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Resumo - Doença dos Pelos

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Dermatologia
Resumo
G a b r i e l B a g a r o l o P e t r o n i l h o 
Introdução 
Os pelos, em nós, humanos possuem funções 
estéticas e fisiológicas, assim como diversas 
outras estruturas em nosso corpo. 
No âmbito da estética a sua falta a acarreta 
problemas psicossociais que interferem na 
qualidade de vida do paciente e, às vexes, de 
maneira grave. 
Já, fisiologicamente, ele possui função de 
proteção contra radiação solares, frio, calor e 
aumento da sensibilidade tátil. 
Os pelos passam por estágios de maturação e, 
nesse processo, recebem duas nomenclaturas 
diferentes → Vellus - mais fino e claro - e 
terminal - mais espesso e pigmentado. 
A quantidade deles podem variar de acordo com 
cada pessoas, porém, em média existem 5 milhões 
de folículos piloso no corpo e 100 mil n o couro 
cabeludo. 
O crescimento do cabelo corre de forma 
progressiva com cerca de 1mm a cada 3 dias - 
equivalente à 1cm por mês. Além disso, a perda 
fisiológica de cabelos também acontece 
diariamente, com cerca de 100-150 fios/dia. 
Todas essas características do pele são 
influências por genética, hormônios e raça. 
As alopécias são condições em que o paciente 
apresenta perda de pelos do couro cabeludo ou 
em qualquer outra parte do corpo. Nessa condição 
existem 2 tipos: as alopécias cicatriciais e as não 
cicatriciais - eflúvios anágeno e telógeno, 
alopécia androgenética masculina e feminina e 
alopécia areata. Essa última será o assunto de 
nosso estudo nesse momento. 
Alopécias Não Cicatriciais 
Como dito anteriormente, os tipos de alopécias 
são cicatriciais são: 
- Eflúvio anágeno 
- Eflúvio telógeno 
- Alopécia Adrogenética (M e F) 
- Alopécia areata 
Eflúvio Anágeno 
O termo anágeno é referente à fase de 
crescimento do cabelo - tabela anterior -, a que 
até 90% dos fios se encontram. 
A queda dos fios nessa fase pode ter como 
causas: 
- Quimiotrerapia antineoplásica e radioterpia 
cefálica 
- Intoxicações diversas → mercúrio, ácido 
bórico, colchicina, envenenamento por tálio; 
- Desnutrição proteica grave 
- Doenças infecciosas agudas febris 
- Cirurgias prolongadas 
- Sífilis secundária → ‘alopécia em clareira’ 
Eflúvio Telógeno 
Ocorre a queda na fase final do pele, a que está 
se desprendendo da papila. Cerca de 15% dos 
pelos estão nessa fase. 
Ela pode ocorrer em qualquer idade e sua 
fisiopatologia está relacionada à aceleração do 
ciclo - passagem mais rápida de anágenos para 
telógenos, que são menos duradouros - 4 meses 
máx. 
Pode ser ocasionado por: 
- Causa nutricional → emagrecimento (déficit 
de caloria), dietas restritivas (déficit de 
proteina 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
Doenças dos Pelos
e ácido graxos essenciais), doenças de absorção; 
- Drogas → anticoagulantes, betabloqueadores, 
lítio, AC orais, retinoides, hipervitaminose A e 
ácido valpróico; 
- Estresse → físico (doença sistêmica, cirurgia) 
e psíquico; 
- Causa endócrina → hipo ou hipertiroidismo 
- Pós-parto 
- Peri ou pós menopausa 
Diagnóstico 
O diagnóstico é realizado baseado na história 
clínica do paciente, prova de tração leve - mais 
de 5 cabelos - e tricograma - exame ao 
microscópio de cabelos arrancados com pinça. 
Tratamento 
O tratamento do eflúvio telógeno e anágeno deve 
ser realizado com indicação de dieta rica em 
proteínas, sais mineiras (ferro e zinco) e 
vitaminas. 
Além disso, o controle do estresse e co-fatores 
(dermatite seborreica) são de extrema 
importância. 
O tratamento medicamentoso pode ser realizado 
com minoxidial 2-5%, rubefascientes, alfa-
estradiol e outros. 
Alopécia Androgenética 
É o tipo mais comum de alopécias e é 
geneticamente determinada - poligênico ou 
autossômica dominante, de penetrância 
incompleta e expressividade variável. 
O grau e o padrão da doença dependem da 
distribuição dos receptores androgênicos e 
concentração da 5-𝛂-redutase. 
Clínica 
No paciente do sexo masculino ocorre uma 
progressão lenta ou rápida, de forma que 
quanto mais precoce (adolescência), pior. Ela 
possui inicio por entradas frontais ou pelo 
vértex (coroa). 
No paciente do sexo feminino ocorre uma 
rarefação difusa mais ou menos homogênia na 
parte superior do couro cabeludo, preservando as 
áreas frontais, sem formar áreas calvas. 
Tratamento 
O tratamento medicamentoso também é realizado 
com minoxidil tópico 2-5% e finasterida VO - 
somente na masculina; na feminina é OFF-LABEL. 
Além disso, podemos lançar mão do transplante 
capilar para resultados de maior impacto. 
Alopécia Areata 
Ocorre em cerca de 2% da população total e os 
locais de acometimento mais comum são couro 
cabeludo e barba. 
Ela se manifesta com uma ou mais placas sem 
pelos, geralmente de forma arredondada e sem 
sinal inflamatório. 
As placas são lisas, brilhantes, com pele normal e 
possuem diâmetros variados. Podem ser isoladas, 
confluentes ou generalizadas. 
Pode acometer qualquer idade, porém, mas comum 
na faixa de 15-29 anos. 
A alopécia areata é caracterizada por início 
abrupto. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
A sua etiologia está relacionada com fatores 
genéticos - 20% dos pacientes possuem casos 
familiares -, associação com doenças genéticas 
congênitas - Sd. de Down -, fatores imunes - 
doenças auto-imunes - e emocionais - sendo 
agravantes ou desencadeastes. 
Tratamento 
O tratamento é principalmente realizado com a 
infiltração com corticoide e antralina - causa 
irritação. 
Em alopécia total ou universal pode ser prescrito 
cort i co ide s i stêmico , su lfassa laz ina e 
metotrexato. 
O prognóstico varia de acordo com a idade e grau 
de acometimento do paciente. 
Doenças Relacionadas à Quantidade 
Hirsutismo 
O hirsutismo é o crescimento indesejado de 
pelos, ‘ de aspecto masculino’, que ocorre somente 
em mulheres. 
O crescimento dos pelos ocorre em áreas 
localizadas (andrógeno-dependentes) → barba, 
bigode, tronco anterior, região interna das coxas. 
E s s a c o n d i ç ã o p o s s u i c a u s a h o r m o n a l 
(androgênica), idiopática ou iatrogênica. 
Aparecem pelos onde antes não existiam → zonas 
masculinas. 
Cerca de 50-70% dos casos são idiopáticos. 
As causas androgênicas podem ocorrer por 
endocrinopatia ou tumores produtores de 
andrógenos, SOP, hiperplasia adrenal congênita, 
tumores ovarianos e de adrenal ou hiperatividade 
hipofisário. 
Quando iatrogênico, os hormônio androgênicos e 
uso de anabolizantes androgênico são os 
principais. 
Diagnóstico 
O diagnóstico do hirsutismo pode ser confirmado 
por dosagem de hormônios androgênicos e outros, 
USG de ovários e pesquisa de tumores. 
Tratamento 
O paciente pode fazer uso de medicamentos 
antiandrogênicos → anticoncepcional com acetato 
de ciproterona (2mg), ciproterona (100mg/dia) e 
espironolactona. 
Quando houver hiperadrenalismo não tumoral 
podemos utilizar a dexametasona. 
Além disso, métodos como epilação à laser e 
outros também podem ser utilizados. 
Hipertricose 
A hipertricose é uma condição que pode ocorrer 
tanto em homens quanto mulheres. 
Ela representa o crescimento acentuado de pelos 
em qualquer região do corpo, podendo ser 
generalizados ou localizado (em áreas não 
andrógeno-dependentes). 
Não possui influência hormonal androgênica e há 
aumento de quantidade de pelos nos locais onde já 
existiam, como Vellus ou terminais. 
As causas podem ser idiopática, racial ou 
endorinopatias (hipotireoidismo). 
Além disso, medicamentos como, corticoides, 
minoxidil, ciclosporinam psoralênicos, fenitoína e 
levotiroxina podem causar o aumento de pelos. 
Outras causas conhecidas são miscelânea 
(dermatomiosite, desnutrução/anorexia nervosa e 
porfiria cutânea tarda) e genodermatoses 
(epidermólise bolhosa). 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
Tratamento 
O tratamento da hipertricose, considerando não 
ter influência hormonal, é baseado no tratamento 
da causa base - se houver - ou com métodos 
físicos de epilação - laser, etc. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII-MEDICINA FAG

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