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caderno de questões OAB

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 1ª Fase OAB - 2017.1 1/209 
 Caderno de Questões 
 
 
APOSTILA DE QUESTÕES – 1ª FASE OAB 2017.1 
 
INDICE 
 
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL .....................................................................PAGINAS- 02 - 14 
 
DIREITO PENAL ..........................................................................................PAGINAS 14 - 35 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO ................................................................................PAGINAS 36 - 39 
 
DIREITO CIVIL ...........................................................................................PAGINAS 40 - 73 
 
DIREITO DO TRABALHO ..............................................................................PAGINAS 74 - 87 
 
DIREITO PROCESSUAL TRABALHO...............................................................PAGINAS 87 - 98 
 
DIREITO CONSUMIDOR ..............................................................................PAGINAS 98 - 105 
 
ÉTICA E ESTATUDO DA OAB .......................................................................PAGINAS 105 - 161 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO ......................................................................PAGINAS 161 - 187 
 
DIREITO AMBIENTAL ................................................................................PAGINAS 188 - 190 
 
DIREITO INTERNACIONAL .........................................................................PAGINAS 191 - 193 
 
DIREITOS HUMANOS .................................................................................PAGINAS 193 - 196 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL .......................................................................PAGINAS 197 - 209 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 1ª Fase OAB - 2017.1 2/209 
 Caderno de Questões 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
PROF. LUIZ CARLOS 
 
APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO 
 
01. A Constituição da República e o Código de Processo Penal prevêem regras e princípios para solucionar 
conflitos no tema “a lei no tempo”. À lei puramente processual penal aplicam-se os seguintes princípios: 
a) da irretroatividade da lei prejudicial ao réu e da retroatividade da lei benéfica; 
b) da aplicação imediata e do tempus regit actum (tempo rege o ato); 
c) da inalterabilidade e da ultratividade da lei benéfica; 
d) da ultratividade e da retroatividade da lei benéfica ao réu; 
e) da retroatividade da lei prejudicial e da ultratividade da lei benéfica. 
 
02. Com relação à aplicação da lei processual no tempo, assinale a opção correta. 
a) Lei processual penal anterior à nova lei continuará a ser aplicada nos processos que se iniciaram sob a 
sua vigência. 
b) Nova lei processual penal retroage para alcançar os atos praticados na vigência da lei processual penal 
anterior. 
c) Nova lei processual penal tem incidência imediata nos processos já em andamento. 
d) Atos processuais realizados sob a vigência de lei processual penal anterior à nova lei serão 
considerados inválidos. 
e) Nova lei processual penal será aplicada apenas aos processos que se iniciarem após a sua publicação. 
 
INQUÉRITO POLICIAL 
 
03. Assinale a assertiva CORRETA: 
a) Uma vez concluído o inquérito policial, não poderá, mesmo a requerimento do Ministério Público, ser 
devolvido à autoridade policial. 
b) A autoridade policial poderá mandar arquivar autos de inquérito policial quando identificar a atipicidade 
do fato investigado. 
c) O inquérito policial é imprescindível para instruir o oferecimento da denúncia. 
d) O inquérito policial é procedimento de natureza administrativa, tendo como características a 
oficialidade, a inquisitoriedade, a indisponibilidade e a discricionariedade. 
e) O sigilo do inquérito policial, necessário à elucidação do fato, estende-se ao Ministério Público. 
 
04. O inquérito policial: 
a) não pode ser iniciado se a representação não tiver sido oferecida e a ação penal dela depender. 
b) é válido somente se, em seu curso, tiver sido assegurado o contraditório ao indiciado. 
c) será instaurado de ofício pelo juiz se tratar-se de crime de ação penal pública incondicionada. 
d) será requisitado pelo ofendido ou pelo Ministério Público se tratar-se de crime de ação penal privada. 
e) é peça prévia e indispensável para a instauração de ação penal pública incondicionada. 
 
05. Maria, 30 anos, foi vítima da prática de um crime de estupro, crime este de ação penal pública 
condicionada à representação. Apesar de não querer falar sobre os fatos ou contribuir para eventuais 
investigações, a mãe de Maria comparece à Delegacia e narra os fatos. Diante da situação apresentada e 
sobre o tema inquérito policial, é correto afirmar que: 
a) apesar de o oferecimento de denúncia depender de representação, a instauração do inquérito policial 
independe da mesma; 
b) ainda que conclua pela atipicidade dos fatos, uma vez instaurado formalmente o inquérito policial, não 
poderá a autoridade policial mandar arquivar os autos; 
c) o inquérito policial tem como uma de suas características a indispensabilidade; 
d) o Código de Processo Penal proíbe a reprodução simulada dos fatos antes do oferecimento da denúncia, 
ainda que com a concordância do indiciado; 
e) o inquérito policial tem como características a oralidade, a informalidade e o sigilo. 
 
06. Assinale a alternativa incorreta, considerando o inquérito policial. 
a) Será iniciado nos crimes de ação pública: I -de ofício; II - mediante requisição da autoridade judiciária 
ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. 
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 1ª Fase OAB - 2017.1 3/209 
 Caderno de Questões 
 
b) O inquérito policial não acompanhará a denúncia ou queixa, ainda que servir de base a uma ou outra, 
por ser procedimento dispensável. 
c) Será iniciado nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser 
iniciado. 
d) Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento 
de quem tenha qualidade para intentá-la. 
 
07. Assinale a alternativa incorreta, considerando o inquérito policial. 
a) Será iniciado nos crimes de ação pública: I -de ofício; II - mediante requisição da autoridade judiciária 
ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo 
b) O inquérito policial não acompanhará a denúncia ou queixa, ainda que servir de base a uma ou outra, 
por ser procedimento dispensável. 
c) Será iniciado nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser 
iniciado. 
d) Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento 
de quem tenha qualidade para intentá-la. 
 
08. Glória foi vítima de um crime de estupro praticado no interior de sua residência. Sendo a natureza da 
ação pública condicionada à representação, compareceu, então, à Delegacia, narrou o ocorrido e 
manifestou o interesse na apuração do fato, razão pela qual foi instaurado inquérito. Considerando a 
hipótese narrada e as característicasdo inquérito policial, é correto afirmar que: 
a) caso houvesse indícios da autoria e prova da materialidade delitiva, a instauração de inquérito policial 
seria prescindível para propositura da ação penal; 
b) o inquérito policial tem como algumas de suas principais características a oralidade, a oficialidade e 
oficiosidade; 
c) uma das características do inquérito policial é o sigilo, razão pela qual não poderá o defensor do 
indiciado ter acesso aos autos, ainda que em relação àquilo já documentado; 
d) o inquérito policial é disponível, de modo que a autoridade policial poderá determinar seu 
arquivamento diretamente; 
e) a natureza de ação pública condicionada à representação do crime de estupro exige que a 
representação seja ofertada para fins de propositura da ação penal, mas não para instauração de 
inquérito 
 
09. Ana, estudante de 20 anos, relatou à assistência social da universidade pública onde estuda que foi 
vítima de estupro no campus, não sofrendo lesões. É correto afirmar que: 
a) pode ocorrer, no caso, perempção e decadência. 
b) Ana precisa oferecer representação, para que seja instaurado inquérito policial. 
c) existe legitimidade concorrente de Ana e do Ministério Público, mediante representação, para 
propositura de ação penal. 
d) isso é suficiente para que o agressor seja também investigado criminalmente, independentemente de 
lesão sofrida, porque a assistente social é funcionária pública e, sob pena de prevaricação, deve 
comunicar o fato à autoridade competente. 
e) Ana precisa oferecer queixa-crime para apuração dos fatos também em âmbito penal. 
 
10. Com relação às previsões relativas ao Inquérito Policial no Código de Processo Penal, é correto 
afirmar que 
a) o inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, poderá, sem ela, ser 
iniciado, mas seu encerramento dependerá da juntada desta. 
b) durante a instrução do Inquérito Policial, são vedados os requerimentos de diligências pelo ofendido, 
ou seu representante legal; e pelo indiciado, em virtude da sua natureza inquisitorial. 
c) nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito permanecerão em poder da 
autoridade policial até a formalização da iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, condição 
esta obrigatória para a remessa dos autos ao juízo competente. 
d) todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, 
nesse caso, rubricadas pela autoridade. 
e) qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação 
pública poderá, por escrito, comunicá-la à autoridade policial, sendo vedada a comunicação verbal. 
 
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 1ª Fase OAB - 2017.1 4/209 
 Caderno de Questões 
 
AÇÃO PENAL 
 
11. Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público fornecendo-lhe, por 
escrito, informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção, 
nos casos em que caiba a ação penal 
a) popular. 
b) pública condicionada a requisição do Ministro da Justiça. 
c) pública condicionada a representação do ofendido. 
d) de iniciativa privada. 
e) pública incondicionada. 
 
12. Acerca da ação penal, suas características, espécies e condições, assinale a opção correta. 
a) A perempção incide tanto na ação penal privada exclusiva quanto na ação penal privada subsidiária da 
ação penal pública. 
b) Os prazos prescricionais e decadenciais incidem de igual forma tanto na ação penal pública 
condicionada à representação do ofendido quanto na ação penal pública condicionada à representação do 
ministro da Justiça. 
c) De regra, não há necessidade de a queixa-crime ser proposta por advogado dotado de poderes 
específicos para tal fim, em homenagem ao princípio do devido processo legal. 
d) Tanto na ação pública condicionada à representação quanto na ação penal privada, se o ofendido tiver 
menos de vinte e um anos de idade e mais de dezoito anos de idade, o direito de queixa ou de 
representação poderá ser exercido por ele ou por seu representante legal. 
e) É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do MP, condicionada à representação do 
ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas 
funções. 
 
13. Considerando os dispositivos legais a respeito da ação penal, assinale a opção correta. 
a) Havendo vários ofensores querelados, qualquer um deles poderá pedir perdão ao querelante. Nesse 
caso, sendo o perdão extensível a todos os querelados, extingue-se a punibilidade, independentemente da 
aceitação do querelante. 
b) Em face do princípio da obrigatoriedade da ação penal, o Ministério Público não poderá pedir o 
arquivamento do inquérito policial: deverá sempre requisitar novas diligências à autoridade policial. 
c) Tratando-se de crime de ação privada, a titularidade da acusação é da própria vítima ofendida; sendo 
vários os ofensores, caberá à vítima escolher contra quem proporá a queixa. 
d) A própria vítima poderá assumir a titularidade da ação pública incondicionada, se o Ministério Público 
ficar inerte dentro dos prazos prescritos na lei processual. 
e) Em se tratando de ação penal privada subsidiária, se houver inércia do Ministério Público e a vítima, 
tendo assumido a titularidade da ação, deixar de praticar ato que lhe competia para dar prosseguimento 
ao processo, incorrerá em perempção, o que enseja a extinção do processo. 
 
14. Sobre a ação penal, é correto afirmar que: 
a) a ação pública condicionada exige a satisfação da condição de procedibilidade no prazo de oito meses, 
a contar da data em que o ofendido toma ciência da autoria do crime por ele sofrido. 
b) a ação privada personalíssima pode ser oferecida pelo ofendido, ou, em caso de óbito, por seu 
representante legal. 
c) a ação privada subsidiária pressupõe inércia do Ministério Público ou manifestação do órgão pelo 
arquivamento de inquérito policial. 
d) quando a lei não específica o tipo de ação penal atinente a determinado crime, esta é pública 
incondicionada. 
e) a ação privada é oferecida através de notitia criminis. 
 
15. Acerca do tema Ação Penal, assinale a opção INCORRETA: 
a) Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e 
Município, a ação penal será pública. 
b) No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer 
queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou tio. 
c) A ação penal, nas contravenções, será iniciada com o auto de prisão em flagrante ou por meio de 
portaria expedida pela autoridade judiciária ou policial. 
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 1ª Fase OAB - 2017.1 5/209 
 Caderno de Questões 
 
d) O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador com poderes 
especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à 
autoridade policial. 
 
16. Sobre a ação penal, é correto afirmar: 
a) Na ação penal privada, se o ofendido for mentalmente enfermo e não tiver representante legal o direito 
de queixa poderá ser exercido por curador especial nomeado de ofício pelo juiz competente. 
b) O prazo para aditamento da queixa será de cinco dias. 
c) A ação penal pública será promovida por denúncia do Ministério Público, mas nos casos de 
contravençãopenal poderá ser iniciada por portaria da autoridade policial. 
d) Será admitida ação penal privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, 
concedendo-se ao ofendido o prazo prescricional do crime para oferecer a queixa. 
e) As fundações, associações ou sociedades legalmente constituídas poderão exercer a ação penal, 
devendo sempre ser representadas pelos seus diretores ou sócios-gerentes. 
 
17. No dia 01.02.2015, Lucas foi vítima de um crime de dano praticado por motivo egoístico, previsto no 
art. 163, parágrafo único, inciso IV, do Código Penal, sendo as autoras do delito Lidiane, sua ex-
namorada, e Rosa, mãe desta. Em um primeiro momento, porém, Lucas não tinha conhecimento da 
autoria delitiva, somente vindo a descobrir depois de transcorridos 2 meses. Considerando que o delito é 
de ação penal privada, Lucas, no dia 02.08.2015, propõe queixa-crime apenas em face de Rosa, tendo em 
vista que sempre teve problemas com a sogra, não tendo interesse que Lidiane seja processada 
criminalmente. Diante do exposto, é correto afirmar que a queixa, na forma proposta: 
a) não poderá ser recebida, pois se aplica à ação penal privada o princípio da indivisibilidade; 
b) não poderá ser recebida em virtude da ocorrência da decadência; 
c) não poderá ser recebida, pois se aplica à ação penal privada o princípio da obrigatoriedade; 
d) poderá ser recebida, pois se aplica à ação penal privada o princípio da oportunidade; 
e) poderá ser recebida, pois se aplica à ação penal privada o princípio da disponibilidade. 
 
18. Em relação à ação penal, assinale a alternativa correta. 
a) A decadência extingue a punibilidade na ação penal pública incondicionada. 
b) A decadência extingue a punibilidade na ação penal privada subsidiária da pública. 
c) A perempção extingue a punibilidade na ação penal privada exclusiva ou propriamente dita. 
d) O perdão da vítima extingue a punibilidade na ação penal pública condicionada à representação. 
e) A renúncia da vítima extingue a punibilidade na ação penal privada subsidiária da pública. 
 
19. No que se refere à ação penal, é correto dizer que: 
a) a ação penal nas contravenções poderá ser iniciada por meio de portaria expedida pela autoridade 
judiciária. 
b) no caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer 
queixa ou prosseguir na ação passará ao Ministério Público, na qualidade de substituto processual 
necessário. 
c) será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal pelo 
Ministério Público, cabendo ao Ofendido, se necessário, aditar a queixa, não podendo o MP retomar a ação 
como parte principal. 
d) a representação será irretratável, depois de recebida a denúncia. 
e) a renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, a todos se 
estenderá. 
 
AÇÃO CIVIL EX DELICTO 
 
20. No que se refere à ação penal e à ação civil ex delicto, assinale a opção correta. 
a) A conclusão, pelo juízo criminal, de que o fato narrado na denúncia não constitui crime ou a declaração 
da não existência de provas suficientes para a condenação do réu, assim como a proclamação da extinção 
da punibilidade, não obstam a propositura da ação civil ex delicto. 
b) Não sendo proposta a ação penal para responsabilizar o agente por determinado crime, a vítima estará 
impedida de ingressar com ação civil no intuito de reparar os danos causados por esse crime, visto que, 
nesse caso, o crime não terá sido judicialmente comprovado. 
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 1ª Fase OAB - 2017.1 6/209 
 Caderno de Questões 
 
c) A deflagração da persecução penal em juízo, em caso de ação penal pública condicionada, deve, 
obrigatoriamente, embasar- se nas informações existentes em inquérito policial. 
d) Independentemente da espécie de ação penal, se a vítima conceder o perdão ao agressor, a 
punibilidade será extinta, devendo o juiz arquivar a denúncia. 
e) O prazo decadencial para o início da ação penal pública condicionada — que pode ser iniciada com a 
representação do ofendido ou a requisição do ministro da Justiça — é de seis meses, contado a partir do 
conhecimento do autor do crime pelo ofendido ou seu representante. 
 
21. Assinale opção correta com referência à ação penal e à ação civil. 
a) Uma vez que transite em julgado a condenação criminal que fixe o valor da reparação civil pelos danos 
causados, o ofendido não poderá mover ação de reparação de danos com o propósito de acrescer seu 
valor, mas apenas execução do título executivo judicial formado na sentença penal. 
b) O ofendido poderá propor ação civil em face do agente, ainda que a sentença absolutória decida que o 
fato imputado não constitui crime. 
c) Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado será intimado a dizer, no 
prazo de três dias, se o aceita, não importando seu silêncio em aceitação. 
d) O assistente de acusação, após ser regularmente habilitado no processo, poderá aditar a denúncia 
oferecida pelo MP. 
e) O MP não pode aditar a queixa-crime por força da prevalência do princípio da disponibilidade da ação 
penal privada. 
 
22. Assinale opção correta com referência à ação penal e à ação civil. 
a) Uma vez que transite em julgado a condenação criminal que fixe o valor da reparação civil pelos danos 
causados, o ofendido não poderá mover ação de reparação de danos com o propósito de acrescer seu 
valor, mas apenas execução do título executivo judicial formado na sentença penal. 
b) O ofendido poderá propor ação civil em face do agente, ainda que a sentença absolutória decida que o 
fato imputado não constitui crime. 
c) Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado será intimado a dizer, no 
prazo de três dias, se o aceita, não importando seu silêncio em aceitação. 
d) O assistente de acusação, após ser regularmente habilitado no processo, poderá aditar a denúncia 
oferecida pelo MP. 
e) O MP não pode aditar a queixa-crime por força da prevalência do princípio da disponibilidade da ação 
penal privada. 
 
COMPETÊNCIA 
 
23. Tourinho Filho define a competência como “o âmbito, legislativamente delimitado, dentro do qual o 
órgão exerce o seu Poder Jurisdicional". Sobre o tema, de acordo com o Código de Processo Penal, é 
correto afirmar que: 
a) não sendo conhecido o local da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio de residência da 
vítima; 
b) no caso de ação penal privada, o querelante poderá preferir o foro de sua residência, ainda que 
conhecido o local da infração; 
c) via de regra, a competência será definida pelo local em que foi praticada a infração, ainda que seja 
outro o local da consumação; 
d) tratando-se de infração permanente praticada em território de duas jurisdições, a competência firmar-
se-á pela prevenção; 
e) a distribuição realizada para fins de decretação da prisão preventiva anteriormente à denúncia não 
prevenirá a da ação penal. 
 
24. Em relação às disposições do CPP sobre competência, assinale a opção correta. 
a) Em se tratando de crime permanente praticado em território de duas ou mais jurisdições, a 
competência será firmada pela residência do réu. 
b) Não há mais hipótese no CPP de competência por distribuição. 
c) Em se tratando de crimes conexos em que existe corréu acometido por doença mental, a unidade 
processual permanece, embora não seja possível prolatar sentença condenatória em seu desfavor. 
d) A justiça federal deverá julgar os casos de contravenção praticada em detrimento de bens, serviços ou 
interesses da União. 
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 Caderno de Questões 
 
e) Caso não se conheça o local da infração e o réu tenha mais de um domicílio, será aplicada a regra da 
prevenção para fins de fixação da competência jurisdicional. 
 
25. A respeito da competência no processo penal, assinale a opção correta. 
a) A inércia da jurisdição é um princípio processual que permite ao juiz condenar o réu mesmo quando o 
Ministério Público postula a sua absolvição. 
b) De acordo com a teoria da ubiquidade, um juiz pode julgar simultaneamente duas ações penais 
distintas quando as provas de uma possam repercutir na outra. 
c) Conexão e continência são institutos que autorizam a prorrogação da competência, possibilitando que 
esta seja definida em desacordo com as regras abstratas baseadas no lugar do crime, domicílio do réu, 
natureza da infração ou distribuição. 
d) A competência ratione loci, que se refere ao local da consumação do crime, deriva da legislação 
infraconstitucional e é de natureza absoluta, não podendo ser prorrogada nem reconhecida de ofício pelo 
juiz. 
e) O princípio do juiz natural determina que a ação penal deverá ser julgada pelo juiz que primeiro tiver 
tomado conhecimento do fato. 
 
26. Crime de injúria racial (artigo 140, § 3º, CP) praticado por meio da internet, por Tenente Coronel 
Policial Militar da ativa cedido para a Secretaria Estadual da Segurança Pública, contra jornalistas 
determinados e que não tenha ultrapassado as fronteiras territoriais brasileiras deve ser processado e 
julgado: 
a) Vara com competência criminal da Justiça Federal comum; 
b) Vara com competência criminal da Justiça Estadual comum; 
c) Circunscrição Judiciária Militar Federal; 
d) Auditoria da Justiça Militar Estadual; 
e) Tribunal de Justiça Militar. 
 
27. Em relação à competência no processo penal, é correto afirmar: 
a) Se, não obstante a conexão ou continência, forem instaurados processos diferentes, a autoridade de 
jurisdição prevalente deverá avocar os processos que corram perante os outros juízes, salvo se já 
estiverem com sentença definitiva. 
b) Nos casos de ação penal de iniciativa privada subsidiária da pública o querelante poderá preferir o foro 
de domicílio ou residência do réu ainda quando conhecido o lugar da infração. 
c) Na determinação da competência por conexão ou continência, preponderará a competência do lugar da 
infração à qual for cominada pena mais grave, entendida esta como a que tem pena mínima cominada 
mais alta. 
d) Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a 
finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos 
humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, apenas no 
momento do oferecimento da denúncia, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. 
e) A competência especial por prerrogativa de função, relativa a atos administrativos do agente, prevalece 
ainda que o inquérito ou a ação judicial sejam iniciados após a cessação do exercício da função pública. 
 
28. Após a condenação em primeira instância por um crime de competência federal, o réu de uma ação 
penal é diplomado como deputado federal. Posteriormente, quanto ao julgamento de sua apelação, 
interposta antes da diplomação, deverá ser julgada: 
a) pelo Tribunal Regional Federal, se já estiver devidamente instruída com razões e contrarrazões. 
b) normalmente pelo juiz federal da causa, em respeito ao princípio do juiz natural. 
c) pelo Supremo Tribunal Federal. 
d) pelo Superior Tribunal de Justiça. 
e) normalmente pelo Tribunal Regional Federal. 
 
29. Para delimitação de competência, entende-se por foro supletivo ou foro subsidiário, previsto no artigo 
72, caput, do Código de Processo Penal, 
a) o do juízo prevento, na infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais 
jurisdições. 
b) o do lugar da infração à qual cominada pena mais grave. 
c) o de domicílio ou residência do réu, porque desconhecido o lugar da infração penal. 
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d) o da residência da vítima, porque desconhecidos o paradeiro do réu, o local da consumação do delito e, 
na tentativa, o lugar em que praticado o último ato de execução. 
e) o do juízo da distribuição, porque desconhecidos o paradeiro do réu, o local da consumação do delito e, 
na tentativa, o lugar em que praticado o último ato de execução. 
 
30. A competência para a ação penal, caso 
a) desconhecido o domicílio do ofendido, será estabelecida pelo local da infração. 
b) desconhecido o local da infração, será estabelecida pela residência ou domicílio do réu. 
c) desconhecido o domicílio do réu, será estabelecida pela prevenção. 
d) se trate de ação privada, ficará a cargo do querelante, que pode escolher entre o local da infração e o 
da sua própria residência. 
e) se trate de crime tentado, será fixada no lugar onde deveria ter se consumado a infração. 
 
31. Nos termos do art. 109, § 5o da Constituição da República de 1988, o incidente de deslocamento de 
competência para a Justiça Federal é cabível nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, com a 
finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos 
humanos dos quais o Brasil seja parte. Pode ser suscitado pelo___________ junto ao___________. 
Preenchem, correta e respectivamente, as lacunas: 
a) Procurador-Geral de Justiça de qualquer Estado ... STF 
b) Procurador-Geral da República ou Procurador-Geral de Justiça de qualquer Estado ... STF 
c) Órgão Especial de Tribunal de Justiça ... STF 
d) Procurador-Geral da República ... STJ 
e) Presidente de Tribunal de Justiça ou de Tribunal Regional Federal ... STJ 
 
PRISÃO E LIBERDADE PROVISÓRIA 
 
32. Acerca dessa situação hipotética e do que prevê a lei que regulamenta a prisão temporária, assinale a 
opção correta. 
a) Não se admite que o juiz decrete a prisão temporária de Juliano porque o crime de latrocínio não 
consta do rol taxativo previsto na lei. 
b) Se a autoridade policial liberar Juliano após o esgotamento do prazo legal da prisão temporária, sem a 
expedição do respectivo alvará de soltura pela autoridade judiciária competente, essa conduta da 
autoridade será ilegal. 
c) Estão presentes os motivos legais que justificam a decretação, de ofício, da prisão temporária de 
Juliano pela autoridade judiciária, por estar provada a materialidade do crime e haver indícios suficientes 
de autoria. 
d) O fato de o indiciado ter confessado a autoria do delito, por si só, não justifica a decretação da prisão 
temporária pelo juiz, a qual, considerando os requisitos legais, deverá ser feita a partir de representação 
do delegado ou de requerimento do Ministério Público. 
e) O juiz deverá decretar a prisão temporária de Juliano, por ele não exercer atividade laborativa 
regularmente e ter sido preso pela prática de crime hediondo punido com reclusão. 
 
33. A respeito de prisão, liberdade provisória do acusado e medidas cautelares alternativas ao 
encarceramento, assinale a opção correta. 
a) A prisão provisória será decretada pelo juiz pelo prazo máximo de cinco dias, prorrogável por igual 
período, ou por até trinta dias improrrogáveis, se se tratar de crimes hediondos ou equiparados. 
b) O descumprimento de medida protetiva de urgência determinada sob a égide da Lei Maria da Penha é 
uma das hipóteses autorizativas da prisão preventiva prevista na lei processual penal. 
c) Conforme a CF, a casa é asilo invioláveldo indivíduo: a autoridade policial nela não pode penetrar à 
noite sem consentimento do morador, seja qual for o motivo. 
d) A prisão preventiva do acusado poderá ser requerida, em qualquer fase do inquérito ou do processo, 
pela autoridade policial, pelo Ministério Público ou pelo assistente de acusação. 
e) Independentemente do tipo de crime, a fiança será arbitrada pela autoridade policial e comunicada 
imediatamente ao juiz que, depois de ouvir o Ministério Público, a manterá ou não. 
 
34. Antônio foi preso, durante a fuga, após subtrair joias e relógios de uma loja de artigos de luxo. Os 
produtos subtraídos não foram recuperados e não houve violência na conduta de Antônio, tendo o 
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delegado lavrado o auto de prisão em flagrante tipificando o crime como furto, cuja pena é de reclusão de 
um a quatro anos e multa. 
Com base nessa situação hipotética, assinale a alternativa correta. 
a) Antônio cometeu crime afiançável, sendo cabível o arbitramento da fiança, pela autoridade policial, no 
valor de um a cem salários mínimos. 
b) Antônio não poderá se beneficiar das medidas cautelares alternativas à prisão em face do alto valor do 
prejuízo sofrido pela vítima, sendo admitido, no caso, o relaxamento da prisão em flagrante. 
c) Não é possível que o juiz determine a interceptação telefônica no intuito de descobrir a existência de 
comparsas de Antônio, porque um dos requisitos dessa medida é que o crime tenha sido cometido com 
violência ou grave ameaça. 
d) Caso seja imprescindível para a investigação do fato, durante o inquérito policial, o delegado poderá 
solicitar a decretação da prisão temporária de Antônio. 
e) O juiz poderá decretar, de ofício, a prisão preventiva de Antônio caso seja necessário garantir a ordem 
pública durante a investigação policial e desde que presentes indícios suficientes de autoria e prova da 
existência do crime. 
 
35. Sobre a prisão processual e as medidas cautelares alternativas à prisão, é correto afirmar: 
a) É incabível prisão preventiva, no curso da ação penal, a requerimento do assistente do Ministério 
Público. 
b) Será admitida a decretação da prisão preventiva, independentemente do máximo da pena privativa de 
liberdade cominada, em caso de o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, 
adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas 
de urgência. 
c) A fiança poderá ser reduzida, mas não dispensada, de acordo com a situação econômica do preso. 
d) O juiz poderá substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for maior de 70 anos. 
e) É incabível concessão de fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima seja 
superior a 4 anos. 
 
36. Em relação às prisões provisórias, assinale a alternativa correta. 
a) Ninguém poderá ser preso, senão por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária 
competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação 
ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva. 
b) Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município, Estado ou país, o executor do 
mandado de prisão poderá efetuar a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-o imediatamente à 
autoridade local, que, depois de lavrado, se for o caso, o auto de prisão em flagrante, providenciará 
diretamente a remoção do preso ao juízo de origem do mandado. 
c) A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante, mas, nesse caso, com 
o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do 
preso à autoridade. 
d) Recusando ou retardando a autoridade policial a concessão da fiança, o preso, ou alguém por ele, 
poderá prestá-la, mediante simples petição, perante qualquer juízo criminal durante o horário forense, 
que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas. 
e) Ao Juiz é vedado determinar, de ofício, que o preso temporário lhe seja apresentado, solicitar 
informações e esclarecimentos da autoridade policial e submetê-lo a exame de corpo de delito, tendo em 
vista que tal determinação somente poderá ser feita mediante requerimento do Ministério Público e do 
defensor. 
 
37. Acerca da prisão e da liberdade provisória, assinale a alternativa correta. 
a) A prisão preventiva poderá ser decretada pelo juiz em qualquer fase da investigação policial, bem como 
da ação penal, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por 
representação da autoridade policial. 
b) A fiança pode ser concedida pela autoridade policial nos casos de infração punida com reclusão cuja 
pena máxima não seja superior a 5 anos. 
c) Agente preso pela prática do crime de tráfico de drogas poderá ter a liberdade provisória deferida pelo 
juiz. 
d) Nos crimes cuja pena de reclusão máxima prevista não seja superior a 4 anos, o limite do valor da 
fiança será de 1 a 50 salários-mínimos. 
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e) Aqueles que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança anteriormente concedida podem receber 
nova concessão desde que se comprometam a comparecer a todos os atos do processo. 
 
38. A respeito das prisões cautelares, pode-se afirmar: 
a) O preso em flagrante será informado de seus direitos constitucionais e, caso não informe o nome de 
seu advogado, será comunicado, imediatamente, o Promotor de Justiça da Comarca. 
b) Poderá o Juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for maior de 70 anos ou 
extremamente debilitado por motivo de doença grave. 
c) A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados ao Juiz competente, ao 
Ministério Público em até 24 horas da data da prisão. 
d) A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por 
conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da 
existência do crime e indício suficiente de autoria. Poderá, também, ser decretada em caso de 
descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares. 
 
39. José, que responde a processo pela prática do delito de roubo qualificado pelo emprego de arma de 
fogo e concurso de agentes, está preso preventivamente. Diante disso, é correto afirmar que 
a) este delito não permite prisão domiciliar 
b) este delito é inafiançável. 
c) caso o juiz revogue a prisão preventiva, não pode ele mesmo de novo decretá-la caso sobrevenham 
razões que a justificassem, devendo encaminhar os autos para análise por seu substituto. 
d) José pode ter ficado regularmente preso temporariamente por 60 (sessenta) dias. 
 
40. A respeito da prisão, segundo o CPP e o entendimento do STJ, assinale a alternativa correta. 
a) A prisão preventiva justifica-se caso demonstrada sua real indispensabilidade para assegurar a ordem 
pública, a ordem econômica, a instrução criminal ou a aplicação da lei penal, quando houver prova de 
autoria, de acordo com o CPP. 
b) A prisão cautelar deve ser considerada exceção, uma vez que, por meio dessa medida, priva-se o réu 
de seu jus libertatis antes do pronunciamento condenatório definitivo, consubstanciado na sentença 
transitada em julgado. 
c) A prisão preventiva, enquanto medidade natureza cautelar, pode ser utilizada como instrumento de 
punição antecipada do indiciado ou do réu. 
d) A prisão cautelar confunde-se com a prisão penal, objetivando infligir punição àquele que sofre a sua 
decretação, embora se destine a atuar em benefício da atividade estatal desenvolvida no processo penal. 
e) A privação cautelar da liberdade individual resulta impossível em virtude de expressa cláusula inscrita 
no próprio texto da Constituição da República, sob pena de conflitar com a presunção constitucional de 
inocência. 
 
CITAÇÕES E INTIMAÇÕES 
 
41. Leia os itens e marque o INCORRETO: 
a) A possibilidade de citação por hora certa está prevista no Código de Processo Penal. 
b) No caso de citação por edital, se o réu não comparecer, mas nomear defensor público, o feito pode ter 
seu curso normal, podendo ser condenado ao final. 
c) A citação de um réu brasileiro que se encontra escondido dentro de uma embaixada estrangeira em 
Brasília deve ser realizada por carta rogatória, suspendendo-se o prazo prescricional. 
d) No caso de réu preso, a intimação da sentença condenatória deve ser feita tanto ao réu quanto ao 
advogado. 
e) O Código de Processo Penal não exige a citação pessoal do réu preso, bastando seja requisitada ao 
diretor do presídio sua apresentação em juízo. 
 
42. Paulo é denunciado pelo Ministério Público como incurso nas penas do artigo 334-A, do Código Penal 
(contrabando). Recebida a denúncia o réu não é localizado para citação pessoal, sendo determinada a sua 
citação por edital. Consumada a citação ficta o réu não comparece nem constitui advogado. Murilo, o 
Magistrado que preside a ação penal, determina a suspensão do processo e do curso do prazo 
prescricional. Neste caso, conforme Súmula do Superior Tribunal de Justiça, o período de suspensão do 
prazo prescricional é 
a) indeterminado. 
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b) regulado pelo máximo da pena cominada ao delito imputado ao réu. 
c) de no máximo 20 anos. 
d) de no máximo 10 anos. 
e) estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal por meio de resolução. 
 
43. Sobre as citações e intimações, nos termos estabelecidos pelo Código de Processo Penal, é 
INCORRETO afirmar: 
a) O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para qualquer 
ato, deixar de comparecer sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar 
o novo endereço ao juízo. 
b) Verificando-se que o réu se oculta para não ser citado, a citação far-se-á por edital, com o prazo de 5 
dias. 
c) Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado mediante carta rogatória, 
suspendendo-se o curso do prazo de prescrição até o seu cumprimento. 
d) A intimação do Ministério Público é sempre pessoal. 
e) Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o 
processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas 
consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva. 
 
PROVAS 
 
44. Não é considerado meio extraordinário de obtenção de provas ou técnica especial de investigação: 
a) interceptação telefônica 
b) infiltração de agentes 
c) busca e apreensão 
d) colaboração premiada 
 
45. No que se refere aos exames de corpo de delito e das perícias em geral é correto afirmar: 
a) O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora. 
b) O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 30 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em 
casos excepcionais, a requerimento dos peritos. 
c) A autópsia será feita pelo menos quatro horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos 
sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. 
d) O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de 
curso superior. Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 3 (três) pessoas idôneas, portadoras 
de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação 
técnica relacionada com a natureza do exame. 
 
46. Em relação ao tema provas, analise as assertivas seguintes. 
1. Com relação ao exame de corpo de delito, serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de 
acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente 
técnico. 
2. Caso fique convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de 
participação, o juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado. 
3. Quando a infração deixar vestígios, será realizado o exame de corpo de delito, direto ou indireto, 
podendo supri-lo a confissão do acusado. 
4. O inquérito policial é dispensável para propositura da ação penal, podendo supri-lo as peças de 
informações ou a representação. 
5. Caso o laudo pericial contenha omissões, obscuridades, contradições ou não respeite as formalidades 
em sua confecção, o juiz deverá rejeitá-lo por tratar-se de prova ilegítima. 
Assinale a opção que contém a sequência de respostas corretas. 
a) 3, 4 e 5. 
b) 1, 3 e 4. 
c) 2, 4 e 5. 
d) 1, 2 e 4. 
e) 2, 3 e 5. 
 
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47. A formação da convicção do magistrado no processo penal tem por base inúmeros elementos. 
Assinale a alternativa que contenha elementos que vão ao encontro da sistemática do Código de Processo 
Penal como um todo. 
a) Vinculação das provas do processo à sua própria consciência e verdade formal. 
b) Livre convencimento e verdade material. 
c) Livre convencimento e motivação da decisão. 
d) Hierarquia prefixada de provas e livre apreciação dos elementos constatados nos autos. 
 
PROCEDIMENTOS 
 
48. No que concerne ao interrogatório, é correto dizer que: 
a) É o primeiro ato do processo; 
b) O réu tem direito a ficar em silencio, no entanto, se decidir falar, está obrigado a dizer a verdade; 
c) Em caso de acusação por tráfico de drogas, deve ocorrer no início da audiência de instrução; 
d) Em caso de acusação por tráfico de drogas, tal qual ocorre relativamente aos demais crimes, deve 
ocorrer ao término da instrução, sob pena de nulidade absoluta. 
 
49. Nos procedimentos ___________ , oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar 
liminarmente, recebê-la-á e __________ (CPP, art. 396) 
Assinale a alternativa que preenche, adequada e respectivamente, as lacunas. 
a) comuns … designará audiência de instrução e interrogatório 
b) ordinário e sumário ... designará audiência de instrução e interrogatório 
c) ordinário e sumário … ordenará a citação do acu- sado para responder à acusação, por escrito, no 
prazo de 10 (dez) dias 
d) comuns … ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 15 
(quinze) dias 
e) sumário e sumaríssimo … designará audiência de instrução e interrogatório 
 
50. O rito comum ordinário prevê que o juiz pode substituir as alegações finais orais por memoriais 
escritos? 
a) Sim, desde que o acusado não esteja preso. 
b) Sim, desde que não se trate de julgamento de crime grave. 
c) Sim, em qualquer hipótese, desde que a decisão seja fundamentada. 
d) Sim, desde que o caso seja complexo ou a depender do número de acusados. 
e) Não, por ausência de previsão legal. 
 
51. No procedimentoordinário, após a apresentação de resposta à acusação, o juiz deverá absolver 
sumariamente o acusado em face da 
a) inexistência de laudo imprescindível para a condenação. 
b) sua incompetência relativa para o processamento da ação penal. 
c) prescrição do delito praticado pelo agente. 
d) ausência de certeza acerca da autoria do fato. 
e) insuficiência de provas a respeito da materialidade delito. 
 
RECURSOS E MEIOS DE IMPUGNAÇÃO AUTÔNOMOS 
 
52. Ana e Carolina foram denunciadas pela prática de crimes de homicídio em processos distintos, já que 
foram imputados fatos diferentes a cada uma delas. Após encerrada a instrução probatória da primeira 
fase do procedimento bifásico do Tribunal do Júri, em alegações finais, o Ministério Público pediu a 
pronúncia de cada uma das rés em seus processos, enquanto a defesa técnica das duas pediu absolvição 
sumária ou, subsidiariamente, impronúncia. O juiz proferiu as duas decisões no mesmo dia, 
impronunciando Ana e pronunciando Carolina, submetendo esta ao julgamento plenário do Tribunal do 
Júri. Nesse caso, da decisão de impronúncia e da decisão de pronúncia caberão os seguintes recursos, 
respectivamente: 
a) apelação e recurso em sentido estrito; 
b) apelação e apelação; 
c) agravo e recurso em sentido estrito; 
d) recurso em sentido estrito e recurso em sentido estrito; 
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e) recurso em sentido estrito e apelação. 
 
53. Qual a providência cabível quando o juiz recebe denúncia por fato que, mesmo em tese, não constitui 
crime? 
a) Habeas corpus visando ao trancamento da ação penal. 
b) Recurso em sentido estrito. 
c) Carta Testemunhável. 
d) Recurso especial. 
 
54. De acordo com o Código de Processo Penal (CPP), a parte poderá apresentar as razões recursais na 
instância superior, caso assim o declare no termo, na hipótese de interposição de 
a) agravo. 
b) apelação. 
c) carta testemunhável. 
d) embargos de declaração. 
e) recurso em sentido estrito. 
 
55. Jorge, Promotor de Justiça, após receber os autos relatados de um determinado inquérito policial 
instaurado para apuração de crime de concussão praticado por Marcelo, apresenta a denúncia ao 
Magistrado competente e, na cota, formula pedido de prisão preventiva em desfavor de Marcelo. O 
Magistrado recebe a denúncia e indefere o pedido de decretação de prisão preventiva. Inconformado com 
a decisão e pretendendo reformá-la, Jorge deverá interpor recurso 
a) de apelação, no prazo de 15 dias. 
b) em sentido estrito no prazo de 10 dias. 
c) em sentido estrito no prazo de 5 dias. 
d) de apelação, no prazo de 05 dias. 
e) em sentido estrito no prazo de 15 dias. 
 
56. Quanto aos recursos é correto afirmar: 
a) O prazo para interpor apelação criminal é de 5 (cinco) dias a contar da juntada do mandado nos autos. 
b) Da decisão que não receber a denúncia ou queixa caberá Recurso em Sentido Estrito no prazo de 5 
(cinco) dias, enquanto no Juizado Especial (Lei 9.099/95) caberá Apelação Criminal no prazo de 10 (dez) 
dias. 
c) No caso de concursos de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos réus, se fundado em 
motivo que sejam de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros. 
d) A revisão dos processos findos poderá ser requerida pelo próprio réu ou por procurador legalmente 
habilitado ou, no caso de morte do réu, pelo conjugue, ascendente, descendente ou colateral até o 
terceiro grau, inclusive. 
 
57. O prazo da Apelação, nas hipóteses previstas no artigo 593 do Código de Processo Penal, é de 
a) 2 (dois) dias. 
b) 15 (quinze) dias. 
c) 5 (cinco) dias. 
d) 10 (dez) dias. 
e) 24 (vinte e quatro) horas. 
 
58. O Ministério Público ofereceu denúncia em face de Paulo pela prática do delito de homicídio 
qualificado pelo motivo torpe, sendo o acusado impronunciado pelo magistrado ao final da primeira fase 
do procedimento bifásico do júri. A via adequada para o combate de tal decisão é: 
a) recurso em sentido estrito; 
b) agravo; 
c) pedido de reconsideração; 
d) apelação; 
e) embargos infringentes. 
 
 
 
 
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SUJEITOS DA RELAÇÃO PROCESSUAL 
 
59. Acerca dos sujeitos processuais, assinale a opção correta. 
a) O juiz deve declarar-se suspeito caso seja amigo ou inimigo das partes, esteja interessado no feito ou 
quando a parte o injuriar de propósito. 
b) A participação de membro do Ministério Público no inquérito policial acarreta o seu impedimento para o 
oferecimento da denúncia. 
c) A vítima pode intervir no processo penal por intermédio de advogado, como assistente da acusação, 
depois de iniciada a ação penal e enquanto não transitada em julgado a decisão final. 
d) O assistente da acusação pode arrolar testemunhas e recorrer da decisão que rejeita a denúncia, 
pronuncia ou absolve sumariamente o réu, tendo o recurso efeito suspensivo. 
 
60. No que pertine aos sujeitos processuais, é correto afirmar: 
I. A impossibilidade de identificação do acusado com o seu verdadeiro nome ou outros qualificativos não 
retardará a ação penal, quando certa a identidade física. A qualquer tempo, no curso do processo, do 
julgamento ou da execução da sentença, se for descoberta a sua qualificação, far-se-á a retificação, por 
termo, nos autos, sem prejuízo da validade dos atos precedentes. 
II. O juiz não poderá exercer jurisdição se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada 
no processo. 
III. Ao Ministério Público cabe promover, privativamente, a ação penal pública incondicionada, e também 
a condicionada à representação do Ministro da Justiça ou requisição do ofendido. 
IV. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor. Por isso, 
se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado defensor pelo juiz. 
a) Estão corretas as assertivas I e III. 
b) Estão corretas as assertivas II e IV. 
c) Estão corretas as assertivas III e IV. 
d) Estão corretas as assertivas I e IV. 
e) Todas as assertivas estão corretas. 
 
DIREITO PENAL 
PROF. RODRIGO ALMENDRA 
 
Princípios Gerais e aplicação da Lei Penal no tempo e no espaço 
 
01. Em uma embarcação pública estrangeira, em mar localizado no território do Uruguai, o presidente do 
Brasil sofre um atentado contra sua vida pela conduta de João, argentino residente no Brasil, que 
conseguiu se infiltrar no navio passando-se por funcionário da cozinha, já planejando o cometimento do 
delito. O presidente do Brasil, porém, é socorrido e se recupera, enquanto João é identificado e preso na 
Bahia, um mês após os fatos. Considerando a situação narrada, sobre a aplicação da lei penal no espaço, 
é correto afirmar que a João 
a) não pode ser aplicada a lei brasileira, já que o crime foi cometido no estrangeiro. 
b) poderá ser aplicada a lei brasileira, com base no princípio da territorialidade. 
c) poderá ser aplicada a lei brasileira, ainda que o autor do crime tenha sido absolvido ou condenado no 
estrangeiro. 
d) poderá ser aplicada a lei brasileira, desde que o autor do crime não seja julgado no estrangeiro. 
e) não poderá ser aplicada a lei brasileira, já que o autor do crime é estrangeiro. 
 
02. No dia 25 de fevereiro de 2014, na cidade de Ariquemes, Felipe, nascido em 03 de março de 1996, 
encontra seu inimigo Fernando na rua e desfere diversos disparos de arma de fogo em seu peito com 
intenção de matá-lo.Populares que presenciaram os fatos, avisaram sobre o ocorrido a familiares de 
Fernando, que optaram por transferi-lo de helicóptero para Porto Velho, onde foi operado. No dia 05 de 
março de 2014, porém, Fernando não resistiu aos ferimentos causados pelos disparos e veio a falecer 
ainda no hospital de Porto Velho. Considerando a situação hipotética narrada e as previsões do Código 
Penal sobre tempo e lugar do crime, é correto afirmar que, em relação a estes fatos, Felipe será 
considerado: 
a) inimputável, pois o Código Penal adota a Teoria da Atividade para definir o tempo do crime, enquanto 
que o lugar do crime é definido pela Teoria da Ubiquidade; 
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b) inimputável, pois o Código Penal adota a Teoria da Atividade para definir o tempo do crime, enquanto 
que o lugar é definido pela Teoria do Resultado; 
c) imputável, pois o Código Penal adota a Teoria do Resultado para definir tanto o tempo quanto o lugar 
do crime; 
d) imputável, pois o Código Penal adota a Teoria da Ubiquidade para definir o momento do crime, 
enquanto que a Teoria da Atividade determina o lugar; 
e) inimputável, pois o Código Penal adota a Teoria da Atividade para definir tanto o tempo quanto o local 
do crime. 
 
03. Henrique, não aceitando o fim do relacionamento, decide matar Paola, sua ex-namorada. Para tanto, 
aguardou na rua a saída da vítima do trabalho e, após, desferiu-lhe diversas facadas na barriga, sendo 
estas lesões a causa eficiente de sua morte. Foi identificado por câmeras de segurança, porém, e 
denunciado pela prática de homicídio consumado. Em relação ao crime de lesão corporal, é correto 
afirmar que Henrique não foi denunciado com base no princípio da: 
a) especialidade; 
b) subsidiariedade expressa; 
c) alternatividade; 
d) subsidiariedade tácita; 
e) consunção. 
 
04. Carlos, primário e de bons antecedentes, subtraiu, para si, uma mini barra de chocolate avaliada em 
R$ 2,50 (dois reais e cinquenta centavos). Denunciado pela prática do crime de furto, o defensor público 
em atuação, em sede de defesa prévia, requereu a absolvição sumária de Carlos com base no princípio da 
insignificância. De acordo com a jurisprudência dos Tribunais Superiores, o princípio da insignificância: 
a) funciona como causa supralegal de exclusão de ilicitude; 
b) afasta a tipicidade do fato; 
c) funciona como causa supralegal de exclusão da culpabilidade; 
d) não pode ser adotado, por não ser previsto em nosso ordenamento jurídico; 
e) funciona como causa legal de exclusão da culpabilidade. 
 
05. Em relação ao tempo do crime, o Código Penal adotou: 
a) a teoria da atividade, pela qual considera-se praticado o delito no momento da conduta, ainda que 
distinto o momento do resultado, jurídico ou naturalístico; 
b) a teoria do resultado, pela qual considera-se praticado o delito no momento da ocorrência do resultado, 
jurídico ou normativo; 
c) a teoria da ubiquidade, pela qual considera-se cometido o delito tanto no momento da conduta como 
no do resultado, dependendo do que for mais benéfico ao autor do fato; 
d) a teoria do resultado normativo, pela qual considera-se cometido o crime no momento da ocorrência do 
resultado naturalístico; 
e) duas teorias, a da atividade e a da territorialidade condicionada, dependendo da natureza do crime 
cometido. 
 
06. Com relação ao tempo e ao local do crime, analise as afirmativas a seguir. 
I. O tempo do crime, de acordo com o Código Penal, é definido pelo momento em que o resultado ocorre. 
Tanto é assim, que a competência territorial do magistrado leva em consideração esse mesmo critério. 
II. A Teoria da Atividade foi utilizada pelo Código Penal para definir o local do crime, tendo em vista que 
se considera local do crime apenas aquele em que ocorreu a ação ou omissão. 
III. Para efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves 
brasileiras de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem. 
Assinale: 
a) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
d) se somente a afirmativa II estiver correta. 
e) se somente a afirmativa III estiver correta. 
 
 
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07. No tocante aos princípios constitucionais orientadores do estudo da Teoria do Crime, assinale a 
afirmativa incorreta. 
a) O princípio da intervenção mínima abrange os princípios da subsidiariedade e da fragmentariedade 
b) O princípio da dignidade humana atua como uma espécie de "superprincípio", devendo toda norma 
jurídica nele se escorar. 
c) O princípio da adequação social serve de base de interpretação da norma, além de orientar o legislador 
para eventual revogação do tipo penal. 
d) O princípio da insignificância autoriza o afastamento da tipicidade material. 
e) O princípio da alteridade permite a punição do agente por conduta sem condições de atingir direito de 
terceiros. 
 
08. No tocante à aplicação da lei penal, assinale a afirmativa incorreta. 
a) Lei penal extrativa é aquela que produz efeitos fora de seu período de vigência, podendo ser ultrativa 
ou retroativa. 
b) A abolitio criminis é causa de extinção da punibilidade 
c) A novativo legis in mellius é retroativa, salvo quando já houve o trânsito em julgado da decisão 
condenatória respectiva. 
d) Em se tratado de crime permanente, aplica-se a lei vigente no momento em que cessou a 
permanência, ainda que se trate de lei penal mais gravosa. 
e) No caso de abolitio criminis, cessam os efeitos penais do fato praticado, persistindo os civis. 
 
09. Com relação à lei penal no espaço, assinale a afirmativa incorreta. 
a) A legislação penal brasileira adota o princípio da territorialidade absoluta. 
b) Aplica-se a lei penal brasileira aos crimes praticados em aeronave pública brasileira ainda que esteja 
em território estrangeiro. 
c) As embaixadas estrangeiras não são consideradas território estrangeiro, aplicando-se a lei brasileira 
nos crimes praticados no seu interior, salvo quando o autor for agente diplomático ou possua imunidade 
diplomática. 
d) São princípios empregados para solucionar a regra da extraterritorialidade: personalidade ou 
nacionalidade, domicílio, defesa, justiça universal, representação ou da bandeira. 
e) Para fins de Direito Penal, o conceito de território não se restringe à área limitada pelas fronteiras 
brasileiras. 
 
10. Com relação ao princípio da legalidade, assinale a afirmativa incorreta. 
a) Tal princípio se aplica às contravenções e medida de segurança. 
b) Tal princípio impede a criação de crimes por meio de medida provisória. 
c) Tal princípio impede incriminação genérica por meio de tipos imprecisos. 
d) Tal princípio impede a aplicação de analogia de qualquer forma no Direito Penal. 
e) Tal princípio está previsto no texto constitucional vigente. 
 
11. O Direito Penal busca primordialmente a proteção de algo selecionado pelo legislador dentro de um 
critério político, somente merecendo sua proteção aqueles bens mais importantes, sempre na ideia de que 
a intervenção desse ramo do Direito se justifica apenas quando outro não se mostrar suficiente. Qual dos 
princípios abaixo melhor fundamenta o texto acima no seu ponto fulcral? 
a) Proporcionalidade.b) Legalidade. 
c) Adequação social. 
d) Intervenção mínima. 
e) Lesividade. 
 
12. Relativamente ao tema da territorialidade e extraterritorialidade, analise as afirmativas a seguir. 
I. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro os crimes contra a administração 
pública, por quem está a seu serviço. 
II. Ficam sujeitos à lei brasileira, os crimes praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, 
mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro ainda que julgados no 
estrangeiro. 
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III. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro os crimes contra o patrimônio da 
União, do Distrito Federal, de Estado, de Território ou de Município quando não sejam julgados no 
estrangeiro. 
Assinale: 
a) se somente a afirmativa I estiver correta. 
b) se somente a afirmativa II estiver correta. 
c) se somente a afirmativa III estiver correta. 
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
 
13. Assinale a alternativa que apresente local que não é considerado como extensão do território nacional 
para os efeitos penais. 
a) aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território 
estrangeiro, desde que o crime figure entre aqueles que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a 
reprimir. 
b) as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, 
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. 
c) as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública, onde quer que se encontrem. 
d) aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no 
território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do 
Brasil. 
e) as embarcações e aeronaves brasileiras, a serviço do governo brasileiro, onde quer que se encontrem. 
 
14. A respeito do tema da retroatividade da lei penal, assinale a afirmativa correta. 
a) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente não se aplica aos fatos praticados 
durante a vigência de uma lei temporária. 
b) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-se aos fatos anteriores, com 
exceção daqueles que já tiverem sido objeto de sentença condenatória transitada em julgado. 
c) A lei penal mais gravosa pode retroagir, aplicando-se a fatos praticados anteriormente à sua vigência, 
desde que trate de crimes hediondos, tortura ou tráfico de drogas, como expressamente ressalvado na 
Constituição. 
d) Quando um fato é praticado na vigência de uma determinada lei e ocorre uma mudança que gera uma 
situação mais gravosa para o agente, ocorrerá a ultratividade da lei penal mais favorável, salvo se houver 
a edição de uma outra lei ainda mais gravosa, situação em que prevalecerá a lei intermediária. 
e) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente não se aplica aos fatos praticados 
anteriormente, salvo se houver previsão expressa na própria lei nova. 
 
15. A organização não-governamental holandesa "Women on the waves", dirigida pelo médico holandês 
Marco Van Basten, possui um barco de bandeira holandesa que navega ao redor do mundo recebendo 
gestantes que desejam realizar aborto. Quando passou pelo Brasil, o navio holandês recebeu a bordo 
mulheres que praticaram a interrupção de sua gestação, dentre elas Maria da Silva, jovem de 25 anos. Na 
ocasião em que foi interrompida a gravidez, o barco estava em alto-mar, além do limite territorial 
brasileiro ou de qualquer outro país. Sabendo que a lei brasileira pune o aborto (salvo em casos 
específicos, não aplicáveis à situação de Maria) ao passo que a Holanda não pune o aborto, assinale quais 
foram os crimes praticados por Marco e Maria, respectivamente. 
a) Nenhum dos dois praticou crime. 
b) Provocar aborto sem o consentimento da gestante e provocar aborto em si mesma. 
c) Provocar aborto com o consentimento da gestante e provocar aborto em si mesma. 
d) Provocar aborto em si mesma e provocar aborto sem o consentimento da gestante. 
e) Provocar aborto em si mesma e provocar aborto com o consentimento da gestante. 
 
Teoria Geral do Crime – Parte I 
 
16. Para que haja relevância penal a conduta típica deve ser exteriorizada seja de ordem comissiva seja 
de ordem omissiva. Com outras palavras, faz-se o que é proibido ou não se faz o que era devido. Com 
relação ao tema, indique a afirmativa correta. 
a) O movimento reflexo, a hipnose e o sonambulismo não afastam a conduta. 
b) Os crimes omissivos não admitem a forma tentada. 
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c) Os crimes omissivos exigem para a sua consumação resultado naturalístico. 
d) O Art. 13, § 2º, do Código Penal ostenta a natureza de norma de extensão. 
e) O crime omissivo impróprio não admite participação ou co- autoria, sendo caso de autoria colateral 
quando ambos os envolvidos tinham o dever de agir. 
Majoritariamente, a doutrina conceitua crime como sendo um fato típico, ilícito e culpável. Como 
elementos do fato típico estão a conduta, o resultado, o nexo de causalidade e a tipicidade. 
 
17. Com relação a tais elementos, assinale a afirmativa correta. 
a) Não há crime sem resultado jurídico. 
b) Na teoria finalista da ação, o dolo e a culpa devem ser analisados na antijuridicidade. 
c) A coação moral irresistível, diferentemente da resistível, afasta a própria conduta e, assim, a tipicidade. 
d) Para que seja reconhecida a tipicidade material, basta a simples adequação da conduta ao tipo penal. 
e) A superveniência de causa relativamente independente que, por si só, produza o resultado, faz com 
que o agente apenas responda pelo resultado a título de culpa. 
 
18. Prevalece na doutrina o conceito de crime como sendo um fato típico, ilícito e culpável. Acerca destes 
requisitos do crime, assinale a afirmativa correta. 
a) A coação moral resistível exclui a culpabilidade, enquanto a coação física exclui a conduta e, assim, o 
fato típico. 
b) O Código Penal vigente reconhece o estado de necessidade exculpante como causa de exclusão da 
ilicitude. 
c) Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado 
dolosamente. 
d) A legítima defesa, o estado de necessidade, o exercício regular de direito, o estrito cumprimento de 
dever legal e o consentimento do ofendido são causas de exclusão de ilicitude, podendo o último, em 
alguns casos, excluir a própria tipicidade. 
e) A embriaguez culposa completa exclui a culpabilidade. 
 
19. Com relação ao estudo da teoria do crime, assinale a afirmativa incorreta. 
a) A conduta pode se manifestar por meio de um comportamento positivo (ação) ou de um 
comportamento negativo (omissão), quando não atua o agente de acordo com o comportamento 
esperado pela norma. 
b) Os crimes omissivos se dividem em próprio e impróprio, não se admitindo a tentativa em qualquer 
deles. 
c) Os delitos omissivos impróprios são crimes próprios, já que se exige do autor uma qualidade especial. 
d) Admite-se a co-autoria nos crimes omissivos impróprios. 
e) A indicação da figura do garantidor pelo texto legal não pode ser ampliada, eis que o rol respectivo é 
taxativo. 
 
20. Analise as proposições a seguir. 
I. O exame dodireito positivo é a metodologia indicada para promover a distinção entre crime e 
contravenção penal posto que não há diferença ontológica entre ambos. 
II. Segundo dispõe o legislador penal, crime é a infração penal a que a lei comina pena de reclusão ou de 
detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção é 
a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou multa, ou ambas, alternativa 
ou cumulativamente. 
III. No direito penal pátrio a expressão crime é tida como gênero, do qual são espécies as contravenções 
penais e os delitos. 
IV. A diferença entre ilícito civil e ilícito penal é que o primeiro gera a imposição de uma pena, que pode 
até chegar ao extremo de privação da liberdade do agente; já o segundo tem como consequência a 
obrigação de reparar o dano, primordialmente. 
Assinale: 
a) se somente as proposições III e IV estiverem corretas. 
b) se somente as proposições I e II estiverem corretas. 
c) se somente as proposições II e IV estiverem corretas. 
d) se somente as proposições I e IV estiverem corretas. 
e) se somente as proposições II e III estiverem corretas. 
 
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21. Relativamente ao Direito Penal Brasileiro, analise as afirmativas a seguir: 
I. Os crimes unissubsistentes, habituais próprios, comissivos e permanentes na forma omissiva não 
admitem tentativa. 
II. Considera-se desistência voluntária ou arrependimento posterior a conduta do agente que, depois de 
consumado o crime, repara o dano causado respondendo o agente somente pelos fatos praticados. 
III. Considera-se impossível o crime quando o meio utilizado pelo agente é relativamente incapaz de 
alcançar o resultado. 
IV. Nos crimes tentados, aplica-se a pena do crime consumado reduzindo-a de 1/3 a 2/3, ao passo que no 
arrependimento eficaz se aplica a pena do crime consumado reduzindo-a de 1/6 a 1/3. 
Assinale: 
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. 
b) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. 
c) se apenas as afirmativas I e IV estiverem corretas. 
d) se nenhuma afirmativa estiver correta. 
e) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 
 
22. Diz-se que o crime é doloso quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo, e que 
o crime é culposo, quando o agente deu causa a resultado previsível por imprudência, negligência ou 
imperícia. Sobre o tema, é correto afirmar que: 
a) o dolo direto de segundo grau também é conhecido como dolo de consequências necessárias; 
b) para a teoria finalista da ação, o dolo e a culpa integram a culpabilidade; 
c) no crime culposo, a imprudência se caracteriza por uma conduta negativa, enquanto a negligência, por 
um comportamento positivo; 
d) o crime culposo admite como regra a forma tentada; 
e) na culpa consciente, o agente prevê o resultado como possível, mas com ele não se importa. 
 
23. No dia 03.02.2015, Daniel ingressou na residência da família Silva com a intenção de praticar um 
crime de roubo com emprego de arma branca. Já no interior da residência, com uma faca na mão, mas 
antes de subtrair qualquer bem, encontra uma foto de todos os membros da família abraçados. Comovido 
com aquela imagem, decide deixar a residência antes mesmo de ser visto por qualquer pessoa, não 
levando qualquer bem. Considerando a situação hipotética narrada, é correto afirmar que Daniel 
responderá pelo(s): 
a) crime de roubo majorado pelo emprego de arma, cabendo redução da pena em 1/3 a 1/2 em razão da 
tentativa; 
b) atos já praticados, mas não pelo crime de roubo, já que houve desistência voluntária; 
c) crime de roubo majorado pelo emprego de arma, cabendo redução da pena em 1/3 a 2/3 em razão da 
tentativa; 
d) atos já praticados, mas não pelo crime de roubo, já que houve arrependimento eficaz; 
e) atos já praticados, mas não pelo crime de roubo, já que houve arrependimento posterior. 
 
24. José, juiz de direito do Tribunal de Justiça de São Paulo, depara-se com um processo em que figura 
na condição de ré uma grande amiga de infância de sua filha. Não havendo causa de impedimento ou 
suspeição, separa o processo para proferir, com calma, na manhã seguinte, uma sentença condenatória 
bem fundamentada, pois sabe que sua filha ficaria chateada diante de sua decisão. Ocorre que, por 
descuido, esqueceu o processo no armário de seu gabinete por 06 meses, causando a prescrição da 
pretensão punitiva. Considerando a hipótese narrada, é correto afirmar que a conduta de José: 
a) é atípica, sob o ponto de vista do Direito Penal; 
b) configura a prática do crime de prevaricação, pois presente o elemento subjetivo da satisfação de 
sentimento pessoal; 
c) configura a prática do crime de condescendência criminosa; 
d) configura a prática do crime de prevaricação, bastando para tanto o dolo genérico; 
e) configura a prática do crime de corrupção passiva. 
 
25. Guilherme, funcionário público do Tribunal de Justiça, ao ir embora de seu trabalho, esqueceu a porta 
do cofre onde era guardada parte do dinheiro da administração aberta. Valendo-se desse descuido, 
Matheus, também funcionário público da repartição, subtraiu R$ 5.000,00 do cofre. As câmeras de 
segurança flagraram todo o fato, sendo Guilherme denunciado pela prática do crime de peculato culposo e 
Matheus por peculato doloso. Após o recebimento da denúncia, mas antes da sentença, Guilherme 
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procura a Presidência do Tribunal e restitui o valor subtraído. Considerando essas informações, é correto 
afirmar que a reparação do dano: 
a) funcionará como arrependimento posterior de Guilherme, gerando causa de diminuição de pena apenas 
para ele; 
b) em que pese não funcione como arrependimento posterior por ser posterior à denúncia, no peculato 
culposo funcionará como causa de diminuição de pena; 
c) funcionará como arrependimento posterior de Guilherme, mas se estenderá para Matheus, funcionando 
como causa de diminuição de pena para ambos; 
d) funcionará como causa de extinção da punibilidade apenas em relação a Guilherme; 
e) como foi posterior ao recebimento da denúncia, não gera qualquer consequência penal. 
 
26. Jorge pretende matar seu desafeto Marcos. Para tanto, coloca uma bomba no jato particular que o 
levará para a cidade de Brasília. Com 45 minutos de voo, a aeronave executiva explode no ar em 
decorrência da detonação do artefato, vindo a falecer, além de Marcos, seu assessor Paulo e os dois 
pilotos que conduziam a aeronave. Considerando que, ao eleger esse meio para realizar o seu intento, 
Jorge sabia perfeitamente que as demais pessoas envolvidas também viriam a perder a vida, o elemento 
subjetivo de sua atuação em relação à morte de Paulo e dos dois pilotos é o: 
a) dolo alternativo; 
b) dolo eventual; 
c) dolo geral ou erro sucessivo; 
d) dolo normativo; 
e) dolo direto de 2º grau ou de consequências necessárias. 
 
27. Com relação ao estudo do dolo e da culpa no Direito Penal, assinale a afirmativa incorreta. 
a) O Código Penal não apresenta o conceito de crime culposo, tratando-se de tipo aberto, devendo o juiz, 
no caso concreto, promover um juízo de valor. 
b) São elementos do crime culposo: conduta voluntária, inobservância de um dever objetivo de cuidado; 
resultado lesivo não querido, tampouco assumido,

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