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APS 1o Semestre 2016

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – 2016
ATIVIDADE DO 1o SEMESTRE
1. Introdução
Seja bem-vindo à primeira ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA de 2016.
Nosso objetivo é fomentar estratégias que permitam ao aluno construir conhecimento com autonomia e atuação em equipe (de 03 a 06 alunos), para desenvolver habilidades de pesquisa, seleção e consolidação de informações, comunicação de ideias, debate em grupo e apreensão de saberes específicos de sua área de formação profissional.
As atividades de pesquisa, debate e redação do relatório final deverão ser realizadas com respeito aos mais rigorosos princípios éticos, o que significa que não serão aceitos textos que sejam fruto de plágio.
Aproveite a oportunidade para aprender e avançar em seu conhecimento sobre Direito. Sua atuação profissional poderá ser bastante diferenciada de forma positiva se você aproveitar as oportunidades didáticas que as ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS da UNIP oferecem.
Em caso de dúvida, converse com seu Coordenador. 
2. Problema Apresentado
O Professor Michael Sandel concedeu uma entrevista ao jornal Folha de São Paulo, publicada no portal http://www.fronteiras.com/entrevistas/a-ameaca-ao-espirito-democratico (acesso em 01 de março de 2016). 
Leia atentamente a entrevista abaixo.	
A ameaça ao espírito democrático
Por Raul Juste Lores/Folha de S.Paulo - 28.04.2014 | 
Michael Sandel
Diretamente de Harvard, o Professor Michael Sandel concede entrevista à Folha de S.Paulo. Conferencista do Fronteiras do Pensamento, Sandel foi reconhecido pela Associação Americana de Ciências Políticas pela excelência de sua carreira no ensino como professor do curso Justiça, de Harvard. Suas aulas já somaram mais de 15 mil estudantes de todas as partes do mundo e discutem dilemas morais e éticos para analisar a justificativa das pessoas sobre suas posições e atitudes. Leia abaixo a entrevista de Raul Juste Lores:
Folha: O senhor critica a "camarotização" da vida pública nos EUA, onde se paga para ser VIP. Onde não há mistura de classes e convívio, o bem público e o espírito democrático estariam em risco. Como desenvolver esse espírito?
Michael Sandel: Nos EUA, as elites parecem desesperadas em não se misturar com os demais. Vida comum é saudável, e uma democracia vibrante precisa de lugares públicos que misturem diferentes classes. A camarotização é uma ameaça à democracia, ao espírito do bem comum. Os esportes costumavam ser essa arena. Mas a camarotização dos estádios tem repetido a segregação.
Folha: No Brasil, a insegurança produziu uma sociedade ainda mais segregada.
Michael Sandel: O maior erro é pensar que serviços públicos são apenas para quem não pode pagar por coisa melhor. Esse é o início da destruição da ideia do bem comum. Parques, praças e transporte público precisam ser tão bons a ponto de que todos queiram usá-los, até os mais ricos.
Se a escola pública é boa, quem pode pagar uma particular vai preferir que seu filho fique na pública, e assim teremos uma base política para defender a qualidade da escola pública. Seria uma tragédia se nossos espaços públicos fossem shoppings centers, algo que acontece em vários países, não só no Brasil. Nossa identidade ali é de consumidor, não de cidadão.
Folha: O senhor conta que a associação de aposentados americanos não convenceu advogados a trabalhar por honorários baratos para seus sócios. Mas que eles aceitaram trabalhar de graça. A filantropia americana não seria diferente se não houvesse vantagens fiscais e uma lei taxando heranças?
Michael Sandel: Incentivar filantropia é bom. Promover a dedução de impostos nesse caso é uma declaração pública de que doações são hábitos que queremos encorajar. Mas, em outros casos, incentivos podem ser danosos. Oferecer dinheiro para que alunos leiam livros pode ser corrosivo. Se acharem que ler é um trabalho que merece ser pago, vai ser difícil descobrirem que é prazeroso, que os faz seres humanos mais reflexivos.
Folha: No Brasil, onde a cultura da filantropia é menos comum, alunos e professores protestaram contra batizar classes com nomes de doadores, mesmo estando em universidades públicas. Quando é legítimo advogar por mais mercado?
Michael Sandel: Sou cético sobre batizar bens ou espaços públicos e cívicos com nomes corporativos. Nos EUA, temos viaturas policiais, carros de bombeiros, propaganda em escolas, em peruas escolares, nos uniformes e nas lanchonetes. Principalmente nas escolas, prefiro um certo santuário, certa distância do marketing.
Nas universidades, é diferente. Universitários são mais maduros, menos impressionáveis que crianças. Sempre devemos nos perguntar quando algo corrompe. O prédio em que estamos aqui em Harvard é batizado com nome de doador. Nesse caso, isso não afeta a maneira como dou aulas ou o comportamento dos alunos.
Folha: No Brasil, há extremos opostos ao que o senhor descreve. Esperamos muito do governo, mesmo com alta carga tributária e má qualidade dos serviços.
Michael Sandel: Às vezes, mais mercado é necessário. Meu livro não é contra o livre mercado. É contra os excessos, o domínio de cada aspecto da vida. Mercado é ferramenta para organizar uma economia produtiva. Mas não pode regular tudo: política, lei, espaço público, saúde, educação. Há burocracias ineficientes em fornecer serviços. Agências governamentais às vezes têm um poder que não presta contas, o mercado é mais eficiente em algumas áreas.
Quando o poder é muito concentrado, seja nas mãos do governo ou de oligopólios privados, há espaço para ineficiência e corrupção. Governos de vários países tinham companhias aéreas. O setor privado tampouco é muito bom nessa área, mas não há razão para subsidiar com dinheiro público esse setor.
Folha: Por que o senhor é contrário ao crédito de carbono [certificado para pessoa ou empresa que reduz emissão de gases do efeito estufa e que é negociável no mercado internacional]?
Michael Sandel: Precisamos ter um imposto sobre emissões que faça cada um pagar o preço do estrago. Minha preocupação é que esse mercado de créditos permita aos países ricos fugir de seus sacrifícios compartilhados. Pode ser "eficiente" para os economistas que os ricos paguem para continuar poluindo, mas isso não cria uma ética de longo prazo de que todos precisamos mudar nosso estilo de vida.
Folha: O senhor já esteve no Brasil, falando de seu livro Justiça. O conceito de jeitinho brasileiro denota uma moral elástica quanto ao cumprimento de leis. O senhor ouviu questões diferentes sobre justiça no país?
Michael Sandel: Os brasileiros me pareceram preocupados com corrupção. Minha primeira visita aconteceu quando o julgamento do mensalão começava. Depois, vieram protestos contra o aumento das tarifas e o desperdício na Copa e na Olimpíada. Minha segunda visita foi logo depois, em agosto, testemunhei um desenvolvimento surpreendente no ativismo cívico. Para todos que perguntava, havia simpatia pelos protestos. Fiquei surpreso com o fato de que a maioria achava que mudanças aconteceriam. As expectativas eram muito altas. Temo pelo efeito da desilusão na energia cívica.
Folha: O senhor diz que a crença no poder do mercado esvaziou o debate público. Por quê?
Michael Sandel: Há uma hesitação em trazer argumentos morais para a praça pública. A fé no mercado tem ocupado todo o discurso nas últimas três décadas. Se os mecanismos de mercado pudessem resolver todos os problemas, haveria pouco espaço para a deliberação democrática. Em sociedades pluralistas e multiculturais como as nossas, pessoas discordam sobre questões fundamentais. Para evitar controvérsia, os políticos se calam. Há tanta frustração no mundo com a política, os partidos, os políticos porque não há respostas para o que mais interessa. A política acabou sendo dominada por retórica de gerenciamento, tecnocrática, que evita falar dos grandes temas.
Folha: A crise de 2008 ajudou a eleger Obama como presidente da "mudança". Por que tão pouco mudou?
Michael Sandel: Nos anos 1980, [o presidente americano Ronald] Reagan e [a primeira-ministra britânicaMargaret] Thatcher vieram com uma ideologia explícita que dizia que o mercado tinha resposta para tudo e que o governo era o problema. Foi o triunfalismo de mercado. Só que eles foram sucedidos pela centro-esquerda, do [primeiro-ministro Gerhard] Schroeder, na Alemanha, a Tony Blair [primeiro-ministro britânico] e Bill Clinton [presidente americano], que não questionaram a questão dos mercados. Eles consolidaram a crença de que o mercado tem resposta para tudo. É o debate que está faltando: onde o mercado serve ao bem comum e onde ele não serve.
As atividades que o grupo deverá realizar para solucionar este caso são:
1. Fazer uma pesquisa sobre a biografia do entrevistado para entender melhor como ele constrói suas ideias.
2. Fazer um resumo das principais ideias contidas na entrevista que ele concedeu ao jornal Folha de São Paulo.
3. Fazer uma análise do pensamento de Sandel sobre a ideia de bem comum e a ocupação do espaço público; e, sobre o papel do mercado. 
4. Fazer um texto contendo as ideias de Sandel com as quais o grupo concorda e, explicar as razões da concordância. 
Observações: A estrutura do trabalho deve levar em conta os tópicos acima exigidos em itens/capítulos separados, observando-se o uso de letra Times New Roman tamanho 12, espaçamento 1,5.
3. PRAZO DE ENTREGA E POSTAGEM DA APS
Os trabalhos da Atividade Prática Supervisionada deverão ser postados no site http://trabalhosacademicos.unip.br/entrega pelos líderes dos Grupos que deverão cadastrar anteriormente os RA’s dos demais componentes, em data a ser estabelecida e divulgada no próprio site. As APS serão validadas e registradas individualmente em ficha própria (Ficha de Acompanhamento da APS - anexa), e que deverão ser postadas (de todos os integrantes do Grupo) pelo Líder juntamente com o Trabalho no site acadêmico.
Bom trabalho!

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