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Ana Tamires V. Ribeiro - Farmacologia Farmacologia da Tireoide Existem 4 tipos de receptores: 1. Ionotrópicos 2. Ligados à proteína G 3. Ligados à tirosina quinase 4. Nucleares alvo dos hormônios T3 e T4 Envolve alteração da transcrição gênica e da síntese proteica é muito complicado ter uma substância que controla isso de forma segura, sem perigo que outras coisas não desejadas aconteçam. Dessa forma, não há bloqueadores para os receptores de T3 e T4. Por que temos mais T4 do que T3? T4 possui maior estabilidade química Hipotireoidismo: administração de hormônios tireoidianos sintéticos Hipertireoidismo: tireotoxicose causado um desbalanço hipercalórico possui mais mitocôndrias nas células devido a uma mudança na transcrição gênica causada por uma demanda corporal REGULAÇÃO SÍNTESE DE T3 E T4 Baixo nível de T3 e T4 percepção do hipotálamo secreção de TRH chega até a adeno-hipófise que, ao receber esse hormônio, secreta TSH. Essa TSH se acopla nos seus receptores específicos na membrana das células foliculares da tireoide e, assim, desencadeia o início da síntese de T3 e T4 secreção dos hormônios estabilização da sua concentração no sangue SÍNTESE DOS HORMÔNIOS T3 E T4 Iodeto é captado pela tireoide por meio de uma molécula transportadora presente na membrana das células foliculares, a simportadora de sódio e iodeto. Ainda na membrana célula esse iodeto é oxidado e transformado em iodo pela peroxidase tireoidiana. O passo seguinte é o iodeto ser exocitado para o coloide, onde já se encontram as moléculas de tireoglobulina, o acoplamento das moléculas de iodo nas tironinas da tireoglobulina é a organificação do iodeto formação de MIT e DIT. Combinações de MIT e DIT T3 e T4. De volta nas células, ocorre a proteólise da tireoglobulina, liberando os hormônios e desiodação das MIT e DIT que sobraram. Em seguida, se segue a liberação dos hormônios no plasma sanguíneo. METABOLISMO PERIFÉRICO DOS HORMÔNIOS Existe pouquíssimo T3 circulante se comparado à T4. Dessa forma, uma das partes mais importantes do processo é a deiodação periférica do T4 por meio da enzima. Isso pode ocorrer de 2 formas: 1. Monodeiodação do anel externo da tiroxina T3 muito mais potente que T4 2. Monodeiodação do anel interno da tiroxina T3 reverso metabolicamente inativa DOENÇA DE GRAVES Linfócitos secretam um anticorpo estimulante dos receptores de TSH, ou seja, o TSI e esses anticorpos mimetizam a ação do TSH. As células são estimuladas da mesma maneira, mas por um tempo maior. MECANISMO DE AÇÃO O T4 livre se desprende da sua proteína transportadora e entra na célula por transporte ativo. Lá ela é convertida em T3 por uma enzima. Essa T3 irá para dentro do núcleo, lá ele causa uma produção aumentada de RNA, levando a uma maior formação de Na+/K+-ATPase METIMAZOL Classe farmacológica: tioamidas possuem enzimas como alvos farmacológicos. Seu Ana Tamires V. Ribeiro - Farmacologia mecanismo de ação é atuar como falsos substratos. A sua função é bloquear a organificação do iodo por meio do bloqueio do acoplamento da tiroxina na enzima peroxidase. O metimazol se liga à peroxidase tireoidiana, enzima responsável por deiodar a molécula de T4 em T3. Quando ele se liga a ela, é biotransformado e se torna um metabólito anômalo substância que não influencia em nada no metabolismo e será eliminada. O propósito com isso é impedir que o T4 se liga à peroxidase. Além disso, ao realizar todas essas etapas, o metimazol causa uma mudança conformacional na enzima, inutilizando-a e impedindo que outras moléculas de T4 consigam se ligar nela, sendo necessário que o organismo produza novas enzimas, atrasando o processo algo benéfico Consequências: pouco T3, muito rT3, muito T4 e muito T4 livre e muito TSH Metimazol é um dos fármacos mais utilizados no tratamento das tireotoxicose. Ele é totalmente absorvido e se acumula de forma rápida na tireoide (possui alta afinidade com ela). Contudo, sua excreção é mais lenta, tem um tempo de meia-vida de 6h. uma dose única dela de 30 mg é o suficiente para gerar uma ação antitireoideana por 24 horas. Existe um problema: o metimazol tem a capacidade de atravessar a barreira placentária e atuar sobre a tireoide do feto. Como ele provavelmente não possui hipertireoide, acabará gerando sobre ele um efeito de hipotireoidismo fetal. Está relacionado a malformação congênita.
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