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Sistema Respiratório: Exame Físico

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SISTEMA RESPIRATÓRIO: EXAME FÍSICO 
 
 
 
 Antes de iniciar o exame físico do tórax, o médico já deve ter feito o exame físico 
geral, incluindo cabeça, tronco e membros, observando eventuais alterações para 
correlacioná-las com uma afecção pulmonar. Nesta avaliação destacam-se os aspectos a 
seguir. 
 
Crânio Depressões e nódulos (mieloma múltiplo, 
metástases). 
 
Face 
Área de hiperpigmentação simétrica (lúpus 
eritematoso); lesões descamativas, 
nódulos, gânglios retroauriculares, 
paralisia facial (sarcoidose) 
Nariz Sinusite (bronquiectasias), rinite alérgica 
(asma), lesão mucosa, 
paracoccidioidomicose. 
Ouvido Otite média. 
 
 
Boca, garganta e laringe 
Dentes em más condições e alterações 
gengivais (pneumonias aspirativas), lesões 
ulceradas ou moriformes das gengivas e 
mucosas, lesões labiais ("boca de tapir': 
Paracoccidioidomicose) 
 
 
 
 
Olho 
compressão do simpático, estrabismo 
(metástase cerebral), uveíte, coriorretinite, 
conjuntivite flictenular, cegueira 
(tuberculose, sarcoidose), edema de papila 
(hipertensão craniana,narcose por CO2 , 
retinopatias (glomerulonefrite da síndrome 
de Goodpasture 
 
 
 
 
Pescoço 
Nódulos na tireoide, pulmonar bócio 
Mergulhante, desvio lateral da traqueia 
(fibrose pulmonar, atelectasia e grande 
derrame pleural), redução do espaço entre 
a cartilagem cricoide e a fúrcula estemal 
(enfisema avançado), turgência das veias 
jugulares, Nos pacientes enfisematosos, a 
turgência se acentua com a expiração, 
o que não acontece na insuficiência 
cardíaca. 
Linfonodos Pesquisá-los nas regiões cervicais, fossas 
supra e infraclaviculares e axilas 
 
Abdomen 
No abdome, verificar se existe 
hepatoesplenomegalia, líquido na cavidade 
ou circulação colateral 
 
 
Membros superiores inferiores 
Baqueteamento (hipocratismo) digital 
(supuração pulmonar não tuberculosa), 
osteoartropatia hipertrófica pnêumica, 
síndrome de Bamberg- Marie (neoplasia 
maligna do tórax), artrites (sarcoido- 
Circulação colateral no tórax Resulta de um obstáculo próximo à 
SISTEMA RESPIRATÓRIO: EXAME FÍSICO 
 
 
 
 
 
 
Obstrução acima da desembocadura da 
veia ázigos 
desembocadura da veia ázigos na veia 
cava superior. 
O sangue só pode atingir o átrio direito 
pela veia ázigos desde que a corrente 
sanguínea se inverta nas veias subclávias, 
axilares, costoaxilares e mamárias internas 
(cava-cava azigótica). Circulação colateral 
surge na face anterossuperior do tórax 
 
 
Obstrução abaixo da desembocadura da 
veia ázigos 
O sangue impossibilitado de atingir o átrio 
desvia-se para a veia ázigos, invertendo a 
direção da corrente até atingir a veia cava 
inferior. Neste caso, a circulação é 
mínima, uma vez que a circulação se fará 
através do plexo vertebral, não havendo 
por isso sobrecarga na rede superficial 
 
 
 
 
Obstrução na desembocadura da veia 
ázigos 
Não só exclui a veia ázigos da circulação 
como impede o sangue de atingir as 
derivações 
profundas (cava-cava anazigótica). Tal 
situação provoca aumento da pressão nos 
troncos braquicefálicos invertendo a 
corrente sanguínea nas veias mamárias 
externas, torácicas, laterais e epigástricas. 
Nestes casos, a rede venosa superficial 
será exuberante nas faces lateral e 
anterior do tórax e o sentido 
da corrente será de cima para baixo. 
 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO: EXAME FÍSICO 
 
 
 
Inspeção 
 
Posição do paciente Sentado ou deitado 
 
Inspeção estática 
forma do tórax, anomalias congênitas ou 
adquiridas, localizadas ou difusas, 
simétricas ou não 
inspeção dinâmica movimentos respiratórios, suas 
características e alterações. 
A morfologia torácica varia conforme o biotipo do paciente 
(normolíneo, longilíneo e brevilíneo) 
 
Pele 
Coloração (cianose e a palidez) e o grau de 
hidratação, presença de lesões elementares 
sólidas. 
Mamas comparadas quanto ao volume, posição do 
mamilo e existência de nódulos 
Sistema muscular contratura da musculatura paravertebral 
torácica unilateral 
Partes ósseas, procurar retrações e abaulamentos 
difusos ou localizados 
 
Tipos de tórax 
 
 
 
 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO: EXAME FÍSICO 
 
 
 
 
 
Tipo respiratório 
observar a movimentação do tórax e do 
abdome, com o objetivo de reconhecer em 
que regiões os movimentos são mais 
amplos 
 
Ritmo respiratório 
Normalmente a inspiração dura quase o 
mesmo tempo que a expiração, sucedendo-
se os dois movimentos com a mesma 
amplitude, intercalados por leve pausa 
 
 
Palpação 
 
Além de complementar a inspeção, avaliando a mobilidade da caixa torácica, a palpação 
torna possível que lesões superficiais sejam mais bem examinadas quanto a sua forma, 
seu volume e sua consistência. 
 
Avalia-se 
Sensibilidade superficial e profunda, a 
dor provocada e espontânea 
 
Temperatura cutânea, comparando-a 
com a do lado oposto 
Com o dorso das mãos 
Grupos ganglionares regionais Gânglios axilares, supraclaviculares ( 
duros e isolados 
 
 
Expansibilidade dos ápices pulmonares 
São pesquisada com ambas as mãos 
espalmadas, de modo que as bordas 
internas toquem a base do pescoço, os 
polegares apoiem-se na coluna vertebral e 
os demais dedos nas fossas 
supraclaviculares 
Frêmito toracovocal Vibrações das cordas vocais transmitidas à 
parede torácica 
 
 
 
Frêmito brônquico e frêmito pleural 
Frêmito brônquico, equivalente tátil dos 
estertores, e o frêmito pleural, que resulta 
da sensação tátil do ruído de atrito 
provocado pelas duas superfícies rugosas 
dos folhetos pleurais e que muitas vezes 
precede os derrames. 
SISTEMA RESPIRATÓRIO: EXAME FÍSICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Percussão 
 
 A percussão só possibilita captar os sons de estruturas localizadas no máximo a 5 
em do ponto de impacto do dedo percussor. O som obtido pela percussão do pulmão 
normal é claro, atimpânico, daí a denominação de som claro pulmonar. As afecções 
broncopulmonares que alteram a distribuição de ar no interior do tórax modificam os 
sons obtidos pela percussão. 
 
Som claro pulmonar Áreas de projeção dos pulmões 
Som timpânico Espaço de Traube 
Som submaciço Região inferior do esterno; 
Som maciço Região inframamária direita (macicez 
hepática) e na região precordial 
 
Ausculta 
 
 A ausculta é o método semiológico básico no exame físico dos pulmões. Lembrando 
que se auscultam as regiões de maneira simétrica com o auxílio do estetoscópio. 
SISTEMA RESPIRATÓRIO: EXAME FÍSICO 
 
 
 
Os sons pleuropulmonares podem ser classificados do seguinte modo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sons normais 
Som traqueal região de projeção da 
traqueia 
Som brônquico zona de projeção de 
brônquios de maior calibre, 
na face anterior do tórax, 
nas proximidades do 
esterno 
 
 
 
 
Murmúrio vesicular 
são produzidos pela 
turbulência do ar circulante 
ao chocar-se contra as 
saliências das bifurcações 
brônquicas, ao passar por 
cavidades de tamanhos 
diferentes, tais como dos 
bronquíolos para os 
alvéolos, e vice-versa 
 
 
 
 
Som broncovesicular 
somam-se as características 
do som brônquico com as 
do murmúrio vesicular, 
auscultado na região 
esternal superior, na 
interescapulovertebral 
direita e no nível da 
terceira e quarta vértebras 
dorsais 
 
 
Sons ou ruídos 
anormais 
descontínuos 
 
 
 
Estertores 
ruídos audíveis na 
inspiração ou na expiração, 
superpondo-se aos sons 
respiratórios normais. 
Podem ser finos (no final 
da inspiração) ou grossos 
(só ocorrem do meio 
para o final da inspiração) 
 
 
 
 
Roncos e sibilos 
Os roncos são constituídos 
por sons graves, portanto, 
de baixa frequência, e os 
sibilos por sons agudos, 
formados por ondas de alta 
frequência. Originam-se 
nas vibrações das paredes 
brônquicas e do conteúdo 
gasoso quando há 
estreitamento destes duetos 
 
Estridor 
produzido pela 
semiobstrução da laringe 
ou da traqueia 
Sopros sopro brando,mais longo 
SISTEMA RESPIRATÓRIO: EXAME FÍSICO 
 
 
na expiração que 
na inspiração. Essa é uma 
verificação normal 
 
Sons vocais 
auscultam-se a voz nitidamente pronunciada e a voz 
cochichada. Para isso, o paciente vai pronunciando as 
palavras «trinta e três" enquanto o examinador percorre o 
tórax com estetoscópio, comparando regiões homólogas 
 
 
 
Referência 
 
PORTO, Celmo Celeno. Porto e Porto: Semiologia Médica. 8ª ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2020. 1440 p.

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