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1 Sistema Digestório 08.04.21 Júlia Colognezi Secreção gastrointestinal Secreção É uma quantidade de substâncias (líquido, enzimas e muco) sendo liberada continuamente no organismo, nesse caso no trato gastrointestinal Boca: 1,5L de saliva pelas glândulas salivares Bile: 0,5L Estomago: 2.0L Pâncreas: 1,5L Intestino: 1,5L; intestino delgado absorve 7,5L e intestino grosso absorve 1,4L Tipos de secreção - enzimática - mucosa Controle nervoso da secreção gastrointestinal Interação entre o SNC e o sistema nervoso entérico Reflexos curtos – dado pelo sistema entérico Reflexos longos – envolve o sistema nervso Estímulos ativam os receptores sensitivos do trato digestivo. A partir disso podem ocorrer reflexos curtos ou longos. Os reflexos curtos levam diretamente o estimulo para os músculos lisos ou células secretoras. Os reflexos longos envolvem o sistema nervoso central, então depois de receber o estimulo, a resposta é encaminhada para o encéfalo cefálico, de onde vão partir respostas para o musculo liso ou células secretoras. E então há a reposta no sistema digestório Estímulos: 1 – estimulação tátil 2 - irritação química 3 – distenção da parede intestinal Funções primárias da secreção Propriedades lubrificantes e protetoras e importância do muco no trato gastrointestinal Enzimas digestivas: secretadas na maioria do trato gastrointestinal Glândulas mucosas (muco): desde a boca até o ânus Muco: secreção composta de água, eletrólitos e mistura de diversas glicoproteínas Propriedades 1. Aderem ao alimento (espalhando-se como um filme na superfície), lubrificando-o e evitando a escoriação do trato gastrointestinal causada pelo alimento 2. Reveste a parede gastrointestinal (evita o contato direto das partículas de alimento com a mucosa) 3. Facilita o deslizamento de partículas do epitélio 4. Resistente à digestão de partículas do epitélio 5. As glicoproteínas do muco são anfotéricas, o que significa que são capazes de tamponar pequenas quantidades de ácidos ou bases Eletrólitos vão tamponar o ácido. Ex: bicarbonato Secreção salivar A saliva contém dois tipos principais de secreção - secreção serosa (contém ptialina – uma alfa amilase – enzima para digestão de amido em maltose) - secreção mucosa (contém mucina – lubrifica e protege a superfície) Glândula parótida: secreção exclusivamente serosa Glândula submandibular: secreção serosa e mucosa Glândula sublingual: secreção serosa e mucosa Glândula submandibular A glândula submandibular é uma típica glândula composta, que contém ácinos e ductos salivares. A secreção ocorre em dois estágios: - Primeiro estágio – envolve os ácinos Ptialina, muco e líquido extracelular - Segundo estágio – envolve os ductos salivares Absorção ativa de Na+, absorção passiva de Cl-, secreção ativa de K+, secreção de HCO3- 2 Sistema Digestório 08.04.21 Júlia Colognezi Regulação nervosa da secreção salivar Núcleos salivares superior e inferior: as vias nervosas parassimpáticas que regulam a salivação se originam nos núcleos salivatórios superior e inferior no tronco cerebral Os núcleos salivatórios estão localizados aproximadamente na junção entre o bulbo e a ponte e são excitados por estímulos gustativos e táteis da língua e de outras áreas da boca e da faringe O nervo glossofaríngeo e o nervo facial são ativados pela compressão do alimento na língua que vão levar a informação para o trato solitário pelas vias aferente e vão ativar nos núcleos salivares superior e inferior que por via eferente vão estimular a secreção das glândulas salivares Esôfago As secreções esofágicas são inteiramente mucosas e fornecem principalmente lubrificação para deglutição Glândulas no esôfago superior: evitam a escoriação mucosa causada pela entrada de alimento Glândulas no esôfago inferior: protegem a parede esofágica da digestão por sucos gástricos ácidos (geralmente refluem do estômago para o esôfago inferior) O esfíncter protege a mucosa de um possível refluxo que sai do esôfago para o estômago Quando o esfíncter esofágico se abre, há acesso ao HCl, ou seja, o esfíncter precisa ser regulado de uma forma muito certa para que o HCl não atinja o muco do esôfago Secreções gástricas Além de células secretoras de muco que revestem toda a superfície do estômago, a mucosa estomacal possui dois tipos importantes de glândulas tubulares - glândulas tubulares oxínticas (glândula gástrica) - glândulas pilóricas Glândulas - Glândula oxintica Localização: fundo e corpo do estômago Células mucosas – secretoras de muco; função protetora e lubrificante do alimento pelo muco Secretam HCl (célula parietal), pepsinogênio (célula principal), fator intrínseco (célula parietal) e muco (células mucosas) O fator instrínseco é essencial para a absorção de Vit. B12 no íleo. Quando as células do estômago secretoras de ácido são destruídas (como na gastrite crônica), ocorre acloridria e, frequentemente, anemia perniciosa, como resultado da falha na maturação dos eritrócitos. Glândulas pilóricas Localizadas no antro do estômago Secretam principalmente muco (células mucosas) para proteger a mucosa pilórica do ácido estomacal Também secretam gastrina (células G) - secreções glandulares O HCL é secretado pelas células parietais, quando ele é secretado, as membranas dos canalículos internos da célula enviam a sua secreção diretamente para o lúmen da glândula oxíntica Os pepsinogênios não têm atividade digestiva até entrarem em contato com o HCl (ácido), sendo então ativados para formar a pepsina A secreção de pepsinogênio é estimulada pela acetilcolina e pelo ácido gástrico Estimuladores de HCl 1. Acetilcolina 2. Gastrina 3. Histamina 1 – acetilcolina A acetilcolina estimula a secreção de pepsinogênio pelas células pépticas, de ácido clóridico pelas células parietais e de muco pelas células mucosas. A ACh se liga ao receptor muscarínico da ECL (célula enterocromafin-like) Estimula a produção de histamina A ACh pode se ligar diretamente à celula parietal, estimulando a produção de HCl 2 – gastrina A gastrina é secretada pelas células G a partir de impulsos nervosos do nervo vago e reflexos entéricos locais As células enterocromafin-like (ECL) têm receptora para neurotransmissores e hormônios A Gastrina se liga ao receptor CCKB da ECL. Estimula a secreção de histamina 3 Sistema Digestório 08.04.21 Júlia Colognezi 3 – histamina Histamina é a principal secreção estimuladora da célula parietal Inibição de secreção gástrica - excesso de ácido no estômago Quando o Ph está baixo, as células delta produzem somatostatina, que se ligam à célula parietal, inibindo a liberação de HCl a partir da diminuição da secreção de gastrina pelas células G O ácido também gera um reflexo nervoso inibitório que diminui a secreção gástrica Prostaglandinas estimulam a produção de muco Anti-inflamatórios inibem a produção de prostaglandinas, assim, não há produção de muco, por isso há um incomodo Regulação da secreção de HCl Estimulantes: distenção, presença de aa e peptídeos, acetilcolina, gastrina e histamina Inibidores: somatostatina, ácido no duodenp – secretina (inibe a liberação de gastrina), gordura no duodeno – colecistocina Integração dos mecanismos de regulação da secreção gástrica de HCl 1 – alimento ou reflexos cefálicos iniciam a secreção gástrica 2 – gastrina estimula a secreção gástrica 3 – ácido estimula a secreção reflexa de pepsinogênio 4 – a somatostatina é o sinal de feedback negativo Quando o H+ não é mais necessário para a ativação do pepsinogênio em pepsina Fases da secreçãogástrica 1 – cefálica 2 – gástrica 3 – intestinal 1. A fase cefálica é responsável por 30% da resposta a uma refeição e é iniciada pela antecipação do ato de comer e pelo odor e sabor do alimento. Ela é inteiramente mediada pelos nervos vagos. 2. A fase gástrica é responsável por 60% da resposta ácida a uma refeição. Ela é iniciada pela distenção do estômago, o que causa a estimulação nervosa da secreção gástrica. Além disso, os produtos da digestão parcial das proteínas no estômago fazem com que a gastrina seja liberada pela mucosa antral. Em seguida, a gastrina causa a secreção de um soco gástrico altamente ácido 3. A fase intestinal, responsável por 10% da resposta é iniciada por estímulos nervosos associados à distenção do intestino delgado. A presença de produtos da digestão das proteínas no intestino delgado também pode estimular a secreção gástrica, possivelmente pela liberação de gastrina das células G no duodeno e no jejuno O quimo no intestino delgado inibe a secreção durante a fase gástrica. Resultado de duas influencias: 1 – reflexo enterogátrico: a presença do alimento no intestino delgado inicia esse reflexo que é transmitido através do sistema nervoso entérico e dos nervos simpáticos e vagos. Esse reflexo inibe a secreção gástrica. O reflexo Célula G G Células G Nervo vago Célula D ECL Alimento Cél mucosa 4 Sistema Digestório 08.04.21 Júlia Colognezi pode ser iniciado pela distenção do intestino pela presença do alimento, pela presença de ácino na parte superior do intestino, pela presença de produtos de metabolização de proteínas ou por irritação da mucosa 2 – hormônios: a presença de quimo na porção superior do intestino delgado estimula a liberação de diversos hormônios intestinais. Secreção pancreática Generalidades Pâncreas é uma glândula mista (exócrina e endócrina) O alimento (agora chamado de quimo) chega no intestino e distende a parece O ducto biliar e o ducto pancreático saem do pâncreas e se unem no intestino A obstrução do ducto colédoco pode causar pancreatite O pâncreas endócrino liberará insulina, glucagon e somatostatina na corrente sanguínea O pâncreas exócrino vai liberar enzimas digestivas no lúmen Pâncreas exócrino As enzimas digestivas são secretadas pelos ácinos pancreáticos A secreção pancreática é estimulada por acetilcolina, colecistocina e secretina 1 – acetilcolina É liberada a partir das terminações do nervo vago e estimula principalmente a secreção ed enzimas digestivas 2 – colecistocina É secretada principalmente pelas mucosas duodenal e jejunal, estimula sobretudo a secreção de enzimas digestivas 3 – secretina É secretada pelas mucosas duodenal e jejunal quando o quimo altamente ácido penetra no intestino delgado, estimula principalmente a secreção de bicarbonato e de sódio Ocorre em três fases Fase cefálica: os sinais nervosos que causam a secreção gástrica também ocasionam a liberação de acetilcolina pelas terminações do nervo vago no pâncreas, responsável por cerca de 20% das enzimas pancreáticas após uma refeição Fase gástrica: a estimulação nervosa da secreção de enzimas continua, sendo responsável por 5% a 10% das enzimas secretadas após uma refeição Fase intestinal: após o quimo penetrar no intestino delgado, a secreção pancreática torna-se copiosa, principalmente em resposta à secreção hormonal. Além disso, a colecistocinina provoca um aumento ainda muito maior da secreção das enzimas Regulação hormonal O bolo alimentar vai do estômago até o intestino, então chega ácido. Essa acidez somado à distenção, causada pelo alimento são fortes sinais para a liberação dos hormônios Colecistocinina (CCK) e secretina Com a presença do quimo, a CCK e a secretina caem na corrente sanguínea, agindo também no estômago, mas também vão até o pâncreas, estimulando: Secretina – estimula a secreção de suco pancreático rico em íons bicarbonato - neutraliza o quimo ácido CCK – estimula a secreção de suco pancreático rico em enzimas do sistema digestório Regulação da secreção pancreática Célula I libera CCK, que vai agir no pâncreas estimulando a liberação de enzimas No ácino vai ocorrer a ação da cck e da acetilcolina A secretina age principalmente nas céluas do ducto, onde tem a secreção de bicarbonato 5 Sistema Digestório 08.04.21 Júlia Colognezi 1 – secreção aquosa Bicarbonato surge da dissociação do ácido carbônico Do sangue sai a secretina que vai estimular a secreção de bicarbonato no lúmen pelo ducto O bicarbonato neutraliza a cidez no estômago 2 – secreção enzimática Amilase pancrease, tripsina, quimiotripsina e carboxipeptidase liberadas pelo ducto pancreático para a degradação de diferentes grupos alimentares A secreção pancreática contém múltiplas enzimas para digerir todos os três principais grupos de alimentos: proteínas, carboidratos e gorduras. Secreção biliar A bile é importante para a digestão e absorção de gordura e remoção do produto residual do sangue Digestão e absorção de gordura Os sais biliares auxiliam a emulsificação de grandes partículas de gordura, transformando- as em partículas minúsculas que podem ser atacadas pela enzima lipase secretada no suco pancreático. Eles também auxiliam no transporte de absorção de produtos finais da digestão da gordura através da membrana mucosa do intestino Remoção do produto residual A bile serve como meio para excreção de vários produtos residuais importantes do sangue, especialmente a bilirrubina, um produto final da destruição da hemoglobina e o excesso de colesterol sintetizado pelas células hepáticas Armazenamento e concentração da bile na vesícula biliar A bile é secretada pelas células hepáticas, contém uma grande quantidade de ácidos biliares, colesterol e outros constituintes orgânicos A bile fica concentrada na vesícula biliar; o transporte ativo de sódio através do epitélio da vesícula biliar é seguido pela absorção secundária de íons de cloreto, água e a maioria dos outros constituintes solúveis A bile normalmente está concentrada cerca de cinco vezes nesse percurso Os alimentos gordurosos que penetram no duodeno provocam a liberação de colecistocinina das células I locais. A CCK causa contrações rítmicas da vesícula biliar e, simultaneamente, o relaxamento do esfíncter que protege a saída do ducto biliar comum para o duodeno Secreção no intestino delgado - glândula de Brunner e Criptas de Lieberkuhn Localizam-se na primeira porção do duodeno Secretam muco em resposta a - estímulos táteis ou irritativos na mucosa duodenal - estimulação vagal que causa maior secreção da glândula de brunner Hormônio gastrointestinal (secretina) O muco protege a parede duodenal da digestão pelo suco gástrico As glândulas de brunner respondem de forma rápida e intensa aos estímulos irritativos. Além disso, a secreção estimulada pela secretina pelas glândulas contém um grande excesso de íons de bicarbonato que, juntamente com os íons de bicarbonato as secreção pancreática e da bile, neutraliza o ácido que penetra no duodeno Os sucos digestivos intestinais são secretados pelas criptas de lieberkhun 6 Sistema Digestório 08.04.21 Júlia Colognezi As criptas de lieberkhun se localizam entre as vilosidades intestinais. As superfícies intestinais das criptas e das vilosidades são recobertas por um epitélio composto por dois tipos de células As céluas de goblet (caliciformes) secretam muco, que desempenha suas funções usuais de lubrificação e proteção da mucosa intestinal Os enterócitos secretam grandes quantidades de água e eletrólitos nas criptas. Esse fluxo promove um veículo aquoso para a bsorção de substancias do quimo. Eles também reabsorvem a água e os eletrólitos juntamente com os produtos finais da digestãona superfície das vilosidades – peptidades, sacarase, maltase, lactase, isomaltase, lipase e enteroquinase Fatores estimulantes: CCK, secretina, reflexos locais desencadeados pela presença de quimo do ID Secreção no intestino grosso A maior parte da secreção no intestino grosso é composta por muco O muco protege a parede do intestino grosso contra escoriações, proporciona um meio ambiente para a matéria fecal, protege a parede intestinal da atividade bacteriana e forma uma barreira para impedir o ataque à parede intestinal pelo ácidos e outras substâncias nocivas
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