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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS – UEMG UNIDADE ACADÊMICA DE PASSOS CURSO DE SERVIÇO SOCIAL – 2º PERÍODO DISCIPLINA: TEORIA POLÍTICA DOCENTE RESPONSÁVEL: ITAMAR TEODORO DE FARIA DISCENTE: LETÍCIA FERREIRA DE ALMEIDA ATIVIDADE: CAPÍTULOS 7 AO 10 - RESPONDER 3 QUESTÕES DE CADA CAPÍTULO CAPÍTULO 7 Que novo conceito de história deriva das ideias de Hegel? Da abordagem dialética resulta um novo conceito de história. O presente é retomado como resultado de longo e dramático processo; a história não é a simples acumulação e justaposição de fatos acontecidos no tempo, mas é resultado de verdadeiro engendramento, de um processo cujo motor interno é a contradição dialética. Ao explicar o movimento gerador da realidade, Hegel desenvolve a dialética idealista: no sistema hegeliano, a racionalidade não é mais um modelo a se aplicar, "mas é o próprio tecido do real e do pensamento". O mundo é a manifestação da Ideia, "o real é racional e o racional é real". "A história universal nada mais é do que a manifestação da Razão. Qual é a importância do Estado para Hegel? Quando Hegel usa a expressão sociedade civil, lhe dá um sentido novo, correspondente à esfera intermediária entre a família e o Estado. A sociedade civil é o lugar das atividades econômicas, e portanto, onde prevalecem os interesses privados, sempre antagônicos entre si. Por isso mesmo é o lugar das diferenças sociais e conflituosas entre ricos e pobres e da rivalidade dos profissionais entre si. Para superar as contradições que põem em perigo a coletividade, é preciso reconhecer a soberania do Estado. Nele, cada um tem a clara consciência de agir em busca do bem coletivo, sendo, assim, por excelência, a esfera dos interesses públicos e universais. A importância do Estado na filosofia política de Hegel levou a interpretações diversas, inclusive a de que ele teria sido o teórico do absolutismo prussiano, o que, em última análise, justificaria o Estado totalitário do século XX. Que caminhos surgem a partir de Hegel? Hegel exerceu grande influência no desenvolvimento do pensamento político posterior, e seus seguidores dividiram-se em dois grupos opostos, denominados esquerda e direita hegeliana. Essa cisão foi provocada por uma querela de origem religiosa incitada por David F. Strauss, teólogo e autor de Vida de Jesus, na interpretação do pensamento de Hegel. Os da direita são os discípulos conservadores e mantêm a filosofia idealista do mestre; na política, defendem o estado prussiano e, na religião, seguem o luteranismo. Os da esquerda transformam a filosofia idealista em materialista; na política, defendem a anarquia ou um regime socialista e, na religião, são ateus ou anticristãos. Entre estes estão Feuerbach e, posteriormente, Marx e Engels, os quais, ao realizarem a inversão do idealismo hegeliano, assentam as bases do materialismo dialético: "A dialética de Hegel foi colocada com a cabeça para cima ou, dizendo melhor, ela que se tinha apoiado exclusivamente sobre sua cabeça, foi de novo reposta sobre seus pés". CAPÍTULO 8 Por que Bakunin chama Proudhon de "o mestre de todos nós"? A desconfiança em relação ao Estado (e a qualquer outra autoridade, como a Igreja) torna Proudhon um crítico da centralização do poder e da burocracia, sonhando com a sociedade anárquica em que o poder político seria substituído por livres combinações entre os trabalhadores. Por isso tudo, Bakunin, o fundador do anarquismo, o considera "o mestre de todos nós". Quais são as três fontes do pensamento marxista? As três fontes do pensamento marxismo são o materialismo filosófico, a economia política (o capital) e, por último o socialismo francês. Em que Marx e Bakunin concordam e em que discordam? Proudhon (1809-1865) e Bakunin (1814-1876), contemporâneos de Marx, com ele partilham as críticas ao sistema capitalista, à propriedade privada dos meios de produção e à exploração da classe proletária pela burguesia. Concordam também que as revoluções Francesa e Americana foram mais políticas que sociais, pois elas teriam renovado os padrões de autoridade, dando poder às novas classes, mas não modificaram basicamente a estrutura social e econômica da França e dos Estados Unidos. A relação de amizade e admiração de Proudhon e Bakunin com Marx rompeu-se, porém, a partir de divergências que se tornaram cada vez mais agudas. O nó do desentendimento encontra-se na teoria marxista da ditadura do proletariado. Como vimos, Marx preconizava um degrau necessário antes do advento do comunismo, quando a força do proletariado, exercida através do partido, evitaria a contrarrevolução da classe deposta. Só depois o poder se dissolveria rumo à sociedade sem Estado. Bakunin acusa Marx de otimista, não considerando ser possível evitar a rígida oligarquia de funcionários públicos e tecnocratas que tenderiam a se perpetuar no poder. CAPÍTULO 9 Compare os regimes autoritários com os totalitários. Identifique as semelhanças e as diferenças. As semelhanças entre regimes totalitários e regimes autoritários residem na supressão de dissidentes políticos, política militarizada forte, divisões sociais profundas e a existência de amplas classes que são geralmente consideradas "inferiores" e tendem a desvalorizar tudo em países estrangeiros. No entanto, cada um desses sistemas tem o poder de colocar ideias em prática: O totalitarismo é um governo autoritário, o que só foi possível no século XX, porque exige controle total sobre todos os aspectos da vida do sujeito - com a ajuda da publicidade, Vigilância e as ferramentas de controle social eram anteriormente tecnicamente impossíveis. Exemplos de regimes históricos autoritários são o Império Romano, a sociedade espartana e o czarismo, enquanto o fascismo nazista alemão é um exemplo de regime totalitário . Estabeleça a relação entre a crise do liberalismo e a ascensão do fascismo e do nazismo. A crise de 1929 representou um marco na história da economia mundial, pois foi a prova oficial de que o capitalismo predatório aplicado pelo mundo ocidental não era viável a longo prazo. Após a Primeira Guerra Mundial, a Europa sofreu pesadas perdas, principalmente os países derrotados. Este ambiente de crise econômica agravou o patriotismo ferido dos alemães e italianos e promoveu a escalada do poder de políticos fascistas como Adolf Hitler na Alemanha e Mussolini na Itália. Após a ascensão, a base da Segunda Guerra Mundial foi formada, e a invasão da Polônia foi o incentivo à guerra. Partido, educação e propaganda: como agem para implantar o totalitarismo? Partido: Em um regime totalitário, normalmente apenas os partidos políticos do regime são permitidos, enquanto outros regimes são extintos e proibidos. Por exemplo, é um partido fascista na Itália e um partido nazista na Alemanha. Trata-se de promover a doutrinação do povo e sua alienação, democratização e demonização do sistema multipartidário, classificá-los como regimes fracos e incompetentes, institucionalizar o partido e a ditadura, e evidenciar a agilidade na tomada de decisões e a demonização da facilidade de gerenciar sua própria habilidade em caso de oposição. Educação: É adequado para ensinar hinos, desfiles, hasteamento de bandeiras, saudações, disciplina rígida, etc. Além disso, apenas livros que permitem que o modelo autoritário se destaque. A história foi censurada e só permitiu aumentar a ditadura. Vários fatos históricos foram excluídos e a escola foi monitorada por uma rede de provedores de informação. Propaganda: Como disseram, a alma de um empreendimento, nesse caso, é a ditadura. Sem ela, não haveria resistência à ditadura, e é preciso divulgar dia e noite suas conquistas. A propaganda faz o possível para martelar a consciência das pessoas sem parar, alienar, enganar, encobrir, etc. CAPÍTULO 10 Explique em que sentido oneoliberalismo é antikeynesiano. Este movimento antikeynesiano pelo regresso é o que costuma ser chamado de neoliberalismo. Quais são as principais críticas feitas pelos frankfnrtianos ao marxismo? Uma das críticas feitas se refere ao dogmatismo dos leninistas e stalinistas quando desenvolvem uma concepção naturalista da história, segundo a qual a evolução dos fatos históricos marcha inexoravelmente em direção à sociedade sem classes. Trata-se de uma concepção determinista e evolucionista típica do positivismo predominante no final do século XIX. Segundo a concepção naturalista, o desenvolvimento capitalista produziria de forma irreversível a alienação e pauperização crescente da classe operária e a agudização da crise resultaria na revolução e na vitória inevitável do socialismo. Resulta daí a noção de progresso e da inevitabilidade da violência. Reconhece-se na evolução progressiva a passagem de um estádio "inferior" para outro necessariamente "melhor" do que o anterior. E a violência é considerada elemento necessário e constitutivo do progresso: a revolução é a "locomotiva da história", fator de evolução. Pesquise a etimologia da palavra utopia. Explique como esse conceito pode ser interpretado tanto de uma forma pejorativa como pode significar algo positivo e necessário para o ser humano. Utopia é a ideia de civilização ideal, fantástica, imaginária. É um sistema ou plano que parece irrealizável, é uma fantasia, um devaneio, uma ilusão, um sonho. Do grego “ou+topos” que significa “lugar que não existe”. No sentido geral, o termo é usado para denominar construções imaginárias de sociedades perfeitas, de acordo com os princípios filosóficos de seus idealizadores. No sentido mais limitado, significa toda doutrina social que aspira a uma transformação da ordem social existente, de acordo com os interesses de determinados grupos ou classes sociais. Utopia foi um país imaginário, criação de Thomas Morus, escritor inglês (1480-1535), onde um governo, organizado da melhor maneira, proporciona ótimas condições de vida a um povo equilibrado e feliz. Para Thomas More, utopia era uma sociedade organizada de forma racional, as casas e bens seriam de todas as pessoas, que passariam seu tempo livre envolvidos com leitura e arte, não seriam enviados para a guerra, a não ser em caso extremo, assim esta sociedade viveria em paz e em plena harmonia de interesses.
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