco, o contribuinte devedor é citado para 
pagar o crédito ou garantir o juízo a fim de que possa apresentar os embargos, em 5 
dias. Feito isso, o contribuinte terá 30 dias para oposição dos embargos à execução (a 
contar da data da efetiva garantia do juízo); 
 Identificação da ação: ação autônoma, distribuída por dependência na execução fiscal. 
 
EXCEÇÃO DE PRÉ-RECECUTIVIDADE 
 Não possui previsão legal, mas é aceita pela jurisprudência e doutrina tributária, sendo 
apresentada nos próprios autos da Execução Fiscal; 
 Identificação da ação: defesa feita em petição na execução fiscal; 
 Exemplos que poderão ser alegados pelo contribuinte (sujeito passivo): prescrição, 
decadência, ilegitimidade da parte, pagamento e outros.

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