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• Doença Hipertensiva Específica da Gravidez (DHEG): hipertensão que se desenvolve durante a segunda metade da gravidez decorrente das alterações ocorridas na invasão trofoblastica • Maior causa de morte materna no Brasil, principalmente em mulheres da raça negra • Hipertensão na gravidez é dividida em cinco classes: ➢ Pré-eclâmpsia ➢ Eclampsia ➢ Hipertensão crônica de qualquer etiologia ➢ Hipertensão crônica com pré-eclâmpsia sobreposta ou superajuntada ➢ Hipertensão gestacional ou transitória • Classificação dos distúrbios hipertensivos da gravidez: ➢ Hipertensão induzida pela gravidez: hipertensão gestacional (transitória), pré- eclâmpsia e eclampsia ➢ Hipertensão agravada pela gravidez: pré- eclâmpsia sobreposta e eclampsia sobreposta ➢ Doença vascular-hipertensiva crônica (DVHC) FATORES DE RISCO o As complicações hipertensivas da gravidez são mais comuns entre as nulíparas e nos extremos da vida reprodutiva o Uma gestante com hipertensão arterial prévia pode ter sua evolução complicada por uma síndrome de pré-eclâmpsia superposta o História familiar de pré-eclâmpsia o Primiparidade o Gravidez múltipla o Pré-eclâmpsia previa o Gravidez gemelar o Gestação molar (manifestação antes de 20 semanas) o DM o Obesidade o Trombofilias o Hipertensão crônica o Doença renal crônica o Doenças do colágeno o Hidropsia fetal o Troca de parceiro e uso de preservativo (menor exposição ao antígeno do pai) o Extremos da vida reprodutiva (>35 anos ou adolescente) o Raça negra o Longo intervalo interpartal o Síndrome antifosfolipídeo FISIOPATOLOGIA o Multifatorial, fatores imunológicos, disfunção endotelial e alterações inflamatórias, predisposição genética, fatores nutricionais e estresse o A teoria mais aceita é a deficiência da invasão trofoblastica tem como base a implantação anormal da placenta no leito uterino devido à ausência da segunda onda de invasão trofoblástica, que ocorre no segundo trimestre (em torno da 16a-20a semana) ▪ Invasão da segunda onda é deficiente, o diâmetro do vaso diminui em torno de 40% ▪ A placenta fica insuficiente, com ateromas, placas obstrutivas e o fluxo sanguíneo chega deficiente até o feto ▪ Vasoespasmo a nível endotelial causa processo inflamatório com aumento de tromboxano (vasoconstritor) e diminuição de prostaglandina (vasodilatador) o As outras teorias incluem uma má adaptação imune, danos pelo estresse oxidativo e suscetibilidade genética. Evidências recentes sugerem que a liberação placentária de fatores que interferem na ação do Fator de Crescimento Endotelial (VEGF) e do Fator de Crescimento Placentário (PlGF) desempenha um papel central nas manifestações maternas da doença REPERCUSSÕES SISTÊMICAS o Consequências do processo de espasmo arteriolar e da CID nos órgãos maternos e fetais: o A atividade contrátil do coração raramente está alterada o O rendimento cardíaco varia inversamente com a resistência vascular (pós-carga), de modo que medicamentos que reduzem esta última (por exemplo, hidralazina) aumentam o rendimento cardíaco. Da mesma forma, a reposição volêmica vigorosa, por elevar a pré- carga, também aumenta o rendimento cardíaco. o Hemoconcentração: uma mulher de peso mediano deve ter um volume plasmático de cerca de 5.000 ml ao final da gravidez, comparado com os 3.500 ml pré-gravídicos. Em pacientes com distúrbio hipertensivo não se observa esse ganho de 1.500 ml, e a paciente chega ao final da gestação com o mesmo volume plasmático de antes da gravidez. Este volume é insuficiente para os padrões gravídicos o Não há hipovolemia, por isso o volume plasmático não deve ser corrigido o Aumento do turnover plaquetário o Trombocitopenia o Tempo de protrombina, de tromboplastina parcial e concentração de fibrinogênio não são afetados (exceto em acometimento hepático severo e DPP) o Atividade de antitrombina III e dosagem de fibronectina estão alteradas desde o inicio da patologia o Queda do hematócrito pela hemólise e a elevação é pela hemoconcentração. Por isso hemólise e hemoconcentração pode resultar em hamatocrito normal o Não é mediada por fenômenos imunológicos o Endoteliose capilar glomerular: comprometimento difuso; a microscopia eletrônica apresenta-se como uma acentuada tumefação das células endoteliais que oblitera a luz do capilares o Cai perfusão renal o Redução do fluxo plasmático o Diminuição da filtração o Podendo aumentar ureia e creatinina o Relação direta: acido úrico X gravidade o Durante a gravidez normal, a concentração e a atividade dos componentes do Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona estão aumentadas o Na pré-eclâmpsia, em resposta à retenção primária de sódio pelos túbulos renais e à hipertensão, a secreção de renina pelo aparelho justaglomerular decresce e os níveis de AT-II e de aldosterona se reduzem para valores pré-gravídicos o Depósito de fibrina e formação de trombos plaquetários no sistema nervoso central levando a isquemia cerebral o Baixa perfusão cerebral o Convulsões (em TC: edema cerebral e áreas hipodensas) o Cefaleia, turvação visual, escotomas e amaurose o Edema cerebral está relacionado ao estado pós-convulsivo o Morte por ruptura de aa devidos HAS o Áreas de infarto podem estar presente em 25% das mulheres com eclampsia o Lesão endotelial hepática secundaria aos vasoespasmos o Hemorragia periportal o Necrose periportal o Elevação das transaminases é reflexo o Hematoma subcapsular é perigoso o Lesões isquêmicas o Depósitos de gordura o Diminuição da circulação uteroplacentária o Infartos placentários, crescimento restrito da placenta e DPP o Hipersistolia durante o trabalho de parto o Prematuridade pela atividade uterina aumentada o Fluxo placentário diminuído o Insuficiência placentária o Aumento da resistência o Direta: doopler de aa uterinas o Indiretas: doppler de aa umbilical PRÉ-ECLÂMPSIA o Aparecimento de hipertensão e proteinúria após 20 semanas de gestação (2ª semana da gestação) em gestante previamente normotensa o Um ganho excessivo de peso e uma elevação na pressão diastólica, mesmo que o valor ainda esteja na faixa normal, são sinais de alerta o Proteinúria de 300 mg/dia ou 1+ no LABSTIX (forma mais rápida) o Desordem multissistêmica, idiopática, específica da gravidez humana e do puerpério o Trata-se de um distúrbio placentário, uma vez que já foi descrita em situações em que há apenas tecido trofoblástico, mas não fetal (gravidez molar completa) o É mais frequente no 3º trimestre o HIPERTENSÃO durante a gravidez: Pressão arterial sistólica ≥ 140 ou pressão diastólica ≥ 90 mmHg constatada pelo 5º ruído de Korotkoff com a paciente em repouso, sentada, no braço direito com o mesmo no nível do coração e com duas medidas espaçadas por, pelo menos, quatro horas, não devendo ser espaçadas por mais de sete dias o Preteinuria: presença de 300mg ou mais de proteína em urina de 24h; ≥ 1+ em amostra isolada de urina (geralmente tardia em relação à hipertensão), o que equivale a 30mg/dl em amostra urinária única; ou relação proteinúria/creatinúria em amostra urinária > 0,3 o O American College of Obstetricians and Gynecologists, em 2013, publicou uma nova diretriz para diagnóstico de pré-eclâmpsia que inclui pacientes com novo quadro hipertensivo mas sem proteinúria, desde que seja encontrado um dos seguintes achados: ▪ Trombocitopenia (< 100.000/mm3); ▪ Alteração da função hepática (elevação de transaminases duas vezes o valor normal); ▪ Piora da função renal (creatinina > 1,1 mg/dl ou duplicação do valor normal, na ausência de outras doenças renais); ▪ Edema agudo de pulmão; ▪ Sintomas visuais ou cerebrais o Prevenção: aspirina, antioxidantes,cálcio o Fita o Triagem em qualquer maternidade o Vê a proteinúria o O protein fica com coloração diferente, fica esverdeado a partir de 1+ o Na ausência de proteinúria, observa: plaquetopenia, dobro de enzimas hepáticas (TGO, TGP), ureia e creatinina elevada, edema agudo de pulmão ou alteração em exames laboratoriais junto com níveis pressóricos elevados na metade da gestação o Pré-eclâmpsia leve: ▪ Aumento súbito e exagerado do peso costuma ser o primeiro sinal do desenvolvimento da pré-eclâmpsia. O ganho ponderal que excede 1kg em uma semana ou 3 kg em um mês ▪ Retenção hídrica e precede o desenvolvimento do edema. Geralmente a hipertensão arterial é o próximo sinal identificado, sendo a proteinúria o sinal mais tardio ▪ Sem proteinúria porque não tem lesão renal grande suficiente para proteína ser encontrada na urina ▪ Precede o edema: costuma ser em face e nos dedos das mãos o Pré-eclâmpsia grave ▪ PA ≥ 160x110, proteinúria ≥ 2g/24h, oliguria, EAP, sindrome Hellp, dor epigástrica e sintomas visuais ▪ Presença de qualquer sinal da tabela: ▪ Pode se instalar mesmo na ausência de niveis tensionais muito elevados o Iminência de eclampsia ▪ Distúrbios cerebrais, como cefaleia (frontoccipital e pouco responsiva a analgésicos), torpor e obnubilação; ▪ Distúrbios visuais como turvação da visão, escotomas, diplopia e amaurose ▪ Dor epigástrica (dor em barra de Chaussier) ou no quadrante superior direito, causada por isquemia hepática ou distensão da cápsula do órgão devido a edema ou hemorragia ▪ Reflexos tendinosos profundos exaltados o Sindrome HELLP ▪ Hemolisys (bilirrubina total > 1,2mg%), Elevated Liver enzimes (TGO ≥ 60-70 ui/l) e Low Platelets (≤100.000/mm³), do inglês Hemólise, Aumento de Transaminases e Trombocitopenia ▪ Geralmente em brancas, multíparas e gravidas com mais 35 anos ▪ 15 a 20% das pacientes não apresentam antecedentes de hipertensão ou proteinúria ▪ A hemólise é definida pela presença de anemia hemolítica microangiopática, sendo a alteração mais importante da tríade ▪ O diagnóstico pode ser fornecido por um esfregaço anormal de sangue periférico, que identifica esquizócitos (ou helmet cells), equinócitos e burn cells ▪ Outros dados laboratoriais incluem aumento da bilirrubina indireta, haptoglobina diminuída (< 25 mg/dl), LDH aumentado e diminuição da hemoglobina ▪ Outros sintomas: dor no quadrante superior direito ou epigástrica (80% dos casos); Aumento excessivo do peso e piora do edema (50 a 60%); Hipertensão (85%); Proteinúria (87%); Náusea e vômito (50%); Cefaleia (40%); Alterações visuais (15%); e Icterícia (5%) ▪ Critérios: Esfregaço periférico com esquizócitos; LDH > 600 U/L ou BT = 1,2 mg/dl; TGO = 70 U/L; Plaquetas < 100.000/mm3 o Fundo de olho o Dooplerfluxometria o Teste de hipotensão supina ou Roll-Over Test (Teste de Gant): IG entre 28 e 32s. O exame é positivo quando a PAD eleva no mínimo 20mmHg ao mudar o paciente de decúbito lateral para dorsal o Teste de angiotensina II o Dosagem urinaria do fator de crescimento placentário o Aferição sanguínea e urinaria de proteínas angiogenicas: sFlt-1/sEng estão elevados e VEGF/PIGF estão reduzidos ECLÂMPSIA o Ocorrência de crises convulsivas, seguidas ou não de coma, em uma paciente com pré- eclâmpsia, descartando-se outras causas. São geralmente do tipo tonicoclônicas generalizadas e podem aparecer antes, durante ou após o parto, sendo mais raras após 48h de puerpério, embora possam ocorrer até o 10º dia o Algumas pacientes evoluem para o coma sem apresentar antes convulsão (“eclâmpsia branca” ou “eclampsia sine eclampsia”) o Pode ter como causas o vasoespasmo cerebral com isquemia local, encefalopatia hipertensiva, edema vaso gênico e dano endotelial o As convulsões são autolimitadas, durando de dois a três minutos, e são precedidas de sinais como cefaleia, alterações visuais, epigastralgia e dor no quadrante superior direito do abdome o Em exames de ressonância nuclear magnética o achado mais comum é o de edema cerebral; na necropsia, hemorragia intracraniana e petéquias podem ser observadas o Não complicada – quadro convulsivo não acompanhado de outras intercorrências o Complicada – associada a coagulopatia, insuficiência respiratória e cardíaca, icterícia, temperatura corporal = 38oC, insuficiência renal aguda ou pressão diastólica > 115 mmHg; o Descompensada – choque, coma, hemorragia cerebral ou necessidade de assistência ventilatória HIPERTENSÃO GESTACIONAL/TRANSITÓ RIA o Hipertensão (em geral leve) que se desenvolve na parte final da gestação, sem a presença de proteinúria (ou de outros sinais de pré- eclâmpsia) o A pressão retorna aos níveis normais dentro das primeiras 12 semanas de puerpério e recorre em 80% dos casos nas gestações subsequentes o O diagnóstico é basicamente retrospectivo HIPERTENSÃO AGRAVADA PELA GRAVIDEZ (PRÉ- ECLÂMPSIA SOBREPOSTA) o A hipertensão essencial crônica preexistente se agrava em algumas gestantes, caracteristicamente após 24 semanas o Durante o exame clínico, uma pressão arterial maior ou igual a 180 x 110 mmHg fala mais a favor de hipertensão crônica. A fundoscopia revela, nos casos de hipertensão de longa duração, alterações características, como estreitamento de arteríolas, cruzamentos arteriovenosos, exsudatos etc. Outras evidências sugerem o diagnóstico de pré- eclâmpsia sobreposta, como o aparecimento recente de proteinúria (a nefroesclerose hipertensiva não costuma cursar com proteinúria ou proteinúria acima de 1 g/24h), trombocitopenia e elevação das enzimas hepáticas DOENÇA VASCULAR HIPERTENSIVA CRÔNICA o A hipertensão crônica na gravidez é definida como um estado hipertensivo (PA ≥ 140 x 90 mmHg) presente antes do início da gestação ou diagnosticado antes de 20 semanas. Esta condição não está associada a edema e proteinúria (salvo se já houver dano renal antes da gravidez) e persiste decorridas 12 semanas de pós-parto o Pacientes que apresentem uma PAD maior que 100 mmHg ou que estavam fazendo uso de medicação anti-hipertensiva antes da gravidez com bom controle pressórico devam ser medicadas durante a gestação. As drogas mais usadas são a alfametildopa, a hidralazina, os betabloqueadores e os bloqueadores dos canais de cálcio. Os diuréticos devem ser evitados, e os inibidores da ECA são contraindicados o PA maior igual a 140x90 mmHg antes da gestação ou antes das 20 semanas o Sem edema e sem proteinúria o Persiste por 12 semanas pós parto o Pressão cai no decorrer da gestação, podendo ficar normal o Geralmente não complica porque não tem alteração placentária o Não evolui para eclampsia ou pré-eclampsia o Não pode usar captopril, losartana, enalapril, não pode o Troca a medicação pelo Metildopa SEGUIMENTO E TTO o Conduta conservadora até 37s o Avaliação periódica clinicolaboratorial da gestante e da vitalidade fetal o AFU e USG com 20, 26, 32 e 36 semanas o Dopplervelocimetria obstétrico: melhor exame para avaliar o bem estar fetal ▪ AA. umbilicais de 20 semanas primeira onda normal? Pode apresentar incisura protodiastólica das artérias uterinas a partir de 20 sem é sugestivo de pré- eclâmpsia ▪ AA. umbilicais e uterinas com 26 sem segunda onda normal? ▪ AA. umbilicais com 32 sem lesão placentária? ▪ Avaliação da cerebral média e ducto venoso ▪ Perfil biofísico fetal semanal o Exames laboratoriais semanais: hemograma (hemoconcetração – número de hemoglobinas aumentadas –, plaquetopenia), função hepática (TGO e TGP), função renal (ureia e creatinina), ácido úrico, proteinúria de 24 horas, proteínas totais e frações, desidrogenase lática o Atingido o termo, recomenda-se interrupção da gravidez por via vaginalmesmo que seja necessário a indução, desde que as condições fetais permitam o Pré-natal de 7 em 7 dias o Aferição diária da PA o Evitar massas, doces, gordura, frituras, refrigerante o Ganho ponderal de no máximo 500g por semana o Não há necessidade de restrição sódica o Evitar fumo e cafeína o Repouso de preferencia em decúbito lateral esquerdo o O tratamento anti-hipertensivo não altera o curso da doença ou reduz a morbimortalidade perinatal. Pode diminuir a perfusão uteroplacentária ou mascarar um aumento da pressão arterial, que é uma medida sensível da piora da doença. Desta forma, o tratamento anti-hipertensivo nas formas leves da doença não está indicado o A administração de corticoides visando acelerar a maturidade pulmonar fetal e prevenção da doença de membrana hialina deve ser estimulada, devido aos elevados índices de parto prematuro. Recomenda-se que seja administrada a todas as gestantes com pré-eclâmpsia com menos de 34 semanas ▪ Dexametasona 6 mg IM a cada 12 hrs por 48 hrs ▪ Betametasona 12 mg IM a cada 24 hrs por 48 hrs o Avaliação do bem-estar materno: ▪ Ganho ponderal ▪ PA ▪ Hemograma e contagem de plaquetas ▪ Ureia, creatinina e ácido úrico sérico ▪ Transaminases hepáticas e LDH ▪ EAS ▪ Proteinúria de 24 horas o Avalição do bem-estar fetal: ▪ Movimentação fetal ▪ Crescimento uterino e volume de liquido amniótico: rastreamento de Crescimento Intrauterino Restrito (CIUR) e oligrodramnia ▪ Cardiotocografia: semanalmente a partir de 30-32 semanas ▪ USG (perfil biofísico fetal) e dopplervelocimetria: solicitar na época do diagnostico e repetir, se normal, uma vez por mês ▪ Indicativos de gravidade: centralização, diástole zero, oligodramnia moderada ou acentuada e CIUR grave o Se houver persistência da hipertensão arterial (PAD ≥ 100mmHg) nas consultas ambulatoriais subsequentes ou durante a internação, presença de sinais clínicos de agravamento ou evidencias de sofrimento fetal, deve ser realizada a interrupção imediata da gestação o Interrupção da gestação como medida para se evitar uma hemorragia cerebral materna, ou sério dano a outros órgãos vitais é o tratamento padrão! o Em gestações prematuras pode-se tentar uma conduta conservadora com estabilização materna, utilização de corticoides e posterior interrupção da gestação o Manter a paciente em DLE e dorso elevado o Assegurar a permeabilidade das vias aéreas o Proteger a língua com canula de Guedel o Realizar nebulização com oxigenação (5L a 10L/min) o Fornecer assistência ventilatória quando necessário o Instalar monitor cardíaco o Manter acesso venoso calibroso com soro glicosado a 5% o Evitar administraçao inadequada de fluidos o Colher amostras de sangue para avaliação laboratorial o Colher urina e manter sondagem vesical de demora o Sulfato de magnésio: prevenir ou controlar as convulsões. Não tem ação anti-hipertensiva. Não previne a progressão da doença. Deve ser prontamente administrado em todo quadro de eclâmpsia ou pré-eclâmpsia grave com sinais de iminência de eclâmpsia. Recomenda-se, ainda, que também seja administrado no início do trabalho de parto ou indução, durante o uso de corticoides nas gestantes previamente à interrupção e anteriormente à cesariana em pacientes com quadros graves. Deve ser mantido por 24 horas após o parto (até 48 horas), quando o risco de crises convulsivas se torna baixo, ou por 24 horas quando utilizado durante a gestação ▪ Pritchard (1955): dose de ataque com 4 g IV (lento) associada a 10 g IM, seguida por dose de manutenção com 5 g IM a cada 4h (quando não se dispõe de bomba de infusão) ▪ Zuspan (1966): a dose é de 4 g IV (lento) que deve ser infundida em 20 minutos, seguida de 1 a 2 g/h também IV (solução a 50%) até 24 horas após o parto, em bomba de infusão ▪ Sibai (1984): dose de ataque de 6 g IV (lento), seguida de dose de manutenção de 2-3g por hora em bomba de infusão; ▪ Pierce: dose de ataque de 4 a 6 g IV (lento), seguido de manutenção de 4 a 6 g a cada seis horas IV ▪ Magnésio: quando disponível, a magnesemia deve ser solicitada, de forma a manter seus níveis séricos entre 4 a 7 mEq/L ▪ Qualquer sinal de intoxicação indica imediata suspensão da medicação e administração de gluconato de cálcio 1 g IV, infundido lentamente em três a cinco minutos o TTO da hipertensão: o objetivo do tratamento medicamentoso é manter a pressão sistólica entre 140 a 155mmHg e a diastólica entre 90 e 100 mmHg ▪ TTO agudo: hidralazina 5mg IV e repetida de 15 a 20min até estabilizar a PA. Após administrar 20 a 30mg sem melhora deve trocar a droga ▪ TTO agudo: labetalol 20mg IV a cada 10min, com aumentos graduais da dose e de forma escalonada, até a dose cumulativa de 300mg (ex: 20, 40, 80, 80 e 80). Não disponível no Brasil ▪ TTO agudo: pindolol 10 a 30mg/dia em duas ou três tomadas, com incrementos de 5 a 10mg ▪ TTO agudo: nifedipina 10mg sublingual a cada 30min. O uso concomitante com sulfato de magnésio deve ser evitado ▪ TTO crônico: metildopa 250mg VO 2x/dia até dose máxima de 4g/dia ▪ TTO crônico: hidralazina 25mg 2x/dia, máximo de 300mg/dia ▪ TTO crônico: antagonistas de cálcio (Verapamil) 80mg/dia, dose máxima de 240mg/dia ▪ TTO crônico: labetalol 100mg 2x/dia, máximo de 2400 mg/dia (800 mg 8/8h) o Manter a paciente em DLE e dorso elevado o Manter acesso venoso com soro glicosado a 5% o Hidralazina (pressão diastólica maior que 110 em uso de metildopa) 5 mg IV a cada 15 minutos o Reduzir os niveis pressóricos em 20-30% o Monitorização cuidadosa da PA o Cardiotocografia fetal o Outra opção medicamentosa: nitroprussiato de sódio 0,25 a 10 micrograma/kg/min (IV, ultima escolha, só pode ser usado até 4 ou 6 horas por intoxicação pelo cianeto) o Terapia anti-hipertensiva e sulfato de magnésio (deve ser evitado IM) o Na presença de fetos com idade gestacional acima de 34 semanas, a conduta inclui a estabilização do quadro materno e a interrupção da gravidez o São indicações para interrupção da gravidez, após estabilização da paciente com anti- hipertensivos e sulfato de magnésio: Idade Gestacional (IG) maior do que 32 ou 34 semanas (depende da referência), disfunção de vários órgãos, CIVD, hemorragia ou infarto hepático, insuficiência renal, DPP, sofrimento fetal e impossibilidade de se avaliar o bem- estar fetal o Em pacientes com menos de 34 semanas, deve se tentar estabilizar a paciente com o uso de sulfato de magnésio e anti-hipertensivos (hidralazina, labetalol ou nifedipina), fazer uso de glicocorticoides (para acelerar a maturação pulmonar fetal) e proceder à internação em centro terciário. Geralmente, após cerca de 24h do uso do glicocorticoide, a conduta consiste na interrupção da gravidez o A cesariana não é a via de parto exclusiva. O parto vaginal é preferível em gestantes em trabalho de parto ou com amniorrexe prematura e com feto em apresentação cefálica, independente da idade gestacional. O parto pode ser induzido em mulheres com idade gestacional maior que 30-32 semanas com colo favorável. A cesarianase encontra indicada em fetos menores do que 30 semanas com colo desfavorável, na presença de CIUR e oligodrâmnia em fetos menores que 32 semanas, assim como nas pacientes com diagnóstico ou suspeita de hematoma hepático, pelo maior risco de rotura durante o trabalho de parto. Acima de 34 semanas pode- se iniciar a indução, com ou sem maturação do colo, com prostaglandinas CUIDADOS NA CESÁREA o Monitoração cuidadosa o Transfusão de plaquetas em caso < 50.000 o Mediana infraumbilical em casos de CIVD o Extração fetal sem compressão uterina o Pós parto em UTI o Manutenção do MgSO4 por 24h
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