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1 Prof. Claudiney Luís Ferreira Farmacologia do Sistema Cardiovascular Conceitos Débito cardíaco: é o volume de sangue bombeado pelo VE por unidade de tempo. É calculado multiplicando a frequência cardíaca e o volume sistólico. Quando este volume é dividido pela quantidade total de sangue no VE, tem-se a fração de ejeção (ou fração ejetada). Diástole: é o período de relaxamento muscular, com dilatação das aurículas e dos ventrículos para permitir a entrada de sangue no coração. Pós-carga: dificuldade oferecida pela resistência vascular contra o bombeamento de sangue pelo coração. O aumento da pressão arterial aumenta a pós-carga, ou seja, mais difícil é a ejeção. Conceitos Pré-carga: assim como a pós-carga, indica a dificuldade de ejeção do sangue enfrentada pelo ventrículo. Neste caso, está relacionada com aquela antes da ejeção. É medida como o volume diastólico final, ou seja, um aumento no volume durante o enchimento resulta em uma maior quantidade de sangue ejetada e, consequentemente, maior pré-carga. Sístole: ao contrário da diástole, é o período de contração muscular. A contração das aurículas (sístole atrial ou auricular) faz com que o sangue seja impulsionado para os ventrículos, que são contraídos posteriormente para bombear o sangue para o corpo (sístole ventricular). Controle da contração cardíaca normal • A chegada de um potencial de ação despolariza a membrana das células musculares cardíacas levando à abertura dos canais de cálcio regulados por voltagem e influxo de cálcio, com aumento da concentração intracelular deste íon. • Este cálcio, chamado de “desencadeante”, estimula (abre) os receptores de rianodina (canais liberadores de cálcio) presentes na membrana do retículo sarcoplasmático, liberando mais íons de cálcio para o citoplasma. • Este cálcio (dito “ativador”) interage com o sistema actina- troponina-tropomiosina, levando a um encurtamento das miofibrilas por interação da actina com a miosina, resultando em contração. 2 Controle da contração cardíaca normal • A quantidade de cálcio liberada depende do quanto está armazenado do retículo sarcoplasmático e da quantidade de cálcio que entra nas células durante a passagem do potencial de ação. • A presença de ATP é necessária para dissociar o complexo miosina-actina e promover o relaxamento da musculatura. Em situações que levam às alterações significativas dos níveis de ATP, como a isquemia, a contração/o relaxamento do miocárdio é comprometido. A regulação da contração do miocárdio Sinalização adrenérgica: a estimulação de receptores β1- adrenérgicos resulta em efeitos inotrópicos (força de contração) e cronotrópicos positivos com o aumento do débito cardíaco A estimulação de outros receptores adrenérgicos na circulação periférica pode resultar em relaxamento (receptores β2) ou contração da musculatura lisa vascular (receptores α1), levando a uma diminuição ou a um aumento da resistência vascular sistêmica e pós-carga, respectivamente. DISTENSIBILIDADE VASCULAR Vasoconstrição: Noradrenalina, Endotelina, Serotonina, Vasopressina (ADH), Angiotensina II Vasodilatação: Óxido Nítrico, Substância P, Histamina, Acetilcolina, Bradicinina, Adrenalina (Receptor ß2), queda de O2 e aumento de CO2 e/ou de H+ PRESSÃO AO LONGO DE TODA A CIRCULAÇÃO. AMPLITUDE DE CONTRAÇÃO VENTRICULAR DAS ARTÉRIAS AS ARTERÍOLAS 3 ESFIGNOMANÔMETRO ESTIMA A PRESSÃO ARTERIAL < 120/80 mmHg: Normal 120 a 139/80 a 90 mmHg: hipertensa PRESSÃO SISTÓLICA PRESSÃO DIASTÓLICA Artéria braquial REGULAÇÃO DA PRESSÃO SANGUÍNEA Hipertensão Arterial A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. Ela acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9). A pressão alta faz com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para fazer com que o sangue seja distribuído corretamente no corpo. Hipertensão Arterial Essa doença é herdada dos pais em 90% dos casos, mas há vários fatores que influenciam nos níveis de pressão arterial, entre eles: • Fumo • Consumo de bebidas alcoólicas • Obesidade • Estresse • Elevado consumo de sal • Níveis altos de colesterol • Falta de atividade física; Além desses fatores de risco, sabe-se que a incidência da pressão alta é maior na raça negra, em diabéticos, e aumenta com a idade. 4 Hipertensão Arterial Sintomas da pressão alta Os sintomas da hipertensão costumam aparecer somente quando a pressão sobe muito e podem ocorrer: • dores no peito, • dor de cabeça, • tonturas, • zumbido no ouvido, • fraqueza, • visão embaçada e, • sangramento nasal. Hipertensão Arterial Diagnóstico Aferir a pressão regularmente é a única maneira de diagnosticar a hipertensão. Pessoas acima de 20 anos de idade devem aferirr a pressão ao menos uma vez por ano. Se houver casos de pessoas com pressão alta na família, deve-se aferir no mínimo duas vezes por ano. Hipertensão Arterial Prevenção Além dos medicamentos disponíveis atualmente, é imprescindível adotar um estilo de vida saudável: • Manter o peso adequado, se necessário, mudando hábitos alimentares; • Não abusar do sal, utilizando outros temperos que ressaltam o sabor dos alimentos; • Praticar atividade física regular; • Aproveitar momentos de lazer; • Abandonar o fumo; • Moderar o consumo de álcool; • Evitar alimentos gordurosos; • Controlar o diabetes. Hipertensão Arterial ✓ Doença cardiovascular mais comum ✓ Prevalência de > 50% acima de 60 anos ✓ Pode ser Primária (90%) ou Secundária (10%) ✓ Complicações a longo prazo: IAM, ICC, AVC 5 Princípios da terapia anti-hipertensiva • Não farmacológica importante componente do tratamento. • Controle da PA na HAS estágio 1 • Perda ponderal de peso • ↓consumo de sódio • ↑exercício aeróbico • ↓consumo de álcool • Mudança no estilo de vida (MEV) • Pode ser difícil para muitos mas • Pode inserir controle farmacológico da PA se só MEV é insuficiente. Tratamento ✓ Correção do estilo de vida ✓ Intervenção sobre fatores de risco: - diminuição peso - dieta hipossódica - atividade física - eliminar tabagismo ✓ Tratamento Farmacológico PA = DC X RVP Controle farmacológico • Fármacos ↓ PA por meio de suas ações sobre o DC ou RVP ou ambos. • ↓ DC = ↓ contratilidade miocárdio ou ↓pressão de enchimento ventricular. • ↓ pressão de enchimento ventricular = ↓ tônus venoso ou sobre o volume sanguíneo efeitos renais. • ↓ RVP • ação sobre músculo liso dos vasos relaxamento vascular. • ação SNC (simpático) 6 Fluxograma tratamento da HAS M.E.V. Monoterapia inicial Avaliar resposta terapêutica: adequada? Sim. Manter monoterapia Não. Reavaliar terapia medicamentosa Aumentar a dose do medicamento Substituir a monoterapia Adicionar a 2ª dose Farmacologia da hipertensão 7 Receptores Adrenérgicos (noradrenalina) • α1 • Efeito: vasoconstrição, relaxamento do músculo liso gratointestinal, secreção salivar e glicogenólise hepática. • α2 • Efeito: inibição da liberação de transmissores (noradrenalina e acetilcolina) agregação plaquetária, inibição da liberação de insulina. Simpatolíticos (Antagonistas Adrenérgicos) • Sistema Nervoso Autônomo Simpático • Vasoconstrição • Aumento da Frequência Cardíaca • Aumento da Força Cardíaca • Aumento da Pressão Arterial • Aumento do Débito Cardíaco • Simpatolíticos • Diminuem o Tônus Vascular Simpático ou Diminuem o Débito Cardíaco. 8 Agonistas do Receptor α2 (pré-sinápticos) Mecanismo de ação: deprimem o tônus simpático do sistema nervoso central (SNC). • Feedback negativo • Redução na liberação de Noradrenalina • Redução do Tônus Vascular Simpático Ex. Metildopa e Clonidina Agentes de Ação Central 9 α-metildopa – ideal para tratamento da grávida hipertensa, pois se mostrou mais efetiva na ↓PA dessas pacientes, além de não provocar má formação fetal. Agentes de Ação Central 10 Receptores α1 - Presente na musculatura lisa dos vasos: pele e vísceras. Como o antagonismodo receptor – Redução do Tônus Vascular – Vasodilatação Ex: Prazosin, Doxazosin, Terazosin. Obs. Mais usados para HPB (relaxamento da musculatura da Próstata) Antagonistas α1-adrenérgicos 11 Receptores Adrenérgicos • β1, β2 e β3 • Efeito β1 : aumento da frequência e força das contrações cardíacas • Efeito β2 : broncodilatação, vasodilatação, relaxamento da musculatura lisa visceral, glicogenólise hepática e tremor muscular. • Efeito β3 : Lipólise 12 β-Bloqueadores • PROPRANOLOL • TIMOLOL • LABETOLOL • CARVEDILOL ➢AÇÕES FARMACOLÓGICAS NA HAS β1 (Coração) - ↓ FC - ↓ débito cardíaco β1– Inibe a produção de Renina - ↓ PA • METOPROLOL • ATENOLOL ➢ USOS TERAPÊUTICOS = Hipertensão, • Angina, • 1ª opção em HAS com Arritmia, • ICC, • Glaucoma • Profilaxia de enxaqueca (cefaleia de origem vascular) • Estados de ansiedade • Tremor • Hipertireoidismo, dentre outros. β-Bloqueadores PROPRANOLOL (betabloqueador inespecífico – β1 e β2) 1° β -bloqueador sintetizado e ainda + usado Efeitos Adversos – contra-indicado em asmáticos, pelo desencadeamento ou agravamento do broncoespasmo, podendo levar à insuficiência respiratória aguda e podem mascarar e prolongar os sintomas de hipoglicemia (glicogenólise hepática) Atenolol e demais (betabloqueador mas específico para β1) – mais seletivos e menos efeitos adversos. 13 VASODILATADORES DIRETOS 14 Vasodilatadores Diretos Bloqueadores dos Canais de K+ (Minoxidil e Diazóxido) Bloqueio indireto dos canais de Ca2+ (a entrada de cálcio é fundamental para a contração da musculatura) – vasodilatação Minoxidil – hirsutismo em mulheres (aumento de pelos) 15 Ação na Fibra Cardíaca e nos Vasos Sanguíneos Antagonistasdos Canais de Cálcio Vascular Vasos Sanguíneos e Coração 16 Antagonistasdos Canais de Cálcio • São anti-hipertensivos eficazes e ↓morbidade e mortalidade cardiovasculares em idosos. • Usados como antiarrítmicos (verapamil) • Em comparação com outros anti-hipertensivos, levam a ↓ nas taxas de hospitalização por IC e IAM. • Deve-se dar preferência a BCC de longa duração 17 18 Baixo Fluxo Sg Renal Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina Bradicinina ECA i ECA 19 20 Antagonistasde ReceptoresAT1 ✓ eficácia semelhante ✓ menos efeitos colaterais (tosse) ✓ drogas de escolha p/ substituir os IECA Losartana Valsartana Candesartana Irbesartana Olmersartana ( 100 mg/dia ) ( 160 mg/dia ) ( 24 mg/dia ) (300 mg/dia) ( 20 mg/dia ) * Contra-indicados na gravidez 21 • + mais usados no tratamento da HAS, em todo o mundo há mais de 30 anos. • Vital no controle da HAS, isolado ou associado com outras drogas. • Têm demonstrado redução de morte e de complicações cardiovasculares. Diuréticos 22 Mecanismos de Ação • Local de ação é o néfron. • Inicialmente produzem leve depleção de Na+. • Com a con nuação da terapia, ocorre também ↓ da resistência vascular periférica. Efeitos adversos – podem eliminar K+ com doses moderadas ou elevadas. Diuréticos Diuréticos 1.Tiazídicos • Hidrocortiazida • Clortalidona • Indapamida 3. Diuréticos Poupadores de K+ • Espironolactona • Amilorida • Triantereno 2. Diuréticos de Alça • Furosemida • Bumetanida 2 1 3 23 Diabetes Insipidus nefrogênico (resist. ADH) - (paradoxalmente ↓ vol. urinário) ↑ Secreção de Na ↑ Secreção de Água Plasma Sanguíneo 24 ↑ Secreção de Na ↑ Secreção de Água ↑ Secreção de Mg e Ca Plasma Sanguíneo 25 Plasma Sanguíneo ↑ Secreção de Na ↓ Secreção de K Acidose Metabólica Mecanismo de ação Antagonista de Aldosterona - Espironolactona DIURÉTICOS OSMÓTICOS Representantes: • Manitol (I.V.) • Uréia (I.V.) • Glicerina (V.O.) Atuam no glomérulo Efeito na excreção urinária: • ↓ Na+, K+, Ca2+, Mg2+, Cl-, HCO3-, fosfato Efeito adversos: • Trombose (uréia) • Hiperglicemia (glicerina) •contra-indicado em Edema pulmonar (ICC) e sangramento craniano Usos terapêuticos: • Insuficiência renal aguda • Crise aguda de glaucoma • Edema cerebral (pré-cirúrgico) • Síndrome do desequilíbrio dialítico (hemodiálise ou diálise peritoneal) 26 Insuficiência Cardíaca • É uma doença em que o paciente relata dificuldade em respirar e presença de edemas periféricos. • Uma das causas mais comuns é a disfunção sistólica do ventrículo esquerdo (VE), que se encontra incapaz de manter o volume sistólico adequado e de fornecer o oxigênio necessário para o organismo. • Como uma medida compensatória, o volume diastólico aumenta, o que pode levar a um aumento da pressão diastólica no VE com consequente aumento da pressão atrial esquerda e pressão capilar pulmonar. • Dependendo do caso, ocorre aumento da pressão venosa sistêmica e formação de edemas pulmonares e periféricos. 27 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA Incapacidade do coração em manter o débito cardíaco necessário ao metabolismo disfunção ventricular e da regulação neuro-humoral cansaço aos esforços retenção hídrica redução da expectativa de vida FÁMACOS UTILIZADOS: 1. DIURÉTICOS 2. INIBIDORES DO SISTEMA RENINA ANGIOTENSIVA 3. ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS 4. CARDIOTÔNICOS 5. VASODILATADORES TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA ICC CARDIOTÔNICOS • SIMPATOMIMÉTICOS Cardiotônicos: aumentam a força de contração e o débito cardíaco, indicados no tratamento da Insuficiência Cardíaca. Elevam a concentração intracelular de cálcio por inibir a bomba de sódio. Exemplos de fármacos incluem os derivados digitálicos (digoxina e digitoxina) e agentes não digitálicos (ouabaína) • DIGITÁLICOS DIGITÁLICOS ➢ Dedaleira (Digitalis sp.) DIGOXINA DIGITOXINA ✓ MECANISMO DE AÇÃO: = ↑ ↑ [Na+] i- Inibição da Na+/K+ATPase - Inibição da troca Na+/Ca++ = acúmulo de [Ca++] i ↑ da liberação de Ca++ pelo retículo sarcoplasmático Aumenta a contração muscular CARDIOTÔNICOS 28 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: • Colestiramina - ↓ absorção • antiácidos - ↓ [ ] plasmática • propafenona, quinidina, verapamil - ↓ eliminação • Tiroxina - ↑ eliminação • eritromicina, omerprazol, tetraciclina - ↑ absorção • captopril, diltiazem, nifedipina - ↓ eliminação • antagonista β, verapamil, diltiazem - ↓ condução, automaticidade e contratilidade • diuréticos espoliadores de potássio - ↑ ação digoxina DIGITÁLICOS CARDIOTÔNICOS SIMPATOMIMÉTICOS Agonistas β1-adrenérgicos (simpaticomiméticos): • Usados principalmente em situações de curto prazo, devido aos efeitos adversos associados a eles (como taquicardia e arritmia). • Exemplos de fármacos usados no tratamento da insuficiência cardíaca incluem a dopamina, dobutamina, epinefrina, norepinefrina e isoproterenol. • Indicados na Insuficiência Cardíaca aguda ou refratária aos medicamentos orais e no Choque cardiogênico Vasodilatadores Diretos Estimula a liberação de vasodilatadores (Óxido Nitríco) – vasodilatação Nitropusseto de Sódio • dilata tanto as artérias quanto as veias (reduz a pressão arterial de forma eficaz - ↓RVP e ↓DC) • usado em emergências hipertensivas. Angina de peito (ou angina pectoris) • É uma patologia associada ao tônus vascular e caracteriza-se por dor no peito devido à isquemia do músculo cardíaco (problema no fornecimento de O2 por obstrução ou espasmos das artérias coronárias). • Além da dor no peito, os pacientes podem relatar irradiação da dor para os braços, os ombros e o pescoço. • O endotélio vascular libera óxido nítrico (anteriormente referido como fator de relaxamento derivado do endotélio) e endotelina 29 ✓ Ação na hipertensão: ↑↑ dilatação das grandes veias = ↓ retorno venoso, ↓ pré-carga • ↓ débito cardíaco ↓ demanda de oxigênio • Nitropussiato - dilatação arteriolar, ↓ RP, ↓ PA (↑ doses) • Emergêncas hipertensivas = Nitroprussiato I.V. • vasodilatação cerebral = cefaléia pulsátil Nitratos Orgânicos Nitroprussiato de sódio * Nitroglicerina Dinitrato de isosorbida Mononitrato de isosorbida ✓ Mec. Ação: Óxido Nítrico (NO) = Potente vasodilatador Inibidores da fosfodiesterase tipo V (PDE5) Impedem que o cGMP seja hidrolisado resultando em mais GMPc disponívele, graças à vasodilatação que o GMPc disponível gera (liberação de NO) resulta em ereção. Esta isoforma da PDE é encontrada predominantemente na musculatura lisa do corpo cavernoso (em uma menor quantidade na vasculatura sistêmica e pulmonar) e os fármacos deste grupo são usados principalmente para o tratamento da disfunção erétil. Ex.: sildenafil, vardenafil, tadalafil, lodenafila.
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