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Capítulo 33 Economia – Macroeconomia Adriano Santos de Sousa Teste Rápido – Liste e discuta os três fatos chave sobre as flutuações econômicas. Fato 1: As flutuações econômicas são irregulares e imprevisíveis A economia possui uma natureza dinâmica, e as suas variáveis podem mudar a direção na qual a economia se encontra. Mais especificamente, nas flutuações econômicas algumas variáveis determinam a direção em que a economia seguirá. Dizemos que por decorrência desses fatores as flutuações econômicas são irregulares e imprevisíveis. Segundo Makiw, “as flutuações na economia são frequentemente chamadas ciclo de negócios”. No entanto, o autor diz que essa expressão pode ser enganosa, pois sugere que as flutuações podem ser economicamente ‘regular’ e ‘previsível’. Neste contexto, quando o PIB real cresce, e consequentemente a demanda agregada, significa que os negócios estão bem. No entanto, à contrário do crescimento, uma queda no PIB real significa uma diminuição na demanda agregada. Fato 2: A maioria das variáveis macroeconômicas flutua conjuntamente. O PIB real é muito usado para observar as variações de curto prazo na economia porque ele é a soma dos valores de todos os bens e serviços produzidos em uma dado período, e também mede a renda total de todas as pessoas na economia. Sendo assim, ele é um importante indicador econômico, e a sua variação contribui para mudar variáveis como: renda pessoal, os lucros das empresas, as despesas de consumo, as despesas de investimento, a produção industrial e etc... Exemplo: Se o PIB real cair podemos perceber que todos os elementos que o compõe também se alterarão. Assim sendo, dizemos que os elementos que compõe o PIB real flutuam juntos. Fato 3: Com a queda na produção, o desemprego cresce. Tanto a produção quanto o desemprego relacionam-se um com outro de forma negativa. Ou seja, quando um país tem uma produção alta simultânea à taxa de desemprego é baixa. A explicação das flutuações econômicas no curto prazo. Quando as economias passam por flutuações elas apresentam padrões, no entanto, explicar o que causa essas flutuações não é tão fácil. Pressupostos da economia clássica Segundo Mankiw, A dicotomia clássica é a neutralidade monetária. Lembre-se de a dicotomia clássica é a separação das variáveis nominais entre variáveis reais (aquelas que medem quantidades ou preços relativos) e nominais (aquelas medidas em termos de moeda). Em outras palavras a teoria clássica diz que independente da unidade monetária variar, o que importa são as variáveis reais. Nesse sentido, segundo a teoria clássica, no longo prazo prevalece a “neutralidade monetária”. O modelo de demanda agregada e oferta agregada A curva de demanda agregada mostra a quantidade de bens e serviços que as famílias, as empresas, o governo e clientes estrangeiros desejam comprar a cada nível de preços. A curva de oferta agregada mostra a quantidade de bens e serviços que as empresas produzem e vendem a cada nível de preços. Similar à teoria da oferta e demanda aplicada à microeconomia, no entanto, aqui essa teoria é mais ampla e tenta explicar o PIB real. Teste rápido Como o comportamento da economia no curto prazo difere de seu comportamento no longo prazo? No curto prazo a razão de preços influencia no PIB real, de modo que o eixo da oferta agregada é positivo, e o eixo da demanda agregada é negativo. Todavia, no longo prazo o eixo da oferta agregada é vertical, o que significa que a curva de oferta agregada é inelástica em relação ao nível de preços. Em outras palavras a mudança no nível de preços não altera a quantidade ofertada no longo prazo. Nosso gráfico no curto prazo tem seus eixos represtando os seguintes fatores: Oferta agregada, o nível de preços determinará quantidade produzida. A demanda agregada, o nível de preços determinará a quantidade demandada de bens e serviços. A Curva de Demanda Agregada A curva de demanda agregada tem inclinação negativa, Isso significa que, uma queda no nível geral de preços da economia tende a aumentar a quantidade demandada de bens e serviços. No entanto, o aumento do nível de preços reduz a quantidade de bens e serviços demandados. Por que a curva de demanda agregada tem inclinação negativa A curva de demanda agregada tem inclinação negativa porque uma alteração no nível de preços move a quantidade demandada de bens e serviços na direção oposta. Sendo o PIB a soma de consumo, do investimento, das compras do governo, e das exportações líquidas. Então cada um desses quatro componentes contribui para a demanda agregada por bens e serviços. Para analisarmos como cada componente afeta a demanda agregada vamos supor que o elemento gastos do governo esteja fixado pela política. Restando três componentes: consumo, investimento e exportações líquidas, esses componentes dependem das condições econômicas e, mas especificamente, do nível de preços. Ou seja, para entender porque a inclinação da curva de demanda agregada é negativa e porque ela se desloca para direita ou para esquerda temos que observar o efeito do nível de preços sobre os três componentes acima citados. Vale resaltar, que os formulares de políticas podem decidir deslocar a curva de demanda agregada através da compra ou redução de gastos. Nível de preço e consumo: o efeito riqueza Considere o dinheiro que você tem em sua carteira e em sua conta bancária. O valor nominal desse dinheiro é fixo, mas seu valor real não é. Um dólar sempre vale um dólar. Ainda assim, o valor real de 1 dólar não é fixo. Se um doce custa um dólar, então seu valor equivale a um doce. Se o preço desse doce cai para $ 0,50 centavos, então um dólar equivale a dois doces. Portanto, quando o nível de preços cai, o valor do dólar sobe, o que aumenta a riqueza real das pessoas e a capacidade de comprar bens e serviços. Nível de preços e investimento: o efeito de juros O nível de preços é um dos determinantes da quantidade demandada de moeda. Quanto menor for o nível de preços, menos moeda as famílias necessitarão manter para comprar bens e serviços que desejam. Quando o nível de preços cai, portanto, as famílias podem tentar diminuir a retenção de moeda mediante concessão de empréstimos. Nível de preços e exportações líquidas: o efeito taxa de câmbio Como acabamos de ver, um menor nível de preços nos Estados Unidos reduz a taxa de juros norte-americana. Reagindo a isso, alguns investidores dos Estados Unidos procurarão maiores retornos, investindo no exterior. Resumo Há, portanto, três razões distintas, porém correlacionadas, pelas quais uma queda no nível de preços aumenta a quantidade demandada de bens e serviços: 1. Os consumidores se sentem mais ricos, o que estimula a demanda por bens de consumo. 2. A taxa de juros cai, o que estimula a demanda por bens de investimento. 3. A taxa de câmbio se deprecia, o que estimula a demanda por exportações líquidas. A curva de oferta agregada A curva de oferta agregada nos diz a quantidade total de bens e serviços que as empresas produzem e vendem a um nível de preços dado. Ao contrário da curva de demanda agregada, que sempre tem inclinação negativa, a curva de oferta agregada apresenta uma relação que dependente fundamentalmente do horizonte de tempo. No longo prazo, a curva de oferta agregada é vertical, ao passo que, no curto prazo, a curva de oferta agregada tem inclinação positiva. Para entendermos as flutuações econômicas de curto prazo e como o comportamento de curto prazo da economia se desvia do comportamento de longo prazo, precisamos examinar tanto a curva de oferta agregada de longo prazo quanto a curva de oferta agregada de curto prazo. Por que a curva de oferta agregada é vertical no longo prazo No longo prazo, a produção de bens e serviços de uma economia depende de suasofertas de trabalho, capital e recursos naturais e da tecnologia disponível usada para transformar esses fatores de produção em bens e serviços. Como o nível de preços não afeta esses determinantes de longo prazo do PIB real, a curva de oferta agregada de longo prazo é vertical. Em outras palavras, no longo prazo, o trabalho, o capital, os recursos naturais e a tecnologia da economia determinam a quantidade ofertada de bens e serviços, e essa quantidade ofertada é a mesma, independente de qual seja o nível de preços. Por que a curva de oferta agregada de longo prazo se desloca Qualquer mudança na economia que altere a taxa natural de produção desloca a curva de oferta agregada de longo prazo. Como, no modelo clássico, a produção depende de trabalho, capital, recursos naturais e tecnologia, podemos classificar os deslocamentos na curva de oferta agregada de longo prazo como decorrentes dessas fontes. Deslocamento decorrentes de alterações do trabalho Imagine que uma economia registre aumento na imigração de estrangeiros. Como haveria um maior número de trabalhadores, a quantidade de bens e serviços ofertada aumentaria. Como resultado, a curva de oferta agregada de longo prazo se deslocaria para a direita. De maneira inversa, se muitos dos trabalhadores deixassem a economia para ir para o exterior, a curva de oferta agregada de longo prazo se deslocaria para a esquerda. Deslocamentos de alterações decorrentes do capital Um aumento no estoque de capital da economia eleva a produtividade e, portanto, a quantidade ofertada de bens e serviços. Como resultado, a curva de oferta agregada de longo prazo se desloca para a direita. Deslocamento de alterações decorrentes dos recursos naturais A produção de uma economia depende de seus recursos naturais, incluindo terra, minerais e clima. A descoberta de um novo depósito de minerais desloca a curva de oferta agregada de longo prazo para a direita. Deslocamentos decorrentes de alterações do conhecimento tecnológico A razão mais importante pela qual a economia hoje produz mais do que produzia há uma geração talvez seja o fato de que nosso conhecimento tecnológico avançou.
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