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Patologia cardiovascular Resumo centrado nos assuntos dados em sala de aula: - DIC/IAM - Aterosclerose - Aneurismas - Dissecção de aorta DIC Isquemia miocardica - Desbalanceamenro da perfusão e demanda cardíaca - Limita a oxigenação do tecido cardíaco e reduz a disponibilidade de nutrientes Por que ocorre? - Redução do fluxo sanguíneo devido lesões ateroscleróticas É uma doença silenciosa, lenta, que pode evoluir com inicio súbito de sintomas e até morte Causas - Aterosclerose coronariana - Embolia coronariana - Inflamação dos vasos do miocárdio - Espasmo vascular Conceitos Angina estável - Aumento da demanda de oxigênio que ultrapassa a oferta - Produzida por atividade ou estresse Clínica: dor mal localizada, em aperto, queimação, que alivia com vasodilatadores Angina instável - Ruptura da placa que resulta na trombose - Redução grave e transitória do oxigênio - Tem grave desconforto e duração prolongada - Ocorre mesmo em repouso ou atividades mínimas ‼ Risco de infarto eminente ‼ @resumeves Resumao IAM - Alteração aguda da placa que induz oclusão trombótica súbita e consequente necrose do miocárdio - Mais comum em idosos, indivíduos com predisposição genética e mal comportamento alimentar Morte súbita - Isquemia que induz arritmia ventricular fatal Patogenia Oclusão vascular crônica - Estreitamento progressivo da luz que leva a estenose ou erosão ou ruptura aguda da placa com trombose - 75% obstruído = isquemia sintomática - 90% obstruído = sintomático em repouso Alteração aguda da placa SCA: conversão aguda e súbita da placa aterosclerótica estável em uma lesão aterotrombótica por ruptura, erosão superficial, ulceração, fissura ou hemorragia profunda Causa formação de trombo que oclui parcial ou completamente 1. Alteração na placa (ruptura, erosão...) 2. Exposição do colágeno e conteúdo necrótico 3. Placas se aderem, ativam e liberam grânulos de agregação plaquetária e formam microtrombo 4. Vasoespasmo pelos mediadores da plaqueta 5. Fator tecidual ativa a via da coagulação e aumenta o trombo 6. Trombo expande e pode ocluir totalmente a luz do vaso Placa aterosclerótica - Dano na placa - Trombo sobreposto ~ : Acao no miocardio - Na isquemia grave, temos o dano irreversível dos cardiomiócitos - Ocorre ruptura do sarcolema que faz com que as macromolécula (CK-MB e troponina) saiam das células e entrem na corrente sanguínea A isquemia é mais pronunciada na forma subendocárdica Padroes de infarto Infarto transmural - Necrose envolve toda a espessura da parede ventricular Infarto não transmural (subendocárdico) - Trombo feito pelo dano a placa é lisado (terapêutico ou espontâneo) antes da necrose do miocárdio se estender Microinfarto multifocal - Envolve vasos intramurais menores - Microembolização (cria vários pequenos pontos de isquemia) Histopatologia Miocitólise (processo de cicatrização) IAM dia 1 - Ocorre necrose e aparecimento de fibras onduladas - Edema e neutrófilos dispersos no tecido 3 a 4 dias - Denso infiltrado de leucócitos polimorfonucleares 7 a 10 dias - Remoção dos miócitos necrosamos por fagocitose pelos macrófagos - Substituição por tecido de granulação - Cicatriz colagenosa densa O que são fibras onduladas? Fibras que ficam onduladas pelo estiramento e dobramento pelo esforço de células viáveis, podem estar na periferia do IAM Aspecto clinico Diagnostico - Clínica - Exames laboratoriais - RCG Sintomas - Dor torácica (maior que 30 minutos) com sensação constritiva, associado a pulso fraco e rápido - Sinais vagais (sudorese, náuseas e vômitos) Exames laboratoriais CK-MB - Começa a se elevar 4 a 6 hrs após infarto, e 24 a 48 hrs volta ao normal Troponina (selo top de pato) - Aumenta em 4 a 8 hrs, permanece elevada por 7 a 14 dias Mioglobina - Aumenta de 2 a 3 hrs, diminui após 1 dia - Pode ser feita para diagnóstico precoce Exames gerais: hemograma, gasometria, eletrólitos... Reperfusão Restauração do fluxo sanguíneo para o miocárdio Pode ser feito por: trombolise, angioplastia, instalação de stent ou cirurgia de enxerto Consequência do infarto: - Disfunção contrátil (arritmias) - Aneurisma ventricular - ICC - Pericardite Aterosclerose Conceitos Arteriosclerose: pequenas artérias e arteríolas com lesão isquêmica distal (termo genérico) Aterosclerose: endurecimento e lesões na íntima (placas de ateroma) Endurecimento - Espessamneto da parede arterial e perda de elasticidade : I Esclerose medial de Monckebeg: depósitos calcificados nas artérias musculares Placa ateromatosa - Lesão elevada na parede do vaso - Centro mole, amarelado e grumoso com lipídeos Parece um mingau Esses lipídeos são colesterol e ésteres de colesterol, e fixam revestidos por uma cápsula fibrosa branca Componentes da placa: Cápsula fibrosa (mais externo) - Formada por células musculares lisas, macrófagos, células espumosas (macrófagos e fagocitam lipídeos), linfócitos e substâncias da matriz extracelular (colágeno, elastina e proteoglicanos) - Tem neoformação vascular (causas de hemorragia da placa) Centro necrótico (médio) - Formado por restos celulares (células que necrosam no interior do ateroma), cristais de colesterol, células espumosas e depósitos de cálcio Placas moles/instáveis - Quando o maior componente é o centro necrótico - Mais susceptíveis a ruptura Placas duras/estáveis - Quando o maior componente é a cápsula fibrosa Condições clínicas causadas pela aterosclerose Inflamação local - Fragilidade dos vasos - Maior predisposição a formação de aneurismas DIC/AVC - Estreitamneto do lúmen vascular pela placa aterosclerótica e trombos Patogenese - Lesão endotelial - Adesão plaquetária 1º Lesão endotelial Causada por disfunção endotelial (cigarro, dislipidemia...): - Aumento da permeabilidade vascular - Adesão de leucócitos - Trombose - Acúmulo de proteínas e lipídeos no vaso (principalmente LDL) - Adesão de monócitos no endotélio e migração para a íntima (virão macrófagos - células espumosas) 2º Adesão plaquetária - Liberação de fatores de coagulação, macrófagos e células da parece vascular - Proliferação de células musculares (vão revestir a cápsula fibrosa) - fazem a fibrose do ateroma - Acúmulo de lipídeos extracelularmente e intra das células Fatores relacionados a lesão endotelial crônica que vai dar início a esse processo: - Dislipidemia - Tabagismo - HAS - Hiperhomocisteinemia - Fatores hemodinâmicos - Toxinas - Reações imunológicas Ué, mas como ocorre tudo isso? 4. ? Assim benines: Ocorre então adesão plaquetária no local onde teve lesão endotelial Primeiro, terá lesão endotelial por conta de algum fator que cause lesão endotelial crônica Após isso, acontece migração de neutrófilos e migração e ativação de monócitos, que entram pelo aumento da permeabilidade vascular Assim, eles conseguem fagocitar lipídeos acumulados ali Existem então recrutamento das células musculares lisas para a íntima, e assim vão formar a cápsula fibrosa do ateroma Se formam estrias gordurosas, que são lesões incipientes (talvez alguns de nós tenhamos), se iniciam em idade jovem, sem repercussão clínica Além disso, tem aumento do conteúdo lipídico ‼ A placa então progride e tem-se formação da cápsula fibrosa e expansão do centro necrótico Tudo isso culmina para redução do lúmen vascular O centro necrótico promove boa parte do volume do ateroma ÷ Í Estágios 1º Estrias gordurosas 2º Estrias gordurosas, após lesão endotelial, se transformam nas placas ateromatosas propriamente ditas *Placas moles são mais susceptíveis a ruptura Pos ruptura Repercussões clínicas: Trombose - Trombo de fibrina ou fenômeno tromboembólico após ruptura da placa e desprendimento de seus fragmentos lipídicos Estenose - Acontece por aumento volumétrico da placa de ateroma Fatores que contribuem para obstrucao arterial - Crescimento da placa, com redução do lúmen, com ou sem remodelamentodo vaso - Hemorragia dentro do ateroma, com aumento do volume - Vasoespasmo (redução de agentes vasodilatadores e aumento de agentes vasoconstritores) - Trombose (placas moles susceptíveis a ruptura) - Embolia Tromboembolia: desprendimento do trombo sobre o ateroma Ateroembolia: êmbolo formado por fragmentos da placa Morfologia Estrias gordurosas - Formada por macrófagos espumosos (células arredondadas com citoplasma espumoso) Meio estria meio placa - Essas estrias podem assumir relevo e virar placas, porém sem grandes repercussões clínicas Progressão da placa - Maior componente lipídico - Mais macrófagos espumosos - Persistência dos fatores de risco (principalmente o envelhecimento), placas se tornam confluentes e fusionadas - Sofrem erosão e fazem lesões catastróficas Microscopia - Coloração azul = fibrose - As fibras elásticas perdem resistência e ficam mais propensas a formação de aneurismas pelo desgaste dessas fibras - Calcificação nos vasos do interior da placa - Neoformação vascular - Presença de infiltrado inflamatório Consequencias da doenca - Aneurismas - ruptura/trombose (destruição da parede) - Ruptura da placa (trombose vascular aguda) - Oclusão de vasos menores (diminuição da perfusão) Fisiológico - Formação de estria gordurosa Patológico - Persistência dos fatores de risco - Disfuncai endotelial, agregação plaquetária e cascata inflamatória - Estria gordurosa evolui para placa fibrogordurosa - Com a persistência dos fatores de risco, ela vai crescer e pode se tornar uma placa estável (dura) ou instável (mole) Envelhecimento - Enfraquecimento da parede, aneurisma e ruptura - Erosão oi fissura na placa, formando hemorragia e assim fenômenos trombóticos - Aumento de volume da placa, formação de estenose e consequente fenômeno isquêmico Aneurisma Conceito - Dilatação anormal localizada no vaso sanguíneo Aneurisma: acomete as 3 camadas do vaso Pseudoaneurisma: lesão endotelial e ruptura vascular, porém sem envolver as 3 camadas do vaso Classificacao Saculares - Bolsas esféricas de 5 a 20 cm - Costumam ter trombo Fusiformes - Dilatação difusa e circunferencial de um segmento vascular longo - Até 20 cm - Envolvem porções estercas do arco aórtico (abdominal, ilíacos...) Vaso normal - 3 componentes: endotélio, média e adventícia Falso aneurisma - Dilatação elevada pelo extravasamento de sangue dissecando o tecido extravascular - Abriga hematoma Dissecção - Ruptura de uma parte do endotélio, com extravasamento de sangue Patogenia - Relação com a fragilidade do tecido conjuntivo - Se existir desequilíbrio entre a desgradação do tecido conjuntivo e síntese de colágeno, possibilidade de aneurisma Alteração do equilíbrio: - Inflamação do vaso Liberação de enzimas proteolíticas capazes de destruir o tecido conjuntivo e levar a fragilidade vascular - Perda de células musculares lisas - Pera da síntese de matriz extracelular - Isquemia Causas Causa mais comum: inflamação Outros: - Aterosclerose - Sífilis - Arterite de células gigantes - IgG4 - Sindrome de Marfan (genético) Fibras elasticas - As fibras elásticas são responsáveis pela manutenção da integridade do vaso - Quando lesadas, ocorre uma má organização, fragmentação, áreas de salto (sem fibras) e quebra de fibras (acontece por exemplo, na síndrome de Marfan) Disseccoes arteriais Conceito - Delaminação da parede das artérias no sentido longitudinal Aorta e coronárias: maior importância clínica Coronárias: secundárias a dissecção de aorta, entre a média e a adventícia *Raramente ocorre de forma espontânea, tem relação com jovens e gestantes Local mais comum de ruptura: saco pericárdico Ocasiona tamponamento cardíaco ‼ Condições associadas: Aquelas que causam fragilidade da parede do vaso - HAS - Aterosclerose - Sindrome de Marfan - Cardiopatias congênitas (hipertensão pulmonar - relação com dissecção da artéria pulmonar) - Trauma Classificacao de DeBakey Tipo 1: comprometimento de quase todo o segmento aórtico, parte ascendente, torácica e abdominal Tipo 2: só a crossa da aorta Tipo 3A: toda a aorta torácica Tipo 3B: toda a aorta abdominal I ♥ PATO
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