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Resumo - Eczemas e Líquen Simples Crônico

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Dermatologia
Resumo
G a b r i e l B a g a r o l o P e t r o n i l h o 
Introdução 
Eczema é um tipo de dermatose caraterístico por 
apresentar lesões na pele de diferentes aspectos. 
O termo eczema é sinônimo de dermatite, palavra 
mais conhecida e utilizada pela população em 
geral. 
O eczema é do grupo das dermatoses 
inflamatórias com clínica e histopatologia comuns 
e fisiopatogenia diferentes, de acordo com seu 
tipo. 
Clínica Geral 
A manifestação clínica dos diferentes tipos de 
eczema é comum, porém, depende da fase em 
curso da doença. 
As manifestações são: eritema, edema, 
vesículas, crostas, descamação e prurido (quase 
sempre) de intensidade variável. 
A dermatite pode se apresentar nas seguintes 
fases: 
- Aguda → edema, vesiculação e exsudação; 
- Subaguda → igual à fase aguda, porém em 
menor grau e com formação de crostas; 
- Crônica → ocorre a liquenificação do eczema. 
Além das fases, que estão presentes no curso da 
doença, podemos ter diferentes tipos de 
classificação da dermatite/eczema: 
- Contato 
- Fotossensibi l idade → fototóxico e 
fotoalérgico; são subtipo do de contato. 
- Atópico 
- Seborreico 
- Numular 
- Disidrótico 
Eczema de Contato 
A dermatite de contato é uma das dermatoses 
mais frequentes e ocorre devido a um agente 
irritante (substância exógena) que atravessa a 
barreia cutânea da pele e causa uma reação 
inflamatória. 
Pode ser por irritante primário ou alérgico - são 
tipos. 
Ambos os t ipos possuem f is iopatolog ia 
semelhantes, diferindo somente no tempo de 
resposta e na participação ou não do sistema 
imune. 
Eczema de Contato por Irritante Primário 
Em geral, é causado por substâncias de leve a 
moderada alcalinidade ou acidez, que não causam 
q u e i m a d u r a , n em n e c r o s e . S O M E N T E 
IRRITAÇÃO CUTÂNEA. 
Qualquer pessoa pode ser afetada, de acordo com 
a concentração do irritante e da duração do 
contato. 
Não é necessário sensibilização prévia → 
independe da memória imunológica. 
Não causa indução à produção de anticorpos. 
Condicionantes → tamanho da molécula, veículo e 
solubilidade dos compostos, tempo de exposição, 
periodicidade, oclusão, condições ambientais - 
frio, baixa umidade e vento. 
O eczema de contato por irritante primário, 
geralmente, possui caráter ocupacional. Paciente, 
como pedreiros, pintores, donas de casa e outros 
apresentam esse tipo de dermatite. 
Os principais agentes são: sabões, shampoos, 
detergentes, desinfetantes, l impadores 
industriais, solventes, agentes oxidantes, 
pesticidas, plantas, secreção de animais, urina e 
fezes - dermatite das fraldas em crianças. 
A fisiopatologia é o contato das substâncias com 
os queratinócitos que causam a liberação de 
citocinas e, consequente, inflamação que se inicia 
em 12-24 horas. 
Há excessão quando a substância é um irritante 
absoluto, que causa reação imediata. 
Exemplos: 
Pacente, feminino, 9 anos, realiza lavagem das 
mãos até 10x/dia. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
Eczemas e Líquen Simples 
Eczema de Contato Alérgico 
Nesse tipo de dermatite é necessária a 
sensibilização do sistema imunológico do 
paciente. Hipersensibilidade tipo IV. 
Pode ocorrer sensibilização à múltiplos agentes. 
Além disso, é possível a ocorrente de lesões 
distantes do contato devido a auto-sensibilização 
de outras aéreas do corpo. 
O hapteno (substância que isoladamente não 
produz resposta imune, mas pode se ligar no sítio 
de outros antígenos) causa uma ativação sistema 
imunológico e produz uma diferenciação dos 
linfócitos em células de memória e células 
efetoras contra o mesmo - sensibilização do 
paciente. 
Após essa sensibilização, quando ocorre um novo 
contato, o Antígeno liga-se às CL e promove 
interação com os linfócitos da pele e dos 
linfonodos, gerando a produção de citocinas e 
consequente inflamação. 
Clínica - Eczema de Contato 
A forma aguda apresenta lesões eritematosa, 
eritêmato-vesiculosas e eritêmato-vésico-
secretantes. Imagem abaixo. 
A forma subaguda também pode apresentar as 
lesões, de menor grau, da forma aguda, porém, há 
presença de crosta. Imagem a seguir. 
A forma crônica é a presença de lesões eritêmat-
liquenificada. 
A localidade das lesões são, geralmente, em áreas 
mais expostas aos antígenos - mãos, face, 
pescoço, pés e tronco. 
Lembrando que o prurido sempre estará 
presente. 
Prognóstico - Eczema de Contato 
Há tendência a cessar com a interrupção do 
contato com a substância. 
Em casos muito crônicos, mesmo retirando o 
agente, o quadro pode manter-se o mesmo ou 
agravar-se. 
Dificilmente com a exposição contínua há 
desenvolvimento de tolerância ao contactante. 
A principal complicação é infecção secundária 
devido às lesões. 
Diagnóstico - Eczema de Contato 
O diagnóstico é realizado por meio da história 
clínica: início, frequência do surtos, histórico de 
outras alergias de contato, ocupação. 
Além disso, o quadro clínico (presença e 
localização do eczema) favorecem o diagnóstico. 
Pode ser realizado testes de contato e 
histopatologia para definição de agudo, subagudo 
ou crônico. 
Os teste de contato são indicados quando há 
suspeita de dermatite de contato alérgica, ou 
seja, para diferenciar dermatite de contato 
alérgica de dermatite de contato por irritante 
primário. 
O teste de contato positivo só prova a causa da 
dermatite se o paciente estiver mantendo 
contato com aquela substância. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
Eczema Fototóxico 
O eczema fototóxico é um subtipo do eczema de 
contato por irritante primário. 
Ele não requer contato prévio com o agente 
causador. 
Pode ocorrer em qualquer indivíduo desde que 
exposto, tópica ou sistemicamente, à quantidade 
suficiente da substância + luz. 
Exemplos: 
- Fitofotodermatose pelo limão → no limão há 
f u r o c u m a r i n a s q u e s ã o s u b s t â n c i a s 
fotossensibilizantes. 
- Tetracilcina oral 
As lesões podem surgir minutos ou horas após à 
exposição solar e são lesões eritêmato-
edematosas com ou sem bolhas, seguidas de 
pigmentação. 
Evolução → 2-6 horas após o contato: sensação 
de queimadura, prurido eritema e edema; 12-24 
horas após: bolhas; alguns dias após: pigmentação. 
Eczema Fotoalérgico 
O eczema fotoalérgico é um subtipo do eczema 
de contato alérgico. 
Existe a necessidade de sensibilização prévia, 
assim como seu tipo, 
A luz solar e/ou luz visível provoca modificações 
químicas na substâncias que se tornam 
fotossensibilizantes. 
Ocorre o mesmo mecanismo da dermatite de 
c o n t a t o a l é r g i c a c o n v e n c i o n a l → 
hipersensibilidade tipo IV. 
Os principais sensibilizastes tópicos são: anti-
histamínicos de uso tópico (prometazina), 
pomadas com sulfas, plantas e perfumes. 
Já, os sistêmicos: AINEs (piroxicam), diuréticos 
(furosemida, HCT), hipoglicemiantes orais. 
Existe a possibilidade de ocorrer reação 
cruzada. 
Ocorre um quadro de eczema nas áreas expostas 
ou contíguas e, até mesmo, lesões à distância. 
Tratamento - Fototóxico e Fotoalérgico 
Orientar que o paciente evite o contato com a 
substância → a melhora pode ser gradativa, 
desde que não haja outros agentes irritantes ou 
alergênico. 
Em quadros de eczema em fase aguda pode ser 
realizado compressas com água boricada ou 
permanganato 
Além disso, nas formas severas pode-se utilizar 
corticoides tópicos ou sistêmicos. 
Imunomodulador tópico - tracolimo e pimecrolimo 
- são in ibidores seletivos de citocinas 
inflamatórias que podem ajudar no processão de 
remissão das lesões. 
Em casos resistentes ao tratamento, pode ser 
ut i l i zar imunossupressores s i stêmicos : 
ciclosporina e metotrexato. 
A fototerapia também possui uma ação 
imunossupressora e anti-inflamatória. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
Eczema Atópico 
O eczema atópico é uma doença genética de 
herança poligência que se desenvolve em 70% 
pac i en tes dos p ac i en tes q ue po s suem 
antecedentes familiares de atopia. 
Ela é de etiologiamultifatorial: sistema imune, 
fatores ambientais e emocionais; e possui curso 
crônico com períodos de crise e remissão. 
Geralmente, em cerca de 30% dos casos, o curso 
da dermatite atópica possui crises de asma ou 
rinite intercaladas e, em 15%, associação com 
urticária. 
Outras condições associadas à dermatite atópica 
são: 
- Asma 
- Rinite 
- Urticária 
- Suscetibilidade a infecções 
- Alopécia areata 
- Ictiose vulgar 
- Alterações oculares → catarata, blefarite e 
conjuntivite 
Marcadores de Atopia 
Os principais sinais atópicos que os pacientes 
podem apresentar são: 
- Dupla prega de Dennie-Morgan na pálpebra 
inferior 
- Sinal de Hertoghe → refração do ⅓ distal dos 
supercílios 
- Hiperlinearidade palmar 
- Queratose pilar → faces laterais de braços e 
coxas 
- Hipercromia infraorbitária 
Clínica - Eczema Atópico 
A localização das lesões geralmente são nas 
dobras e áreas flexurais → dobras antecubitais, 
poplíteas, subglúteas e base cervical. 
Esse tipo de eczema apresente recidivas 
frequentes e uma tendência à cronicidade. 
O paciente ainda apresenta xerose, prurido 
constante, liquenificação (+ no adulto), 
pitiríase Alba e tendência a infecções cutâneas. 
Marcadores 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
A dermatite atópica pode ocorrer no lactente, a 
partir do 3º mês de vida, com lesões malares de 
característica vésico-crostosas e secretantes. 
Essa lesões, podem ainda, estender-se para o 
resto da face, couro cabeludo e pregas. 
Pode haver persistência ou melhora após os 2 
anos. 
Deve-se tomar cuidado com o risco de eczema 
herpético → quadro toxêmico - grave. 
Na infância, as lesões de áreas flexurais, pregas 
e dobras possuem uma tendência à liquenificação 
e há presença de escoriação. 
Elas podem generalizar-se e há prurido intenso e 
contínuo ou em surtos. 
No paciente infantil, devemos relacionar algumas 
características emaciais: labilidade emocional, 
hiperatividade inteligência superior à média, 
insegurança e agressividade reprimida. 
No pacientes adolescente e adulto pode haver 
persistência do quadro anterior, sobretudo em 
pregas antecubital e poplítea, pescoço e região 
Peri-orbital. Há muita tendência à liquenificação. 
Em casos graves, a generalização pode ser à 
síndrome eritrodérmica. 
Outras manifestações da dermatite atópico são 
palpite crônica - descamação e fissura das polpas 
digitais de mãos e pés -, dermatite crônica das 
mãos - pode ser a única manifestação do paciente 
-, prurido com lesões populosas, pruriginosas 
associadas ou não a eczema. 
Diagnóstico - Eczema Atópico 
Os elementos chave para o diagnóstico da 
dermatite atópica são história pessoal ou familiar 
de atopia, prurido, localização das lesões (vimos 
as mais comuns), cronicidades, testes cutâneos e 
laboratoriais inconclusivos. 
Devemos nos atentar aos dx diferenciais: 
- Eczema seborreico 
- Eczema de contato 
- Líquen simples crônico 
- Psoríase 
- Dermatofitoses 
- Pitiríase rósea 
Tratamento - Eczema Atópico 
Deve-se orientar o paciente com cuidados 
pessoais e ambientais, com: 
- Utilizar roupas folgadas e de algodão → evitar 
fibras sintéticas e lã, evitar lavar com 
detergentes, amaciantes ou franqueadores 
- Evitar banho quentes e demorados → não 
friccionar a pele na lavagem e utilizar 
sabonetes suaves em pouca quantidade 
- Manter unhas curtas e escová-las 
- Permanecer em ambientes livre de ácaros, 
pelos, mofo e penas → de preferência, evitar 
aquecimento e manter temperatura estável 
entre 25-27ºC, com umidade relativa moderada 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
- Quarto → ter poucos móveis, colchão de 
algodão, sem bichos de pelúcia, cortinas de 
fácil limpeza 
- Evitar estresse emocional 
- Alimentação → sem muitas evidências 
O tratamento medicamentoso é baseado em: 
- Hidratação → restaura a barreira cutânea; 
imprescindível; emolientes adequados; utilizar 
mesmo sem lesões; 
- Corticoides tópicos → potência de acordo com 
quadro de idade - Hidrocortisona < mometasona 
e desonida < betametasona < diflucortolona e 
beta + AS < clobetasol. 
- Imunomodulador tópico → bons para a 
manutenção do quadro; não causa atrofia ou 
telangectasia; Ex.: tracolimo - 0,03% e 0,1% 
Em lesões com aspecto infectado e/ou 
e x s u d a t i v o u t i l i z a r c o m p r e s s a s c o m 
permanganato de potássio, antibiótico tópico 
(ácido fusídico) ou sistêmico (cefalosporina). 
Quando as lesões são localizadas em pé e mãos 
utilizar mistura de substâncias betuminosas 
(alcatrões) como coaltar ou LCD. 
A utilização de corticoides sistêmicos deve ser 
restringida para formas muito graves e os anti-
histamínicos são pouco efetivos no controle do 
prurindo na dermatite atópica → os melhores são 
hidroxizina, clorfeniramina e cetotifeno. Deve-
se avaliar a idade do paciente para utilizar 
esses medicamentos. 
TTO de Casos Graves - Eczema Atópico 
No tratamento de casos graves utilizamos: 
- Fototerapia → UVA, UVB, PUVA 
- Imu n o s s u p r e s s o r e s → c i c l o s p o r i n a , 
metotrexato e micofenolato de mofetil 
- Tratamento psicoterápico → muito útil e, às 
vezes, indispensável para o controle 
Dermatite Seborreica 
A dermatite seborreica é uma afeccão frequente, 
crônica e de recorrência. 
Há uma predisposição familiar e predominância no 
sexo masculino. 
Nessa patologia, ocorre uma aceleração do ciclo 
de divisão celular da epiderme. Ocorre em 
á r e a s s e b o r r e i a s , p r i n c i p a l m e n t e , e 
intertriginosas (dobras), eventualmente. 
A presença de M. furfur pode ser agravante para 
o quadro do paciente. 
Nessa condição há um quadro de seborreia com 
alteração qualitativa do sebo. 
Acomete pacientes de 18-40 anos e piora com o 
calor, umidade, frio e tensão emocional. 
Pode ter relação com alcoolismo e deficiência de 
zinco. O excesso de carboidratos e condimentos 
ainda não possui confirmação científica. 
A dermatite seborreica pode ocorrer de forma 
isolada ou associada a doenças neurológicas, como 
Parkinson, siringomielia e lesões do trigêmeo. 
Em pacientes que apresentam quadros extensos, 
persistentes e resistentes ao tratamento pode 
estar relacionado como marcador da AIDS. 
Existem também quadros que se iniciam como 
dermatite seborreica e evoluem para quadros de 
psoríase. É uma forma de passagem → ‘seboríase’ 
Clínica - Dermatite Seborreica 
As lesões são de característica eritêmato-
escamosas, com escamas gordurosas e 
aderentes sobre a base eritematosa da lesão. 
Há presença de prurido discreto no curso crônico. 
Localização das lesões: 
Face → orla frontal, sobrancelha, retroauricular, 
sulco nasogeniano, glabela. 
Tronco → esternal, interescapular, axilas, 
inguinal e pubiana. 
Couro cabeludo → forma descamativa mínima - 
pitiríase capitis - com escamas aderentes, 
espessas e difíceis de destacar (pseudotinha); 
forma intermediária. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
O paciente pode apresentar eczema do conduto 
aud i t i vo externo , b lefar i te e quadros 
eritrodérmcios. 
No paciente lactente pode haver a, chamada 
crosta ‘láctea’ no couro cabeludo. Além disso, nas 
lesões pertinentes à área da fralda pode haver 
complicação devido a candidíase e infecção por S. 
aureus. 
No lactente ainda, pode ocorrer a doença de 
Leiner (eficência de C5) com erupções seborreica 
eritrodérmica com diarría, vômitos, anemia e 
febre. 
Tratamento no Adul to - Dermatite 
Seborreia 
Para o tratamento no adultos, existem algumas 
possibilidades: 
Couro cabeludo → xampus (piroctone, lâmina, 
piritionato de zinco, sulfeto de selênio, 
cetoconazol e ácido salicíl ico), soluções 
corticoides, xampus de coalhar (nas formas 
graves), creme salicilados (para crostas espessas) 
por algumas horas. 
Para as lesões do corpo pode-se usar corticoide 
tópico: de potência leve na face (hidrocortisona, 
desonida, mometasona) e média potência em 
outros locais. 
Pode-se utilizar ainda cetoconazol tópico, 
tracolimo tópico e pomadasoftálmicas com 
hidrocortisona e antibióticos. 
A fototerapia de UVB em formas resistentes e 
UVA em formas eritrodérmicas. 
Em casos resistentes, pode-se usar tetraciclina 
ou isotretinoína VO. 
Tratamento no Lactente - Dermatite 
Seborreia 
Couro cabeludo → remoção das escamas com 
óleo mineral levemente aquecido, limpando com 
solução de Burow (acetato de alumínio e água) ou 
permanganato de potássio; corticoide de baixa 
potência em solução capilar e xampus anti-
seborreicos. 
Demais áreas → cremes de corticoides suaves, 
compressas com antissépticos, cremes de 
antibióticos ou antifúngicos, conforme indicação 
da infecção. 
Eczema Numular 
É uma doença inflamatória crônica da pele de 
etio logia desconhecida - provavelmente 
multifatorial com componente de infecção 
bacteriana. 
Ocorre frequentemente em adultos e idosos, com 
piora no inverno e melhora no verão. 
Estão associados a xerose, banhos quentes e 
demorados e uso excessivo de sabonetes. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
Clínica - Eczema Numular 
As lesões são geralmente placas ovais ou 
redondas, eritêmato-escamo-crostosa de 1 a 
vários cm e com centro de coloração clara!!! - 
diferencial com dermatofitose. 
Os surtos são duradouros e recorrentes, em 
região de pernas, antebraço, dorso de mãos e 
pés. 
Em casos de infecção secundária, evidência-se 
deslocamento e crostas melicéricas. 
Tratamento - Eczema Numular 
No tratamento deve-se orientar o paciente para 
evitar sabões comuns, banhos quentes e 
demorados, lã e tecido sintéticos, antissépticos e 
detergentes. 
Em re lação à medicamentação , cremes 
corticoides ou de imunomoduladores e 
antibióticos - se infecção associada - podem 
ser utilizados. 
É recomendado uso de hidratantes após melhora 
das lesões. 
Disidrose - Eczema Disidrótico 
Doença caracterizada pela presença de vesículas 
em palmas e plantas de caráter recorrente - 
média de 3 surtos por semana. 
As lesões podem ocorrer de forma isolada ou 
confluente. 
Há ausência de eritema na fase aguda!!! 
Às vezes, as vesículas podem ser purulentas, com 
eritema - necessário para diferencias da psoríase 
pustulosa. 
Etiologia - Disidrose 
A etiologia do eczema disidrótico possui relação 
com atopia, contactantes (atua diretamente na 
pele) e endotacntates (ingeridos - níquel dos 
alimentados em pessoas sensibilizadas, penicilinas 
e outros). 
Pode ainda ser causada por Mícides em reação 
ectópica (à distância) a um foco fúngico → 
devido absorção e processamento de antígenos 
fúngicos. Ex.: dermatofitose aguda importante 
nos pés que causa lesões disidróticas nas mãos. 
Outra causa da disidrose é a hiperidrose do 
paciente associada a fatores emocionais. 
Tratamento - Disidrose 
O t r a t a m e n t o e n v o l v e c o m p r e s s a s d e 
permanganato, corticoides tópicos e, em casos 
severos, corticoides sistêmicos. 
Eventualmente, pode-se lançar mão do uso de 
antibióticos sistêmicos. 
Quando a etiologia for relacionada à outro 
problema deve-se tratar a mesma. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
Líquen Simples Crônico - 
Neurodermite 
É uma alteração de pele, de provável base atópica 
- prurido - e emocional - ansiedade - que levam à 
coçadura e à liquenificação em um círculo vicioso. 
Pode iniciar por uma picada de inseto → eczema 
por irritante. 
A s l e s õ e s s ã o p l a c a s l i q u e n i f i c a d a s 
(espessamento de toda a epiderme com 
acentuação dos sulcos e hiperpigmentação da 
pele), MUITO pruriginosa e de evolução crônica. 
**Diferencia das dermatoses liquenificadas** 
Tratamento 
O tratamento medicamentoso pode ser feito com 
curativos oclusivos com pomadas de corticoide 
e, em ocasiões eventuais, realizar infiltração do 
mesmo. 
Anti-histamínicos sedativos, como a hidroxizina, 
podem auxiliar no manejo do prurido intenso e a 
prescrição de ansiolíticos pode ter efeito na 
associação da etiologia da doença, quando 
pacientes relatam ansiedade. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG

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