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Apostila 2 – Frente 1 
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 
1 Biologia 
Aula 25 – Gametogênese 
As células sexuais, responsáveis pelo processo de 
reprodução em humanos através da fecundação são denominadas 
gametas. Os gametas são células haploides geradas por meiose 
e, ao se fundirem, originam o zigoto diploide. 
Esses gametas são formados a partir de células 
indiferenciadas denominadas células germinativas. As células 
germinativas se originam a partir da parede do saco vitelínico do 
embrião ao final da terceira semana de desenvolvimento 
embrionário, migrando então para as gônadas. 
Cada célula germinativa, por se dividir por meiose, 
origina quatro células, embora nem todas sejam 
necessariamente gametas. 
Esse processo de formação de gametas é denominado 
gametogênese. Os objetivos dessa gametogênese são: 
- reduzir o número de cromossomos à metade daquele da 
célula somática normal, isto é, de 46 para 23. Isso é 
proporcionado pela meiose, que também permite o aparecimento 
de uma variabilidade genética entre os gametas produzidos e as 
células que os originaram, através do crossing-over e da 
segregação dos cromossomos homólogos. 
- modificar a forma das células em preparação à fecundação. 
A célula germinativa masculina, grande e redonda no início, perde 
quase todo seu citoplasma e passa a ter cabeça, colo e cauda 
(flagelo), adquirindo grande motilidade e tornando-se um 
espermatozoide. A feminina, ao contrário, torna-se gradualmente 
maior, acumulando substâncias de reserva nutritiva para a 
formação do futuro indivíduo gerado e desenvolvendo uma série 
de estruturas de proteção (barreiras) para preservá-la, uma vez 
que é uma célula de difícil formação e longo tempo de vida, 
tornando-se um óvulo. 
Observe que na espécie humana, observa-se o fenômeno 
da oogamia, ou seja, o gameta masculino, denominado 
espermatozoide, é uma célula pequena e móvel, que nada 
ativamente para fecundar o gameta feminino, denominado óvulo, 
que é uma célula grande e imóvel. 
Espermatogênese 
Os gametas masculinos são produzidos nas gônadas 
masculinas, os testículos, a partir das células germinativas. 
Os espermatozoides são células pequenas e dotadas de 
um flagelo, com o qual eles nadam pelas estruturas do aparelho 
reprodutor feminino até encontrarem o óvulo e fecundarem o 
mesmo. Como consequência da presença do flagelo e das 
dimensões reduzidas, apresentam grande motilidade. 
Além disso, os espermatozoides possuem uma estrutura 
especial, o acrossoma, que abriga enzimas líticas que permitem 
ao espermatozóide vencer as barreiras que envolvem o óvulo e 
promoverem a fecundação. 
Apesar de apenas um espermatozóide fecundar o óvulo, 
milhões de espermatozóides devem ser produzidos para o homem 
poder ser fértil. Para se ter uma ideia, numa única ejaculação, o 
homem libera cerca de 3,4 ml de esperma, contendo cerca de 120 
milhões de espermatozóides por ml. Se o homem possuir menos 
de 20 milhões de espermatozoides por ml de esperma 
(oligospermia), ele será estéril. 
A necessidade de um número elevado de 
espermatozoides quando apenas um efetivamente irá promover a 
fecundação encontra explicação em três motivos: 
- primeiramente, deve-se ter em mente que a vagina é um 
ambiente muito ácido e bastante hostil aos espermatozoides, que 
não suportam pH muito baixo. Mesmo havendo a secreção 
alcalina da próstata no esperma, muitos espermatozóides morrem 
com essa acidez. Além disso, a presença de muco no colo uterino 
segura boa parte dos espermatozoides que tentam passar da 
vagina para o útero. 
- um segundo motivo para isso é que o óvulo é protegido por 
algumas barreiras, havendo a necessidade nas enzimas do capuz 
acrossômico para vencê-las. As enzimas presentes em um único 
acrossoma são insuficientes para vencer essas barreiras. Vários 
espermatozoides devem agir para abrir espaço nessas barreiras a 
fim de tornar possível a fecundação. 
- um terceiro motivo é que a mulher possui dois ovários, mas só 
um deles ovula a cada tempo. Quando os espermatozoides 
penetram na mulher, aproximadamente metade se dirige para o 
ovário direito e metade para o ovário esquerdo. Como só um dos 
ovários ovulou, metade dos espermatozoides se dirigem a um 
ovário sem óvulo a ser fecundado. (Lembre-se que o 
quimiotactismo na espécie humana tem raio de ação limitado, 
ocorrendo apenas a maiores proximidades com o óvulo). 
Por essa grande necessidade de espermatozoides, cada 
célula germinativa envolvida na espermatogênese origina 
quatro espermatozóides funcionais. 
O processo de espermatogênese completo dura cerca de 
61 dias. Ao fim desse tempo, os espermatozoides são lançados 
na luz do túbulo seminífero e armazenados no epidídimo até o 
momento da ejaculação. 
O processo de espermatogênese mantém-se constante 
durante toda a vida do indivíduo do sexo masculino. Assim, há um 
número praticamente ilimitado de gametas masculinos que podem 
ser produzidos por um único indivíduo ao longo de sua vida. 
O processo de espermatogênese 
O testículo apresenta-se formado por numerosos túbulos 
seminíferos. Estes apresentam em seu interior as células 
germinativas. 
Por volta dos 10 a 14 anos, com o início da puberdade e 
sob estímulo dos hormônios gonadotróficos da hipófise, inicia-se a 
formação dos espermatozoides. 
A espermatogênese compreende quatro etapas: 
- fase de multiplicação ou germinativo ou proliferativo 
- fase de crescimento 
- fase de maturação 
- fase de diferenciação 
A fase inicial é denominada fase de multiplicação. As 
células germinativas diploides diferenciam-se em 
espermatogônias e passam por um período de intensa 
multiplicação, através de divisões mitóticas, aumentando 
enormemente seu número. 
A segunda fase é denominada fase de crescimento. Ao fim da fase de multiplicação, as espermatogônias crescem e passam a ser 
chamadas espermatócitos de 1ª ordem ou espermatócitos primários. 
 
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 
2 Biologia 
A terceira fase é a fase de maturação. Os espermatócitos I entram então em meiose. A primeira divisão meiótica (divisão reducional) 
origina dois espermatócitos de 2ª ordem ou espermatócitos secundários. A segunda divisão meiótica (divisão equacional) origina quatro 
espermátides. As espermátides já são células haploides e não se dividem mais, mas ainda não são os espermatozóides. 
A quarta fase é a fase de diferenciação. Nela, as espermátides passam por um processo denominado espermiogênese. Na 
espermiogênese, as espermátides, que são células grandes e redondas, sofrem as seguintes mudanças: 
- perdem parte do citoplasma tornando-se menores para facilitar-lhes a motilidade; 
- desenvolvem um flagelo, a partir dos centríolos; 
- desenvolvem um acrossoma, a partir do complexo de Golgi. 
Assim, para cada célula germinativa, tem-se um espermatócito I, dois espermatócitos II, quatro espermátides e quatro 
espermatozóides, consequentemente. Os objetivos disso já foram explicados anteriormente. 
 
Este esquema correlaciona as fases da espermatogênese com a histologia do túbulo seminífero. Ao redor dos túbulos seminíferos estão as 
células intersticiais (células de Leydig), produtoras do hormônio masculino testosterona, que estimula a espermatogênese. Na parede do túbulo 
seminífero, onde ocorre a espermatogênese, existem células que nutrem e dão suporte às células espermatogênicas: são as células de Sertoli. 
 
Túbulos seminíferos em corte. 
 
O espermatozóide formado 
 
Após a espermiogênese, o espermatozóide então passa a 
ter sua célula dividida em cabeça, colo e cauda. 
A cabeça abriga em seu ápice o acrossoma, contendo 
enzimas líticas como a hialuronidase, que quebra o ácido 
hialurônico que une as células da corona radiata do óvulo. Essa 
cabeça apresenta o núcleo do espermatozóide e quase não possui 
citoplasma. 
O colo ou peça intermediária apresenta o início do 
flagelo e uma grande concentração de mitocôndriasque geram 
energia para permitir a motilidade do flagelo. 
O flagelo é formado por microtúbulos e é responsável pelo 
movimento do espermatozóide. Ele é capaz de movimentar o 
espermatozóide a uma velocidade de cerca de 4mm por minuto. 
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3 Biologia 
Demonstração simplificada das transformações pelas quais passa 
uma espermátide até constituir-se em espermatozóide. Esse é o 
fenômeno da espermiogênese. Repare que o acrossomo tem a 
sua origem no complexo de Golgi e que o citoplasma (com as 
mitocôndrias) migra na sua maior parte para a região ou peça 
intermediária do espermatozóide. 
Espermatozóides humanos (esquemático). As numerosas 
mitocôndrias situadas na região intermediária são as “centrais de 
energia” para a intensa atividade motora da cauda. 
Ovogênese ou oogênese 
Os gametas femininos são produzidos nas gônadas 
femininas, os ovários. Esses gametas femininos também são 
produzidos a partir das células germinativas. 
Os óvulos são células esféricas, imóveis e bastante 
grandes (cerca de 120 m, nos limites de resolução do olho 
humano). Este enorme tamanho dos óvulos decorre do 
armazenamento de grandes quantidades de substâncias nutritivas 
para manter o embrião formado até que a placenta possa realizar 
essa nutrição. Essas substâncias de nutrição são chamadas 
genericamente de vitelo ou deutoplasma. 
Para acumular essas reservas, durante as divisões 
meióticas da ovogênese, sempre uma das células formadas 
mantém a maior parte do citoplasma, indo originar o óvulo, 
enquanto que a outra é uma célula atrofiada que possui 
praticamente apenas o núcleo, sendo chamada polócito ou 
glóbulo polar. 
Desta maneira, para cada célula germinativa que entra em divisão 
meiótica na ovogênese, só se forma um único óvulo funcional, 
sendo as demais células formadas na meiose células não 
funcionais denominadas glóbulos polares ou polócitos. 
Este grande acúmulo de reservas faz também com que o 
processo de formação de óvulos seja demorado e trabalhoso. 
Assim, enquanto a formação do espermatozóide ocorre em pouco 
mais de dois meses, a formação do óvulo demora alguns meses. 
No caso dos indivíduos da espécie humana, todos os 
óvulos dos quais a mulher vai dispor para o resto de sua vida são 
produzidos ainda durante o período de vida intrauterina, em 
número limitado. Ao nascer, todos os óvulos já estão em 
formação, e nenhum pode ser produzido além dos que já estão 
sendo formados. 
Apenas um óvulo é liberado a cada mês, 
aproximadamente, a partir da puberdade. Ao fim do “estoque” de 
óvulos, a mulher não mais será fértil. Isso ocorre por volta dos 40 
anos de idade e caracteriza a menopausa. 
Este pequeno e limitado número de óvulos é explicado 
pelo fato do grande acúmulo de vitelo no óvulo, o que torna o 
processo de ovogênese muito difícil para o organismo, sendo 
produzido apenas um óvulo para cada célula germinativa. 
O processo de ovogênese 
O ovário contém uma série de estruturas denominadas 
folículos ovarianos aonde ocorre o processo de formação dos 
óvulos. Em cada folículo tem-se uma célula germinativa envolvida 
por células epiteliais. 
O processo de ovogênese inicia-se ainda durante a vida 
intrauterina da mulher, quando ela ainda é um embrião. Esse 
processo, entretanto, só se completa após a ovulação. A primeira 
ovulação ocorre normalmente no início da puberdade, também por 
volta dos 11 a 14 anos. 
A ovogênese ocorre em três fases: 
- fase de multiplicação ou germinativo ou proliferativo 
- fase de crescimento 
- fase de maturação 
A fase de multiplicação ocorre no período intrauterino de 
vida da mulher. As células germinativas diploides diferenciam-se 
em ovogônias e começam a se multiplicar por divisões mitóticas. 
Cerca de 2 milhões de ovogônias são formadas. 
A fase de crescimento acontece logo após e caracteriza-
se pela diferenciação das ovogônias em ovócitos de 1ª ordem ou 
ovócitos primários. Essas células são muito desenvolvidas pelo 
grande acúmulo de substâncias nutritivas que constituirão o vitelo. 
Nessa fase, muitos ovócitos I degeneram e desaparecem, 
sobrando alguns poucos na superfície do ovário. 
A fase de maturação é a mais longa da ovogênese e 
corresponde à meiose. Nela, os ovócitos I entram em 1ª divisão 
meiótica (divisão reducional). Entretanto, essa divisão não se 
completa logo de imediato. Quando o ovócito I está no diplóteno 
da prófase I, a meiose é interrompida. Este fenômeno da 
interrupção da meiose no ovócito I é denominado dictióteno. A 
criança nasce com todos seus ovócitos em dictióteno. 
Até a puberdade, a maioria dos ovócitos I já degeneraram, 
restando apenas cerca de 40000 deles. Sob influência dos 
hormônios gonadotróficos da hipófise, uns poucos ovócitos I 
começam a maturar-se em cada ciclo ovariano. Entretanto, 
normalmente apenas um deles completa sua maturação e é 
liberado na ovulação. 
Nesse processo de maturação do folículo, o ovócito I completa a 1ª divisão meiótica, originando, um ovócito de 2ª ordem ou ovócito 
secundário e uma célula atrofiada, o polócito I ou primeiro glóbulo polar. 
 
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4 Biologia 
É o ovócito II que é liberado no processo de ovulação. 
 
Para que o processo de ovogênese continue com a 2ª divisão meiótica (divisão equacional), é necessária a penetração do 
espermatozóide no ovócito II. 
 
A célula que é fecundada pelo espermatozóide não é o óvulo pronto, mas o ovócito II. 
 
Caso haja fecundação, a 2ª divisão meiótica se completa, originando uma ovótide e o polócito II ou segundo glóbulo polar. Há uma 
certa dúvida se o primeiro glóbulo polar faz ou não a 2ª divisão meiótica. 
A ovótide formada é o próprio óvulo. Não há uma fase de diferenciação como ocorre com a espermatogênese. Como a ovótide/óvulo já 
contêm o espermatozóide em seu interior, ocorre a fusão de núcleos e a formação de gametas. 
 
Esse esquema mostra as fases da ovogênese e como esse processo ocorre no ovário em cada ciclo menstrual (do ovócito I até a liberação do 
ovócito II, processo denominado ovulação). No ovário, cada ovócito está contido em um folículo. A cada ciclo menstrual, um desses folículos 
inicia a maturação, formando o ovócito II. O folículo, depois que eliminou o ovócito II, transforma-se no corpo lúteo (ou corpo amarelo), que 
secreta hormônios relacionados ao ciclo menstrual. Depois, o corpo lúteo regride. Todo esse processo é controlado pelos hormônios 
estrógeno, progesterona e outros. 
 
É importante que se note que, numa mulher que ovula aos 
40 anos de idade, os ovócitos I estão a 40 anos na fase de 
dictióteno. Dessa maneira, a meiose interrompida é retomada 
depois de muitíssimo tempo. Isso explica porque quanto mais 
velha a mãe, maior a probabilidade de seu filho vir a ter uma 
aberração cromossômica como a síndrome de Down: depois de 
tanto tempo em dictióteno, a meiose pode ser retomada com falha 
na segregação dos homólogos. 
 
O óvulo formado 
 
O óvulo é envolvido por duas camadas protetoras ou 
barreiras. A mais interna é uma camada de muco secretada pelo 
próprio óvulo durante seu desenvolvimento e é denominada zona 
pelúcida. 
A mais interna é uma camada de células provenientes do 
folículo ovariano e constitui a corona radiata. São essas as duas 
camadas que o espermatozóide deve romper e a razão da 
existência do acrossoma. 
 
Óvulo humano: a. membrana vitelina (membrana plasmática); b. 
plasma germinativo (citoplasma); c. vesícula germinativa (núcleo); 
d. mancha germinativa (nucléolo); e. zona pelúcida (acúmulo de 
glicoproteínas que revestem a membrana vitelina); f. corona 
radiata (coroa de células minúsculas provenientes do folículo de 
De Graaf e que se dispõem radiadamente ao redor do óvulo, 
protegendo-o). 
 
Diferenças entre espermatogênese e 
ovogênese 
 
Várias diferenças podem ser enumeradas entre o 
processo de gametogênese em homens e mulheres: 
 
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5 Biologia 
- O período germinativo e o de crescimento ocorrem no homem 
após o nascimento, durante a puberdade, e na mulher durante a 
vida intrauterina; 
- O período de crescimento é maior na mulher, pois os óvulos 
devem acumular o vitelo; 
- Para cada célula germinativa, o homem produz quatro 
espermatozóides funcionais, e a mulher produz apenas um óvulo 
funcional, sendo as demais células geradas na meiose glóbulos 
polares; 
- A formação de espermatozóides é mais rápida, cerca de 61 dias, 
contra a formação de óvulos que pode durar anos dependendo da 
idade em que a mulher está quando ovula; 
- O homem forma milhões de espermatozóides a cada dia, 
enquanto que a mulher libera um óvulo a cada mês durante seu 
período fértil; 
- A espermatogênese inicia-se na puberdade e pode ser mantida 
por toda a vida do homem, enquanto que a ovogênese inicia-se 
ainda na vida intrauterina, sofre uma interrupção (dictióteno), 
continua a partir da puberdade e para completamente por volta 
dos 45 anos de idade com a menopausa; 
- O homem pode produzir um número ilimitado de 
espermatozóides durante sua vida, enquanto a mulher tem seus 
óvulos em número bastante limitado. 
 
Partenogênese 
 
Etimologicamente, o nome partenogênese vem do grego 
parthenós, que significa ‘virginal’, e genesis, que significa ‘origem’. 
O termo designa formação embrionária de um indivíduo a partir de 
um único gameta, o óvulo, sem que tenha havido a participação de 
um espermatozóide. Em outras palavras, pode-se dizer que a 
partenogênese é uma forma de reprodução sexuada (pois 
depende da produção de um tipo de gameta, onde há variabilidade 
genética garantida pelo crossing-over e pela segregação dos 
cromossomos homólogos) sem a necessidade de fecundação. 
Em muitas espécies animais, o fenômeno ocorre 
naturalmente. Algumas se reproduzem alternadamente por 
partenogênese e por fecundação, com acasalamento. Há outras 
ainda que embora normalmente não realizem a reprodução 
‘virginal’, podem fazê-la por meios artificiais, em laboratório. Pode-
se distinguir, então, a partenogênese natural e a artificial. Esse 
processo, entretanto, não foi conseguido com humanos. 
Com relação à partenogênese natural, destacam-se 
alguns tipos: arrenótoca, telítoca, deuterótoca e diploide. 
 
Partenogênese arrenótoca 
 A partenogênese arrenótoca (do grego arrhenos, 
‘macho’ e tokos, ‘parto’) é aquela pela qual se originam apenas 
machos. Sucede, por exemplo, com as abelhas (Apis mellifera), 
cuja rainha, após o ato sexual, acumula por longo tempo um 
grande número de espermatozóides num órgão especial 
denominado espermoteca. Uma vez que esse órgão, uma espécie 
de bolsa, é provido de um esfíncter (músculo em forma de anel) 
controlado voluntariamente, a rainha permite a saída de 
espermatozóides guardados quando assim o desejar, facilitando a 
fecundação dos seus óvulos. Dessas fecundações, resultam 
apenas fêmeas. Todavia, quando a rainha mantêm guardados os 
espermatozóides, os óvulos produzidos nessa ocasião se 
desenvolvem partenogeneticamente produzindo exclusivamente 
machos (zangões). Isso explica o fato das fêmeas serem diploides 
(com 32 cromossomos em cada célula somática), enquanto os 
machos são sempre haploides (com 16 cromossomos em cada 
célula somática). Com essa estratégia, a rainha pode controlar o 
número de fêmeas e de machos na colmeia. Já que os machos 
não produzem mel, nem têm outra atividade senão a fecundação 
de uma futura rainha, eles devem ser pouco numerosos para não 
onerar demais a sociedade (eles são alimentados pelas operárias. 
Numa colmeia existem, em média, 20000 operárias, 100 zangões 
e uma única rainha. Por serem haploides, os zangões produzem 
seus gametas por mitose, e não por meiose. 
 
Partenogênese telítoca 
A partenogênese telítoca (do grego thelys, ‘fêmea’) é 
aquela que origina apenas fêmeas. Entre os rotíferos (vermes 
microscópicos aquáticos) existem quase exclusivamente fêmeas. 
Na ausência de machos, essas fêmeas reproduzem-se, então, por 
partenogênese; ocorre que esse úmero aumenta, pois, por esse 
meio, só resultam novas fêmeas. Quando, raramente, aparece no 
ambiente um macho forasteiro, ocorrem fecundações, da qual de 
originam machos e fêmeas. 
O mesmo sucede com o pulgão das videiras (inseto afídeo 
da espécie Toxoptera graminum), do qual habitualmente são mais 
numerosas as fêmeas. É que, durante a primavera e o verão, as 
fêmeas reproduzem-se partenogeneticamente originando novas 
fêmeas. No outono, alguns evoluem partenogeneticamente e dão 
machos e fêmeas. Isso permite que as crias se desenvolvam e se 
acasalem. Os ovos resultantes de fecundação permanecerão em 
vida latente durante o inverno, originando novas fêmeas na 
primavera seguinte. 
Em alguns lagartos brasileiros, quando a fêmea não 
encontra um macho para se reproduzir, ela realiza partenogênese. 
É um dos poucos exemplos conhecidos de partenogênese natural 
em vertebrados. 
 
Partenogênese deuterótoca 
A partenogênese deuterótoca ou anfoterótoca é o tipo 
de partenogênese em que se formam indiferentemente machos e 
fêmeas. É a forma mais freqüentemente observada do fenômeno 
partenogenético em algumas espécies de insetos como a dáfnia e 
o bicho-da-seda. 
 
Partenogênese diploide 
 
Por um raciocínio direto, pode-se concluir que todo 
indivíduo partenogenético deveria ser haploide, uma vez que é 
formado graças à multiplicação de uma célula haploide, o óvulo. 
No entanto, a observação prática mostrou que, muito comumente, 
os indivíduos partenogenéticos são diploides. Há diferentes 
explicações para esse fato: 
- Na formação do óvulo não aconteceria meiose, mas uma 
mitose comum, sendo, então, diploide. 
- O óvulo se formaria por meiose e seria, inicialmente, haploide. 
Mas, antes de concluir sua formação, ele sofreria fusão com um 
dos glóbulos polares, também haploide, do que resultaria 
uma constante cromossômica diploide no gameta maduro. 
- O óvulo seria haploide, mas antes de realizar sua primeira 
segmentação sofreria uma endomitose, isto é, uma mitose 
interrompida no fim da metáfase, quando a constante 
cromossômica está duplicada. Não haveria a disjunção dos 
cromossomos para as células-filhas, pois o óvulo “abortaria” sua 
divisão, permanecendo diploide. Algum tempo depois, retornaria 
ao início de uma nova mitose, mas já com 2n cromossomos. 
 
 
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6 Biologia 
Pedogênese 
 
A pedogênese (do grego pedos, ‘criança’ e genese, 
‘origem’) é a própria partenogênese com uma característica 
particular: a de ocorrer em uma fêmea organicamente imatura, isto 
é, na fase de larva. Por isso, é comum definir-se a pedogênese 
como a partenogênese na fase larvária. 
A mosca Miastor metraloa produz 40 óvulos nos seus 
ovários. Ocasionalmente, pode-se suceder que, após a 
fecundação desse óvulos, resultem larvas, que deveriam 
desenvolver-se normalmente para dar novas moscas. Mas aí 
ocorre a pedogênese: cada uma dessas larvas forma 40 óvulos. 
Acontece que essas larvas devoram o organismo materno. Talvez 
pela sua nutrição, os óvulos que nelas surgiram desenvolveram-se 
pedogeneticamente, originando (em cada uma) mais 40 larvas, 
que a exemplo das anteriores, também devoram as larvas mães. 
Às vezes, esse fato se repete por três ou quatro gerações de 
larvas, que originam novas larvas pedogeneticamente, para serem 
por elas devoradas. Até que, ao fim de algumas gerações, uma 
última linhagem “resolve” desenvolver-se, passando à fase adulta. 
 
Neotenia 
 
A neotenia é um fenômeno observado na larva da 
salamandra (Ambystoma tigrinum e Ambystoma mexicanum) 
conhecida vulgarmente como axolotl. 
Ainda em plena imaturidade somática, na fase de larva, o 
axolotl já tem as gônadas suficientemente maduras para permitir o 
seu acasalamento e a sua reprodução por fecundação. Durante 
muito tempo, em face dessa circunstância, os zoólogos pensaramque o axolotl fosse uma variedade a mais da salamandra. 
Há, contudo, quem interprete o fenômeno de um outro 
ponto de vista: o axolotl seria uma animal adulto, conservando, 
entretanto, caracteres morfológicos de larva. 
 
Em cima, o axolotl; embaixo, a salamandra adulta. Afinal, o axolotl 
é uma larva sexualmente precoce ou um adulto que conserva 
caracteres larvários? 
Exercícios 
 
Questões estilo múltipla escolha 
 
1. (ENEM) Recentemente, foi descoberta uma nova espécie de 
inseto o flebotomídeo, batizado de Lutzomya maruaga, o novo 
inseto possui apenas fêmeas que se reproduzem a partir da 
produção de ovos sem a intervenção de machos, em um processo 
conhecido como partenogênese. A espécie está restrita a uma 
caverna na região amazônica, não sendo encontrada em outros 
lugares. O inseto não se alimenta de sangue nem transmite 
doenças, como o fazem outros mosquitos de seu mesmo gênero. 
Os adultos não se alimentam e as larvas parecem se alimentar 
apenas de fezes de morcego (guano) existente no fundo da 
caverna. Essa dieta larval acumularia reservas a serem usadas na 
fase adulta. Em relação a essa descoberta, vê-se que a nova 
espécie de flebotomídeo 
A) Deve apresentar maior variabilidade genética que seus 
congêneres. 
B) Deve ter uma fase adulta longa se comparado com seus 
congêneres. 
C) É mais vulnerável a desequilíbrios em seu ambiente que seus 
congêneres 
D) Está livre de hábitos hematófagos e de transmissão e de 
transmissão de doenças devido à ausência de machos. 
E) Em grandes chances de se dispensar para outros ambientes, 
tornando-se potencialmente invasora. 
 
2. (ENEM) Em certas localidades ao longo do rio Amazonas, são 
encontradas populações de determinada espécie de lagarto que 
se reproduzem por partenogênese. Essas populações são 
constituídas, exclusivamente, por fêmeas que procriam sem 
machos, gerando apenas fêmeas. Isso se deve a mutações que 
ocorrem ao acaso nas populações bissexuais. Avalie as 
afirmações seguintes, relativas a esse processo de reprodução. 
I. Na partenogênese, as fêmeas dão origem apenas a fêmeas, 
enquanto, nas populações bissexuadas, cerca de 50% dos filhotes 
são fêmeas. 
II. Se uma população bissexuada se mistura com uma que se 
reproduz por partenogênese, esta última desaparece. 
III. Na partenogênese, um número x de fêmeas é capaz de 
produzir o dobro do número de descendentes de uma população 
bissexuada de x indivíduos, uma vez que, nesta, só a fêmea põe 
ovos. 
É correto o que se afirma 
A) apenas em I. B) apenas em II. 
C) apenas em I e III. D) apenas em II e III. 
E) em I, II e III. 
 
3. (UNIFOR) Um menino e uma menina de 5 anos foram expostos 
a um agente que atua sobre células em meiose, destruindo-as. O 
efeito desta exposição será 
A) definitivo em ambos, pois suas células já estão determinadas. 
B) observado apenas na menina que já nasce com seus ovócitos. 
C) indiferente em ambos que ainda não entraram em puberdade. 
D) temporário em ambos já que a gametogênese é contínua. 
E) observado apenas no menino pois ele já apresenta testículos. 
 
 
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4. (UNIFOR) No esquema abaixo estão representados os 
cromossomos de um espermatócito-primário que apresenta os 
alelos A, a e B, b. 
 
A partir dessa célula, irão se formar 
A) 2 espermátides: AB e ab. 
B) 2 espermatócitos secundários: Aa e Bb. 
C) 4 espermátides: AB, Ab, aB e ab. 
D) 4 espermátides: 2AB e 2ab ou 2Ab e 2aB. 
E) 4 espermatócitos secundários: 2AB e 2ab ou 2Ab e 2aB. 
 
5. (UNIFOR) Nas espermatogônias de um mamífero, existem 40 
cromossomos. O número de bivalentes ou tétrades presentes na 
prófase I da meiose é igual a 
A) 5. B) 10. C) 20. D) 30. E) 40. 
 
6. (UNICHRISTUS) 
DESCOBERTA DE GENE PODE LEVAR À PÍLULA MASCULINA 
Cientistas descobriram que um gene (Fkbp6) é crucial para a 
fertilidade masculina. A descoberta foi feita por acaso, quando 
estavam procurando pelas causas genéticas de doenças do 
coração. Eles criaram ratos geneticamente modificados para não 
ter o gene Fkbp6. Não há ligação entre o gene e as doenças do 
coração, mas descobriram que todas as células de 
espermatozoides nos ratos machos morreram, tornando-os 
completamente estéreis. Nas fêmeas, os ovócitos não foram 
afetados. Quando os cientistas estudaram células dos testículos 
dos ratos, descobriram que elas não tinham espermátides. A 
ausência do Fkbp6 foi identificada como a causa da infertilidade 
dos ratos. “O Fkbp6 só atua em células de espermatozoide, e não 
encontramos outros problemas em nossos ratos além da 
infertilidade masculina. Então, é possível que o Fkbp6 seja o alvo 
perfeito para o desenvolvimento de uma pílula anticoncepcional 
masculina.” – afirmou Josef Penninger, professor de biópsia 
médica da Universidade de Toronto, no Canadá. A equipe 
canadense descobriu que o Fkbp6 é também crucial no processo 
de combinar cromossomos maternos e paternos. Essa 
combinação tem relação com a estrutura, a posição e a origem 
dos cromossomos. A ausência dessa combinação é uma das 
principais causas de abortos espontâneos em seres humanos. 
Revista Science, 23/05/03, com adaptações 
Com base nas informações e nos conhecimentos sobre divisão 
celular e gametogênese, a fase e o tipo de divisão implícitos no 
último parágrafo são 
A) prófase I da meiose. B) prófase II da meiose II. 
C) metáfase I da mitose I. D) anáfase II da meiose II. 
E) telófase I da meiose I. 
 
7. (UECE) Pode-se afirmar corretamente que a segunda divisão 
meiótica é completada em ovócitos humanos, 
A) ainda na fase fetal, quando os ovócitos são plenamente 
formados. 
B) na infância, momento de amadurecimento dos gametas 
femininos. 
C) durante a puberdade, pela produção do FSH. 
D) durante a fecundação, induzida pela penetração do 
espermatozóide no óvulo. 
 
8. (UECE) O axolotl, larva de salamandra, tem a capacidade de se 
reproduzir. O tipo de reprodução sexuada, que ocorre na fase 
larval, denomina-se: 
A) partenogênese. 
B) neotenia. 
C) gemulação. 
D) alternância de gerações. 
 
9. (FCM-JP) A espermatogênese é o processo pelo qual os 
espermatozóides são produzidos e envolve uma série única e 
complexa de eventos. Em relação a esses eventos assinale a 
alternativa incorreta: 
A) Na fase de espermatogônias, células-tronco dividem-se com a 
finalidade de sua própria reposição. 
B) Na fase espermatocítica, os espermatozóides primários sofrem 
meiose para reduzir tanto o número de cromossomos como a 
quantidade de DNA. 
C) Na fase espermatocítica, os espermatozóides primários sofrem 
divisões mitóticas para produzirem células denominadas de 
espermátides. 
D) Na fase de espermiogênese, as espermátides passam por um 
extenso remodelamento celular quando se diferenciam em 
espermatozóides maduros. 
E) Na fase espermatogônica, as espermatogônias se dividem por 
mitose e acabarão se diferenciando em espermatócitos primários. 
 
10. (FCM-CG) Observe a figura ilustrada a seguir: 
 
Na ilustração, a seta no 1 
A) é chamada de cromossomo, rico em enzimas que estimulam a 
locomoção do espermatozoide. 
B) é chamado de acrossomo, rico em secreções indispensáveis à 
fecundação que se originam a partir dos lisossomos. 
C) é chamada de acrossomo, rico em mitocôndrias, indispensáveis 
à produção de energia para que o espermatozoide se movimente 
até o momento da fecundação. 
D) é chamada de cromossomo do espermatozoide, e contém a 
informação genética do indivíduo. 
E) é chamada de acrossomo, rico em enzimas digestivas 
produzidas a partir do sistema golgiense. 
 
 
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11. (FSM) No processo de espermatogênese, esquematizado na 
figura abaixo, o período compreendidopor multiplicação 
(multiplicación) é responsável por: 
 
Adaptado de joaquinridriguezpiaya.es 
A) consecutivas divisões meióticas que formarão os 
espermatócitos primários. 
B) consecutivas divisões mitóticas formando as espermatogônias. 
C) período sem divisão celular, onde as espermátides vão 
aumentar seu volume. 
D) consecutivas divisões meióticas formando as espermatogônias. 
E) crescimento das espermatogônias. 
 
12. (UNP) Com relação à gametogênese é correto afirmar: 
I. A gametogênese masculina (espermatogênese) e a 
gametogênese feminina (ovogênese) são processos muito 
semelhantes, diferindo basicamente em relação ao tamanho das 
células e ao número de gametas férteis resultantes das meioses, 
ao final do processo. 
II. No momento da ovulação, o que é expelido não é o óvulo, mas 
um ovócito II, pois a meiose ainda não está terminada. 
III. As espermátides são células imóveis que se transformarão em 
espermatozóides flagelados, capazes de fecundar. 
IV. No acrossomo acumulam-se as secreções indispensáveis à 
fecundação. 
Assinale 
A) Estão corretas apenas as afirmativas II, III e IV. 
B) Estão corretas apenas as afirmativas I, II e IV. 
C) Estão corretas todas as afirmativas. 
D) Estão corretas apenas as afirmativas, II e III. 
 
13. (UPE) Os zangões, machos das abelhas, são formados por um 
processo de partenogênese e possuem 16 cromossomos. Já as 
abelhas operárias são fruto de um processo de fecundação. 
Diante dessas informações, analise as afirmativas a seguir: 
I. Por serem fruto de partenogênese, os machos possuem o dobro 
de cromossomos encontrados na abelha rainha. 
II. A abelha rainha possui óvulos com o mesmo número de 
cromossomos encontrados nas células somáticas das operárias, 
pois ela também é uma fêmea. 
III. Todas as fêmeas possuem 32 cromossomos nas suas células 
somáticas, o dobro que os machos possuem. 
IV. A abelha rainha possui 16 cromossomos em seus óvulos, que, 
quando fecundados, geram indivíduos com 32 cromossomos. 
Estão corretas 
A) I e II. B) I e III. C) II e III. D) II e IV. E) III e IV. 
 
14. (FUVEST) Com relação à gametogênese humana, a 
quantidade de DNA 
I. do óvulo é a metade da presente na ovogônia. 
II. da ovogônia equivale à presente na espermatogônia. 
III. da espermatogônia é a metade da presente no zigoto. 
IV. do segundo corpúsculo polar é a mesma presente no zigoto. 
V. da espermatogônia é o dobro da presente na espermátide. 
São afirmativas corretas apenas: 
A) I e II. B) IV e V. C) I, II e V. D) II, III e IV. E) III, IV e V. 
 
15. (FUVEST) Durante a ovulogênese da mulher, são produzidos 
dois corpúsculos polares. O primeiro e o segundo corpúsculos 
polares humanos contêm, respectivamente, 
A) 46 cromossomos duplicados e 46 cromossomos simples. 
B) 46 cromossomos simples e 23 cromossomos simples. 
C) 23 cromossomos duplicados e 23 cromossomos simples. 
D) 23 cromossomos simples e 23 cromossomos simples. 
E) 23 cromossomos simples e nenhum cromossomo. 
 
16. (UNESP) A complexa organização social das formigas pode 
ser explicada pelas relações de parentesco genético entre os 
indivíduos da colônia. É geneticamente mais vantajoso para as 
operárias cuidarem das suas irmãs que terem seus próprios filhos 
e filhas. No formigueiro, uma única fêmea, a rainha, que é diploide, 
põe ovos que, quando fertilizados, se desenvolvem em operárias 
também diploides. Os ovos não fertilizados dão origem aos 
machos da colônia. Esses machos, chamados de bitus, irão 
fertilizar novas rainhas para a formação de novos formigueiros. 
Como esses machos são haploides, transmitem integralmente 
para suas filhas seu material genético. As rainhas transmitem para 
suas filhas e filhos apenas metade de seu material genético. 
Suponha um formigueiro onde todos os indivíduos são filhos de 
uma mesma rainha e de um mesmo bitu. Sobre as relações de 
parentesco genético entre os indivíduos da colônia, é correto 
afirmar que 
A) as operárias compartilham com os seus irmãos, os bitus, em 
média, 50% de alelos em comum, o mesmo que compartilhariam 
com seus filhos machos ou fêmeas, caso tivessem filhos. 
B) as operárias são geneticamente idênticas entre si, mas não 
seriam geneticamente idênticas aos filhos e filhas que poderiam 
ter. 
C) as operárias compartilham entre si, em média, 75% de alelos 
em comum; caso tivessem filhos, transmitiriam a eles apenas 50% 
de seus alelos. 
D) os bitus são geneticamente idênticos entre si, mas não são 
geneticamente idênticos aos seus filhos e filhas. 
E) a rainha tem maior parentesco genético com as operárias. 
 
17. (UNESP) O esquema representa a espermatogênese humana, 
processo no qual, a partir de divisões e diferenciações celulares, 
serão produzidos os espermatozóides que darão origem aos 
indivíduos da geração seguinte. 
 
Pode-se dizer que: 
A) a seta de número 1 indica mitose. 
B) a célula A é chamada de espermátide. 
C) nas células B, cada cromossomo tem duas cromátides. 
 
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9 Biologia 
D) a partir da puberdade, ocorrem apenas os eventos 
representados pelas setas de números 2 e 3. 
E) as células A, B e C são haploides. 
 
18. (UERJ) Considere que um óvulo de abelha possui 5×10-14 g de 
DNA. Nesse inseto, embora as fêmeas se originem de reprodução 
sexuada, os machos originam-se de óvulos não fecundados, por 
partenogênese. A quantidade de DNA encontrada em uma célula 
somática de zangão, no período correspondente à prófase da 
mitose é, em mg, igual a: 
A) 1,0 × 10-10. B) 2,5 × 10-9. C) 5,0 × 10-11. D) 5,0 × 10-17. 
 
19. (UFV) Abaixo estão representadas etapas da gametogênese e 
da embriogênese normal humana, com algumas indicações 
relacionadas (I a VI). Apenas dois cromossomos foram 
representados. 
 
Assinale a alternativa que contém duas informações incorretas: 
A) II indica a ocorrência de fecundação e III o corpúsculo polar 
primário. 
B) IV é um dos pró-núcleos e I resultou da segunda divisão 
meiótica. 
C) VI são ovócitos secundários e III tem 23 cromossomos. 
D) V possui 46 cromátides e I está ligado ao ovócito primário. 
 
20. (UFV) Em humanos, a espermatogênese e a ovulogênese 
apresentam eventos citológicos e genéticos correspondentes. 
Considerando eventos normais, assinale a alternativa que não é 
exemplo de correspondência entre as duas gametogêneses: 
A) Ocorrência de vários ciclos de mitoses nas gônias. 
B) Presença de células diploides em cito-I. 
C) Proporcionalidade de gametas viáveis produzidos. 
D) Alteração de tamanho nas células que formam os gametas. 
E) Formação de gametas com genótipos recombinados. 
 
21. (UFJF) 
Duas fêmeas de dragão-de-komodo, a maior espécie de lagarto do 
mundo, surpreenderam biólogos ao se mostrarem capazes de 
procriar sem terem sido fecundadas por machos. A 
partenogênese, nome da "concepção imaculada" no jargão 
científico, foi observada em dois zoológicos na Inglaterra. A fêmea 
Flora pôs em maio 25 ovos, sem que tivesse cruzado com um 
macho dessa espécie. A fêmea Sungai pôs ovos dois anos e meio 
após seu último contato com um macho e seus filhotes eram 
sadios. Os cientistas submeteram as ninhadas das duas fêmeas a 
"testes de paternidade" e descobriram que o genótipo combinado 
geral dos filhotes reproduzia exatamente o de suas mães. 
Fêmea de dragão-de-komodo se reproduz sem macho. Folha on line. Disponível em: 
www1.folha.uol.com.br/folha/ciência/ult306u15745.shtml. Acesso em: 16, nov., 2011. 
Analise as afirmativas abaixo: 
I. As duas fêmeas de dragão-de-komodo se reproduziram 
assexuadamente, pois não houve fecundação de seus gametas 
por gametas masculinos. 
II. A reprodução assexuada gera maior variabilidade genética, pois 
os filhotes têm o mesmo genótipo do organismo parental. 
III. Os indivíduos gerados por reprodução assexuada são 
geneticamente idênticos. 
IV. A reprodução assexuada envolve a combinação de material 
genético entre indivíduos damesma espécie e, por isso, gera 
menor variabilidade genética. 
Estão corretas as afirmativas: 
A) I e III. B) II e III. C) III e IV. D) I, II e III. E) I e IV. 
 
22. (UFG) A idade materna avançada implica em preocupação 
com a possibilidade do nascimento de bebês com anomalias, 
porque 
A) os folículos ovarianos entram em atividade, mas, em geral, 
apenas um cresce e amadurece, enquanto os demais regridem. 
B) os ovócitos maternos permanecem um longo período em 
divisão meiótica, mais susceptíveis a agentes físicos, químicos e 
biológicos. 
C) as ovogônias maternas interrompem a fase de multiplicação por 
volta da 15ª semana de vida fetal e transformam-se em ovócitos 
primários. 
D) as gônadas têm células conservadas num estado 
indiferenciado e, quando estimuladas, iniciam a produção dos 
gametas. 
E) as células do ovário materno sofrem inúmeras divisões 
mitóticas em resposta aos mecanismos de controle do ciclo 
celular. 
 
23. (UNIT) 
 
 
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10 Biologia 
Com base na análise da ilustração que representa a possibilidade 
de criação de um anticoncepcional para homens — a pílula 
masculina – é correto afirmar: 
A) As duas células resultantes da primeira divisão mantêm a 
constituição cromossômica diploide. 
B) Um dos alvos da pílula anticoncepcional masculina é o 
processo de espermiogênese. 
C) Na formação dos espermatócitos I, ocorreu a separação de 
cromátides-irmãs. 
D) A reversibilidade do processo indica que ocorreu o 
comprometimento da fase S do ciclo celular. 
E) A meiose, a partir de uma espermatogônia Aa, gera 
espermatozoides 100% A. 
 
24. (UFPI) A figura abaixo representa um processo de divisão 
celular que ocorre a partir de uma determinada célula de um 
indivíduo. 
 
As características indicadas nas células resultantes permitem 
afirmar que elas contêm um 
A) representante de cada par de cromossomos homólogos do 
individuo. 
B) par de cromossomos homólogos de cada tipo da espécie. 
C) conjunto de cromossomos igual ao do pai do indivíduo. 
D) conjunto de cromossomos igual ao da mãe do indivíduo. 
E) conjunto diploide de cromossomos recebidos dos pais do 
indivíduo. 
 
25. (UFPB) No processo de espermatogênese, cada espermátide 
passa por intensa diferenciação e origina o espermatozóide 
(destacado na figura). Sobre as estruturas desse tipo celular, 
pode-se afirmar: 
I. O acrossomo formou-se a partir da fusão de cisternas repletas 
de enzimas digestivas, pertencentes ao complexo golgiense das 
espermátides. 
II. O núcleo e as mitocôndrias são transmitidos ao zigoto, durante 
o processo de fecundação. 
III. O flagelo tem a mesma organização interna dos cílios e é 
responsável pela locomoção dos espermatozoides. 
Está(ão) correta(s): 
A) Apenas III. B) Apenas II e III. C) Apenas I e II. 
D) Apenas I e III. E) I, II e III. 
 
26. (UFPB) O processo de espermatogênese compreende 
divisões mitóticas, meióticas, e simples diferenciação celular (que 
não envolve divisão celular), como é o caso da espermatogênese 
na espécie humana. Observe o esquema disposto no quadro 1, 
que representa a espermatogênese humana, e analise as 
afirmativas do quadro 2, assinalando com V as verdadeiras e com 
F, as falsas. 
 
A sequência correta é: 
A) VFVFF. B) VVFVF. C) FFVFV. D) FVFFV. E) FVFVV. 
 
27. (UFRN) A Síndrome de Down, uma aneuploidia autossômica, 
caracteriza-se pela trissomia do cromossomo 21 e decorre do(a) 
A) erro de disjunção do cromossomo 21 durante a formação dos 
gametas. 
B) fecundação de um gameta feminino diploide por um gameta 
masculino haploide. 
C) senilidade dos ovócitos em mulheres com idade a partir dos 35 
anos. 
D) fato de as células autossômicas dos portadores terem 46 
cromossomos. 
 
Questões estilo V ou F 
 
28. (UFPI) Assinale com V (verdadeira) ou com F (falsa) as 
afirmativas a respeito da estrutura dos espermatozóides e dos 
óvulos dos animais. 
(_) Os espermatozoides têm no seu interior reservas de nutrientes 
que serão utilizados para o desenvolvimento do embrião. 
(_) Os óvulos possuem enzimas que digerem os envoltórios do 
ovócito, para permitir a penetração dos espermatozoides, durante 
a fecundação. 
(_) Os espermatozoides são células, geralmente, muito menores 
que os óvulos, e apresentam grande eficiência no deslocamento. 
(_) Existem dentre os animais espécies que produzem 
espermatozoides sem flagelo, como é o caso da Ascaris 
lumbricoides. 
 
29. (UFPI) Na gametogênese humana, a fase da proliferação (ou 
multiplicação) é caracterizada por: 
(_) ter início na fase intra-uterina, em ambos os sexos. 
(_) ser curta no sexo masculino, encerrando-se ainda antes do 
menino nascer. 
(_) ser longa no sexo feminino, prolongando-se praticamente por 
toda a vida. 
(_) apresentar células primordiais do testículo convertendo-se em 
espermatogônias, que são células diploides. 
 
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11 Biologia 
Questões discursivas 
 
30. (FMJ) Analise o esquema ao lado, que representa parte do 
processo de gametogênese animal em fêmeas. 
 
A) Identifique as células indicadas: 
B) O que se representam os processos A e B? 
C) Qual seria a explicação, tendo em vista a função da célula 4, de 
os processos A e B levarem à formação de células tão diferentes 
em tamanho? 
 
31. (FUVEST) Considere um indivíduo heterozigoto Aa. 
 
A) O esquema abaixo representa o ciclo celular. Numa célula 
desse indivíduo heterozigoto, indique quantas unidades de cada 
alelo haverá ao final das fases 
- G1 (intervalo 1). 
- S (Síntese). 
- M (Mitose). 
 
B) No esquema da folha de respostas, está representado o 
processo de divisão de um espermatócito desse mesmo indivíduo. 
Preencha as células esquematizadas, nas fases I e II, indicando o 
tipo e o número de alelos em cada uma delas. Considere que não 
tenha ocorrido permutação. 
 
 
32. (FUVEST) O esquema a seguir representa um espermatozoide 
humano e algumas das estruturas que o compõem. Qual é a 
importância de cada uma das estruturas numeradas de 1 a 4 para 
a reprodução? 
 
 
33. (FUVEST) Se uma abelha operária tem o gene A herdado de 
seu pai, qual é a probabilidade de que uma sua irmã tenha esse 
mesmo gene A? Por quê? 
 
34. (UNICAMP) Nos animais a meiose é o processo básico para a 
formação dos gametas. Nos mamíferos há diferenças entre a 
gametogênese masculina e a feminina. 
A) Nos machos, a partir de um espermatócito primário obtêm-se 4 
espermatozóides. Que produtos finais são obtidos de um oócito 
primário? Em que número? 
B) Se um espermatócito primário apresenta 20 cromossomos, 
quantos cromossomos serão encontrados em cada 
espermatozóide? Explique. 
C) Além do tamanho, os gametas masculinos e femininos 
apresentam outras diferenças entre si. Cite uma delas. 
 
35. (UNESP) 
APELO ASSEXUAL 
Caso único na natureza, espécie de formiga dispensou seus 
machos e descobriu que, ao menos para ela, sexo não vale a 
pena. Trata-se da Mycocepurus smithii, uma espécie de formiga 
que não tem machos: a rainha bota ovos que crescem sem 
precisar de fertilização, originando operárias estéreis ou futuras 
rainhas. Aparentemente, este mecanismo de reprodução traz uma 
desvantagem, que é a falta de diversidade genética que pode 
garantir a sobrevivência da espécie em desafios ambientais 
futuros. Duas hipóteses foram levantadas para explicar a origem 
destes ovos diploides: a primeira delas diz que os ovos são 
produzidos por mitoses e permanecem diploides sem passar por 
uma fase haploide; a segunda sugere que se formam dois ovos 
haploides que fertilizam um ao outro. 
Unesp Ciência, novembro de 2009. Adaptado. 
Considere as duas hipóteses apresentadas pelo texto. Cada uma 
dessas hipóteses, isoladamente, reforça ou fragiliza a suposição 
de que essa espécie teria desvantagem por perda de variabilidade 
genética? Justifique suas respostas.36. (UNESP) Foram coletadas três amostras de espermatozóides 
de um rato adulto apto para reprodução e colocadas 
separadamente em três tubos de ensaio. Cada uma destas 
amostras foi submetida a uma situação experimental: 
Tubo 1: Todos os espermatozoides tiveram um determinado tipo 
de organoide extraído do citoplasma através de uma microagulha. 
Tubo 2: Todos os espermatozoides tiveram outro tipo de 
organoide citoplasmático extraído. 
Tubo 3: Todos os espermatozoides foram mantidos intactos e 
utilizados como controle. 
Em seguida, as três amostras foram introduzidas, cada uma 
separadamente, nos colos uterinos de três ratazanas em 
condições de serem fertilizadas. Durante o experimento, verificou-
se que: 
 
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12 Biologia 
- os espermatozoides do tubo 1 se aproximaram dos óvulos, mas 
nenhum deles conseguiu perfurar suas membranas plasmáticas; 
- os espermatozoides do tubo 2 não foram além do colo uterino e 
sofreram um processo degenerativo após 48 horas; 
- os espermatozoides do tubo 3 caminharam até os óvulos e todos 
foram fertilizados. 
A) Quais foram os organoides extraídos dos espermatozoides dos 
tubos 1 e 2? 
B) Quais as funções desses organoides? 
 
37. (UFV) Observe as regiões (I, II, III e IV) do corte histológico 
abaixo, de um testículo humano normal, e responda às questões 
seguintes. 
 
A) As regiões I, II e III estão evidenciando qual componente do 
testículo? 
B) A etapa final da gametogênese está representada por qual 
número? 
C) Quantos cromossomos tem cada célula presente na região III? 
D) Cite o nome da célula produtora de testosterona e o número 
correspondente à região onde ela se encontra: 
 
38. (UFC) Em recente pesquisa, biólogo cearense concluiu que 
caranguejos Ucides cordatus estão entrando, precocemente, em 
maturação reprodutiva em decorrência da intensa captura desses 
animais. Ele baseou-se em estudos anteriores, análises 
biométricas e histológicas. Com base nessas informações, 
responda ao que se pede. 
A) A qual categoria taxonômica refere-se o termo Ucides? 
B) Nesse estudo, o pesquisador utilizou análises histológicas, para 
chegar à conclusão da maturação reprodutiva. Quais células 
germinativas ele deve ter buscado em ovários e testículos que o 
levaram a tal conclusão? 
C) As células germinativas que foram encontradas nos ovários e 
testículos dos caranguejos, e que levaram o cientista a concluir 
que eles estão em maturação sexual, sofreram especializações 
para desempenhar seu papel na reprodução. Tal fato também 
acontece em todo o reino animal. Cite uma especialização para a 
célula germinativa masculina e uma para a célula germinativa 
feminina, aptas para reprodução, encontradas, respectivamente, 
nos testículos e nos ovários de mamíferos. 
 
39. (UFRN) A espécie Strongyloides stercoralis é um pequeno 
verme que habita o intestino delgado humano. A forma parasita 
desse verme é a fêmea partenogenética, que fica inserida na 
mucosa intestinal (ciclo direto). Já no solo, essa espécie pode 
desenvolver as formas macho e fêmea, ambas de vida livre, 
permitindo a reprodução sexuada (ciclo indireto). Considerando as 
referidas adaptações, em termos reprodutivos e de habitat, 
responda: 
A) Cite e explique uma vantagem de cada um dos tipos de 
reprodução (sexuada e partenogênese) para essa espécie. 
B) Quando esse parasito é submetido a uma faixa de temperatura 
entre 15 e 31oC, qual dos dois ciclos se desenvolve 
adequadamente? Justifique sua resposta. 
 
40. (UNIRIO) 
FÊMEAS ‘VIRGENS’ DE LAGARTOS DÃO À LUZ NA GRÃ-
BRETANHA 
No início de 2007, no Zoológico de Chester (Inglaterra), uma 
fêmea de dragão-de-komodo (Varanus komodensis) teve quatro 
filhotes, dois anos após seu último contato com um macho da 
espécie. Uma das explicações para os nascimentos pode ser o 
fato de algumas fêmeas terem sido mantidas em cativeiro por 
muitos anos sem a presença de machos. 
http//www.bbc.co.uk 
A) Descreva que processo reprodutivo possibilitou a geração 
destes filhotes. 
B) Qual a vantagem evolutiva deste processo? 
 
 
 
 
 
 
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13 Biologia 
Aula 26 – Sistemas Reprodutores 
Humanos 
 
A determinação genética do sexo na 
espécie humana 
 
Nos mamíferos, inclusive na espécie humana, a 
determinação genética do sexo é o XY. Apesar disso, a 
localização dos genes masculinizantes e feminilizantes é diferente 
daquela encontrada na Drosophila, na qual o sexo depende de um 
balanço gênico entre cromossomos X e autossomos. 
Na espécie humana, indivíduos com 44 autossomos e 2 
cromossomos X são do sexo feminino (44A2X); indivíduos 44AXY 
são do sexo masculino. O cromossomo X é portador de genes 
feminilizantes e o cromossomo Y é masculinizante. Em todos os 
casos de alterações numéricas dos cromossomos sexuais, 
constata-se que indivíduos com Y são machos, independendo do 
número de cromossomos X. Por outro lado, se há apenas 
cromossomos X, o sexo é feminino. Assim, durante o 
desenvolvimento, a determinação do sexo passaria pelos 
seguintes estágios: 
 
1. sexo cromossômico: depende dos cromossomos sexuais; 
2. sexo genital: no início do desenvolvimento, as gônadas são 
indiferenciadas, podendo transformar-se em testículos ou ovários. 
O que determina a diferenciação é a produção nos machos de 
uma substância chamada antígeno-HY, produzida por um gene 
localizado numa região do cromossomo Y (região SRY), e que 
causa a diferenciação da gônada em testículo. Na ausência da 
substância, a gônada se diferencia em ovário. Em seguida, por 
ação hormonal, diferenciam-se os dutos (ou canais) das gônadas, 
e os órgãos genitais externos. 
No homem, a presença de testículos permite a produção 
de hormônios sexuais masculinos, como testosterona e, no início 
do desenvolvimento, principalmente diidrotestosterona (DHT). Este 
último, DHT, diferenciará os órgãos genitais externos em pênis e 
saco escrotal (para onde descerão os testículos quando próximo 
do nascimento). Os canais de Wolff formarão os canais deferentes 
e os canais de Müller se tornarão rudimentares. Estes são os 
caracteres sexuais primários masculinos, isto é, visíveis ao nascer. 
Na mulher, a ausência de hormônios masculinos (ela não 
produzirá hormônios femininos até a puberdade) levará à 
formação de vulva e clitóris. Os canais de Wolff serão atrofiados e 
os canais de Müller formarão a vagina. 
3. sexo somático ou fenotípico: manifesta-se na puberdade, 
induzido pelos hormônios masculinos ou femininos, determinando 
as características sexuais secundárias. 
 
Dá-se o nome de caracteres sexuais primários àqueles 
que se manifestam desde o nascimento, correspondendo, pois, 
ao sexo genital. A presença de testosterona, desencadeada 
pelo cromossomo Y, leva ao surgimento de pênis e saco 
escrotal, caracteres sexuais primários masculinos. A ausência 
de testosterona, desencadeada pela ausência de cromossomo 
Y, leva ao surgimento de vagina e vulva, caracteres sexuais 
primários femininos. 
Os caracteres sexuais secundários são aqueles que se 
manifestam na puberdade, quando ocorre o amadurecimento 
sexual, ou seja, a transição para a idade adulta, e corresponde ao 
sexo fenotípico. No homem, sob influência do ICSH (hormônio 
estimulante das células intersticiais de Leydig), os testículos 
produzem quantidades maciças de testosterona. O aumento na 
produção de testosterona na puberdade leva ao aumento do 
pênis, produção de espermatozóides, surgimento de pelos 
faciais e aumento de massa muscular, bem como torna a voz 
mais grave. Esses são caracteres sexuais secundários 
masculinos. Na mulher, sob influência do FSH (hormônio folículo-
estimulante), haverá produção de estrógenos nos ovários (que até 
então não eram funcionais). A produção de hormônios sexuais 
femininos, estrógenos e progesterona, pelos ovários, o que só 
ocorre a partir da puberdade, leva ao desenvolvimento de 
mamas, surgimento de pelos pubianose desenvolvimento de 
ciclos ovarianos. Esses são caracteres sexuais secundários 
femininos. Na verdade, a mera ausência de hormônios 
masculinos na puberdade já leva ao desenvolvimento desses 
caracteres sexuais secundários femininos. 
 
Hermafroditismo e Pseudo-hermafroditismo 
 
O termo hermafrodita designa indivíduos que seja 
simultaneamente do sexo masculino, possuindo simultaneamente 
testículos e ovários. O nome vem de Hermes, deus grego da 
velocidade, dos mensageiros e dos ladrões, um dos símbolos para 
a masculinidade e de Afrodite, deusa grega da beleza, símbolo 
para a feminilidade. 
 
Hermafroditismo 
Hermafroditas na espécie humana são quimeras, 
resultantes da fusão de embriões do sexo masculino com do sexo 
feminino, numa situação extremamente rara. 
 
Pseudo-hermafroditismo 
Na espécie humana, há uma condição patológica mais 
comum denominada pseudo-hermafroditismo, em que o 
indivíduo não tem as duas gônadas, mas tem uma delas e se 
assemelha ao sexo oposto. Ou seja, ou indivíduo tem testículos 
mas parece ser do sexo feminino, ou ele tem ovários mas parece 
ser do sexo masculino. O surgimento de pseudo-hermafroditas 
pode se dar de várias maneiras. 
Pode acontecer de um indivíduo XY possuir testículos mas 
apresentar a falta de uma enzima denominada 5--redutase, o 
que permite a produção da diidrotestosterona, responsável pela 
origem dos caracteres sexuais primários masculinos. Assim, a 
falta de diidrotestosterona levará ao surgimento de características 
sexuais femininas: os testículos ficarão retidos na cavidade 
abdominal (sua posição original), porque o indivíduo terá vulva ao 
invés de saco escrotal, e um pênis atrofiado como um clitóris. 
Como a aparência externa é feminina, bota-se um vestido cor-de-
rosa na criança e ensina-se a mesma a brincar de Barbie... 
Entretanto, na puberdade, um aumento na produção de 
testosterona (cuja produção não depende da 5--redutase) fará 
com que o “clitóris” cresça e assuma o tamanho de um pênis, a 
massa muscular aumente e demais características sexuais 
secundárias masculinas. Até agora, a criança era do sexo 
feminino, aparentemente. E agora? Bem, a criança pode ter duas 
opções: submete-se a uma cirurgia de extração dos testículos e 
recebe hormônios femininos para assumir seu lado feminino ou 
assume suas características masculinas. 
 
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14 Biologia 
Pode acontecer também de um indivíduo XY não 
apresentar receptores para hormônios masculinos. Assim, por 
mais que se produz\a testosterona e diidrotestosterona, seu corpo 
não perceberá. Como o organismo terá a impressão de que não 
há hormônios masculinos, a criança desenvolverá caracteres 
sexuais primários masculinos. Na puberdade, continua esta 
impressão, surgindo caracteres sexuais femininos. Neste caso, a 
aparência externa do indivíduo se mantém como feminina (apesar 
de serem “mulheres” bem altas e com musculatura bem 
desenvolvida, uma vez que são homens, na verdade). Só se 
percebe o problema ao verificar que esta “mulher” não menstrua, e 
com exames detalhados, que não possui útero, apresentando a 
vagina em fundo cego. Neste caso, só resta se conformar 
(inclusive com o fato de que não se poderá ter filhos...). 
Às vezes, o indivíduo é XX e nasce com características 
sexuais primárias femininas, desenvolve características sexuais 
secundárias femininas na puberdade, mas apresenta um tumor na 
parte do córtex da glândula suprarrenal que produz androgênios 
na mulher, havendo uma virilização: a mulher passará a 
apresentar um crescimento do clitóris, que então se assemelhará 
a um pênis, haverá hirsutismo (pelos faciais), as menstruações 
cessarão, etc. Com isso, a mulher se apresentará como uma 
pseudo-hermafrodita. 
 
Homens XX e Mulheres XY 
A região do cromossomo Y que produz antígeno-HY 
(região SRY) é Y-específica, o que significa que não possui região 
homóloga no cromossomo X, não ocorrendo crossing-over. 
Entretanto, em situações raríssimas, ocorre crossing-over nessa 
área, de modo que a região SRY é transferida do cromossomo Y 
para o X. A partir de agora, o cromossomo X com região SRY 
passa a determinar o sexo masculino, e o cromossomo Y sem a 
região SRY passa a determinar o sexo feminino. Assim, por 
ocasião da fecundação, pode ocorrer do espermatozóide com o 
cromossomo X e região SRY fecunde o óvulo, originando um 
indivíduo XX do sexo masculino, ou pode ocorrer do 
espermatozóide com o cromossomo Y e sem região SRY fecunde 
o óvulo, originando um indivíduo XY do sexo feminino. O curioso é 
que esses cromossomos sexuais alterados são transmitidos aos 
descendentes, gerando então filhos homens também XX e filhas 
também XY. Ô marmota... 
 
Aparelhos reprodutores 
 
Os aparelhos reprodutores masculinos e femininos são 
conjuntos de órgãos especializados não apenas na produção dos 
gametas, mas em todos os processos e fenômenos que irão 
possibilitar o mecanismo de reprodução. Ambos os sistemas estão 
baseados nas gônadas produtoras de gametas. Além disso, há 
outros órgãos relacionados ao ato sexual em si. 
Esta aula trata da descrição anatômica e funcional dos 
órgãos dos aparelhos reprodutores masculino e feminino, 
enquanto que os aspectos relacionados à produção de gametas e 
fecundação serão tratados nas aulas seguintes. 
 
1. Aparelho reprodutor masculino 
 
 
 
O aparelho reprodutor masculino consiste dos seguintes 
órgãos: 
 
- testículos e saco escrotal; 
- epidídimo; 
- canal deferente; 
- ducto ejaculatório; 
- vesícula seminal; 
- próstata; 
- glândulas de Cowper; 
- uretra; 
- pênis. 
 
Testículos e saco escrotal 
Os testículos são as gônadas masculinas, ou seja, são 
responsáveis pela produção dos espermatozóides. Além disso, 
funcionam como glândulas produtoras de hormônios sexuais 
masculinos, os androgênios. 
Os testículos são órgãos em formato ovoide encontrados 
aos pares. Eles são divididos em lobos, sendo cada qual formado 
por uma série de canais enrolados denominados túbulos 
seminíferos. 
 
Corte de testículo (1) e de epidídimo (2), mostrando os túbulos 
seminíferos (a) e os canais enovelados epididimais (b), que 
acumulam e depois conduzem os espermatozóides para o canal 
deferente (3). 
 
 
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15 Biologia 
Estes túbulos seminíferos são formados como cordões 
seminíferos, mas sob influência dos hormônios gonadotróficos da 
hipófise no início da puberdade, passam a desenvolver uma luz 
interna, constituindo túbulos seminíferos. 
 Os túbulos seminíferos possuem três tipos principais de 
células: 
- células germinativas, responsáveis pela formação dos 
espermatozóides; 
- células de Sertoli, responsáveis pela nutrição e sustentação das 
células germinativas; 
- células intersticiais de Leydig, responsáveis pela produção de 
hormônios androgênios. 
Para haver a produção de espermatozoides, o testículo 
necessita de uma temperatura um pouco menor que a temperatura 
corporal média que é de 37ºC. Assim, os testículos, que se 
formam no interior do abdome, passam a ocupar uma bolsa fora 
do abdome onde encontram uma temperatura cerca de 4ºC menor 
que a temperatura corporal. Essa bolsa é o saco escrotal. 
O saco escrotal é dotado de uma musculatura lisa capaz 
de controlar a temperatura dos testículos para proporcionar as 
condições ideais à espermatogênese. Assim, quando o clima está 
frio, a musculatura se contrai, aproximando os testículos do 
abdome e aumentando sua temperatura. Quando o clima está 
quente, a musculatura se relaxa, afastando os testículos do 
abdome e diminuindo sua temperatura. 
Em alguns indivíduos, os testículos ficam retidos na 
cavidade abdominal. Esta situação é denominada criptorquidia 
ou criptorquia. Esses indivíduos são estéreis devido à alta 
temperatura do abdome impedir a espermatogênese. É necessária 
uma cirurgiacorretora para reposicionar os testículos no saco 
escrotal. 
Na maioria dos mamíferos, existe o saco escrotal e os 
testículos estão permanentemente nos mesmos. Em alguns 
grupos, entretanto, como coelhos e roedores, os testículos 
permanecem na cavidade abdominal, só passando para o escroto 
na época de reprodução. 
 
Varicocele é um termo que designa a ocorrência de 
varizes nas veias da região do escroto, onde estão alojados os 
testículos. Essas varizes prejudicam o fluxo sanguíneo local, que 
dentre outras coisas está relacionado à dissipação de calor na 
região. Assim, a varicocele prejudica essa dissipação de calor, o 
que leva ao aumento de temperatura na região e consequente 
prejuízo na formação de espermatozoides. 
 
Os androgênios produzidos pelo testículo são 
principalmente a testosterona e a dihidrotestosterona (DHT). 
Estes são hormônios virilizantes, relacionados à produção de 
caracteres sexuais primários e secundários. Entre os caracteres 
sexuais primários, que já aparecem no homem ao nascimento, 
estão a formação do pênis e saco escrotal. Entre os secundários, 
que só aparecem na puberdade, estão os pelos no corpo e face, o 
alongamento da laringe que torna a voz mais grave, o 
desenvolvimento da musculatura, etc. 
 
Epidídimo 
Todos os túbulos seminíferos convergem para uma 
estrutura situada sobre o testículo denominada epidídimo. Os 
espermatozóides devem passar um tempo nos túbulos do 
epidídimo completando seu processo de maturação e adquirindo 
motilidade. Após cerca de 15 dias no epidídimo, os 
espermatozóides estarão completamente maduros e móveis .O 
epidídimo serve também para armazenar os espermatozóides até 
o momento da ejaculação. 
 
Canais deferentes 
De cada epidídimo sai um canal deferente, que conduz os 
espermatozóides do epidídimo até as glândulas produtoras de 
sêmen. Este canal deferente se origina a partir de estruturas 
embrionárias denominadas ductos de Wölff. 
 
A vasectomia ou deferectomia é uma cirurgia com o 
objetivo de esterilizar o homem, para fins anticoncepcionais, 
consistindo na secção (corte) dos canais deferentes em seu início, 
no saco escrotal. Assim, os espermatozóides não podem passar 
do epidídimo para a uretra, não ocorrendo espermatozóides do 
sêmen. A ejaculação ocorrerá normalmente, mas o sêmen será 
composto somente pelas secreções das vesículas seminais, da 
próstata e das glândulas bulbouretrais. Observe que os 
espermatozóides não deixam de ser produzidos, mas apenas não 
são liberados na ejaculação (os espermatozóides continuam 
sendo produzidos nos testículos e armazenados nos epidídimos, 
mas morrem e são reabsorvidos pelo corpo do homem). 
Apesar de a vasectomia ser reversível em alguns casos, 
em muitos outros casos a reversão não é possível, de modo que o 
homem pode guardar esperma congelado para, se algum dia tiver 
intenção de ser pai biológico de uma criança, poder utilizá-los em 
processos como a fecundação in vitro. 
 
Os canais deferentes passam do saco escrotal para a 
cavidade abdominal através de passagens denominadas canais 
inguinais. Cada canal inguinal é o que resta do canal por onde 
passou o testículo quando saiu da cavidade abdominal para o 
saco escrotal. 
Os canais deferentes, dentro da cavidade abdominal, 
dirigem-se para a região posterior da bexiga. Próximo à bexiga, os 
canais deferentes se dilatam, caracterizando regiões denominadas 
ampolas. Estas ampolas também armazenam espermatozóides 
até o momento da ejaculação. 
 
Ducto ejaculatório 
Os dois canais deferentes unem-se para formar um outro 
canal, o ducto ejaculatório, que passa por dentro da próstata e 
deságua na uretra. 
O ducto ejaculatório recebe as secreções de dois 
conjuntos de glândulas situadas nas proximidades da bexiga, as 
vesículas seminais e a próstata. 
Somados os espermatozoides ao líquido seminal das 
vesículas seminais e ao líquido prostático da próstata tem-se o 
sêmen ou esperma. 
 
Vesículas seminais 
As vesículas seminais são glândulas encontradas aos 
pares atrás da bexiga. Produzem uma secreção denominada 
líquido seminal, que é o principal componente quantitativo do 
sêmen. 
O líquido seminal é rico em frutose, monossacarídeo que 
vai alimentar os espermatozóides em seu caminho no aparelho 
reprodutor feminino à procura do óvulo. 
 
Próstata 
A próstata é uma glândula situada na base da bexiga. Ela 
é exclusiva de homens e produz o chamado líquido prostático. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Varizes
http://pt.wikipedia.org/wiki/Veia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escroto
http://pt.wikipedia.org/wiki/Test%C3%ADculos
 
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16 Biologia 
O líquido prostático é uma secreção alcalina que tem por 
função neutralizar a acidez da vagina. A vagina tem um pH ácido 
para evitar a proliferação de microorganismos patogênicos. Como 
os espermatozóides são muito sensíveis à acidez, para eles 
sobreviverem no ambiente de vagina, seu pH deve ser 
neutralizado pela secreção da próstata. Além disso, o canal por 
onde passam os espermatozóides no pênis, ou seja, a uretra, 
também é caminho para a urina, que é ácida. Dessa maneira, a 
secreção da próstata também serve para neutralizar a acidez 
residual da urina na uretra. 
 
Câncer de próstata 
A próstata tem uma importância especial na Medicina, 
uma vez que ela pode ser alvo de uma das formas mais comuns e 
mortais de câncer no homem, o câncer de próstata. Aconselha-
se, a partir dos 45 anos de idade, exames anuais para prevenção 
de câncer de próstata em homens. Este exame, o toque retal, é 
feito através da palpação da próstata através do ânus e reto, uma 
vez que há grande proximidade destas estruturas. Caso se note 
dilatação na próstata, há um grande indício de câncer na área, o 
que pode ser confirmado pelo exame de sangue para a detecção 
do PSA (antígeno específico da próstata) produzido pela próstata 
afetada. Entretanto, o PSA não dispensa o toque retal. 
 
Glândulas de Cowper ou bulbouretrais 
As glândulas de Cowper ou glândulas bulbouretrais 
são duas estruturas esféricas encontradas na base do pênis. 
Produzem um líquido ligeiramente viscoso, formado por muco, 
que, por refluxo nervoso, é liberado durante o estímulo sexual 
antes de se iniciar o coito. Têm por finalidade a lubrificação, 
facilitando o ato sexual. 
 
Uretra 
A uretra é um conduto comum ao sistema excretor e 
reprodutor no homem, levando tanto a urina como o sêmen. É 
formado por uma camada de musculatura lisa revestida por 
epitélio. Começa no ducto ejaculatório, passa por dentro do pênis 
e acaba num orifício, o óstio uretral externo, no ápice do pênis. 
Durante o ato sexual, a uretra desenvolve intenso 
peristaltismo, que atinge intensidade máxima do instante do 
orgasmo, promovendo a ejaculação. Com isso, o esperma deve 
ser projetado com força para fora, visando alcançar o colo do útero 
e proporcionando aos espermatozóides passarem rapidamente 
pelo pH ácido da vagina, que como já visto é prejudicial a eles. 
 
Pênis 
O pênis é o órgão copulador do homem, capaz de ser 
introduzido na vagina para proporcionar o ato sexual. O pênis tem 
forma cilíndrica e tem a capacidade de tornar-se rijo quando 
ocorre excitação sexual. Rijo, pode ser introduzido na vagina. 
 
 
Em A, corte longitudinal do pênis; em B e C, cortes transversais do 
pênis. 
 
A ereção do pênis é proporcionada por tecidos especiais 
existentes em sua estrutura, dois corpos cavernosos e um corpo 
esponjoso. Estes são vasos sanguíneos modificados que, 
durante a excitação, por estímulo do SNA parassimpático, 
enchem-se de sangue promovendo a ereção. 
Por dentro do corpo esponjoso, passa a uretra. No ápice 
do pênis, o corpo esponjoso se dilata para dar origem à glande ou 
cabeça do pênis. É na glande que se situa o óstio uretral externo, 
o orifício de abertura da uretra. 
A glande peniana é coberta por uma camada de tecido 
bastante elástica, que a encobre no pênisrelaxado. Esta camada, 
o prepúcio, deixa de cobrir a glande quando o pênis está erétil. 
É muito comum a cirurgia de fimose ou circuncisão, a remoção 
do prepúcio, devido a motivos religiosos (como nos judeus), ou 
para facilitar a higienização da glande peniana, uma vez que 
dificulta o acúmulo de esmegma (secreção produzida e acumulada 
na região da glande peniana). Em algumas ocasiões, o prepúcio 
não tem a elasticidade normal, promovendo dor no pênis erétil. 
Nesse caso, a cirurgia também deve ser feita. 
 
O caminho do espermatozóide até a ejaculação 
 
Da sua produção a ejaculação, o espermatozóide passa 
pelas seguintes estruturas: testículo – epidídimo – canal 
deferente – ducto ejaculatório – uretra. 
Deve-se lembrar, entretanto, que o ducto ejaculatório está 
em íntima associação com as vesículas seminais e a próstata e a 
uretra com as glândulas bulbouretrais e o pênis. 
 
 
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17 Biologia 
2. Aparelho reprodutor feminino 
 
Sistema reprodutor feminino humano. Primeiro, vista frontal dos 
órgãos reprodutores internos e da genitália externa em corte. A 
trompa, à esquerda, foi levantada para melhor visualização de sua 
abertura. 
 
Vista lateral do sistema reprodutor feminino em corte. 
O aparelho reprodutor feminino é formado por: 
 
- ovários; 
- tubas uterinas; 
- útero; 
- vagina; 
- vulva; 
- mamas. 
 
Ovários 
Os ovários são as gônadas femininas, responsáveis pela 
produção de óvulos e são também, as glândulas sexuais 
femininas, responsáveis pela produção de hormônios sexuais 
femininos, como os estrogênios e a progesterona. 
Os ovários têm a forma e tamanho aproximados de 
azeitonas e se situam no abdome da mulher, à altura da virilha. 
Existem na superfície do ovário estruturas denominadas 
folículos ovarianos. Cada folículo é formado por uma camada de 
células epiteliais envolvendo uma célula germinativa que originará 
o óvulo. 
A partir da puberdade, a cada mês, sob estímulo dos 
hormônios gonadotróficos da hipófise, cerca de 5 a 12 folículos 
entram em processo de maturação, sendo que destes, 
normalmente apenas um deles completa sua maturação e expulsa 
o óvulo em formação, num processo denominado ovulação. 
Os ovários esquerdo e direito revezam-se, de tal maneira 
que a cada mês um deles ovula. Assim, pode-se dizer que cada 
ovário ovula de dois em dois meses. 
Os folículos em maturação desenvolvem , na camada ou 
teca externa de suas células foliculares, intensa produção de 
hormônios sexuais femininos. Estes são responsáveis pelo 
controle de processos como a própria ovulação, a preparação do 
útero para uma possível gravidez e a menstruação. 
Dentre os hormônios sexuais femininos, os estrogênios 
(conjunto de hormônios como o estradiol, a estrona e o estriol, 
dos quais o principal é o estradiol) atuam no aparecimento dos 
caracteres sexuais secundários femininos, que são o 
desenvolvimento de mamas, o acúmulo de gordura nos quadris, a 
ausência de pelos corporais e faciais, a presença de pelos nas 
regiões pudendas, etc. 
 
Ovário em corte mostrando as etapas do amadurecimento do 
folículo e formação do corpo amarelo. 
 
Tubas uterinas ou trompas de Falópio ou ovidutos 
As tubas uterinas ou trompas de Falópio ou ovidutos 
são condutos que unem os ovários ao útero, servindo de caminho 
para o óvulo liberado pelo ovário e para os espermatozóides que 
foram introduzidos pelo ato sexual. Assim, é ao nível das tubas 
uterinas que normalmente ocorre a fecundação. 
Nas extremidades das tubas uterinas, existem franjas 
denominadas fímbrias que captam os óvulos liberados na 
ovulação. As fímbrias fazem com que o óvulo penetre nos 
ovidutos. 
No interior das tubas uterinas, existem cílios que, ao 
baterem, “varrem” o óvulo liberado ou mesmo o zigoto ou embrião 
formado em direção ao útero. 
Raramente, o zigoto se forma e não consegue sair das 
tubas uterinas, havendo desenvolvimento do embrião nas próprias 
tubas. É a chamada gravidez tubária, de alto risco para a mãe e 
para o bebê. 
 
Útero 
O útero é um órgão de paredes musculosas espessas 
situado acima da bexiga e com o tamanho aproximado de um 
punho fechado na mulher não grávida. A função do útero é 
abrigar o embrião em formação durante a gravidez. Para isso, 
na mulher em estágios finais de gravidez, ele pode aumentar 
muito de tamanho, passando de um peso normal de 50 g para 
cerca de 2kg. 
O útero é dotado de três paredes. A mais externa, em 
contato com as vísceras abdominais é o perimétrio, formada de 
tecido conjuntivo. A média é o miométrio, bastante espessa e 
formada por musculatura lisa. A mais interna, que é aquela onde 
se situa o embrião é denominada de endométrio ou camada 
adventícia, sendo formada de tecido epitelial. 
 
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18 Biologia 
O endométrio sofre mensalmente uma preparação para 
poder abrigar uma possível gravidez. Para isso, graças à ação dos 
estrogênios e da progesterona, ele ganha camadas extras 
tornando-se mais espesso. Caso a gravidez não venha, as 
camadas extras formadas são eliminadas através do processo de 
menstruação. Como essas camadas de endométrio são bastante 
vascularizadas para possivelmente nutrir um embrião, a 
descamação do endométrio na menstruação é acompanhada de 
perda de sangue pela vagina. 
Vagina 
A vagina é um canal musculoso e elástico que faz a 
comunicação entre útero e o meio externo, sendo formada a partir 
de estruturas embrionárias denominadas ducto de Müller. 
Entre o útero e a vagina existe uma região denominada 
colo ou cérvix uterino. 
 
Câncer de colo de útero ou câncer cervical 
O colo uterino também tem grande importância para a 
Medicina. Essa região está exposta a uma grande atrito com a 
glande peniana durante o ato sexual, bem como pode ser 
lesionada por microorganismos quando a higienização da área 
não é adequada. Isso pode levar ao aparecimento de câncer de 
colo uterino, uma das formas mais comuns e mortais de câncer 
em mulheres. O câncer de colo de útero está fortemente 
relacionado ao vírus HPV, relacionado a verrugas genitais e 
sexualmente transmissível. O exame de prevenção deve ser feito 
anualmente em mulheres a partir do momento que elas têm uma 
vida sexual ativa. Esse exame, chamado Papanicolau consiste na 
coleta de material do colo do útero com espátulas e análise ao 
microscópio para verificar a presença de possíveis células 
cancerosas. 
 
A vagina é revestida por uma membrana mucosa, cujas 
células liberam glicogênio. Bactérias Lactobacillus normalmente 
presentes na mucosa vaginal fermentam o glicogênio produzindo 
ácido láctico, o que confere ao meio vaginal um pH bastante 
ácido, o que impede a proliferação da maioria dos 
microorganismos patogênicos. 
 Durante a excitação sexual, a parede da vagina e dilata 
e se recobre de muco lubrificante produzido pelas glândulas de 
Bartholin ou vestibulares, o que facilita a penetração do pênis 
durante o ato sexual. Isto está acompanhado por um 
intumescimento da vagina, com uma sensação de peso nas partes 
pudendas , o que confere à mulher uma certa sensação de prazer 
durante a excitação sexual. 
Até a primeira relação sexual, a entrada da vagina é 
parcialmente encoberta por uma fina membrana, o hímen, cuja 
função é de proteger a vagina contra microorganismos, o que é 
desnecessário a partir da puberdade, com a ocorrência das 
bactérias Lactobacillus e o consequente pH ácido vaginal. 
 
Vulva 
A vulva é a genitália externa feminina, por onde a 
vagina se abre para o meio externo, contendo os grandes e 
pequenos lábios, o clitóris, o monte pubiano e as aberturas de 
uretra e vagina. 
Na vulva se localizam os grandes e os pequenos lábios, 
que são os análogos femininos ao saco escrotal. Os grandes 
lábios encontram-se normalmente fechados, mas por ocasião do 
ato sexual, com o intumescimento da vagina, se afastam e 
permitem que os pequenos

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