Buscar

alfabetização-arte

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A ALFABETIZAÇÃO DO OLHAR NO ENSINO DA ARTE
O ensino da arte propicia o conhecimento da linguagem que levará a habilidade de decifrar códigos. Este conhecimento chegará até os alunos através da alfabetização do olhar, que será construída a cada ano, aumentando o repertório de informações e a possibilidade da leitura mais consciente do mundo.
É na escola que os alunos terão acesso a este   conhecimento tão importante de se obter na época atual, através do trabalho dos professores e do exercício da leitura de imagens, que possibilitarão que sejam feitas análises e conexões, preparando estes alunos para serem reflexivos e críticos, diante do que lhes é apresentado para que assim, tenham uma atuação plena e consciente  no  mundo que os cercam. Os textos a seguir tratam desta problemática e apontam caminhos para a efetiva prática da educação do olhar na escola.
Criar arte é ver o mundo como que pela primeira vez. É buscar a origem, o gesto que o fundou. É reaprender cada coisa, cada objeto, é dar novos significados às coisas existentes, é reinventar, reconduzir, reconstruir (MORAIS, 2001, p. 205)
Com a arte podemos sempre transformar e criar algo. Aprender arte nos dá a possibilidade de encontrar novos caminhos, novos olhares para uma nova percepção do mundo. O ser humano é um ser simbólico, e tem, portanto, a capacidade de se apropriar de informações, criar um mundo novo a   cada dia repleto de novas representações e é neste sentido que o ensino da arte é tão importante e necessário nas escolas.
A arte deve ser entendida como conhecimento e linguagem, e desta forma sua prática levará os alunos a adquirirem e aprenderem a se comunicar usando este novo tipo de linguagem. A escrita da arte nas imagens e obras é feita através de um sistema de representação que utiliza principalmente: cor, luz, sombra, forma, som, gestos, silêncio, movimento   etc.,   que são símbolos com os quais o aluno, com alguma intenção, faz uma leitura e criam uma obra, dando novos significados a todos estes elementos que foram citados. Ao usar diariamente esta linguagem para se expressar, o aluno vai iniciando a alfabetização do seu olhar, construindo e aprimorando um repertório de símbolos visuais e sensoriais que o ajudará a ler o mundo que está ao seu redor de forma simbólica.
“Cada indivíduo, como um ser simbólico que é, realiza o ato de simbolizar utilizando sistemas de representação para elaborar e objetivar seus pensamentos e sentimentos com o intuito de compreender o que se passa no mundo” (MARTINS, 1998, p.36).
O professor de Arte é, pois, um alfabetizador artístico, mediador entre arte e aluno. Assim como passamos por um período de alfabetização da língua, quando crianças, deveríamos ter tido também a alfabetização do olhar, do sentir, do expressar. A construção desse conhecimento sensível é obtida através do contato com formas artísticas e suas diversas manifestações, sejam elas corporais, sonoras ou plásticas. A preocupação prioritária do educador artístico deve ser a construção do olhar.
Por meio do ensino da arte e do treino do olhar, os alunos passam a entender os sistemas de representação produzidos pelo homem, pelas sociedades e pelos meios de comunicação, podendo penetrar e capturar a realidade artística ou social, de forma consciente. É impossível uma compreensão crítica dos meios de comunicação de massa ou de produtos que são oferecidos diariamente aos alunos sem saber ler tais imagens, saber interpretar tais produtos e imagens é muito necessário, por este motivo a educação do olhar dos é tão necessária.
Os Elementos Visuais - Ponto, Linha, Forma e Cor
Uma obra de arte visual (uma pintura, um desenho, uma fotografia, etc) naturalmente apresentará um assunto, uma  expressão e uma composição. O assunto é o tema, o conteúdo da obra. A expressão é a interpretação pessoal do assunto feita pelo artista. E a composição é a organização dos elementos visuais presentes na obra. Esses elementos visuais determinam o esqueleto estrutural da obra. 
Por que isso é importante?
Conhecer e saber analisar  esses elementos nos ajuda na interpretação de obras visuais - a entender melhor a mensagem que o artista quer transmitir para nós por meio do seu trabalho. Hoje vamos conhecer pelo menos 4 elementos básicos da composição visual: o ponto, a linha, a forma e a cor. A relação entre eles é o que dá às coisas as formas e os significados que possuem. 
Vamos conhecê-los:
 
O PONTO
O ponto é a unidade básica de representação visual. É onde tudo começa. É a partir do ponto que surgem todas as outras formas. Na série Crianças de Açúcar, de Vik Muniz, podemos relacionar cada grãozinho de açúcar a um pontinho na tela. Juntos eles formam a unidade da imagem.
A LINHA
A partir de um ponto podemos traçar uma linha. A linha é uma sequência de pontos. Essa linha deve ser entendida como força e direção e não apenas como linha de contorno. Isso quer dizer que as linhas direcionam o nosso olhar diante da imagem. Assim, elas também podem gerar sensações psicológicas como paz, agitação, etc.
Para visualizarmos os diferentes tipos de linhas e suas sensações, vejamos o exemplo mostrado em sala dos diferentes tipos de estradas:
as linhas estão presentes na natureza mais do que imaginamos? Na arte não é muito diferente. Note na gravura do Escher como a distribuição das linhas confundem nosso olhar: ao mesmo tempo que parecem estar bagunçadas e embaralhadas, notamos que estão perfeitamente organizadas.
	
	M. Escher. Relativity. Litogravura, 1953. Maurits Cornelis Escher foi um importante gravurista holandês famoso por suas representações impossíveis do mundo. Gostava de brincar com as leis matemáticas, como a perspectiva, para criar ilustrações fantásticas que desafiam a realidade.
Ano passado caiu duas questões no PAS sobre essa obra e uma delas menciona o tipo de linha:
Tendo como referência a obra Relativity, de Maurits Escher, apresentada acima, julgue os itens a seguir:
Assim como na criação de suas famosas séries de metamorfoses, em que formas geométricas abstratas ganham vida e vão, aos poucos, se transformando em aves, peixes, répteis e até seres humanos, M. Escher baseia-se, na obra Relativity, em conceitos matemáticos, especialmente conceitos de geometria. 
A obra Relativity, assim como outras obras de Escher, caracteriza-se por linhas predominantemente diagonais e luz direcionada. Além disso, observam-se, em suas obras, a utilização da técnica do claro-escuro, a construção de planos diferenciados e uma composição arquitetônica geométrica, como as figuras com cabeças em forma de bulbo e vestidas em trajes idênticos na obra Relativity
A FORMA
Uma linha fechada gera uma forma, uma massa. Ao elaborar uma obra a preocupação com a forma dos objetos representados na obra esta diretamente relacionada com seu equilíbrio ou sua instabilidade. A forma piramidal, por exemplo, esta associada ao triângulo que, por sua vez, pela sua simetria (ambos os lados iguais) e por sua base maior que o topo, muitas vezes é associado à perfeição. Um exemplo bem conhecido é a Monalisa, de Leonardo da Vinci. 
Mas também temos formas quadradas e circulares na arte. Algumas das obras do arquiteto Oscar Niemeyer são um ótimo exemplo nesse sentido. Essas três abaixo são obras do PAS:
A COR
Por fim, a cor é o elemento agregador, o toque final de uma composição artística. Veja o branco intenso nas obras acima. Não tornam essas construções mais suaves, delicadas e ao mesmo tempo grandes e imponentes?! Se fossem pintadas de preto, por exemplo, assumiriam um olhar totalmente diferente. Por isso dizemos que as cores possuem qualidade emotiva. E existe até uma ciência por trás disso sabia? É a cromologia, ou estudo das cores. De acordo com essa ciência pinturas com cores quentes, por exemplo, são mais alegres, intensas. Já pinturas com cores frias tendem a ser mais tristes ou retraídas. Compare esses dois autorretratos de Frida Kalho e veja como isso tudo faz sentido:

Continue navegando