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RENATA PEREIRA PEDRASSANI 8083944 ATIVIDADE DE PORTFÓLIO 2 CONTRIBUIÇÕES, EQUÍVOCOS E CONSEQUENCIAS DA MÁ INTERPRETAÇÃO DA “PSICOGÊNESE DA LÍNGUA” SÃO MIGUEL DO GUAPORÉ - RO 2021 Trabalho apresentado ao Centro Universitário Claretiano para a disciplina Alfabetização e letramento: aspectos históricos e teóricos, ministrada pela Tutora Alessandra Correa Farago. Contribuições, equívocos e consequências da má interpretação da psicogênese da língua A pesquisa de Emília Ferreiro e Ana Teberosky sobre a psicogênese da língua escrita mostrou um novo modo de ver os alunos, dando ênfase a teoria construtivista de Jean Piaget, porém, só o construtivismo não era suficiente para desenvolver a linguagem e as competências cognitivas, então as pesquisadoras buscaram na Psicolinguística, fundamentos pra a investigação da língua escrita. O Construtivismo afirma que o conhecimento é resultado da construção pessoal do aluno; o professor age como mediador do processo ensino-aprendizagem. A aprendizagem não é o resultado do desenvolvimento do aluno, mas o próprio caminho do desenvolvimento, valorizando os conhecimentos prévios do aluno e sua maneira de interpretação. A Psicogênese é a parte da Psicologia que se ocupa em estudar a origem e o desenvolvimento dos processos mentais. Sendo assim, a psicogênese da língua escrita de Ferreiro e Teberosky explicou como se dá o processo de aprendizado da alfabetização, concluiu-se que esse procedimento é adquirido através de um sistema de representação em um processo construtivo que segue uma linha regular dividida em três períodos: no primeiro deles o aluno descobre que escrever é uma coisa diferente de desenhar; no segundo se dá na diferenciação e no controle progressivo do eixo qualitativo (variedades de grafias) e quantitativo (quantidade de grafias), esses dois períodos são compreendidos como a fase pré-linguística ou pré-silábica; o terceiro período é o de fonetização da escrita, onde se conhece as letras pelos nomes, inicia-se pelo período silábico e termina no alfabético. Tais descobertas trouxeram uma grande reviravolta no modelo de alfabetizar, pois antes disso o foco era em como se deveria ensinar e usava-se métodos mecânicos onde ao invés do aluno aprender ele decorava letras e sílabas em sequencias, sem perceber nenhum sentido ou efeito porque realmente esse método tradicional não transmitia. A psicogênese da língua escrita, valorizando a concepção construtivista fez desmoronar os métodos tradicionais, tendo como foco o aluno e respeitando o modo como se aprende, assim, com o professor fazendo seu papel de mediador entre o aluno e o conhecimento cada fase do aprendizado foi respeitada e o aluno não foi mais visto como tábua rasa (que não tem nenhum conhecimento prévio). Mas infelizmente essa concepção foi mal interpretada trazendo muitos equívocos e consequências para a alfabetização, um desses equívocos foi o professor querer abandonar o ensino das sílabas para ao educando no desejo de deixar para trás o ensino mecânico e não se tratava disso, a condenação era para o ensino das sílabas em sequência exata como se dá o alfabeto, privando o aluno de conhecer a letra Z quando ainda estava no B, em palavras formadas sem nenhuma contextualização para atender essa demanda, como: bebê, babá, o bebê baba na babá. Afinal, é impossível alfabetizar sem que ensine as sílabas ao aluno. Outro grande equívoco foi pensar que o professor não precisa fazer nada porque o aluno constrói seu conhecimento e aprende sozinho. O professor deve sim fazer intervenções com o intuito de levar o aluno a aprender e descobrir, pois sem o professor fazendo os questionamentos corretos e no momento necessário jamais o aluno aprenderá alguma coisa. “O aluno aprende vendo”. Esse é um outro equívoco, pois vendo o professor escrever na lousa ou vendo seus erros destacados no caderno o aluno não identifica onde nem o porquê aquilo está errado e se torna impossível aprender o jeito certo. Com estes e outros erros de interpretação as consequências não são poucas, observa-se uma grande porcentagem de alunos mal alfabetizados e sem nenhum letramento, as vezes até tem alfabetização, mas não são letrados, não conseguem fazer o uso adequado da escrita e decodificar variedades textuais. Referências: MENDONÇA, O. S. Psicogênese da língua escrita: contribuições, equívocos e consequências para a alfabetização. Caderno de formação: formação de professores didática dos conteúdos. UNESP. Universidade Virtual do Estado de São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011, v.2. Disponível em: http://www.acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/40138/1/01d16t03.pdf páginas 36-57 vídeo: Métodos tradicionais de alfabetização e a Psicogênese da língua escrita: https://youtu.be/964H0UEA6OQ http://www.acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/40138/1/01d16t03.pdf https://youtu.be/964H0UEA6OQ
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