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Nome: Guilherme Trizolio Gonçalves 1.1. Considerações iniciais As primeiras aplicações de energia elétrica, de caráter econômico, datam de 1870 aproximadamente. Naquela época, as máquinas elétricas (dínamos e motores de corrente contínua) atingiram um estágio que permitiu o uso delas na geração e na utilização da energia elétrica, como força motriz, em indústrias e nos transportes. Somente em 1882 é que foi constituída a primeira empresa destinada a gerar e vender energia elétrica aos interessados, naquele momento mais facilmente utilizável em virtude da invenção da lâmpada incandescente por Thomas A. Edison. A energia fornecida, em 110 volts (V) de corrente contínua, era para uso geral, abrangendo inicialmente a iluminação pública e a residencial, além de algumas poucas aplicações de força motriz. Isso só era possível com a construção de novas centrais, em virtude das limitações econômicas e técnicas impostas ao transporte da energia elétrica a distâncias maiores. Esse fato, por si só, constituía-se em importante limitação de uso de energia elétrica, sem atentar para o fato de que o potencial energético hidráulico estava fora do alcance, na maioria das vezes, como fonte de energia primária. emprego da corrente alternada foi desenvolvido na França com a invenção dos transformadores, permitindo o transporte econômico da energia elétrica, em potências e tensões mais elevadas a distâncias maiores, sem prejuízo na eficiência no uso para fins de iluminação. Em maio de 1888 Nícola Tesla, na Europa, apresentou um artigo descrevendo motores de indução e motores síncronos bifásicos, O sistema trifásico seguiu-se logo, com o desenvolvimento de geradores síncronos e motores de indução. As vantagens sobre os sistemas de corrente contínua (CC) fizeram com que os sistemas de CA passassem a ter um desenvolvimento muito rápido. Inicialmente, eram sistemas monofásicos. A primeira linha de transmissão de que se tem registro no Brasil foi construída por volta de 1803, a cidade de Diamantina, Minas Gerais. 1.2. Tensões de transmissão – padronização Edison, ao escolher a tensão de 110 V para seu sistema, praticamente iniciou uma padronização das tensões de energia elétrica em nível de consumidor. Os geradores e os motores síncronos são mais compactos do que os mono ou bifásicos pela melhor utilização do espaço disponível no induzido. Nos sistemas convencionais de energia elétrica de CA, adotou-se o sistema trifásico para as indústrias reservando-se o sistema monofásico para a distribuição residencial e mesmo rural. Quando os fabricantes de equipamentos e usuários reconheceram a necessidade de padronização também nos níveis de tensão mais elevadas, ela - no início de caráter nacional - foi estendendo-se também a outros países, com a experiência e ditando os valores mais convenientes a cada caso, em geral fixados por considerações de ordem tecnológicas e econômicas. Convencionou-se que, nos sistemas trifásicos, as tensões seriam especificadas por seus valores fase a fase, consideradas as suas tensões nominais. Para as altas tensões, o caráter de padronização nacional ainda prevalece, enquanto para as tensões extra elevadas a padronização internacional está estabelecida e aceita. 1.4.1.6. Condutores para linhas em extra e ultra-altas tensões O aumento progressivo das tensões das linhas de transmissão de energia elétrica em CA foi uma decorrência natural da necessidade de se transportar economicamente - e sob as condições técnicas satisfatórias — potências cada VEZ maiores a distâncias igualmente crescentes principalmente quando a energia primária disponível era hidráulica. Para uma mesma potência a transmitir em tensões maiores resultam correntes menores, consequentemente em perdas menores por Efeito Joule e igualmente, numa melhor regulação das tensões. Esse aumento nos valores das tensões, a partir de certo nível, exigia, por outro lado, um aumento no diâmetro dos condutores a fim de minimizar as consequências do Efeito Corona. Seu custo era, no entanto, elevado, e a sua manipulação no campo, durante a montagem das linhas, era igualmente complexa e dispendiosa, fato que os fez cair em desuso devido às novas soluções que foram propostas. O desenvolvimento dos cabos CAA, resolvendo o problema da baixa resistência mecânica do alumínio, fez aumentar proporcionalmente ainda mais os diâmetros dos cabos de mesma resistência elétrica. Os condutores utilizados seriam de fabricação normal, existentes no mercado e mantidos separados entrei si por meio dos vãos espaçadores adequados. O feixe, assim formado, comportava-se como se fosse utilizado um cabo de diâmetro muito alto, o que o levou a concluir que os campos magnéticos individuais dos subcondutores se compunham para formar um único, semelhante àquele, devido a um cabo único de grande diâmetro, suspenso no centro e em um lugar do feixe.
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