Buscar

Estudo de Caso: Fundição

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Estudo de Caso: Fundição 
Ergonomia 
 
A Fundição de peças grandes consiste em fazer um molde de areia, e preenche-lo com metal 
fundido. Este processo por sua vez, usando um motor como exemplo, quando a peça está 
pronta, ficam restos de areia, e rebarbas do metal. Então, assim que a peça é retirada do molde 
de areia pelos operários, a peça é colocada sob suspenção, e começa a limpeza. 
Para limpar o motor, são utilizados jatos de ar ou até mesmo areia, também é usado escovas de 
aço. E para as rebarbas, o uso de um esmeril se faz necessário e o trabalhador percorre a peça 
toda retirando as imperfeições. 
O trabalho de fundição é muito pesado, e nada ergonômico. Ele exige posturas fatigantes, 
carregamento de peso, o ambiente não é nada agradável, muitas vezes se trata de um ambiente 
escuro, sujo, quente e com ruídos. E ainda há muitas partículas de sílica no ar, que por sua vez 
afetam diretamente os pulmões de quem está sempre no local. 
As partículas de sílica ficam mais evidentes durante o esmerilhamento, que em uma hora são 
colocados no ar cerca de 10g desta molécula. Como fica muito tempo em suspensão no ar, os 
trabalhadores que estão mais envolvidos nesta etapa correm sérios riscos de contrair silicose. 
Analisando o posto de trabalho, ficou mais evidente a gravidade da situação, e foram 
constatados 2 principais pontos para isto. O déficit tecnológico e o próprio posto de trabalho. 
Sob o viés do primeiro ponto, a compra de maquinários mais tecnológicos aumentaria a 
qualidade das peças produzidas, que viriam com menos rebarbas, logo seria menos tempo na 
esmerilhação. Entretanto, o investimento seria de alto custo, e com reflexo somente a longo 
prazo economicamente. E para o posto de trabalho, colocando o trabalho dentro das medidas 
de segurança. Também, a adoção de cabinas individuais que teriam isolamento acústico, 
iluminação adequada, boa ventilação e janelas. 
Falando sobre a cabina, a forma hexagonal foi a de melhor aceitação. Dentro dela, as bancadas 
e ferramentas foram posicionadas de forma antropométrica, afim de reduzir as posturas 
inadequadas. No teto, foram colocados trilhos de sustentação para levar as peças até a esteira, 
sem necessariamente o operário realizar toda a força sozinho. 
O ruído dentro da fabrica foi diminuído, pois as cabinas foram revestidas com isolantes 
acústicos, da forma que durante pausas, fora das cabinas pode-se ficar sem os protetores 
auriculares. 
A ventilação foi feita de cima para baixo, afim de levar a poeira e pó de sílica para baixo, e ficar 
distante da respiração, com isto, a considerável diminuição de pó permitiu o trabalho sem 
máscaras. 
Os custos para implementar foram baixos, se analisados todas as vantagens que trouxeram, pois 
agora os trabalhadores estavam em um ambiente mais limpo, mais claro, e além de tudo isso, 
mais humano. Agora eles conseguem conversar durante as pausas, pois houve a diminuição de 
ruídos. Assim, a implementação foi muito benéfica, principalmente, para os operários desta 
etapa da produção, e também para a empresa em geral, pois todo o ambiente fica mais calmo.

Outros materiais