Sistema Nervoso

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Resumos de biologia (Capítilos 
13,14,15,16) 
 
OS NEURÔNIOS: 
O impulso nervoso é uma mistura de fenômenos químicos e 
elétricos que envolvem 
alguns sais, que entram e saem através das membranas dos 
neurônios graças a uma pro- 
priedade chamada excitabilidade. Praticamente todas as células 
têm essa propriedade, 
mas algumas, como os neurônios e as células musculares, 
especializaram-se em reagir 
e responder mais rapidamente a tais estímulos. 
A estrutura de um neurônio possibilita a transmissão desses 
impulsos nervosos. Apre- 
senta expansões ramificadas nas extremidades, os axônios e os 
dendritos, e núcleo, que 
se encontra no corpo celular. 
Compreender a estrutura de um neurônio é muito importante para 
entender melhor 
o funcionamento do sistema nervoso. Analise a figura abaixo com 
atenção e localize os 
dendritos, o axônio e o corpo celular. 
O corpo celular é a região mais “alargada”, onde se encontra o 
núcleo e a maioria 
das organelas citoplasmáticas dessa célula. 
Os filamentos que aparecem mais curtos na ilustração são os 
dendritos. Geralmente, 
são numerosos e muito ramificados e nem sempre são curtos: 
existem neurônios com 
dendritos mais longos. É através desses prolongamentos que as 
células nervosas recebem 
e propagam os estímulos. 
IMPORTANTE: 
Neurônios não se reproduzem. 
Os neurônios são formados durante o desenvolvimento do feto. Uma vez 
formados, eles não mais se dividem, ou seja, não há reposição dessas células. 
Nascemos com cerca de 100 bilhões de neurônios e perdemos em torno de 
500 por hora. Mas não entre em pânico! Temos neurônios de sobra. 
SINAPSES: 
Uma conexão entre dois neurônios acontece entre os terminais dos 
axônios de um neurônio e os dendritos do outro, arranjo que recebe 
o nome de sinapse. 
 
Olhando atentamente a sinapse da figura da página anterior, pode-
se perceber que axônio e dendrito não se tocam. No minúsculo 
espaço entre eles, chamado de fenda ou espaço sináptico, serão 
lançadas algumas moléculas, os mediadores químicos ou neuro- 
transmissores. 
 Quando o impulso nervoso vem através do axônio e chega à 
extremidadedeste (membrana pré-sináptica), ocorre a liberação dos 
neurotransmissores, que vão desencadear o impulso nervoso na 
membrana do dendrito do próximo neurônio (membranapós-
sináptica), conduzindo-o em direção ao corpo celular, e daí para o 
axônio dessa célula, e assim por diante. 
Impulso Nervoso: A natureza do impulso nervoso é muito 
interessante. Trata-se da entrada e saída de alguns sais através da 
membrana do neurônio, causando pequenas diferenças de 
potencial (voltagem) da ordem de milivolts. 
Os neurônios costumam ser classificados em três tipos, segundo 
suas atividades: 
• Neurônios sensoriais (ou sensitivos) – transmitem os impulsos 
nervosos de receptores sensoriais como as terminações da pele ou 
os órgãos dos sentidos, em direção a outros neurônios. 
• Neurônios de associação (ou interneurônios) – recebem o impulso 
nervoso de um neurônio sensorial e o transmitem ao próximo 
neurônio. Esse neurônio não existem alguns circuitos nervosos. 
• Neurônios motores (ou efetores) – transmitem o impulso elétrico 
às células que realizarão a resposta motora, como músculos 
(contração, tanto da musculatura lisa quanto da esquelética) ou 
glândulas (secreção de produtos como saliva ou suor). 
Os prolongamentos dos neurônios se organizam às centenas em 
feixes chamados nervos, que lembram o mesmo arranjo observado 
no conduíte. 
 
 
Os prolongamentos no interior dos nervos podem ser axônios, 
dendritos ou ambos, e estão organizados em feixes. 
 Os nervos podem conter feixes apenas de prolongamentos de 
neurônios motores, de neurônios sensoriais ou serem mistos. Os 
corpos celulares dos neurônios não fazem parte do nervo, estando 
localizados na parte central do sistema nervoso ou em gânglios. 
A ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO HUMANO 
Anatomicamente, nosso sistema nervoso possui a mesma 
organização básica dos demais vertebrados, considerando a 
localização dos seus órgãos. Por esse critério, é dividido em: 
• Sistema nervoso central – composto pelo encéfalo e pela medula 
espinal. O encéfalo, formado por cérebro, hipotálamo, cerebelo e 
bulbo, fica localizado dentro do crânio, enquanto a medula espinal 
fica em um canal no interior das vértebras. 
• Sistema nervoso periférico – composto pelos nervos e pelos 
gânglios nervosos. O sistema nervoso central (SNC) coordena 
todas as informações recebidas e enviadas pelo corpo. Todos os 
estímulos do ambiente, captados pelos órgãos dos sentidos por 
meio do sistema nervoso periférico (SNP), além das informações do 
próprio corpo, 
percebidas pelos órgãos sensoriais internos, são enviados ao SNC, 
que se encarrega de processar a informação e responder de forma 
apropriada àquele estímulo. 
O sistema nervoso periférico (SNP) é constituído pelos nervos que 
saem do encéfalo (12 pares) e da medula espinal (31 pares). 
 Os nervos são fibras que conduzem o impulso nervoso ao longo do 
corpo; essas fibras podem ser sensitivas (que levam as informações 
do ambiente e do próprio corpo para o sistema nervoso central) ou 
motoras (que transmitem “ordens” do sistema nervoso central para 
outros órgãos do corpo,como músculos e glândulas). 
 
 
O sistema nervoso central 
O encéfalo: 
A maior parte do encéfalo é composta pelo cérebro. Esse 
importante órgão está dividido em duas partes, os hemisférios 
cerebrais. A superfície do cérebro apresenta muitos sulcos e 
dobras. 
Também fazem parte do encéfalo o hipotálamo,o cerebelo e o 
bulbo. 
Externamente, o cérebro é protegido pela caixa craniana. Logo 
abaixo, ficam as meninges, tecidos conjuntivos que, tal como o 
crânio, protegem contra choques mecânicos (impactos), além de 
servirem de barreiras contra certas substâncias e microrganismos. 
 Como o encéfalo não possui terminações nervosas sensitivas, as 
meninges são as responsáveis pelas dores de cabeça. Elas se 
estendem também ao longo do canal da medula espinal. 
Entre essas camadas, bem como em câmaras internas no cérebro 
interligadas por canais, circula o líquido cerebrospinal, também 
chamado de líquido cefalorraquidiano ou, simplesmente, líquor. 
Juntamente com o crânio e as meninges, o líquor é também uma 
proteção contra pancadas e, tal como as meninges, envolve todo o 
sistema nervoso central. 
O CERÉBRO; 
O cérebro é responsável pela interpretação de nossos sentidos, 
pelo raciocínio, pela linguagem, pela memória e pelo controle 
voluntário dos músculos, entre muitas outras funções. 
A camada externa, mais superficial e de cor cinzenta – chamada 
córtex –, contém os corpos celulares de muitos neurônios, alguns 
de seus prolongamentos e células responsáveis pela sustentação, 
manutenção e proteção do tecido nervoso, chamadas de gliócitos 
ou células. Acredita-se que no córtex cerebral fica retida a maior 
parte das informações referentes a memória, atenção, cognição, 
pensamentos, consciência, entre outros. 
A parte interna, de aparência branca, é formada por axônios e 
dendritos desses corpos celulares e por mais gliócitos. 
A MEDULA ESPINAL; 
A medula espinal (ou espinhal) é um cordão que parte do bulbo e 
passa pelo interior das vértebras. 
A função da medula espinal é conduzir os impulsos nervosos nos 
dois sentidos, isto é, do encéfalo para o órgão que efetuará a 
resposta, e dos órgãos para o encéfalo. Mas ela não é apenas um 
condutor de informações: é também responsável por algumas 
reações automáticas, os atos reflexos. 
 
 
O sistema nervoso periférico; 
Para receber todas essas informações e produzir respostas aos 
estímulos que podem ocorrer ao longo de todo o corpo, o SNC 
conta com uma rede de nervos, que compõem o sistema nervoso 
periférico (SNP). 
Como já mencionado, o SNP é composto por 12 pares de nervos 
cranianos, que se ligam diretamente ao encéfalo, e 31 pares de 
nervos raquidianos, tambémchamados de espinais ou medulares. 
Alguns desses nervos levam informações do interior do corpo ou 
das regiões periféricas ao SNC: são chamados de nervos sensitivos 
ou aferentes. Outros conduzem respostas que vão do SNC para os 
músculos ou para as glândulas: são os nervos motores ou 
eferentes.Existem, ainda, nervos mistos. 
 
Os nervos raquidianos são todos mistos, enquanto os cranianos 
podem ser sensitivos,motores ou mistos. 
Observe, na ilustração a seguir, a posição e a região de ação de 
cada um dos nervos cranianos. 
 
OUTRO CAMINHO PARA O IMPULSO NERVOSO 
A região do sistem a nervoso central que participa das decisões no 
caso apresentado na página anterior é o cérebro. Mas existem 
alguns “caminhos nervosos” que não passam por ele, apenas pela 
medula. São os atos reflexos ou simplesmente reflexos, um circuito 
nervoso localizado na medula e que não chega diretamente ao 
cérebro, o que o torna muito mais rápido. 
Quando algo quente encosta na nossa pele, quando nos espetamos 
ou quando uma bola vem em nossa direção, tomamos decisões 
imediatas e sem pensar, retirando a mão ou nos protegendo. 
RECPTORES; 
Os atos reflexos são verificados em todas as pessoas, mas nem 
sempre os notamos. 
O ato de tossir e de espirrar protege as vias respiratórias; lacrimejar 
quando algo entra no olho, piscar quando algo vem em direção aos 
olhos ou a abertura e fechamento daspupilas são exemplos de atos 
reflexos. 
SNP autônomo – funcionamento antagônico 
O SNP autônomo é subdividido em dois outros sistemas, chamados 
de SNPA simpático e parassimpático. 
De forma geral, dizemos que esses dois sistemas agem de forma 
antagônica: o SNPA simpático acelera o coração, enquanto o 
parassimpático desacelera esse órgão. 
ENDÓCRINO: 
O Sistema Endócrino é o conjunto de glândulas responsáveis 
pela produção dos hormônios que são lançados no sangue e 
percorrem o corpo até chegar aos órgãos-alvo sobre os quais 
atuam. 
Junto com o sistema nervoso, o sistema endócrino coordena todas 
as funções do nosso corpo. O hipotálamo, um grupo de células 
nervosas localizadas na base do encéfalo, faz a integração entre 
esses dois sistemas. 
GLANDULAS; 
Hipófise 
A hipófise está localizada no centro da cabeça, logo abaixo do 
cérebro. Produz diversos hormônios, entre eles, o hormônio do 
crescimento. 
É considerada a glândula mestre do nosso corpo, pois estimula o 
funcionamento de outras glândulas, como a tireoide e as glândulas 
sexuais. 
O excesso da produção desse hormônio causa 
o gigantismo (crescimento exagerado) e a falta provoca 
o nanismo. 
Outro hormônio produzido pela hipófise é o antidiurético (ADH), 
substância que permite ao corpo economizar água na excreção 
(formação da urina). 
 
Tireoide 
A tireoide está localizada no pescoço, produz a tiroxina, hormônio 
que controla a velocidade do metabolismo celular, na manutenção 
do peso e do calor corporal, no crescimento e no ritmo cardíaco. 
https://www.todamateria.com.br/sistema-nervoso/
https://www.todamateria.com.br/hipofise/
O hipertireoidismo, funcionamento exagerado da tireoide, acelera 
todo o metabolismo: o coração bate mais rápido, a temperatura do 
corpo fica mais alta do que o normal, a pessoa emagrece por gastar 
mais energia. 
Esse quadro favorece o aparecimento de doenças cardíacas e 
vasculares, pois o sangue circula com mais pressão. Se não tratada 
pode provocar o surgimento do bócio (inchaço no pescoço), e 
também a exoftalmia (olhos saltados). 
O hipotireoidismo é quando a tireoide trabalha menos e produz 
menos tiroxina. Assim, o metabolismo se torna mais lento, algumas 
regiões do corpo ficam inchadas, o coração bate mais 
vagarosamente, o sangue circula mais lentamente, a pessoa gasta 
menos energia, tende a engordar e as respostas físicas e mentais 
tornam-se mais lentas e se não tratada pode ocorrer o bócio. 
Paratireoides 
As paratireoides são quatro pequenas glândulas, localizadas atrás 
da tireoide, que produzem o paratormônio, hormônio que regula a 
quantidade de cálcio e fósforo no sangue. 
A diminuição desse hormônio reduz a quantidade de cálcio no 
sangue e faz com que os músculos se contraiam violentamente. 
Timo 
O timo está situado entre os pulmões. Produz um hormônio que 
atua na defesa do organismo do recém-nascido contra infecções. 
Nessa fase, apresenta um volume acentuado, crescendo 
normalmente até a adolescência, quando começa a atrofiar. Na 
idade adulta diminui de tamanho, pois tem suas funções reduzidas. 
Suprarrenais 
As glândulas suprarrenais situam-se acima dos rins e produzem 
a adrenalina, hormônio que prepara o corpo para a ação. Os 
efeitos da adrenalina no organismo são: 
 Taquicardia: o coração dispara e impulsiona mais sangue para as 
pernas e braços, aumentando a capacidade de correr ou de se 
exaltar em situações tensas; 
 Aumento da frequência respiratória e da taxa de glicose no sangue, 
liberando mais energia para as células; 
 Contração dos vasos sanguíneos da pele, de modo que o 
organismo envia mais sangue para os músculos esqueléticos e, por 
isso, ficamos “pálidos de susto” e também “gelados de medo”. 
 
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Pâncreas 
O pâncreas é uma glândula mista pois além de hormônios 
(insulina e o glucagon) produz também o suco pancreático, que é 
lançado no intestino delgado e desempenha importante papel na 
digestão. 
 
A insulina controla a entrada da glicose nas células (onde será 
utilizada na liberação de energia) e o armazenamento no fígado, na 
forma de glicogênio. 
A falta ou a baixa produção de insulina provoca o diabetes, doença 
caracterizada pelo excesso de glicose no sangue (hiperglicemia). 
O glucagon funciona de maneira oposta à insulina. Quando o 
organismo fica muitas horas sem se alimentar, a taxa de açúcar no 
sangue cai muito e a pessoa pode ter hipoglicemia, que gera a 
sensação de fraqueza, tontura, levando, em muitos caso, ao 
desmaio. 
Nesse caso o pâncreas produz o glucagon, que age no fígado, 
estimulando a "quebra" do glicogênio em moléculas de glicose. Por 
fim, a glicose é enviada para o sangue normalizando a hipoglicemia. 
Glândulas sexuais 
As glândulas sexuais são os ovários e os testículos, que fazem 
parte do sistema reprodutor feminino e do sistema reprodutor 
masculino respectivamente. 
Os ovários e os testículos são estimulados por hormônios 
produzidos pela hipófise. Assim, enquanto os ovários produzem 
o estrogênio e a progesterona, os testículos produzem diversos 
hormônios, entre eles a testosterona, responsável pelo 
aparecimento das características sexuais secundárias masculinas: 
barba, voz grave, ombros volumosos etc. 
 
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