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Farmacologia do Sistema Nervoso Periférico

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1 
 
 
Farmacologia do Sistema Nervoso Periférico 
• O sistema nervoso somático possui como único neurotransmissor a acetilcolina. 
Neurônios que liberam acetilcolina são denominados neurônios colinérgicos, pois 
secretam apenas acetilcolina na fenda sináptica. Conclui-se que existem apenas 
receptores de acetilcolina em nossa musculatura esquelética, já que esses músculos 
são somente inervados pelo sistema nervoso somático; 
• Os principais neurotransmissores secretados pelo sistema nervoso autônomo são a 
acetilcolina e noradrenalina. Todos os neurônios pré-ganglionares liberam 
acetilcolina em suas sinapses, tanto do sistema nervoso simpático quanto do 
parassimpático; 
• Os neurônios pós-ganglionares simpáticos liberam principalmente a noradrenalina. 
Os neurônios simpáticos são denominados neurônios adrenérgicos pelo fato de 
liberarem noradrenalina; 
• Os neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso parassimpático liberam em suas 
fendas sinápticas somente o neurotransmissor acetilcolina, e são denominados 
neurônios colinérgicos; 
• Os receptores muscarínicos estão agrupados na classe dos receptores 
metabotrópico e localizam-se na musculatura lisa, nos nervos e no coração; 
• Os receptores nicotínicos pertencem à classe dos receptores ionotrópicos. São 
encontrados principalmente na placa motora da musculatura esquelética, nos 
gânglios autônomos e na glândula suprarrenal, sendo diferenciados como receptores 
nicotínicos musculares e receptores nicotínicos neuronais periféricos; 
• As respostas fisiológicas observadas nos receptores muscarínicos são mais lentas 
que as dos receptores nicotínicos; 
• A noradrenalina é o neurotransmissor liberado pelas terminações nervosas dos 
neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso simpático e faz parte do grupo de 
substâncias denominadas catecolaminas. As principais catecolaminas são: 
serotonina, adrenalina, noradrenalina, dopamina; 
• Os inibidores da MAO provocam um aumento das catecolaminas nas terminações 
nervosas e são utilizados para o tratamento da doença de Parkinson e depressão 
mental; 
• A COMT é responsável pela biotransformação (degradação) principalmente da 
adrenalina liberada pelas células cromafins da medula suprarrenal; 
 
 
2 
 
 
Receptores adrenérgicos 
• São classificados em dois grupos principais: receptores beta-adrenérgicos e 
receptores alfa-adrenérgicos; 
• Os receptores alfa-adrenérgicos são mais suscetíveis à ação da NA do que a 
adrenalina; 
• Os receptores beta-adrenérgicos são mais seletivos à ação da adrenalina do que da 
NA; 
• Todos os receptores adrenérgicos são ativados pela NA e AD, mas com intensidades 
diferentes; 
• Todos os receptores adrenérgicos pertencem à classe de receptores metabotrópico; 
• Os receptores alfa-adrenérgicos estão localizados principalmente na musculatura lisa 
vascular e no miocárdio; 
Agonistas dos receptores colinérgicos 
• Fármacos agonistas dos receptores colinérgicos mimetizam as ações da Acetilcolina, 
ligando-se a seus receptores ou aumentando a concentração de Ach nas fenas 
sinápticas pela inibição da sua degradação; 
• Os fármacos colinomiméticos de ação direta ativam diretamente os receptores 
colinérgicos (nicotínicos ou muscarínicos); 
• Os fármacos colinomiméticos de ação direta podem ser classificados em Ésteres de 
colina e Alcaloides naturais; 
• A muscarina e a pilocarpina são fármacos seletivos para os receptores muscarínicos, 
sendo a nicotina e a lobelina seletivos para os receptores nicotínicos; 
Fármacos anticolinesterásicos 
• Fármacos colinomiméticos de ação indireta; 
• O efeito provocado pela administração desses fármacos é a potencialização das 
funções parassimpáticas e, menos comumente, as simpáticas do organismo; 
• Podem ser classificados em anticolinesterásicos de ação curta, média e irreversíveis; 
• Esses fármacos mimetizam a Ach no sítio catalítico da enzima; 
• As propriedades farmacológicas dos agentes anticolinesterásicos são provenientes 
da ação da Ach nas fendas sinápticas. Podem provocar estimulação dos receptores 
muscarínicos nos órgãos autônomos, estimulação com consequente depressão dos 
receptores nicotínicos encontrados nos gânglios autônomos e músculo esquelético, 
e excitação seguida de depressão dos receptores colinérgicos presentes no SNC; 
3 
 
 
Antagonistas colinérgicos 
• Fármacos anticolinérgicos; 
• São divididos em três grupos principais: antagonistas muscarínicos, bloqueadores 
ganglionares e bloqueadores neuromusculares; 
• Antagonistas muscarínicos: exercem suas ações mediante o bloqueio dos 
receptores muscarínicos. Atropina e escopolamina são alcaloides naturais extraídos 
da planta conhecida como beladona e são os protótipos da classe de antagonistas 
muscarínicos. São divididos em três classes: alcaloides naturais, compostos 
semissintéticos e congêneres sintéticos. Exercem sua ação pelo antagonismo 
competitivo reversível com a Ach pelos receptores muscarínicos. O metabolismo dos 
fármacos antimuscarínicos é realizado principalmente pelo fígado, resultando em 
compostos hidrolisados e conjugados. As propriedades farmacológicas são 
mediadas pelo bloqueio competitivo das ações da Ach nos órgãos efetores, sendo 
observada uma diminuição da função parassimpática no organismo. Todas as 
propriedades farmacológicas dos fármacos antimuscarínicos podem ser revertidas 
coma administração de fármacos colinomiméticos, devido ao fato de ao antagonismo 
ser competitivo. Os efeitos farmacológicos da escopolamina são iguais aos da 
atropina, a diferença está na dose. São amplamente utilizados na terapêutica, 
sempre visando suprimir a resposta parassimpática nos órgãos efetores. 
• Fármacos bloqueadores ganglionares: bloqueiam a condução neuronal nos 
gânglios autônomos pelo bloqueio dos receptores nicotínicos presentes nos 
neurônios pós-ganglionares. O bloqueio é feito tanto nos neurônios parassimpáticos 
quanto simpáticos, ocasionando uma inibição generalizada das funções autônomas 
do organismo. os fármacos bloqueadores ganglionares não são seletivos. O 
mecanismo de ação dos fármacos bloqueadores ganglionares compreende o 
bloqueio não despolarizante dos receptores nicotínicos e canais iônicos nos 
neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso autônomo tanto parassimpático 
como simpático. 
Agonistas e antagonistas adrenérgicos 
• A NA é o principal neurotransmissor liberado pelos neurônios simpáticos, sendo a 
adrenalina o hormônio liberado pelas glândulas suprarrenais mediante ativação do 
sistema nervoso simpático; 
 
 
4 
 
 
Agonistas adrenérgicos 
 
• Também chamados de simpatomiméticos, são fármacos que mimetizam ou 
aumentam a ação da NA e da adrenalina no organismo; 
• Podem ser classificados de acordo com sua especificidade pelos receptores 
adrenérgicos em agonistas beta-adrenérgicos (seletivos ou não seletivos) e 
agonistas alga-adrenérgicos, também seletivos ou não seletivos; 
 
Agonistas beta-adrenérgicos 
 
• São mais utilizados atualmente no tratamento da asma, bronquite e doença 
pulmonar obstrutiva; 
• São utilizados também para estimular a frequência e a força da contração 
miocárdica, estímulo esse necessário para situações como choque cardíaco, 
arritmias cardíacas e bradicardia; 
• Isoproterenol: é um potente agonista beta-adrenérgico não seletivo, com pouca 
afinidade pelos receptores alfa-adrenérgicos. Relaxa quase todas as variedades de 
músculo liso. Os efeitos cardiovasculares incluem taquicardia, inotropismo positivo, 
vasodilatação periférica e diminuição da pressão arterial. Possui alta absorção 
quando administrado por via parenteral ou inalatória em forma de aerossol. É 
metabolizado no tecido hepático e pela COMT nos demais tecidos. Possui um tempo 
de ação maior que a adrenalina devido à incapacidade de ser metabolizado pela 
MAO, pois não é captado para dentro dos neurônios. 
 
Agonistas beta2-seletivos 
 
• A vantagem desses fármacos em relaçãoaos não seletivos é a ausência de efeitos 
indesejáveis como taquicardia no tratamento de doenças pulmonares, como asma e 
bronquite; 
• A seletividade é correspondente a dose, ou seja, doses muito elevadas diminui tal 
seletividade; 
• Metoproterenol e fenoterol; 
• Salbutamol; 
 
 
 
5 
 
 
Agonistas alfa1-seletivos 
 
• Exercem sua ação farmacológica por mimetizar a noradrenalina na ativação dos 
receptores alfa1 presentes principalmente nos vasos sanguíneos; 
• São utilizados normalmente no choque e na hipotensão, mas estão presentes em 
diversas associações para aliviar sintomas da gripe e do resfriado; 
• Fenilefrina: Provoca vasoconstrição direta e aumenta a resistência vascular 
periférica, elevando a pressão arterial sistêmica. É muito utilizada em 
descongestionantes nasais pelo seu efeito vasoconstritor direto. 
 
Agonistas alfa2-seletivos 
 
• São muito utilizados no tratamento da hipertensão arterial; 
• Agem principalmente ativando os receptores alfa2 pré-sinápticos localizados no 
centro do controle cardíaco no SNC. Essa ativação provoca hiperpolarização dos 
neurônios adrenérgicos, diminuindo a descarga simpática proveniente do SNC; 
• O principal fármaco dessa classe é a clonidina; 
• Clonidina: seus principais efeitos farmacológicos são as alterações da pressão 
arterial e da FC, provocados, principalmente, pela inibição da ação simpática nos 
tecidos periféricos. 
Outros agonistas adrenérgicos 
• Anfetamina: é uma substância muito utilizada devido aos seus efeitos estimulantes 
no SNC. A anfetamina parece exercer seus efeitos no SNC através da estimulação 
da liberação das aminas biogênicas, principalmente NA e dopamina; 
• Efedrina: além de ser um agonista alfa e beta adrenérgico, promove a liberação de 
NA das vesículas sinápticas dos neurônios simpáticos. Exerce efeito cronotrópico 
positivo e aumenta o débito cardíaco, além de exacerbar a resistência vascular 
periférica, resultando em elevação considerável da pressão arterial sistêmica. Após 
sua administração, ocorre um aumento da estimulação do SNC. É eliminada 
predominantemente sob a forma inalterada pela urina. 
Antagonistas adrenérgicos 
• São fármacos amplamente utilizados principalmente no tratamento dos distúrbios 
cardiovasculares; 
6 
 
 
• Inibem, de forma competitiva e reversível, a interação da NA, adrenalina e 
compostos relacionados com os receptores alfa e beta; 
Antagonistas dos receptores alfa-adrenérgicos 
• Fenoxibenzamina: é um antagonista alfa 1 e alfa 2 irreversível. Seus efeitos 
farmacológicos resultam do bloqueio dos receptores alfa na musculatura lisa. 
Provoca diminuição da RPT e eleva o DC devido, provavelmente, à estimulação 
simpática reflexa; 
• Prazosina: é bastante utilizado no tratamento da hipertensão e angina pectoris. 
Seus efeitos resultam no bloqueio dos receptores alfa1 nas veias e arteríolas, 
provocando uma queda da resistência vascular periférica e diminuição do retorno 
venoso e ao coração. 
 
Antagonistas dos receptores beta-adrenérgicos 
 
• Diminui a resposta simpática, reduzindo a ação da NA e adrenalina em seus 
receptores beta; 
• Exercem seus principais efeitos no sistema cardiovascular, diminuindo a FC e a força 
de contração cardíaca; 
• Os beta bloqueadores não seletivos bloqueiam os receptores beta2 localizados na 
musculatura brônquica, levando a uma broncoconstrição; 
Beta bloqueadores não seletivos 
• Propranolol: penetra facilmente na barreira hematoencefálica, atingindo o SNC. Seu 
uso temporário é particularmente cardiovascular, sendo utilizado no tratamento da 
hipertensão arterial sistêmica, ICC, cardiopatias e arritmias cardíacas; 
• Nadolol: suas concentrações no SNC são baixas devido à relativa incapacidade de 
atravessar a barreira hematoencefálica. É altamente metabolizado e é excretado 
pelos rins; 
• Caverdilol: bloqueia receptores alfa1. Metabolismo de primeira passagem. É 
excretado principalmente pela urina. 
Antagonistas beta1-seletivos 
• Metaprolol: possui metabolismo hepático e excreção renal. É utilizado 
principalmente no tratamento da hipertensão arterial sistêmica. Porém, também é 
utilizado no tratamento de cardiopatias isquêmicas e ICC; 
7 
 
 
• Atenolol; 
• Os efeitos adversos dos beta-bloqueadores são decorrentes do bloqueio desses 
receptores em diversos tecidos corporais

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