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RESUMO - DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA GENITAL

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DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA GENITAL 
 
 
 João Pedro Assunção Medicina 
O sexo cromossômico de um embrião é 
definido pelo material genético (X ou Y) presente 
no espermatozoide que fecunda o oócito. 
As características morfológicas sexuais 
masculinas e femininas não começam seu 
desenvolvimento até a 7ª semana de gestação. 
Antes da sétima semana, os sistemas 
genitais precoces são bastante similares. Sendo 
assim, o período inicial do desenvolvimento 
embrionário é um estágio indiferenciado do 
desenvolvimento sexual. 
DESENVOLVIMENTO DAS GÔNADAS 
 As gônadas (testículos e ovários) são os 
órgãos sexuais responsáveis pela produção de 
espermatozoides e oócitos, respectivamente. 
Essas gônadas são derivadas de 3 fontes: 
• Mesotélio (epitélio mesodérmico): revestindo 
a parede abdominal posterior; 
• Mesênquima Subjacente: tecido conjuntivo 
embrionário; 
• Células germinativas primordiais: primeiras 
células sexuais indiferenciadas. 
GÔNADAS INDIFERENCIADAS 
 O inicio do desenvolvimento gonadal 
ocorre por volta da 5ª semana, quando uma área 
espessada de mesotélio se desenvolve no lado 
medial do rim primitivo, o mesonefro. 
 A proliferação desse epitélio e 
mesênquima subjacente produzem as cristas 
gonadais, uma saliência no lado medial dos 
mesonefros. 
 Os cordões gonadais, cordões epiteliais 
digitiformes, logo crescem para dentro do 
mesênquima subjacente. Agora, as gônadas 
indiferenciadas consistem de um córtex externo e 
de uma medula interna. 
Em embriões com complexo cromossômico XY, a 
medula se diferencia em um testículo, e o córtex 
regride. 
Em embriões com complexo cromossômico XX, o 
córtex da gônada indiferenciada se diferencia em 
ovário, e a medula regride. 
CÉLULAS GERMINATIVAS PRIMORDIAIS 
 São células sexuais grandes e esféricas que 
são reconhecíveis pela primeira vez em 24 dias 
após a fecundação, entre as células endodérmicas 
da vesícula umbilical, perto de onde surge o 
alantoide. 
 Durante o dobramento do embrião, a 
parte dorsal da vesícula umbilical é incorporada no 
embrião. À medida que isso acontece, as células 
germinativas primordiais migram ao longo do 
mesentério dorsal do intestino posterior para as 
cristas gonadais. 
 Durante a 6ª semana, as células 
germinativas primordiais penetram no 
mesênquima subjacente e são incorporadas aos 
cordões gonadais. 
DETERMINAÇÃO DO SEXO 
 A determinação do sexo cromossômico e 
genético depende de um espermatozoide 
contendo um cromossomo X ou um Y fecundar um 
oócito que já contém um cromossomo X. 
 Antes da 7ª semana, as gônadas dos dois 
sexos são idênticas em aparência e são chamadas 
de gônadas indiferenciadas. 
 O desenvolvimento de um fenótipo 
masculino requer um cromossomo Y funcional. 
 o gene SRY (região determinante do sexo 
no cromossomo Y) para o fator determinante do 
testículo (FDT) foi localizado na região do braço 
curto do cromossomo Y. É o fator determinante do 
testículo regulado pelo cromossomo Y que 
determina a diferenciação testicular. 
Sob ação desse fator organizador, os 
cordões gonadais se diferenciam em cordões 
seminíferos, primórdios dos túbulos seminíferos. 
Na ausência de cromossomo Y, forma-se um 
ovário. 
EMBRIOLOGIA 
 
 
 
 
 João Pedro Assunção Medicina 
DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA GENITAL 
 
O desenvolvimento de um fenótipo 
feminino requer dois cromossomos X. vários 
genes e regiões do cromossomo X têm papéis 
especiais na determinação do sexo. 
Sendo assim, em suma, o tipo de complexo 
cromossômico estabelecido pela fecundação 
determina o tipo de gônada que irá se diferenciar 
da gônada indiferenciada. Após isso, o tipo de 
gônada irá determinar o tipo de diferenciação 
sexual que ocorrerá nos ductos genitais e na 
genitália externa. 
A testosterona fetal, diidrosterona, e o hormônio 
antimülleriano (HAM), determinam a 
diferenciação sexual masculina normal, a qual 
começa na 7ª semana. 
Já a diferenciação sexual primária feminina 
começa por volta da 12ª semana, não depende de 
hormônios e ocorre mesmo se os ovários 
estiverem ausentes 
DESENVOLVIMENTO DOS TESTÍCULOS 
 O fator determinante dos testículos induz 
os cordões seminíferos a se condensarem e se 
estenderem para dentro da medula da gônada 
indiferenciada, onde eles se ramificam e se 
anastomosam para formarem a rede testicular. 
 
A conexão dos cordões seminíferos com o 
epitélio da superfície é perdida quando uma 
capsula fibrosa, a túnica albugínea, se desenvolve. 
O desenvolvimento da densa túnica albugínea é o 
aspecto característico do desenvolvimento 
testicular. Gradualmente, o testículo aumentado 
se separa do mesonefro em degeneração e é 
suspenso pelo seu próprio mesentério, o 
mesórquio. 
 Os cordões seminíferos se desenvolvem 
nos túbulos seminíferos, túbulos retos e rede 
testicular, que dará origem às células intersticiais 
(células de Leydig). 
Pela 8ª semana, essas células começam a 
secretar hormônios androgênicos, testosterona e 
androstenediona. Esses hormônios irão induzir a 
diferenciação masculina dos ductos mesonéfricos 
e da genitália externa. 
A produção de testosterona é estimulada 
pela gonadotrofina coriônica humana (HCG), que 
atinge seu pico entre a 8ª e a 12ª semana. Além da 
testosterona, os testículos produzem uma 
glicoproteína chamada hormônio mülleriana 
(HAM), ou substância inibidora mülleriana (SIM). 
O HAM é produzido pelas células de sustentação 
(células de Sertoli). Essa produção é contínua até a 
puberdade, período no qual os níveis desse 
hormônio diminuem. 
O HAM suprime o desenvolvimento dos 
ductos paramesonéfricos, os quais darão origem 
ao útero e tubas uterinas. 
Os túbulos seminíferos não tem lúmen até 
a puberdade. As paredes dos túbulos seminíferos 
são compostas basicamente de dois tipos de 
células: 
• Células de Leydig: sustentam a 
espermatogênese, são derivadas do epitélio 
da superfície do testículo. 
• Células de Sertoli: células espermáticas 
primordiais, são derivadas das células 
germinativas primordiais. 
As células de Sertoli constituem a maior 
parte do epitélio seminífero no testículo fetal. 
 
 
 
 
 João Pedro Assunção Medicina 
DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA GENITAL 
 
Durante o desenvolvimento fetal tardio, o 
epitélio de superfície do testículo se achata para 
formar o mesotélio sobre a superfície externa dos 
testículos. 
A rede testicular torna-se contínua com 15 
a 20 túbulos mesonéfricos que se tornam os 
dúctulos eferentes. Esses dúctulos são conectados 
com o ducto mesonéfrico, que se torna o ducto do 
epidídimo. 
DESENVOLVIMENTO DOS OVÁRIOS 
 O desenvolvimento das gônadas femininas 
ocorre de maneira mais lenta. O cromossomo X 
tem genes que corroboram para o 
desenvolvimento ovariano. Além dele, um gene 
autossômico também parece desempenhar papel 
importante na organogênese ovariana. O ovário 
não é identificado histologicamente até a 10ª 
semana. 
 Os cordões gonadais não são 
proeminentes nos ovários em desenvolvimento, 
mas eles se estendem adentro da medula e 
formam um rete ovarii rudimentar. Essas redes de 
canais e os cordões gonadais normalmente se 
degeneram e desaparecem. 
 Os cordões corticais estendem-se do 
epitélio de superfície do ovário em 
desenvolvimento para dentro do mesênquima 
subjacente durante o inicio do período fetal. A 
medida em que aumentam, as células 
germinativas primordiais são incorporadas neles. 
Aproximadamente com 16 semanas, esses 
cordões começam a se romper em grupos de 
células isoladas, ou folículos primordiais, cada um 
do qual contém umaoogônia (célula germinativa 
primordial). 
 Os folículos são rodeados por uma camada 
única de células foliculares achatadas derivadas 
dos epitélios de superfície. A mitose ativa da 
oogônia ocorre durante a vida fetal, produzindo os 
folículos primordiais. 
 Não há formação de oogônias após o 
nascimento. Embora muitas oogônias se 
degeneram na vida intrauterina, cerca de 2 
milhões de oogônias se desenvolvem e tornam 
oócitos primários. Após o nascimento, o epitélio 
de superfície do ovário se achata para formar uma 
camada única de células com o mesotélio do 
peritônio no hilo do ovário, no qual os vasos e 
nervos entram e saem. 
 O epitélio de superfície se torna separado 
dos folículos no córtex por uma capsula fibrosa 
fina, a túnica albugínea. 
 À medida que o ovário se separa do 
mesonefro em regressão, ele fica suspenso por um 
mesentério, o mesovário. 
DESENVOLVIMENTO DOS DUCTOS GENITAIS 
 Durante a quinta e sexta semana, os 
sistemas genitais são indiferenciados e há a 
presença de dois ductos genitais, os ductos 
mesonéfricos (ductos de Wolf) e os 
paramesonéfricos (ductos de Müller). 
 Os ductos de Wolf desempenham papel 
importante no desenvolvimento do sistema 
reprodutor masculino. Já os ductos de Müller 
desempenham papel condutor no 
desenvolvimento do sistema reprodutor feminino. 
 Os ductos paramesonéfricos desenvolvem-
se laterais às gônadas e aos ductos mesonéfricos 
em cada lado a partir de invaginações 
longitudinais do mesotélio nos aspectos laterais 
dos mesonefros (rins primordiais). As bordas 
desses sulcos se aproximam umas das outras e se 
fundem formando os ductos paramesonéfricos. 
 As extremidades craniais desses ductos se 
abrem para dentro da cavidade peritoneal. 
Caudalmente, os ductos paramesonéfricos correm 
paralelos aos ductos mesonéfricos até eles 
atingirem a futura região pélvica do embrião. Aqui 
eles se cruzam ventralmente aos ductos 
mesonéfricos, aproximam um do outro no plano 
mediano e se fundem para formar o primórdio 
uterovaginal em forma de Y. 
 Essa estrutura tubular se projeta para a 
parede dorsal do seio urogenital e produz uma 
elevação, o tubérculo do seio. 
 
 
 
 
 
 
 
 João Pedro Assunção Medicina 
DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA GENITAL 
 
DESENVOLVIMENTO DOS DUCTOS E 
 GLÂNDULAS GENITAIS MASCULINAS 
 Os testículos fetais produzem hormônios 
masculinizantes e substância inibidora 
mülleriana (SIM). As células de Sertoli produzem 
SIM com 6 a 7 semanas. As células intersticiais 
começam a produzir testosterona por volta da 8ª 
semana. 
A testosterona estimula os ductos 
mesonéfricos a formarem os ductos genitais 
masculinos, enquanto o hormônio antimülleriano 
(HAM) faz com os ductos paramesonéfricos 
regridam. 
 Sob influência da testosterona produzida 
pelos testículos fetais na 8ª semana, a parte 
proximal de cada ducto mesonéfrico se torna 
altamente convoluta para formar o epidídimo. 
 À medida que o mesonefro se degenera, 
alguns túbulos mesonéfricos persistem e são 
transformados em dúctulos eferentes. Esses 
dúctulos se abrem no ducto do epidídimo. 
 Distal ao epidídimo, o ducto mesonéfrico 
adquire um revestimento espesso de musculo liso 
e se torna o ducto deferente. 
GLÂNDULAS SEMINAIS 
São evaginações laterais da extremidade 
caudal de cada ducto mesonéfrico, as quais 
produzem uma secreção que constitui a maior 
parte do líquido ejaculado e nutre os 
espermatozoides. 
A parte do ducto mesonéfrico entre o 
ducto dessa glândula e da uretra se torna o ducto 
ejaculatório. 
PRÓSTATA 
Múltiplas evaginações do endoderma 
surgem da parte prostática da uretra e crescem 
adentro do mesênquima circundante. 
O epitélio glandular da próstata se 
diferencia a partir dessas células endodérmicas, e 
o mesênquima associado diferencia-se no 
estroma e no músculo liso da próstata. As 
secreções da próstata contribuem para o sêmen. 
GLÂNDULAS BULBOURETRAIS 
 Essas glândulas do tamanho de uma ervilha 
desenvolvem-se a partir de evaginações pareadas 
derivadas da parte esponjosa da uretra. 
 As fibras musculares lisas e o estroma se 
diferenciam no mesênquima adjacente. As 
secreções dessas glândulas também contribuem 
para o sêmen. 
 
 
DESENVOLVIMENTO DOS DUCTOS E 
 GLÂNDULAS GENITAIS FEMININAS 
 Os ductos mesonéfricos dos embriões 
femininos regridem devido a ausência de 
testosterona, permanecendo apenas alguns 
remanescentes não funcionais. 
 Os ductos paramesonéfricos 
desenvolvem-se devido a ausência de substância 
inibidora mülleriana (SIM). O desenvolvimento 
genital feminino não depende da presença de 
hormônios ou do ovário. 
 
 
 
 João Pedro Assunção Medicina 
DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA GENITAL 
 
 Mais tarde, estrogênios produzidos pelo 
ovário maternos e pela placenta estimulam o 
desenvolvimento das tubas uterinas, do útero e 
da parte superior da vagina. 
Os ductos paramesonéfricos formam a 
maior parte do trato genital feminino. As tubas 
uterinas se desenvolvem a partir das partes 
craniais não fundidas desses ductos. As partes 
caudais fusionadas dos ductos paramesonéfricos 
formam o primórdio uterovaginal, o qual da 
origem ao útero e a parte superior da vagina. 
O estroma endometrial e o miométrio são 
derivados do mesênquima esplâncnico. 
A fusão dos ductos paramesonéfricos 
também formam uma prega peritoneal que se 
torna o ligamento largo e formam dois 
compartimentos peritoneais, a bolsa retouterina 
e a bolsa vesicouterina. Ao longo dos lados do 
útero, entre as camadas do ligamento largo, o 
mesênquima prolifera e se diferencia em tecido 
celular, ou paramétrio, que é composto de tecido 
conjuntivo frouxo e de músculo liso. 
GLÂNDULAS GENITAIS AUXILIARES FEMININAS 
 Evaginações da uretra para dentro do 
mesênquima formam as glândulas bilaterais 
uretrais e parauretrais secretoras de muco. 
Evaginações do seio urogenital formam as 
glândulas vestibulares maiores no terço inferior 
dos grandes lábios. Essas glândulas 
tubuloalveolares também secretam muco e são 
homologas às glândulas bulbouretrais dos 
homens. 
DESENVOLVIMENTO DA VAGINA 
 Se desenvolve a partir do mesênquima 
circundante. O contato do primórdio uterovaginal 
com o seio urogenital forma o tubérculo do seio, 
que induz a formação de um par de projeções do 
endoderma, os bulbos sinovaginais. 
 Eles se estendem a partir do seio urogenital 
ate a extremidade do primórdio uterovaginal. Os 
bulbos sinovaginais se fundem para formar a placa 
vaginal. 
 Mais tarde, as células centrais dessa placa 
se decompõem formando o lúmen da vagina. 
 O epitélio da vagina é derivado das células 
periféricas da placa vaginal. 
 Até o final da vida fetal, o lúmen da vagina 
é separado da cavidade do seio urogenital por uma 
membrana, o hímen. A membrana é formada pela 
invaginação da parede posterior do seio 
urogenital, resultando de uma expansão da 
extremidade caudal da vagina. 
 O hímen geralmente se rompe deixando 
uma pequena abertura durante o período 
perinatal, e permanece como uma fina prega de 
membrana mucosa no interior do orifício vaginal. 
REMANESCENTES VESTIGIAIS DOS DUCTOS 
GENITAIS EMBRIONÁRIOS 
 Durante a conversão dos ductos para 
estruturas adultas, algumas partes permanecem 
como estruturas vestigiais. Esses vestígios 
raramente são vistos a não ser que alterações 
patológicas se desenvolvam neles. 
DESENVOLVIMENTO DA GENITÁLIA EXTERNA 
 São semelhantes em ambos os sexos até a 
sétima semana. As características distintas 
começam a aparecer durante a nona semana, mas 
as genitálias externas não estão completamente 
diferenciadas até a 12ª semana. 
 No início da 4ª semana, o mesênquima em 
proliferação produz um tubérculo genital 
(primórdiodo pênis ou do clitóris) em ambos os 
sexos na extremidade cranial da membrana 
cloacal. 
 As saliências labioescrotais e as pregas 
urogenitais logo se desenvolvem de cada lado da 
membrana cloacal. O tubérculo genital se alonga 
formando um falo primordial (pênis ou clitóris). 
 A membrana urogenital reside no assoalho 
de uma fenda mediana, o sulco uretral, que é 
limitado pelas pregas uretrais. Em fetos 
femininos, a uretra e a vagina se abrem para uma 
cavidade em comum, o vestíbulo da vagina. 
DESENVOLVIMENTO DA GENITÁLIA EXTERNA 
MASCULINA 
 É induzida pela testosterona produzida 
pelas células de Leydig (células intersticiais). 
 
 
 
 João Pedro Assunção Medicina 
DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA GENITAL 
 
 À medida que o falo primordial aumenta e 
se alonga para formar o pênis, as pregas uretrais 
formam as paredes laterais do sulco uretral na 
superfície ventral do pênis. 
 Esse sulco é revestido por uma proliferação 
de células endodérmicas, a placa uretral, a qual se 
estende a partir da parte fálica do seio urogenital. 
As pregas urogenitais se fundem ao longo da 
superfície ventral do pênis para formar a uretra 
esponjosa. O ectoderma superficial se funde no 
plano mediano do pênis, formando a rafe do 
pênis, e confina a uretra esponjosa dentro do 
pênis. 
 Na extremidade da glande peniana, uma 
invaginação ectodérmica forma um cordão 
ectodérmico, que cresce na direção da raiz do 
pênis para encontrar a uretra esponjosa. À medida 
que esse cordão se recanaliza, seu lúmen se une à 
uretra esponjosa previamente formada. Essa 
junção completa a parte terminal da uretra e move 
o orifício uretral externo para a extremidade da 
glande do pênis. 
 Durante a 12ª semana, uma invaginação 
circular de ectoderma ocorre na periferia da 
glande peniana. Quando essa invaginação se 
decompõe, ela forma o prepúcio, uma prega de 
pele que recobre a glande. 
 O corpo cavernoso do pênis e o corpo 
esponjoso do pênis se desenvolvem a partir do 
mesênquima do falo. As duas saliências 
labioescrotais crescem uma em direção a outra e 
se fundem para formar o escroto. A linha de fusão 
dessas pregas é claramente visível e é chamada de 
rafe escrotal. 
DESENVOLVIMENTO DA GENITÁLIA EXTERNA 
FEMININA 
 O falo primordial no feto feminino 
gradualmente se torna o clitóris. O clitóris é ainda 
relativamente grande com 18 semanas. 
 As pregas uretrais não se fusionam, exceto 
posteriormente, quando elas se juntam para 
formar o frênulo dos pequenos lábios. 
 As partes não fusionadas das pregas 
urogenitais formam os pequenos lábios. As pregas 
labioescrotais se fundem posteriormente para 
formar a comissura labial posterior e 
anteriormente para formar a comissura labial 
anterior e o monte do púbis. 
 A maior parte das pregas labioescrotais 
permanecem não fusionadas, mas se 
desenvolvem em duas grandes pregas de pele, os 
grandes lábios. 
 
 
DESENVOLVIMENTO DOS CANAIS INGUINAIS 
 Essas estruturas formam o caminho para a 
descida do testículo descerem da parede 
abdominal dorsal através da parede abdominal 
anterior para dentro do escroto. Essas estruturas 
se desenvolvem em ambos os sexos devido ao 
estágio morfologicamente indiferenciado do 
desenvolvimento sexual. 
 À medida que o mesonefro se degenera, 
um ligamento, o gubernáculo, se desenvolve em 
cada lado do abdome a partir do polo caudal da 
gônada. O gubernáculo passa obliquamente 
através da parede abdominal anterior em 
desenvolvimento no local do futuro canal inguinal 
e se fixa caudalmente à superfície interna das 
saliências labioescrotais (futura metades do 
escroto ou dos grandes lábios). 
 
 
 
 João Pedro Assunção Medicina 
DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA GENITAL 
 
 O processo vaginal, uma evaginação de 
peritônio, desenvolve-se ventral ao gubernáculo e 
hernia-se através da parede abdominal ao longo 
do caminho formado por esse cordão. 
 O processo vaginal carrega extensões das 
camadas da parede abdominal, as quais formam 
as paredes do canal inguinal. Essas camadas 
também formam as coberturas do cordão 
espermático e dos testículos. 
 A abertura da fáscia transversal produzida 
pelo processo vaginal se torna o anel inguinal 
profundo, e a abertura criada na aponeurose 
oblíqua externa forma o canal inguinal superficial. 
DESLOCAMENTO DOS TESTÍCULOS E DOS 
OVÁRIOS 
A DESCIDA DO TESTÍCULO 
Está ligada à: 
• O aumento dos testículos e atrofia do 
mesonefro, permitindo o movimento dos 
testículos caudalmente ao longo da parede 
abdominal posterior. 
• Atrofia dos ductos paramesonéfricos induzida 
pela SIM, possibilitando movimentos 
transabdominal dos testículos para os canais 
inguinais profundos. 
• O aumento do processo vaginal que guia o 
testículo através do canal inguinal para dentro 
do escroto. 
Com 26 semanas, os testículos já desceram 
retroperitonealmente da região lombar superior 
da parede abdominal posterior para os anéis 
inguinais profundos. Essa mudança de posição 
ocorre à medida que a pelve fetal se aumenta e o 
corpo do tronco se alonga 
 O movimento transabdominal dos 
testículos é em grande parte um movimento 
relativo que resulta do crescimento da parte 
cranial do abdome afastando-se da futura região 
pélvica. 
 A descida dos testículos através dos canais 
inguinais é controlada por androgênios 
produzidos pelos testículos fetais. 
O gubernáculo forma um caminho através 
da parede abdominal anterior para o processo 
vaginal seguir durante a formação do canal 
inguinal. 
 o gubernáculo ancora o testículo ao 
escroto e dirige sua descida para dentro do 
escroto. A passagem do testículo através do canal 
inguinal também pode ser auxiliada pelo aumento 
da pressão intra-abdominal que resulta do 
crescimento das vísceras abdominais. 
 A descida do testículo começa por volta da 
26ª semana e leva cerca de 2 a 3 dias. Em torno de 
32 semanas, ambos os testículos estão presentes 
no escroto, na maioria dos casos. Os testículos 
passam externos ao peritônio e ao processo 
vaginal. 
A maioria dos recém nascidos tem os dois 
testículos dentro do escroto. Os que não 
desceram, descem até os 3 meses do feto. 
 O modo de descida dos testículos explica 
porque o ducto deferente cruza anterior ao 
ureter; também explica o trajeto dos vasos 
testiculares. Esses vasos se formam quando os 
testículos estão localizados no alto da parede 
abdominal posterior. À medida que os testículos 
descem, eles levam consigo o ducto deferente e os 
vasos e são embainhados pelas extensões das 
fáscias da parede abdominal. 
 Dentro do escroto, o testículo se projeta 
dentro da extremidade distal do processo vaginal. 
Durante o período perinatal, o pedículo de 
conexão do processo normalmente se oblitera, 
formando uma membrana serosa, a túnica 
vaginal, que cobre a frente e os lados do testículo. 
DESCIDA DOS OVÁRIOS 
Não passam a pelve e nem entram nos 
canais inguinais. 
O gubernáculo é fixado ao útero perto da 
inserção da tuba uterina. A parte cranial do 
gubernáculo é fixado ao útero perto da inserção 
da tuba uterina. A parte cranial do gubernáculo 
torna-se o ligamento ovariano e a parte caudal, o 
ligamento redondo do útero. 
 
 
 
 João Pedro Assunção Medicina 
DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA GENITAL 
 
Os ligamentos redondos passam através 
dos canais inguinais e terminam nos grandes 
lábios. 
O processo vaginal relativamente pequeno 
nas mulheres usualmente se oblitera e desaparece 
antes do nascimento. Um processo persistente do 
feto é chamado de processo vaginal do peritônio 
(canal deNuck). 
 
FONTES 
MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. Embriologia 
Clínica. 10.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.

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