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Streptococcus

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Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Angie Martinez 
Características gerais 
• São cocos gram + 
• Parecidos morfologicamente com os 
Staphylococcus. Porém, possuem limitações no 
seu crescimento, são mais frágeis e com 
limitações. 
• Esse gênero envolve mais de 100 espécies, sendo 
muito mais numeroso que os estafilococos. Há 
bactérias que fazem parte da microbiota – vivem 
normalmente no nosso organismo, sem causar 
muitos problemas. Além deles, estão os 
patógenos clássicos – bactérias virulentas que 
estão aptas a causar um processo infeccioso. 
• Não formam esporos. 
• Apresentam-se em cadeias, como uma corrente. 
• São fastidiosos, para crescer necessitam de ágar 
sangue obrigatoriamente. Em meios menos ricos, 
não conseguem crescer. 
 
https://artritereumatoide.blog.br/aso-anti-streptolisina/ 
• São capnofílicos – não se dão muito bem em 
grandes quantidades de oxigênio. Precisam de 
uma atmosfera com mais gás carbônico. Quando 
se encontram em ambientes com muito O2, ficam 
fragilizados. 
• São catalase negativos. Logo, não possuem a 
enzima que destrói a água oxigena – assim, não 
conseguem reagir bem às espécies reativas de 
oxigênio. 
Classificação das espécies 
• As espécies de Streptococcus podem ser 
divididas de acordo com o padrão de hemólise 
visualizado quando semeados em ágar sangue. 
• Ao semear uma amostra de Streptococcus em 
ágar sangue, podem ser obtidos três padrões 
diferentes de hemólise. 
 
https://www.google.com/search?q=betahemolise&tbm=isch&ved=2ahUKEwjw2fqmsYv
wAhWvt5UCHUuNCTAQ2-
cCegQIABAA&oq=betahemolise&gs_lcp=CgNpbWcQAzIGCAAQChAYOgcIIxDqAh
AnOgQIIxAnOgQIABBDOgUIABCxAzoCCAA6CAgAELEDEIMBOgQIABAeOgYIA
BAFEB46BAgAEBM6BggAEB4QEzoICAAQBRAeEBNQkb4JWPPcCWD-
3QloA3AAeACAAeQCiAH5DpIBCDAuMTMuMC4xmAEAoAEBqgELZ3dzLXdpei1p
bWewAQrAAQE&sclient=img&ei=9Ad-
YPCPD6_v1sQPy5qmgAM&bih=710&biw=692#imgrc=XEhZtgUkA-gCMM 
➔ Beta-hemolíticos: A bactéria faz a lise total do 
sangue, provocando uma hemólise total, onde as 
hemácias vão ficar totalmente lisadas. Esse 
padrão é chamado de Beta-hemólise. 
➔ Alfa-hemolíticos: Podem causar uma hemólise 
parcial, onde somente uma parte da hemoglobina 
é digerido. Observa-se ao redor das colônias um 
crescimento um pouco esverdeado escurecido, 
característico da espécie. 
➔ Gama-hemolíticos: bactérias que não clivam as 
hemácias e não provocam nenhum tipo de 
hemólise. São as amostras não hemolíticas. 
Streptococcus de relevância médica 
• Todas as espécies de relevância médica são beta 
ou alfa-hemolíticos. 
• Existem bactérias patogênicas gama-hemolíticos, 
mas não são as principais. Logo, não é relevante 
em termos de infecção. 
➔ Os beta-hemolíticos possuem na superfície 
celular um tipo de açúcar chamado de carboidrato 
C. A presença desse carboidrato permite agrupar 
as bactérias nos grupos de Lancefield (A e B). No 
grupo A encontra-se a espécie S. pyogenes (GAS) 
e o grupo B o S. agalactiae (GBS). Elas são 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Angie Martinez 
reconhecidas comumente pelo grupo ao qual 
pertencem e não o nome da espécie. 
➔ Os alfa-hemolíticos, por sua vez, não possuem 
carboidrato C na sua parede. A espécie mais 
importante dentro desse grupo é o Streptococcus 
pneumoniae. 
Streptococcus pyogenes – GAS 
• Pertence ao grupo A dos beta-hemolíticos. 
• Uma das espécies mais importantes, sendo um 
dos principais patógenos humanos. 
• Causa uma série de infecções, dentro das quais as 
mais importantes são: piodermite – infecções 
cutâneas parecidas com as foliculites do 
Staphylococcus aureus; tonsilite, comumente 
conhecida como amigdalite; infecções mediadas 
por citocinas – fascite necrosante, escarlatina, 
erisipela. Pode causar ainda sequelas pós-
infecciosas – febre reumática e a 
glomerulonefrite. 
• É a principal causa de faringite em crianças e 
segunda maior causa de infecções de pele na 
comunidade. 
• Comumente encontrado na microbiota da faringe. 
• Muitos fatores de virulência e baixa taxa de 
resistência aos antibióticos. 
Infecção 
• A infecção começa com a aquisição do patógeno. 
A bactéria estabelece uma colonização das vias 
aéreas superiores – no caso do Streptococcus ele 
coloniza a garganta. A partir daí, pode ocorrer 
algum desequilíbrio do organismo, da resposta 
imune ou a bactéria se torna mais virulenta, de 
forma que ela começa a fazer uma lesão no tecido. 
• Essa lesão começa um processo chamado de 
faringite ou tonsilite. Esse processo se apresenta 
de forma clássica: garganta inflamada, febre alta 
e placas purulentas nas tonsilas. A faringite 
normalmente se resolve com ou sem antibióticos. 
• Contudo, é possível que essas bactérias estejam 
produzindo toxinas pirogênicas. Essas toxinas 
são vários tipos. Ao produzir essas toxinas, as 
bactérias podem desencadear uma doença 
chamada Escarlatina. A partir daí, a bactéria 
pode: 
➔ Ser eliminada e gerar uma infecção sem sequelas. 
➔ Pode desencadear depois de algumas semanas da 
eliminação a febre reumática. 
• Outra opção é que o patógeno seja adquirido e 
não cause uma infecção nas vias aéreas 
superiores, mas que fique na pele e entre através 
de microfissuras. Com isso, pode causar: 
➔ Piodermite: infecção parecida com a foliculite e o 
furúnculo. 
• Essa piodermite pode se disseminar pela pele, 
causando um quadro muito grave, chamado de 
Fascite necrosante, que pode evoluir para o 
choque. É possível também que a partir de uma 
infecção de pele a pessoa desenvolva uma 
erisipela. 
Antigamente, quando não havia noção de higiene nem da 
necessidade de realizar a lavagem das mãos, era muito 
comum que as mulheres morressem após o parto, 
chamado de febre puerperal. Isso acontecia porque 
muitos médicos e parteiras faziam o procedimento sem 
lavar as mãos, fazendo a transmissão das bactérias, que 
desencadeavam a infecção na mulher. 
• A piodermite pode acabar e causar logo depois 
uma sequela chamada de glomerulonefrite. 
Tipos de infecção 
Faringite estreptocócica 
 
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pos_strep.JPG 
• Uma das infecções mais simples causadas por 
estreptococos. 
• Também conhecido como tonsilite, amidalite e 
faringo-amidalite. 
• 40% dos quadros de dor de garganta em crianças. 
• Sintomas: febra alta, calafrios, dor de garganta, 
inflamação das tonsilas com placas purulentas. 
São muito comuns. 
• A placa purulenta é cheia de pus. 
• Costuma ser tratado com amoxicilina. 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Angie Martinez 
Escarlatina 
 
https://www.tuasaude.com/escarlatina/ 
 
https://www.otempo.com.br/cidades/escarlatina-volta-a-preocupar-1.1391770 
• É uma complicação da faringite. Ocorre quando a 
bactéria produz toxinas pirogênicas. 
• A toxina, ao cair na corrente sanguínea, 2 ou 3 
dias depois do início da infecção começa a se 
espalhar pelo organismo, levando a um quadro de 
eritema generalizado, que afeta as bochechas e o 
corpo no geral com marcas vermelhas. 
• Sintomas: eritemas que se espalham por todo o 
corpo, sendo intenso nas bochechas, com língua 
em morango (sintoma clássico dessa infecção). 
• Doença séria que precisa ser controlada com 
antibióticos, porque pode levar a óbito. 
Erisipela 
 
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/erisipela/ 
• Rash cutâneo causado pela liberação de toxinas. 
• Causa uma dor muito grande e pode gerar 
problemas de disseminação na corrente 
sanguínea. 
• Desenvolvida a partir das piodermites. 
• Sintomas: edema muito bem delimitado, que 
acomete braços, pernas ou rosto, deixando a área 
avermelhada mais elevada que a pele não 
envolvida. Não há coleção purulenta. 
• Mais comum em idosos. 
• Muitas vezes é confundida com a celulcite. 
Porém, diferente da celulite estafilocócica, é um 
edema mais bem delimitado, com área elevada e 
que afeta tecidos mais superficiais. 
•Deve ser tratada com antibióticos. 
Fascite necrosante 
• É uma apresentação rara das infecções 
estafilocócicas. 
• Evolui a partir de uma infecção de pele simples. 
• Ocorre quando a bactéria é bastante virulenta e 
produz muitas toxinas pirogênicas – 
especialmente as menos comuns. 
• É a disseminação da bactéria no tecido 
subcutâneo + a liberação dessas toxinas, o que 
gera necrose do tecido. 
• A taxa de mortalidade: 40%. 
• A fascite necrosante é quando há a necrose das 
fáscias musculares. 
• Quando a necrose começa a se espalhar as toxinas 
são lançadas na corrente sanguínea, fazendo com 
que a pessoa evolua para um choque tóxico 
(diferente de choque séptico, pois não há bactéria 
no sangue, só a toxina). 
• O choque é a apresentação clínica onde a pessoa 
começa a ter uma descarga exacerbada de 
citocinas, com uma inflamação generalizada + 
Síndrome da resposta inflamatória sistêmica 
(febre, taquicardia etc.). 
Sequelas não-supurativas 
• Uma característica que os estafilococos não 
possuem e os estreptococos sim é o fato de gerar 
se quelas não-supurativas. 
• Sequela é um problema que fica depois da 
infecção. Consequência decorrente de uma 
infecção curada. 
• Não há mais pus nem bactérias. 
https://www.tuasaude.com/escarlatina/
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Angie Martinez 
Febre reumática 
 
https://rsaude.com.br/paranavai/materia/febre-reumatica/13072 
• Desenvolve-se após uma faringite estreptocócica, 
em indivíduos com predisposição genética. 
• Quando a pessoa desenvolve a tonsilite, seus 
anticorpos específicos para essa bactéria acabam 
se ligando ao tecido cardíaco. Com isso, além de 
destruir o S.pyogenes, vai reconhecer e destruir o 
tecido das válvulas cardíacas, gerando um quadro 
de auto-imunidade – anticorpos atacando o 
próprio tecido. 
• Se isso acontece com uma pessoa que tem 
infecções de garganta recorrentes, a cada episódio 
de faringite haverá uma elevação do número de 
anticorpos e consequentemente um aumento na 
destruição das válvulas cardíacas. 
• No início da vida adulta, caso não seja tratado, a 
pessoa pode ir a óbito pelos problemas cardíacos 
gerados. 
• Sintomas: dor nas articulações após a faringite, 
sinais de cardite e ASO elevado. 
• Tratamento: 
- Penicilina benzatina para elimina a bactéria. 
- Antiinflamatórios. 
- Profilaxia com antibióticos. 
Por isso, quando a pessoa começa a desenvolver 
infecções de garganta recorrente é possível fazer a 
retirada das tonsilas. É um debate, pois as tonsilas são 
órgãos importantes, mas são o sítio mais recorrente dessa 
bactéria. 
• Quando detectado que a criança possui algum 
risco de estar desenvolvendo a febre reumática, 
deve se tratar imediatamente por meio da 
benzetacil com doses diárias por longos períodos 
e eliminar qualquer chance de reativar uma 
infecção. 
• Ela pode ser confundida muitas vezes com a 
endocardite. São completamente diferentes, pois 
na endocardite a bactéria se aloja na válvula 
cardíaca. 
Glomerulonefrite 
 
https://www.mdsaude.com/nefrologia/glomerulonefrite/ 
• Pode ocorrer após a piodermite. 
• A pessoa desenvolve anticorpos para eliminar a 
bactéria e ele começa a se ligar nos glomérulos 
renais. 
• Diferente da febre reumática, a glomerulonefrite 
é limitada. 
• É uma doença benigna e autolimitada. Sua 
resolução completa acontece em até 2 meses. 
• Não é fatal. 
• Sintomas: hematúria após infecção 
estreptocócica, com ASO elevado. 
• Tratamento: suporte, sem antibióticos. 
Tratamento 
• Independente de qual seja o tipo de infecção, 
podem ser tratadas com beta-lactâmicos simples, 
pois as taxas de resistência são muito baixas. 
• Não produzem penicilinases, e ao produzir, 
ocorre em baixa quantidade. 
• Pode tratar com uma dose única intramuscular de 
benzetacil, com amoxicilina ou azitromicina. Isso 
nas infecções superficiais. 
• Na fascite, por ser mais grave, podem ser 
utilizadas amoxicilina ou clindamicina, 
ciprofloxacina e debridamento cirúrgico. Quando 
a bactéria começa a produzir beta-lactamases, 
pode se administrar amoxicilina + clavulanato. 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Angie Martinez 
Streptococcus agalactie – GBS 
• Beta-hemolítico pertencente ao grupo B. 
• Vive em mucosa genital. 
• É a principal causa de pneumonia e meningite em 
bebês recém-nascidos. 
• Presente na microbiota vaginal de cerca de 20% 
das mulheres em geral e em 40% das grávidas. 
Isso pois a gestantes ficam mais dispostas a sua 
colonização. 
• É comensal na microbiota. 
• Todas as grávidas devem fazer pesquisa para S. 
agalactie entre a 35ª e 37ª semanas de gestação. 
Parte importante do pré-natal. 
• Mães colonizadas precisam fazer tratamento com 
antibióticos ou parto cesárea em caso de 
insucesso. Se essa bactéria estiver presente no 
canal vaginal na hora do parto normal, o bebê 
pode entrar em contato, no qual pode causar 
pneumonia e/ou meningite. 
Infecção 
• A partir da colonização vaginal, o mais comum é 
que sem o pré-natal a bactéria entre em contato 
com o bebê. Ela atinge primeiro o pulmão – 
podendo desenvolver uma pneumonia. A partir 
dessa pneumonia, a bactéria dissemina para o 
sangue e o cérebro. 
• Menos comum, mas possível, é que a bactéria 
entre pela cavidade amniótica. Se a bactéria 
atravessar a cavidade amniótica com o bebê 
muito pequeno, pode ocorrer um aborto 
espontâneo. Caso esteja mais desenvolvido, pode 
gerar um parto prematuro. 
➔ Quando a infecção ocorre antes do nascimento ou 
no momento exato do parto, é chamado de 
infecção do tipo precoce. 
➔ Quando adquirida depois do nascimento, é 
infecção do tipo tardia. 
• Nos adultos, as infecções desenvolvidas são as 
urinárias. Se a pessoa tiver imunossupressão é 
possível que desenvolva bacteremias e 
meningites. 
Diagnóstico e tratamento 
• Para diagnóstico, é importante que a gestante seja 
submetida ao Swab vaginal. Caso exista suspeita 
de infecção no recém-nascido, é coletada uma 
amostra e realiza-se o teste CAMP. 
• Teste CAMP: É semeado em ágar sangue o S. 
agalactie próximo ao S.aureus. O S. agalactie vai 
aumentar a atividade da hemolisina de S.aureus, 
atuando em sinergismo. Isso diferencia o tipo de 
estreptococo, pois o pyogenes não aumenta a 
atividade hemolítica do S. aureus. 
• De modo geral, as infecções por estreptococos 
respondem a penicilina. Em caso de infecção ou 
colonização, recomenda-se utilizar uma 
penicilina 10x mais concentrada do que no 
tratamento do S. pyogenes. 
Streptococcus pneumonie 
• Pertencente aos alfa-hemolíticos. 
• Também chamada de pneumococo, pois é o coco 
mais associado à pneumonia. É a principal causa 
de pneumonias comunitárias e hospitalização de 
indivíduos adultos. 
• Presente em até 70% dos indivíduos. 
• Vive na nasofaringe, entre a garganta e a narina. 
A maioria das pessoas possui essa bactéria 
naturalmente, sem causar infecção nem 
problemas. O problema desenvolvido mais 
comumente é a otite – dor de ouvido. 
• A maior parcela das infecções que ele causa é a 
otite. 
• A partir do ouvido, por causa de aspiração, pode 
cair muco e bactérias que atinjam os pulmões, 
desenvolvendo a pneumonia. 
• A pneumonia pode ser curada. Em 10% dos 
casos, ocorre a evolução para uma bacteremia no 
sangue. 
• Com a bacteremia no sangue, existe o risco de 
desenvolver meningite. 
• As infecções mais brandas são as mais comuns, 
já as mais graves são menos comuns. 
Infecção 
• A infecção pelo pneumococo começa com a 
colonização da nasofaringe. Se a bactéria não 
estiver adaptada a essa área, não é possível 
desenvolver uma infecção. Ela se adere à 
nasofaringe por meio de suas adesinas, as quais 
fixam a bactéria à mucosa da faringe. Existem 
anticorpos que vigiam a mucosa para eliminar as 
bactérias (anticorpo IgA). Contudo, o 
estreptococo consegue produzir umaproteína 
(IgA protease) que destrói essa imunoglobulina. 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Angie Martinez 
• A partir da colonização da nasofaringe, essa 
infecção pode se espalhar para o ouvido, 
causando uma otite média. 
• A partir do ouvido, pode haver o 
desenvolvimento de pneumonia – esta ainda pode 
se desenvolver direto da nasofaringe. 
• Quando a bactéria causa pneumonia, a 
pneumolisina vai lisar as células ciliadas do trato 
respiratório, as quais impedem que as bactérias 
entrem no pulmão. Como o pneumococo tem a 
toxina pneumolisina, consegue se alojar no 
pulmão. 
• Se a bactéria tiver cápsula – revestimento espesso 
de açúcar, pode cair na circulação sanguínea e 
sobreviver, pois, os neutrófilos não vão detectar 
sua presença. 
• Ela se espalha no sangue, podendo causar um 
quadro de meningite caso atravesse a barreira 
hematoencefálica. 
Diagnóstico, Tratamento e Profilaxia 
• No caso de pneumonia, pode ser realizada uma 
microscopia do escarro, para visualizar as células 
epiteliais com os pneumococos ao redor. 
• Nessas situações a penicilina é o tratamento de 
escolha. Caso haja resistência – o que é raro – 
pode ser utilizado sulfa/trimetoprim ou 
azitromicina. 
• Existe profilaxia: vacina pneumocócica. Há 
trivalente, que protege contra os vários tipos de 
cápsula que o pneumococo tem. 
Diferenças entre os cocos Gram + 
• Com cocos gram +, o primeiro teste a ser feito é 
o da catalase. 
• Os estafilococos produzem catalase e clivam 
água oxigenada em água e oxigênio, já os 
estreptococos não. 
➔ Ao lidar com uma bactéria catalase +, é possível 
que seja estafilococos. Logo, realiza-se o teste da 
coagulase – se for positivo, pertence ao grupo de 
estafilococos. Se for negativo, não é necessário 
identificar a espécie – para diagnóstico clínico, já 
em pesquisa é bom determinar. 
• Se o coco for catalase negativo, é um indício de 
ser estreptococos. A amostra deve ser semeada 
em uma placa de ágar sangue e visualizar como 
será a hemólise causada. 
➔ Caso não haja nenhum tipo de hemólise, é um 
gama-hemolítico. 
➔ Com hemólise parcial, é um alfa-hemolítico e 
provavelmente um S. pneumoniae. 
➔ Com hemólise total, é um beta-hemolítico. Se o 
swab vem da gargante ou infecção de pele, deve 
ser o S. pyogenes. Se for swab vindo de amostra 
vaginal ou recém-nascidos, deve ser o S. agalactie 
(possível de confirmar através do teste CAMP +).

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