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JULIANA ROCHA DO NASCIMENTO A NOVA CLASSE DO PRECARIADO E AS CONSEQUÊNCIAS SOCIAIS DA DESREGULAÇÃO DO TRABALHO Dissertação apresentada ao Curso de Especialização e Avaliação de Políticas Públicas da Universidade Cândido Mendes, para a aula 4 da Disciplina 2.3- Direitos Sociais e Neoliberalismo. Coordenadora:Dra. Camila Gonçalves de Mario RIO DE JANEIRO 2021 FICHA CATALOGRÁFICA Rocha do Nascimento, Juliana A nova classe do Precariado e as consquências sociais da desregulação do trabalho–Rio De Janeiro,2021. Nº de páginas: 14 Dissertação para o Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) da Universidade Candido Mendes (UCAM), 1.Precariado; 2.Trabalho; 3. Brasil SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO................................................................................................4 2. MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................5 2.1.1. MATERIAIS.....................................................................................................5 2.1.2. MÉTODOS........................................................................................................5 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO.....................................................................6 3.1. RESULTADOS.................................................................................................6 3.2. DISCUSSÃO....................................................................................................12 4. CONCLUSÕES...............................................................................................13 5. REFERÊNCIAS..............................................................................................14 1.INTRODUÇÃO Sabe-se que a globalização foi um evento que mudou o mundo de todas as formas. Um mundo que era caracterizado por países no qual o Estado dominava com punhos de ferro e a população era calada diante do cenário, sem qualquer perspectiva de mudança. Viviam em condições precárias de saúde e educação, além disso eram escravos libertos, onde trabalhavam por horas sem quaisquer direitos ou benefícios. Porém a modernidade nos trouxe outro tipo de escravidão, chamado Precariado, no qual o indivíduo trabalha por horas e não possuem direitos ou benefícios. É uma forma do capitalismo conseguir gerar mais dinheiro, de forma fácil e rápida. Uma modalidade do precariado é o estagiário, que ganha pouco e faz o mesmo serviço de um contratado da empresa, porém não possui benefícios trabalhistas. Há também os terceirizados, que tem crescido no Brasil exponencialmente. São trabalhadores que não possuem nenhum vínculo empregatício com a empresa que os contrata. O governo tem mudado sua postura e antes os terceirizados ocupavam funções específicas nos ógãos, porém atualmente tem surgido projetos de leis para ampliar as funções dos terceirizados a fim de que se reduza o número de funcionário público concursado. Esses projetos de leis, são o reflexo da nova postura do Estado, permitindo o corporativismo assumir as rédias do governo. Ampliando benefícios para o capitalismo corporativista e reduzindo direitos para o trabalhador. Um exemplo são as negociações entre empregado e empresário, no qual o funcionário desprovido de qualquer proteção se sente acuado e as negociações saem em benefício da empresa. A sensação é de abandono, os trabalhadores que se enquadram no precariado são os mais vulneráveis, geralmente são os que mais sofrem acidentes. A empresa cresce, o capitalismo aumenta e a desigualdade social também. Pois eles saem das empresas sem direitos trabalhistas, nada mais é do que a escravidão moderna. A solidariedade explícita na constituição federal, hoje é apenas uma frase. 2.MATERIAL E MÉTODO 2.1.MATERIAL O material é obtido através dos arquivos disponibilizados no portal do aluno do curso de Especialização em Gestão e Avaliação de Políticas Públicas, precisamente da Aula 4- Precarização do trabalho e empresariamento da vida, pertecente à Disciplina 2.3- Direitos Sociais e Neoliberalismo. Foram disponibilizados 3 arquivos: O Precariado-A nova classe perigosa- Guy Standing; A terceirização sem limites: a precarização do trabalho como regra- Ricardo Antunes/ Graça Druck e o filme Pão e Rosas lançado em 2000. 2.2.MÉTODO O presente estudo utiliza o método de revisão literária narrativa. De acordo com Rother: “os artigos de revisão narrativa são publicações amplas apropriadas para descrever e discutir o desenvolvimento ou o ‘estado da arte’ de um determinado assunto, sob ponto de vista teórico . 3.RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1 RESULTADOS O artigo O Precariado de Guy Standing nos traz a definição de Precariado e suas diversas modalidades. Segundo o autor, precariado pode ser descrito como um neologismo que combina o adjetivo “precário” e o substantivo relacionado “poletariado”. Trata-se de uma classe em formação. Pode-se dizer que a globalização gerou a fragmentação das estruturas de classe nacionais. As desigualdades aumentaram e o mercado de trabalho se tornou aberto e flexível. O padrão de acumulação flexível possui traços distintos do padrão taylorista/fordista. O modo taylorista/fordista se fundamentava num padrão produtivo inspirado no japão pós-guerra, com técnicas de gestão da força de trabalho próprias da fase informacional, bem como da introdução dos computadores no processo produtivo e de serviços. Desenvolve-se em uma estrutura de produção mais flexível, através da produção desconcentrada, das redes de subcontratação (empresas terceirizadas), do trabalho em equipe, do salário flexível, das “células de produção”, dos “times de trabalho”, dos grupos “semiautônomos”, além de exercitar, ao menos no plano discursivo, o “envolvimento participativo” dos trabalhadores. O trabalho “multifuncional’, “qualificado”, combinado com uma estrutura mais horizontalizada e integrada entre diversas empresas, inclusive nas empresas terceirizadas, tem como finalidade a redução do tempo de trabalho. Mais recentemente, a prática das “metas” e das “competências”, realizada pelos “colaboradores”, tornou-se a regra no ideário empresarial. Então surge a eliminação de postos de trabalho, o aumento da produtividade, qualidade total, envolvimento, terceirização ampliada, tudo isso passa a integrar a empresa flexível. Pode-se dizer que, na era da acumulação flexível e da “empresa enxuta”, são merecedoras de destaque as empresas que mantêm menor número de trabalhadores e, ainda sim, aumentam seus índices de produtividade. Os resultados tornam-se preocupantes em relação ao mundo do trabalho: a desregulamentação dos direitos do trabalho em escala global; terceirização da força de trabalho nos mais diversos setores e ramos produtivos e de serviços; derrota do sindicalismo autônomo e sua conversão num sindicalismo de parceria, mais negocial e menos conflitivo. Diferente do Marx pregava, a classe não despareceu, pelo contrário, surgiu uma estrutura de classe global mais fragmentada. Existem sete grupos. No topo da lista, está a elite, composta por cidadãos globais ricos, capazes de influenciar os governos em todos os lugares e de se permitirem gestos filantropos generosos. Logo abaixo da elite, vem os “assalariados”, estes ocupam emprego estável de tempo integral, a maioria apreciaos sinais simbólicos de sua espécies, com pensões, férias pagas e benefícios da empresa subsidiados pelo Estado. Os assalariados ocupam grandes corporações, agências do governo, na administração pública. Equiparado aos assalariados, estão os proficians. O termo proficians combina as ideias tradicionais de “profissional” e “tecnico”, porém abrange quem detém um conjunto de habilidades que podem ser vendidas, recebendo altos rendimentos em contrato, como consultores ou trabalhadores autônomos. Os proficians equivalem aos yeomen (pequenos proprietários de terra), cavaleiros na Idade Média. A relação de emprego padrão não serve para eles. Abaixo dos proficians estão os trabalhadores manuais, a essência da velha “classe trabalhadora”. Os Estados do bem-estar foram construídos tendo em mente esse grupo. Logo abaixo desses quatro grupos está o precariado, composto por um exército de desempregados e um grupo separado de pessoas socialmente desajustadas, vivendo à custa da escória da sociedade. No mercado de trabalho, tem sido feita a distinção entre trabalhadores autônomos e empregadores. A diferença entre trabalhadores remunerados e empregados assalariados é que, os primeiros são prestadores de serviço que recebem por tempo de trabalho ou peça. Já os últimos, são gratificados pela confiança e compensação por serviço. Sempre foi deduzido que o assalariado estivesse mais perto de gerentes, chefes e os trabalhadores remunerados seriam alienados, exigindo disciplina, subordinação e combinação e de incentivos e sanções. Status tem sido associado com a ocupação de uma pessoa, sendo ocupações de status mais altos, aquelas que estão mais perto de serviços profissionais, gerenciamento e administração. O precariado tem características de classe. Consiste em pessoas que possuem relações de confiança mínima com o capital e o Estado, o que as tornam diferentes do assalariado. A classe não possui nenhuma das relações de contrato social do proletariado, nas quais as garantias de trabalho são fornecidas em troca de subordinação e lealdade, acordo esse que é base para os Estados de bem-estar social. O precariado não possui poder de barganha baseado em relações de confiança e não pode usufruir garantias em troca de subordinação, portanto é sui generis em termos de classe. O precariado tem uma posição de status peculiar, não possui alto status profissional ou atividades artesanais de médio status. Sua estrutura de “ renda social” não se mapeia conforme as noções de classe ou ocupação. É errado equiparar o precariado com o trabalhador pobre ou com o emprego incerto. A precariedade implica na falta de uma identidade segura baseada no trabalho. O precariado consiste em pessoas perseguidas pelos social-democratas, partidos trabalhistas e sindicatos após a Segunda Guerra Mundial, como sua agenda de “cidadania industrial” para a classe trabalhadora. No que diz respeito à insegurança de trabalho, é dada mais atenção ao vínculo empregatício, caracterizada pela falta de contratos de longo prazo e falta de proteção contra a perda do vínculo. Outra característica do precariado é a renda precária e um padrão de renda diferente de todos os outros grupos. Esse fato pode ser demonstrado usando-se o conceito de “renda social” A renda social é dividida em seis elementos. O primeiro é a autoprodução de alimentos. Em segundo lugar, há o salário nominal ou renda em dinheiro recebido do trabalho. Em terceiro lugar, há o valor do apoio financeiro pela família ou pela comunidade local, por meio de créditos de seguros informais. Em quarto, há os benefícios corporativos fornecidos a grupos de empregados. Em quinto, há os benefícios estatais, incluindo benefícios estatais, incluindo benefícios de seguro social, subsídios pagos diretamente ou através dos empregadores e serviços sociais subsidiados.Por fim, há os benefícios privados derivados de economias e investimentos. O precariado possui uma estrutura característica da renda social, conferindo vulnerabilidade que vai além da que seria transmitida pela renda financeira recebida em um momento específico. O precariado tem como uma de suas características, não o nível de salários em dinheiro ou de rendas concedidas em um momento específico, mas, a falta de apoio da comunidade em momentos de necessidade, a falta de benefícios assegurados da empresa ou Estado e falta de benefícios privados para complementar ganhos em dinheiro. Além da falta de garantia no emprego e renda social insegura. Carecem de identidade baseada no trabalho. Quando estão empregados, os precariados ocupam empregos desprovidos de carreira e não sentem que pertencem a uma comunidade ocupacional imersa em práticas estáveis, códigos de ética e normas de comportamento, reciprocidade. O precariado não se sente parte de uma comunidade trabalhista solidária, aumentando o sentimento de alienação e instrumentalidade em suas funções. Uma forma de descrever o precariado é como “habitantes”. O “habitante” é alguém que por uma razão ou outra, possui direitos mais limitados que os dos cidadãos. O conceito pode ser estendido à vida corporativa, com cidadãos corporativos e “habitantes” de vários tipos. Os assalariados podem ser vistos como cidadãos com ao menos direitos de voto na empresa, abrangendo uma série de decisões que os acionistas aceitam. Os temporários, eventuais seriam “habitantes”, com pouco merecimentos ou direitos e o número desses “habitantes” tem crescido. As estatísticas trabalhistas demonstram que pessoas cujos empregos são temporários tem crescido exponencialmente na era do mercado de trabalho flexível. Atualmente, ter um trabalho temporário é um forte indicador de um topo de precariedade. Além da apropriação das atividades intelectuais do trabalho, o trabalho pautado na interação com uma maquinário automatizado, informatizado e digitalizado, acabou por culminar a acentuação das formas de precarização do trabalho. Esse fenômeno do “modo de ser’ da precarização demonstra a ampliação acentuada de trabalhos submetidos a sucessivos contratos temporários. Nas últimas décadas, a precarização vem se tornando tendência tanto para a preservação quanto para a ampliação do capitalismo. Na mais recente crise global de 2007/2008, o precariado se intensificou, substituindo os diversos modos de terceirização, ampliando os mecanismos de extração do sobretrabalho em tempo cada vez menor. Nesta fase de mundialização do capital, há uma explosão de novas modalidades de trabalho. The Economist atribuiu a proliferação de títulos de ocupação à recessão pós-2008, que induziu a substituição de novos títulos pomposos por aumentos de salários. Isso reflete o crescimento do precariado, em que símbolos fictícios de mobilidade ocupacional e desenvolvimento pessoal têm de encobrir a falta de trabalho. As estruturas profissionais achatadas são ocultadas pela inflação de títulos. Trata-se de uma hegemonia da “lógica financeira” que atinge todos os âmbitos da vida social, dando um novo conteúdo ao modo de trabalho e de vida, sustentados na volatilidade, efemeridade e descartabilidade sem limites. É a lógica do curto prazo, que incentiva a “permanente inovação” no campo da tecnologia, dos novos produtos financeiros e da força de trabalho, tornando obsoletos e descartáveis os homens e mulheres que trabalham. São tempos de desemprego estrutural, de trabalhadoras empregáveis no curto prazo, através das (novas) e precárias formas de contrato onde terceirização, informalidade, precarização, materialidade e imaterialidade são mecanismos vitais. Tem-se como exemplo os trabalhos de telemarketing e estágio, o primeiro trata-se de milhares de pessoas que trabalham em centros de atendimento. Já os estagiários se tornaram um meio do qual os recém-formados, atuaisalunos e até mesmo os pré-universitários trabalham por um tempo, por pouca ou nenhuma remuneração. Canalizam os jovens rumo ao precariado. Alguns governos lançam programas de estágio, como uma forma de política do mercado de trabalho, direcionada a esconder o desemprego. Esse é o quadro do capitalismo moderno. O capitalismo no plano mundial, se transformou sob a forma da acumulação flexível, gerando um modo de trabalho pautado na flexibilização e precarização. São mudanças impostas pelo processo de mundialização da economia, o capital financeiro passou subordinar a esfera produtiva e contaminar todas as suas práticas e os modos de gestão do trabalho. O Estado passou a desempenhar um papel cada vez mais de “gestor dos negócios da burguesia financeira”, cujos governos, em sua imensa maioria, pautam-se pela desregulamentação dos mercados, especialmente o financeiro e o de trabalho. O Estado, passa a ser alimentador desse processo de precarização do indivíduo, no qual as pessoas são sujeitas à pressões e experiências que levam à uma existência precariada. Segundo o artigo: A terceirização sem limites: a precarização do trabalho como regra, o precariado tem a capacidade de evoluir para uma incapacidade da massar de pensar a longo prazo, induzidos pela baixa probabilidade de progresso pessoal ou contrução de uma carreira . Além de serem os que ganham menos e trabalham mais, são instáveis e possuem menos direitos. Os terceirizados são os mais vulneráveis e que mais morrem e se acidentam. Estão mais expostos aos riscos de sua saúde. Em resumo a terceirização é o fio condutor da precarização do trabalho no Brasil. Esse fenômeno é responsável pela fragmentação das identidades coletivas dos trabalhadores, e desvalorização humana do trabalhador. Incetiva a concorrência entre os trabalhadores e seus sindicatos. A terceirização torna os trabalhadores invisíveis em sua condição social, facilitando o descumprimento da legislação trabalhista. Isso impulsiona o empresário a não ter limites (regulado pelo Estado) no uso da força de tabalho e sua exploração como mercadoria. Com a ampliação global da terceirização, surge uma nova servidão do trabalho, configurando uma regressão à escravidão do trabalho no Brasil em pleno século XXI. O Estado que outrora concedeu benefícios ao trabalhador e permitiu qualidade de vida, atualmente age contra o trabalhador realizando a desregulamentação do trabalhador. Com salários menores, jornada de trabalho maiores, sofrendo diariamente com os empresários que burlam as leis trabalhistas e as altas taxas de acidentes de trabalho. A terceirização vem dominando as formas de trabalho em escala universal. Levantes e rebeliões estão sendo manifestados em todo o mundo contra a dominação do capital pelo Estado. A globalização une o mundo agora em um propósito, contra a desregulamentação das leis trabalhistas e a liberdade do trabalhador. A cada dia vê-se novos governos agindo contra o trabalhador, o escravizando de forma arbitrária o colocando a mercê de empresários sem qualquer proteção. 3.2 DISCUSSÃO A globalização concedeu a ruptura com o Estado controlador, através do neoliberalismo o Estado passou dar mais liberdade à movimentação do capital. Crescentemente, a busca da “racionalidade instrumental” do capital vem impulsionando as empresas à flexibilização das relações de trabalho, da jornada, da remuneração, reintroduzindo novas relações e formas de trabalho que frequentemente assumem feição informal. Há o fenômeno da desregulamentação das leis trabalhistas que permitiu o surgimento do Precariado, a nova forma de trabalhar com menos direitos e mais horas de trabalho. O precariado se subdiviu em diversas modalidades dentre elas podemos citar o estágio, os atendentes em call centers e os terceirizados. O Estado tem contribuido fortemente para o crescimento do capitalismo nas costas da escravidão moderna. O trabalhador se sente acuado, o Estado não o defende mais e agora o trabalhador tem que negociar diretamente com o empresário. O mundo moderno e o liberalismo econômico tem desatado as leis trabalhistas e colocado o mundo corporativista acima da moral e da civilização. Pois indivíduos sem direito estão mais vulneráveis a acidentes e não possuem quaisquer garantia de futuro. Isso contribui para o aumento da desigualdade social, pois o trabalhador sem perspectiva de futuro e sem garantias trabalhistas tem maior propensão à acidentes, geralmente estão nos setores que mais trabalham. Hoje o lema empresarial é mais trabalho e menos salário e a forma que encontraram para isso é o precariado, o estagiário é uma das modalidades, no qual trabalha muito e ganha pouco. As privatizações que tem acontecido no Brasil, são um reflexo da ausencia do Estado e a ocupação do corporativismo no território. Menos leis, menos garantias, menos proteção e mais liberdade para as empresas atuarem sem quaisquer limites em suas ações. As negociações trabalhistas tem afundado cada vez mais o trabalhador que se dedica de forma árdua ao trabalho. Esse fenômeno tem alcançado o mundo e feito com que diversos trabalhadores de diversos países realizassem mobilizações trabalhistas, tais como no passado. Pressionam o Estado a tomar atitudes contra o trabalho análogo à escravidão. Ações coletivas dos sindicatos tem perdido as forças, o Estado faz de tudo para calar a voz ou simplesmente ignora. Enquanto isso a pobreza aumenta, problemas sociais não param de crescer. 4.CONCLUSÕES Conclui-se que o neoliberalismo dominou o mundo de tal maneira, que tornou o país submisso ao capital liberal. Os Estados submeteram sua governabilidade ao corporativismo e quem mais sofre com esse efeito é o trabalhador. Pois tem acontecido a desregulamentação do trabalho, o trabalhador sem proteção tem sido acuado pelas empresas a realizar negociações geralmente unilaterais. O governo tem elaborado leis de forma a favorecer empresas e reduzir benefícios ao trabalhador, logo tem havido uma exploração do empregado e quando termína seu vínculo, ele simplesmente sai sem os direitos trabalhistas e esse fenômeno tem ajudado a aumentar a desigualdade social. Pois não há perspectiva de futuro para o trabalhador. O precariado tornou-se a nova modalidade de trabalho, uma forma de esconder o desemprego. Esse ciclo flexível e rápido do mercado de trabalho afeta a sociedade forma geral, pois a desigualdade social tem contribuído para uma maior marginalização do cidadão na sociedade. O que por consequência gera mais violência e mais dependência social. A pobreza tem aumentado, mas é mascarada com trabalhos temporários e precários. A solução é a população pressionar novamente o governo como fizeram no passado pelos movimentos sociais. REFERÊNCIAS 1. O Precariado-A nova classe perigosa- Guy Standing 2. A terceirização sem limites: a precarização do trabalho como regra-Ricardo Antunes/ Graça Druck. 3. Filme Pão e Rosas(2000). ReferÊncias
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