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Dermatoviroses Herpes Simples

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Dermatoviroses 
Herpes Simples 
 Causa: Vírus Herpes-Simplex (HSV-1 e 
HSV-2); 
1. Infecções pelo HSV-1 
 Prevalência: 70% dos adultos < 40 anos 
são soropositivos e o excretam 
intermitentemente na saliva/secreções, 
mesmo assintomáticos; 
 Transmissão: contato pessoal, próximo 
ou íntimo (não resiste à secagem e à 
temperatura ambiente), através da 
saliva ou outra secreção infectada ou 
pelo contato direto com as lesões; as 
partículas virais (vírions) penetram as 
mucosas e pequenas soluções de 
continuidade da pele (abrasões); o 
HSV-1 penetra nas células da 
epiderme e derme, multiplicando-se e 
atingindo terminações nervosas 
locais; 
 75% dos casos NÃO desenvolve 
sintomas (infecção subclínica); 
 A síndrome é AUTOLIMITADA (10-14 
dias), mas pode se estender por até 6 
semanas. 
 A principal característica do vírus é a 
sua persistência no organismo do 
hospedeiro  vírus caminha pelos 
axônios neurais e ganha os corpos 
celulares dos neurônios do gânglio do 
trigêmio (gânglio de Nasser), onde o 
seu genoma permanece em estado 
latente incorporado no genoma 
celular; 
 Manifestações clínicas: relacionadas 
ao estado imunológico do paciente. 
o LESÃO CLÁSSICA: vesículas com 
base eritematosa que podem se 
romper, evoluindo para 
pequenas lesões ulceradas, por 
vezes formando pequenas 
crostas. 
o Gengivoestomatite herpética 
(PRIMOINFECÇÃO): afeta 
principalmente CRIANÇAS; após 
período de incubação (6-8 dias), 
o quadro inicia abruptamente 
com febre alta, dor de 
garganta, mialgia, adenopatia 
cervical e aparecimento de 
lesões vesiculares dolorosas 
múltiplas envolvendo lábios, 
região perioral e cavidade 
bucal. 
 Pode acometer o palato e 
a faringe, provocando 
dificuldade para 
deglutir e odinofagia; 
 Diagnóstico diferencial: 
herpangina 
(enterovirose por 
coxsackie  produz 
vesículas no palato, mas 
NÃO na mucosa anterior 
da cavidade oral); 
 Complicação comum: 
desidratação; 
 
o Herpes orolabial (REATIVAÇÃO 
HERPÉTICA): mais comum em 
ADULTOS; desencadeada por 
exposição ao sol, trauma, 
estresse emocional ou infecção 
respiratória febril; inicia com 
pródromo de dor em 
queimação/ardência na região 
labial ou perilabial, 24h antes 
das lesões surgirem: vesículas 
agrupadas, com base 
eritematosa, acometendo uma 
pequena área orolabial 
UNILATERAL, SEM sinais e 
sintomas sistêmicos; 
 A dor melhora após 24h e 
as lesões regridem após 
5 dias; 
 A frequência de 
episódios é variável (25% 
 1/mês; 20%  2/ano); 
 
 
o Panarício herpético e herpes 
cutâneo: lesões típicas 
(vesículas agrupadas com base 
eritematosa) na pele, 
geralmente após inoculação 
direta do vírus; predomina o 
panarício herpético, adquirido 
pelo contato do dedo com 
secreção contaminada ou lesão 
herpética, surgindo dor, edema 
e eritema da extremidade do 
dígito com aparecimento das 
vesículas abruptamente; 
podendo SIM haver sintomas 
sistêmicos e adenite satélite e 
ocorrer por autoinoculação. 
 Também pode ser 
causado pelo HSV-2!!! 
 
o Erupção variceliforme de 
Kaposi (eczema herpético): 
quadro disseminado em lesões 
cutâneas preexistentes, 
geralmente em indivíduos com 
DERMATITE ATÓPICA; aparecem 
vesículas por toda área da 
dermatite que se transformam 
em pústulas; 
 
 
2. Infecção pelo HSV-2 
 Prevalência: 20-50% dos adultos com 
vida sexual ativa são portadores do 
vírus e o transmitem mesmo 
assintomáticos; 
 Transmissão: contato sexual; 
 A infecção também é persistente  
vírus se mantém em latência nos 
gânglios sacrais; 
 Manifestação clínica: 
o PRIMOINFECÇÃO GENITAL: 30% 
 HSV-1; reativação herpética 
genital  HSV-2; mais 
PROEMINENTE; pode cursar com 
febre, adenopatia inguinal e 
queda do estado geral; 
o Herpes genital: DST; após 
período de incubação (3-14 
dias), surgem sinais e sintomas 
(duração de 12 dias  
primoinfecção; e de 9 dias  
infecção recorrente); as lesões 
ocorrem na glande e prepúcio 
(homem) e nos grandes e 
pequenos lábios, clitóris e colo 
uterino (mulheres); são 
vesículas com base 
eritematosa, que evoluem para 
úlceras e crostas 
seroemorrágicas; disúria e 
secreção uretral (homem) e 
corrimento aquoso (mulher) 
são relatados; 
 
o Herpes simples neonatal: mãe 
com herpes genital contamina 
o neonato durante o parto; 
atinge frequentemente cabeça 
ou região glútea; 3 formas: 
 Envolvimento de pele, 
olho e mucosa oral; 
 Encefalite; 
 Doença disseminada; 
Panarício herpético 
 
 Parto normal em 
gestantes COM herpes 
genital é 
CONTRAINDICADO!!! 
 
 HSV-1  + relacionado: 
gengivoestomatite, herpes orolabial e 
herpes cutâneo; 
 HSV-2  herpes genital; 
o AMBOS podem causar 
qualquer das manifestações!!! 
 Sexo oral: herpes oral por HSV-2 e 
herpes genital pelo HSV-1; 
 Diagnóstico: clínico; na dúvida, usa-se 
o método de Tzanck (raspado do 
assoalho de uma vesícula; exame 
POSITIVO: células multinucleadas que 
indicam infecção pelo vírus herpes-
simplex ou pelo VZV); 
 Tratamento: As opções são aciclovir, 
valaciclovir e fanciclovir via oral; 
o Herpes orolabial por reativação 
(recorrente): tratamento é 
indicado quando iniciado 
ANTES do aparecimento das 
vesículas (no pródromo); 
o NÃO existe evidência científica 
sobre a eficácia dos antivirais 
de USO TÓPICO para o herpes; 
o O tratamento objetiva REDUZIR 
a duração dos sintomas, o 
tempo de eliminação viral 
(contagiosidade) e a letalidade 
(nos imunodeprimidos); 
Herpes-Zóster 
 Causa: Vírus Varicela-Zóster (VZV)  2 
tipos de doença: varicela e herpes-
zóster. 
o Varicela: doença febril com 
exantema vesicular 
disseminado de ocorrência na 
INFÂNCIA; é a PRIMOINFECÇÃO 
pelo VZV (herpes-zóster = 
reativação do vírus); 
o O VZV permanece latente nos 
neurônios ganglionares de 
QUALQUER GÂNGLIO da medula 
espinhal ou dos pares 
cranianos (trigêmio e 
geniculado); 
 Prevalência: ocorre anos após a 
varicela, sendo mais comum em > 40 
anos de idade, especialmente IDOSOS; 
 Quadro clínico: se manifesta em UM 
DERMÁTOMO UNILATERAL (principal 
característica) !!!; paciente refere 
pródromo de dor em queimação na 
área do dermátomo acometido, por 
vezes associada à febre; dias depois, 
lesões: vesículas agrupadas com base 
eritematosa que tornam-se crostas, 
dolorosas (necroinflamação do 
gânglio reativado  dor); 
Outras Manifestações da 
Infecção Herpética 
 Eritema polimorfo/multiforme 
herpético: erupção cutâneo-
mucosa por hipersensibilidade 
disseminada caracterizada por 
lesões papuloeritematosas, 
algumas do tipo em alvo, 
predominantemente na palma 
das mãos e membros; é provocada 
por reação a drogas ou agentes 
infecciosos; a forma GRAVE desta 
dermatose é a Síndrome de 
Stevens-Johnson - SSJ (SEMPRE 
investigar história de herpes); 
quadro surge 7-10 dias após o 
herpes; 
 
 Herpes simples em 
imunodeprimidos: uma das 
complicações mais frequentes na 
Aids; na clínica, as lesões podem se 
apresentar de forma verrucosa 
ou úlceras crônicas com > 1 mês 
de evolução, acompanhado de 
dor; 
o É a causa + FREQUENTE de 
úlceras orais na Aids!!! 
 
 
o Nervos + atingidos: intercostais 
(50%), trigêmeo (15%), cervical, 
lombar e lombossacro; 
o As lesões tendem a desaparecer 
em 2-4 semanas; pode haver 
infecção secundária; 
o Complicação principal: 
neuralgia pós-herpética (10-
15% dos casos  mais comum 
em idosos); persistência (> 30 
dias) de dor em queimação e 
disestesia (enfraquecimento da 
sensibilidade tátil) após o 
desaparecimento das lesões; 
persiste por meses ou anos se 
não tratada e, eventualmente, é 
bastante LIMITANTE; 
o Outras complicações: Guillant-
Barret; pupila de Argyll-
Robertson; 
o Herpes-zóster oftálmico: atinge 
o ramo oftálmico do trigêmeo, 
acometendo a córnea e outras 
estruturas do olho, com risco de 
amaurose; o envolvimento do 
ramo nasociliar leva à 
formação de vesículas no lado 
ou na ponta do nariz (sinal de 
Hutchinson); Síndrome de 
Ramsay-Hunt: contempla o 
gânglio geniculado, surgindo 
lesões no ouvido externo, 
associadas a paralisia facial 
periféricae sintomas 
vestibulococleares (vertigem, 
zumbido, hipoacusia); 
 Diagnóstico: clínico ou confirmado 
pelo método de Tzanck; 
 Tratamento: indicado se iniciado até 
72h após o início dos sintomas (visa 
reduzir o tempo dos sintomas e o risco 
de neuralgia pós-herpética); as doses 
são DOBRADAS em relação ao herpes-
simplex: 
o Aciclovir VO 800 mg 5x/dia por 
7-10 dias; 
o Fanciclovir VO 500 mg 3x/dia 
por 7 dias; 
o Valaciclovir VO 1.000 mg 3x/dia 
por 7 dias. 
o ASSOCIAR: Prednisona 30 mg 
2x/dia até o 7º dia + 15 mg 2x/dia 
até o 14º dia + 7,5 mg 2x/dia até 
completar 21 dias; 
 “Serve” para prevenção 
da neuralgia pós-
herpética; mais evidente 
nos pacientes acima de 
50 anos; 
o Anticonvulsivantes 
(carbamazepina 200 mg 2x/ dia) 
e aplicação tópica de creme de 
capsaicína 0,025-0,075%: 
tratamento neuralgia pós-
herpética; 
 
Leucoplasia Pilosa Oral 
 Causa: Vírus Epstein-Barr (EBV)  2 
tipos de doença: mononucleose 
infecciosa e leucoplasia pilosa oral. 
 Prevalência: vírus de distribuição 
universal; mais de 90% dos adultos 
apresentam sorologia positiva para 
EBV; 
 Transmissão: primoinfecção ocorre na 
infância, e a localização do vírus na 
faringe e glândulas salivares permite 
a excreção e disseminação pela saliva; 
 Manifestação clínica: lesões filiformes 
esbranquiçadas na cavidade oral, 
geralmente na face lateral da língua, 
assintomáticas; 
 Herpes-Zóster em 
imunodeprimidos: comum em 
pacientes com Aids e nos 
transplantados; manifesta 
acometimento extenso por MAIS 
DE 1 DERMÁTOMO e tende a ser 
recorrente; 
o Tratamento (especialmente 
casos graves): Aciclovir IV 
10 mg/kg 8/8h por 10-14 dias; 
 Corticoide é 
CONTRAINDICADO!!! 
 
o Quase sempre está associado à 
Aids; 
o Diagnóstico diferencial: 
candidíase oral; 
 Ao contrário da 
candidíase oral, as 
placas brancas NÃO 
saem com a espátula!!! 
 
 Tratamento: antirretroviral do HIV 
(suficiente para regredir a lesão) + 
terapia tópica com podofilina ou 
isotretinoína (eventualmente). 
Pitiríase Rósea de Gilbert 
 Causa: Herpesvírus subtipos 6 e 7; 
 Prevalência: sazonal, mais comum 
entre jovens; 
 Manifestação clínica: lesão 
eritematoescamosa arredondada, de 
crescimento centrífugo (até 2-8 cm de 
diâmetro), localizada nos membros ou 
no tronco  Lesão-mãe/medalhão; 
depois de 2 semanas, surgem lesões 
menores, eritematoescamosas, 
predominantes no tronco e frequentes 
nos membros, com descamação nítida 
na parte interna da borda; prurido é 
quase sempre discreto, e NÃO há 
sintomatologia geral; 
 
o A involução ocorre de 8-12 
semanas; 
o Drogas produtoras de quadro 
clínico semelhante: 
isotretinoína, isoniazida, 
metronidazol, captopril, β-
bloqueadores... 
o Diagnósticos diferenciais: sífilis 
secundária, farmacodermia, 
tinea corporis e psoríase; 
 
 Tratamento: expectante, ou corticoide 
tópico ou oral (prednisona; casos 
muito extensos e eruptivos); 
Papilomavírus Humano (HPV) 
 Papilomavírus  vírus DNA que 
infectam células epiteliais da pele ou 
mucosas; 
 Papilomavírus Humano (HPV)  
exclusivos do ser humano; existem 
mais de 100 tipos, um grupo infectando 
a pele e o outro a genitália; 
1. Verruga Humana – HPV 1, 2, 3, 4 e 10 
 Prevalência: é maior em crianças (10%) 
e adolescentes (pico entre 12-16 anos); 
é uma doença universal que atinge até 
25% das consultas ambulatoriais de 
dermatologia. 
 Transmissão: contato direto 
interpessoal, autoinoculação ou por 
piscinas e recintos esportivos; 
 Pápula hiperceratósica, devido à 
hiperproliferação epitelial localizada; 
 Período de incubação: 3 meses; 
 As verrugas podem ser permanentes 
ou regredir espontaneamente (em 2 
anos; crianças  regressão 
espontânea em 60-70% dos casos); 
 Formas clínicas: 
o Verrugas vulgares – HPV tipos 1, 
2 e 4 (70%): mais comum e 
CLÁSSICA; lesão 
papulovegetante 
Lesão-mãe (medalhão) 
 
hiperceratórica de tamanho 
variável, única ou múltipla, 
predominante no dorso das 
mãos, dedos (região 
periungueal) e pés; 
 
 “Verruga vulgar do 
açougueiro” – HPV tipos 
2 e 7: tipo especial do 
ponto de vista 
epidemiológico; ocorre 
nas mãos e dedos; 
o Plantares – HPV tipos 1, 2 e 4 
(25%): “olho de peixe”; têm 
crescimento endofítico, 
apresentando-se como lesões 
planas com halo 
hiperceratórico (mirmécia), 
muito dolorosas, dificultando a 
deambulação; 
 
o Planas – HPV tipos 3 e 10 (5%): 
pápulas numerosas de 1-5 mm, 
ligeiramente salientes 
(liquenoides), de cor levemente 
amarelada e predominando no 
dorso das mãos, antebraço, 
pescoço e face; 
 
o Filiformes: semelhante a uma 
espícula, saindo de forma 
perpendicular ou oblíqua à 
pele; predominam na face 
(pálpebra, comissuras da boca) 
e pescoço; 
 
 Diagnóstico: clínico, ou por exame 
histopatológico (raramente); 
 Tratamento: destruição local da 
verruga juntamente com parte da 
epiderme sã logo abaixo da lesão 
(para reduzir risco de recidiva); 
o Verrugas vulgares: ceratolíticos 
do tipo ácido salicílico 16,5% 
(associado a ácido lático 14,5%, 
aplicado 1x/dia por 7 dias), 
crioterapia com nitrogênio 
líquido (efeito + rápido, mas + 
dolorosa), fita crepe, cirurgia 
(eletrocoagulação + 
curetagem), Ácido 
Tricloroacético (TCA) 50-70% ou 
laser ablativo (CO2); 
o Verruga plantar: tratamento 
difícil; preferencialmente com 
ácido nítrico fumegante 66%, 
após raspagem da verruga; 
 Cirurgia de 
eletrocoagulação é 
CONTRAINDICADA 
(dificuldade de 
cicatrização na região); 
o Verrugas planas: destruídas 
com tretinoína 0,05-0,1% gel ou 
creme à noite por 4-6 semanas, 
associada com crioterapia (se 
necessário); 5-Fluoracil (5-FU) 
5% creme diariamente (7 dias) é 
uma alternativa; 
o Verrugas filiformes: exérese 
cirúrgica seguida de 
eletrocoagulação da base. 
 
2. Epidermodisplasia Verruciforme (Lutz-
Lewandowski) – HPV tipos 5 e 8 
 Doença genética de herança 
AUTOSSÔMICA RECESSIVA que se 
manifesta na infância/adolescência; 
 Manifestações clínicas: xerodermia e 
erupção papuloverrucosa 
disseminada com lesões de 2-6 mm de 
diâmetro (semelhantes às da verruga 
plana) que podem coalescer, formando 
placas; 
 
o Lesões de foto-exposição nas 
áreas expostas, como melanose 
e ceratose solar (actínica) são 
COMUNS; 
 Cerca de 50% dos casos evoluem para 
CARCINOMA ESPINOCELULAR, 
surgindo lesões ulceradas!!! 
3. Condiloma Acuminado (Verruga 
Genital) – HPV tipos 6 e 11 
 Prevalência: doença venérea mais 
comum, de baixo risco oncogênico; 
80% das pessoas sexualmente ativas 
serão portadoras do vírus em algum 
momento da vida; 
o A maioria dos indivíduos 
infectados e que elimina o vírus 
nas secreções genitais NÃO 
apresenta lesões e NÃO sabe 
que está infectado!!! 
 Transmissão: DST, sexual; 
o O vírus é ALTAMENTE 
TRANSMISSÍVEL, passando para 
2/3 dos contactantes! 
o Preservativo de látex NÃO 
previne a transmissão; 
o A melhor prevenção é reduzir o 
número de parceiros sexuais; 
 Manifestações clínicas: excrecências 
verrucosas tipo couve-flor de 
tamanho variado, acometendo a 
região balanoprepucial (homem), a 
vulva, períneo, vagina e colo uterino 
(mulher), o ânus e a região perianal 
(ambos); 
 
 
 Diagnóstico: clínico; na dúvida, a 
aceticoscopia (aplicação local de 
ácido acético 3-5%) permite a 
identificação; exame ginecológico de 
rotina pode fazer o diagnóstico 
através da colposcopia e a anuscopia; 
a biópsia é confirmatória; 
 Tratamento: destruição local; 
o Pelo médico: utilizar a 
podofilina 25% 1x/semana até 6 
semanas ou desaparecimento 
completo das lesões, Ácido 
Tricloroacético (TCA) 80-90%, 
repetindo após 1 semana, ou 
crioterapia, eletrocoagulação, 
laser ablativo CO2 OU 
interferon intralesional; 
o Pelo paciente: podofilox 0,05% 
solução, aplicado com cotonete 
2x/dia por 3 dias, descansando 4 
dias e repetindo o ciclo por 4-6 
semanas OU imiquimod 5% 
creme 3x/semana até 16 
semanas; 
 Imiquimod: taxa MENOR 
de recidiva, embora seja 
bem mais CARO; 
 Podofilina, podofilox e 
imiquimod são 
CONTRAINDICADOS na 
gestante, que deveser 
tratada com TCA OU 
CIRURGIA; 
 
4. Condiloma Acuminado Gigante 
(Buschke-Löwenstein) – HPV tipos 6 e 11 
 Manifestação clínica: condiloma de 
grandes dimensões, que pode 
OBSTRUIR a vulva ou o ânus; 
o A GESTAÇÃO é um importante 
fator de risco!!! 
 
 Tratamento: eletrocoagulação OU 
laser ablativo; casos mais EXTENSOS  
etretinato via oral, associado à 
terapia local; 
5. Papulose Bowenoide – HPV tipos 16, 18, 
31, 33, 35, etc. 
 Dermatose pré-maligna com 
potencial oncogênico; 
 Prevalência: adultos jovens 
sexualmente ativos. 
 Manifestações clínicas: pápulas de 
coloração acastanhada, 4-5 mm, 
localizados no pênis, vulva, região 
perianal ou períneo; 
o Uso prévio de PODOFILINA é 
fator de risco! 
 
Molusco Contagioso 
 Causa: maior vírus já encontrado, o 
Parapoxvírus; 
 Prevalência: crianças e adolescentes; 
 Transmissão: contato próximo 
interpessoal ou via sexual; 
 Manifestações clínicas: pápulas com 
umbilicação central, medindo 0,5 cm, 
geralmente agrupadas e sem base 
eritematosa; acometendo mais área 
genital (adultos) e face, tronco e 
MMSS (crianças); 
o Imunodeprimidos: lesões 
MAIORES e mais NUMEROSAS; 
o Diagnóstico diferencial 
(pacientes com Aids): 
histoplasmose e criptococose 
(micoses profundas); 
 
 Diagnóstico: clínico; biópsia é 
confirmatória; 
 Tratamento: curetagem, sendo 
necessário tratar possíveis lesões que 
apareçam posteriormente; 
Acrodermatite Papulosa Infantil 
(Síndrome De Gianotti-Crosti) 
 Causa: vírus da hepatite B (principal), 
CMV, Epstein-Barr, coxsackie A16, B4, B5, 
echovirus 7 e 9, poliovírus, parvovírus, 
etc.; 
 Manifestações clínicas: erupção 
eritematosa ou papuloeritematosa, 
NÃO pruriginosa, sem tendência a 
confluir, localizada na face, nádegas, 
membros e tronco, de instalação de 3-5 
dias e perdura por 3-8 semanas, 
acompanhada de linfadenopatia, 
principalmente inguinal e axilar.

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