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Tema: Diabetes e exercício 1. INTRODUÇÃO O diabetes mellitus (DM) é uma doença de origem endócrina com grande importância na prática clínica em função de sua elevada incidência (12,3% dos adultos dos Estados Unidos eram diabéticos em 1994, chegando a uma prevalência de 20% entre as pessoas com mais de 75 anos de idade, enquanto no Brasil, em 1992, encontrava-se prevalência de até 17,4% na faixa de 60-69 anos de idade), especialmente em determinados grupos populacionais como obesos e sedentários, atuando não apenas como uma doença por si só, mas principalmente como um fator de risco para doenças que acometem o coração e as artérias, incluindo a isquemia coronariana (ICO) e o acidente vascular encefálico (AVE), líderes em morbidade e mortalidade no mundo todo, incluindo o Brasil. Pode ser classificado em dois tipos principais em função do mecanismo fisiopatológico subjacente: tipo 1, mais raro, de início geralmente em jovens, relacionado à deficiência na produção de insulina pelo pâncreas e necessidade de reposição de insulina injetável desde os estágios iniciais da doença; tipo 2, mais comum, de início geralmente com a idade mais avançada, porém, atualmente, iniciando-se cada vez mais precoce, relacionado à resistência à ação da insulina, cursando com níveis elevados de insulina nas fases iniciais da doença, mas evoluindo para falência do pâncreas na produção de insulina e necessidade de reposição de insulina injetável nos estágios mais avançados. Por ser uma doença complexa e sistêmica, o tratamento do diabetes deve envolver uma série de medidas incluindo, principalmente, mudanças no estilo de vida, além do uso de medicamentos nos casos em que for indicado. Dentro da abordagem terapêutica do paciente diabético, a introdução de adequações dietéticas e a prática de atividade física regular devem sempre fazer parte do plano inicial de tratamento, sendo em alguns casos medida suficiente para o controle da doença. Porém, na presença de complicações ou de comorbidades, pode ser indicada a introdução precoce de terapia medicamentosa, juntamente com as mudanças de estilo de vida em virtude da necessidade de rápida normalização dos níveis glicêmicos e dos riscos de exercitar-se em descompensação metabólica. Importante ressaltar aqui que o DM é uma doença relacionada a um quadro de distúrbio endócrino-metabólico amplo e generalizado, acompanhando-se frequentemente de hipertensão arterial sistêmica (HAS), dislipidemia (elevação do colesterol no sangue) e obesidade, especialmente a obesidade visceral. Esse quadro é também conhecido como síndrome plurimetabólica, com potencial extremamente agressivo sobre o coração e as artérias, provocando não apenas ICO e AVE, mas também nefropatia e claudicação, doenças que em conjunto são conhecidas como doenças cardiovasculares (DCV). Dessa forma, a elaboração de um programa de atividade física para diabéticos deve ser precedida de uma detalhada avaliação da condição de saúde do indivíduo. Tal processo envolve interrogatório sobre doenças pregressas, sintomas cardiovasculares (dor no peito, tontura, cefaleia, palpitações, cansaço fácil, falta de ar, dor nas pernas, extremidades frias, palidez e cianose, desmaios, déficits neurológicos), medida da pressão arterial em repouso e em esforço, avaliação laboratorial de lípides sanguíneos, avaliação da composição corporal e do nível de aptidão física, incluindo exames cardiovasculares, em especial o teste de esforço, quando houver suspeita de doença cardíaca, na presença de HAS associada ou de mais um fator de risco para DCV além do diabetes. Recomenda-se a realização de teste de esforço para todas as pessoas diabéticas acima de 35 anos de idade ou com mais de 10 anos de diabetes antes do início de um programa de atividade física, especialmente quando se pretende realizar esforço em intensidades mais elevadas, por causa do risco de existência de DCV. O uso do teste ergoespirométrico em vez do teste ergométrico convencional permite avaliação mais detalhada da condição de saúde e da aptidão física, além de identificar os limiares ventilatórios, possibilitando prescrição de exercícios individualizada para melhor resultado do treinamento. 2. EXERCÍCIO FÍSICO E DIABETES Desde os primórdios da história da medicina, observações já demonstravam os benefícios do exercício físico sobre o DM. O aumento da capacidade física promove uma série de adaptações no organismo, destacando-se melhora na sensibilidade à insulina, redução dos níveis de glicemia, melhora da capacidade aeróbia, melhora no perfil lipídico plasmático (principalmente redução do LDL e do colesterol total com aumento do HDL), redução da pressão arterial e melhora do controle autonômico cardiovascular com redução da ocorrência de disfunções ventriculares ou anatômicas. Indivíduos com DM apresentam maior risco de doenças cardiovasculares do que os não diabéticos, sendo a doença cardiovascular a causa de morte em até 80% dessa população, mas a realização de atividade física promove redução no risco cardiovascular e na mortalidade em pacientes diabéticos. A associação exercício, dieta e tratamento farmacológico é a principal abordagem no tratamento do DM. A atividade física regular é recomendada para pacientes com DM em razão de seus vários efeitos benéficos sobre o risco cardiovascular, controle metabólico e prevenção das complicações crônicas da doença (Figura 1). Além disso, o baixo custo, a natureza não farmacológica e os benefícios psicossociais de uma vida menos sedentária aumentam ainda mais o apelo da terapêutica por meio do exercício físico regular. Figura 1. Benefícios do treinamento físico para a saúde de pacientes diabéticos Benefícios da atividade física para pacientes diabéticos 1. Redução dos níveis glicêmicos e melhora da tolerância à glicose (DM2). 2. Melhora da sensibilidade à insulina (aumento da capacidade do músculo esquelético em usar glicose, redução nos níveis de hormônios contrarregulatórios durante o exercício, diminuição na dosagem de insulina). 3. Efeito positivo sobre a pressão arterial e doenças vasculares. 4. Melhora do perfil lipídico. 5. Melhora do condicionamento cardiovascular. 6. Redução do risco de doenças cardiovasculares. 7. Melhora da força, do equilíbrio e da flexibilidade 8. Ajuda no controle do peso corporal, reduzindo percentual de gordura e preservando massa muscular. 9. Melhora da autoestima e da qualidade de vida. Revisões de estudos baseados em evidências demonstram que o efeito do exercício aeróbio ou de resistência sobre o controle glicêmico no DM do tipo 2 é positivo. Recentemente se obteve comprovação de que mudanças de estilo de vida, exercício físico regular e redução de peso podem diminuir a incidência de DM do tipo 2 em indivíduos com intolerância à glicose, mostrando o papel preventivo do exercício sobre o DM2, além dos benefícios terapêuticos já conhecidos. Todavia, não existe consenso sobre os benefícios do treinamento físico no controle glicêmico de pacientes com DM do tipo 1. Zinman et al. demonstraram que o treinamento físico não modificava a glicemia, a hemoglobina glicosilada ou a reposição de insulina nesses indivíduos, enquanto Mosher et al., por outro lado, evidenciaram redução dos níveis de hemoglobina glicosilada em adolescentes diabéticos do tipo 1 submetidos a treinamento físico. Outros autores observaram que pacientes com DM do tipo 1 apresentavam queda da PA e da FC após três meses de condicionamento, além de diminuição nas necessidades de insulina. O exercício físico melhora a ação insulínica, especialmente no músculo esquelético. Como o DM tipo 2 se caracteriza predominantemente por resistência à ação da insulina, nesses pacientes se observa mais facilmente o efeito benéfico dos exercícios sobre o controle glicêmico. Tanto indivíduos com DM tipo 1 como aqueles não diabéticos apresentam também melhor sensibilidade à insulina induzida pelo exercício. Porém, como o mecanismo de doença responsável pelo DM tipo 1 não se relaciona a um defeito na sensibilidade à insulina, mas na redução da produção de insulina pelo pâncreas, o exercício apresenta um impacto menor no controle glicêmico desses pacientes, ainda que muitos outros benefícios possam ser adquiridos a partir da realização de atividade física regular, especialmente sobre a capacidade física e sobre a saúde cardiovascular. Os benefícios do treinamento físico sobre a saúde e o controle glicêmico são decorrentes de uma série de adaptações; são elas: - aumento da densidade capilar na musculatura exercitada; - aumento da expressão e translocação de GLUT4 para a membrana plasmática; - aumento das fibras musculares mais sensíveis à ação da insulina; - possíveis alterações na composição de fosfolípides do sarcolema; - aumento na atividade de enzimas glicolíticas e oxidativas; - aumento na atividade da glicogênio sintetase. Apesar de a melhora no controle glicêmico não ser um achado universal em indivíduos com DM tipo 1 treinados, a redução da resistência à insulina induzida pelo treinamento físico dinâmico pode promover outros efeitos benéficos, como melhora cardiovascular e do perfil lipídico, potencialmente reduzindo a morbimortalidade nessa população. Para alcançarem esses benefícios, os portadores de DM tipo 1 necessitam de ajustes nas doses de insulina, tendo em vista a melhora na sensibilidade a esse hormônio obtida pela prática regular de exercícios, como se verá mais adiante. Além dos benefícios reconhecidos do treinamento aeróbio para pacientes diabéticos, alguns estudos também têm demonstrado resultados positivos do treinamento físico resistido em indivíduos com DM. Farrell et al. demonstraram que 8 semanas de treinamento resistido em ratos com DM induziram redução da glicemia associada a ganho de massa muscular, e Brankston et al. verificaram que um programa de exercícios resistidos associado a dieta foi mais eficiente do que simplesmente a dieta em reduzir a dose de reposição de insulina em mulheres com sobrepeso e DM gestacional. Assim, o treinamento resistido promove benefícios em indivíduos com DM tipo 2 por meio da melhora na ação insulínica em indivíduos com intolerância à glicose e melhora do controle glicêmico, do ganho de massa muscular e redução da massa gorda, além da redução da pressão arterial. Todavia, deve-se ressaltar que ainda não existem dados na literatura com relação aos benefícios metabólicos, cardiovasculares e autonômicos dos exercícios resistidos na promoção da saúde em pacientes com DM do tipo 1. O treinamento físico melhora o controle glicêmico como resultado não somente dos efeitos agudos do exercício, decorrendo de aumento da disponibilidade da glicose ao músculo esquelético e ciclos repetidos da depleção e ressíntese do glicogênio, mas também pelo efeito crônico do treinamento. Assim, a sensibilidade à insulina correlaciona-se com o aumento da densidade capilar e a diminuição da barreira de difusão. O treinamento regular pode também aumentar positivamente as mudanças metabólicas, levando à hipertrofia muscular com aumento do metabolismo da glicose e aumento do VO2 máximo. O treino de resistência melhora a tolerância à glicose e/ou sensibilidade à insulina em indivíduos diabéticos e não diabéticos. Ishii et al. (1998) fornecem evidências diretas de que o treinamento de resistência de intensidade moderada e alto volume por 4-6 semanas melhora 48% a sensibilidade à insulina em indivíduos não insulino-dependentes destreinados e não obesos. Esse trabalho demonstrou que o treino de resistência melhora o metabolismo da glicose calculado por quilograma de massa corporal magra. Os exercícios de resistência parecem prevenir a perda de massa muscular, além de aumentá-la, favorecendo a melhor utilização da glicose. Um estudo publicado na revista científica Annals of Internal Medicine comparou os efeitos do treinamento aeróbio (caminhada, corrida, natação) e resistido (musculação). Os resultados apontam que tanto o exercício aeróbio quanto o resistido promoveram melhora no controle glicêmico, mas a combinação das duas formas de exercícios alcançou melhores resultados. A melhora do controle glicêmico foi obtida principalmente em indivíduos que possuíam elevada hemoglobina glicada, enquanto pacientes com valores mais baixos conseguiram respostas semelhantes realizando somente uma das atividades. Dessa forma, Sigal et al. (2007) indicaram que o indivíduo diabético deve participar das duas atividades. Finalmente, treinamento de flexibilidade deve ser recomendado dentro da rotina de exercícios para pacientes diabéticos, com o objetivo de desenvolver ou manter a amplitude de movimento articular e minimizar a perda de flexibilidade resultante da glicosilação de várias estruturas articulares. Em diabéticos usuários de insulina, algumas recomendações devem ser seguidas na orientação para prática de atividade física. Inicialmente, é importante atentar para o local de aplicação da insulina (Figura 2-A), devendo-se evitar locais que sejam utilizados durante a sessão de treino, como as pernas em uma sessão de caminhada ou os braços em uma sessão de musculação, pois o aumento de fluxo sanguíneo para a musculatura ativa pode acelerar a absorção da insulina aplicada e adiantar o pico de ação, causando hipoglicemia. Também é preciso atenção ao horário da aplicação da insulina para que o indivíduo não se exercite no pico de ação dela, aumentando o risco de hipoglicemia durante o treino. É recomendado que todo usuário de insulina tenha seu glicosímetro (Figura 2-B) e porções de carboidrato de rápida absorção, para checar a glicemia e corrigi-la quando necessário. Dependendo do horário do treino e da medicação utilizada, um lanche com carboidrato antes do treino ou a redução na dose de insulina podem ser recomendados, mas essas decisões devem ser tomadas conjuntamente por médico, professor de educação física, nutricionista e o próprio paciente, permitindo a elaboração de um plano terapêutico completo, seguro e eficaz, além de agradável e prazeroso. A. Figura 2. A. Glicosímetro – aparelho para medida rápida da glicemia sanguínea. B. Aplicação da insulina subcutânea na região abdominal. A automonitorização da glicemia envolve a medida da glicemia e aplicação de insulina conforme a necessidade. B. Algumas sugestões podem auxiliar na orientação do paciente diabético que inicia programa de atividade física, mas deve-se sempre procurar avaliação do endocrinologista responsável para a elaboração da melhor estratégia terapêutica. As sugestões são: 1. reduzir a dose de insulina: - Insulina intermediária – redução 30%-35% no dia do exercício; - Intermediária + curta – suspender a curta pré-exercício; - Multidoses curta duração – ajuste individualizado (Tabela 2); - Infusão contínua – reduzir a dose pré-alimentar; 2. evitar exercitar membro onde foi aplicada insulina de curta duração pelo menos por 1 hora; 3. evitar exercitar-se durante o pico de ação da insulina; 4. automonitorizar a glicemia antes, durante e após as sessões de exercício (Figura 2) 5. ingerir carboidratos pré-exercício, com porções adicionais quando a glicemia estiver abaixo de 80-100 mg/dl; 6. exercitar-se com um parceiro que tenha conhecimento dos sintomas da hipo e hiperglicemia, sabendo como proceder nessas situações. Tabela 2. Proposta de adequação da dose de insulina ultrarrápida segundo as características do treino aeróbio Redução percentual da insulina ultrarrápida pré-refeição segundo intensidade e duração do exercício Intensidade (%VO2max.) 30 minutos de exercício 60 minutos de exercício 25 25% 50% 50 50% 75% 75 75% - O local para exercício deve ser bem ventilado e com temperatura amena, a fim de evitar hipertermia, com acesso a líquidos para prevenir desidratação, evitando também mudanças bruscas de posição por risco de hipotensão postural. Recomenda- se que diabéticos realizem exercícios preferencialmente na companhia de outras pessoas ou de um profissional de saúde, para auxiliar na eventualidade de complicações como hipoglicemia, quando o paciente apresenta alteração do nível de consciência, necessitando de auxílio para ingerir algum carboidrato e recuperar-se. 3. AVALIAÇÃO PRÉ-PARTICIPAÇÃO Recomenda-se que seja realizada uma cuidadosa avaliação do indivíduo diabético antes de se elaborar um programa de atividade física, já que o diabetes mellitus é um fator de risco importante para o desenvolvimento de DCV precoce, especialmente na presença de múltiplos fatores de risco associados, o que infelizmente não é nada raro. Não existe consenso sobre uma maneira de avaliar indivíduos assintomáticos, cabendo ao profissional de saúde analisar cada caso segundo a presença de fatores e sinais clínicos, utilizando-se de procedimentos laboratoriais segundo seu julgamento. Pacientes de alto risco devem iniciar com atividades de baixa intensidade por curtos períodos, aumentando a intensidade e a duração lentamente, baseando-se a prescrição de intensidade individual em um teste de esforço preferencialmente. Devem ser investigadas condições que possam contraindicar algum tipo de exercício ou predisponham algum tipo de lesão, tais como HAS não controlada, neuropatia autonômica severa ou história de lesão nos pés, além de retinopatia proliferativa instável. A elaboração do programa de treino deve levar em consideração a idade do paciente, as experiências prévias em atividade física, o nível de condicionamento e as preferências individuais. Durante a avaliação e seguimento de pacientes diabéticos em programa de atividade física, alguns exames podem ser sugeridos para auxiliar na avaliação do risco e na definição do melhor programa de exercícios: 1. Glicemia de jejum 2. Hemoglobina glicosilada 3. Glicosúria fracionada 4. Função renal 5. Fundo de olho 6. Avaliação neurológica 7. Perfil lipídico 8. Teste de esforço (ergométrico ou ergoespirométrico) 4. PRESCRIÇÃO DE TREINAMENTO A Associação Americana de Diabetes (ADA) sugere em suas diretrizes que indivíduos diabéticos acima de 18 anos realizem pelo menos 150 minutos de atividade física aeróbica de moderada intensidade ou 75 minutos de alta intensidade por semana, ou uma combinação equivalente de ambas, divididos em 3 a 5 dias. As sessões devem durar até 60 minutos, iniciando com 10-15 minutos e aumentando progressivamente conforme as respostas de cada um, podendo ser fracionadas em até 3 períodos por dia. Caminhada é a modalidade mais utilizada para realização do componente aeróbio, pela conveniência, facilidade e baixo impacto, mas, na presença de neuropatia periférica ou artrite degenerativa, pode ser necessário usar outras alternativas que não exijam sustentação do peso, como atividades aquáticas, cicloergômetro ou ergômetro de braço, como se comentará a seguir nas recomendações especiais. Deve ser orientada a monitorização da intensidade de esforço através da FC, buscando permanecer entre 50%-85% da FC reserva (Fórmula de Karvonen) ou 60%-90% da FC máxima, orientando sobre a possibilidade de haver alteração da resposta cronotrópica em portadores de neuropatia autonômica. Na possibilidade de se realizar o teste ergoespirométrico, a intensidade de esforço deve ser individualizada a partir dos limiares ventilatórios. Adicionalmente, deve ser prescrita atividade de fortalecimento muscular duas ou mais vezes por semana, com 8-10 exercícios envolvendo grandes grupos musculares, pelo menos uma série de 10-15 repetições. O treino com pesos pode aumentar a força e a resistência muscular, melhorar a flexibilidade, mudar a composição corporal, além de combater os fatores de risco para DCV. O treino de resistência muscular melhora a sensibilidade à insulina em indivíduos diabéticos tipo 2 de maneira semelhante ou até maior que o treino aeróbio. Estudos recentes sugerem que o treino de força diminui o risco de doença arterial coronariana em indivíduos diabéticos tipo 2. De maneira geral, o treinamento de força parece ser benéfico para indivíduos diabéticos, porém com cargas moderadas, devido à fragilidade vascular que apresentam. A carga deve ser aumentada quando o indivíduo conseguir completar 12 ou mais repetições com facilidade. Aumento da intensidade, séries adicionais, ou aumento combinado de intensidade e volume podem oferecer maiores benefícios, mas devem respeitar as limitações de cada indivíduo. A ADA determina que o método mais seguro para treinamento de força em diabéticos deve ser iniciado com cargas leves entre 40%-60% de 1 repetição máxima (RM) em 6 a 10 repetições, mantndo a frequência cardíaca e a pressão arterial dentro do limite individual estabelecido, com a percepção do esforço subjetivo até o nível 13 - levemente intenso. Se o peso inicial for bem tolerado, pode aumentar o número de repetições para 10 a 15, depois 15 a 20 durante 1 a 2 semanas. Assim que o paciente apresentar boa coordenação do movimento, a quantidade de séries pode ser aumentada para 2 a 3 e a carga pode evoluir para 60%-80% de 1 RM. Especial atenção deve ser dada à prescrição de exercícios resistidos em diabéticos do tipo 1 com complicações crônicas da doença. Nesses indivíduos, o exercício resistido deve ser prescrito em intensidade de baixa a moderada (cerca de 40% da carga voluntária máxima), com aumento no número de repetições, porém sem que seja atingida a exaustão, ou seja, até a fadiga moderada. Utiliza-se de 2 a 5 tipos de exercícios para membros superiores e de 5 a 10 para membros inferiores, respeitando período de descanso entre as séries de 15 segundos a 1 minuto para treinamento de baixa intensidade e 1 a 2 minutos para atividades moderadas. Para cada grupo muscular é necessário um período de 48 horas de recuperação entre as sessões de treinamento. Os pacientes devem ser aconselhados a levantar o peso devagar, controlando o movimento até a total extensão, exalando o ar durante a fase de extensão, evitando assim a manobra de Valsalva. É importante que se evitem também movimentos bruscos de cabeça e pescoço em indivíduos com retinopatias não tratadas ou recém-tratadas. Ensaios clínicos mostraram fortes evidências da redução na hemoglobina glicada (HbA1c) em diabéticos tipo 2 idosos submetidos a treinamento com pesos, com um efeito aditivo ao combinar ambas as modalidades de treinamento, resistido e aeróbico. Os benefícios sobre o controle glicêmico ocorrem independentemente de mudanças no peso corporal e são maiores com exercícios de maiores intensidades, além de promover maior ganho de condicionamento, devendo ser buscadas atividades de maior intensidade quando possível. Em pessoas com mais de 65 anos idade ou na presença de limitações clínicas, as recomendações acima devem também ser buscadas, mas aceitam-se menores intensidades ou menores volumes de acordo com as possibilidades de cada indivíduo. Todavia, uma vez que um indivíduo diabético se encontre controlado e sem contraindicações, poderá progredir em seu treino chegando a atingir as recomendações de atividade física para a população geral. Estudos clínicos avaliando o efeito do treinamento de força de alta intensidade na melhora do controle glicêmico e na composição corporal em pacientes diabéticos tipo 2 idosos demonstraram redução na hemoglobina glicada e no peso corporal após 6 meses de exercícios. Diabéticos sem complicações ou limitações significativas devem realizar treinamento combinado aeróbio e resistido para desenvolver e manter a aptidão. Recomenda-se a escolha de um exercício que permita bom controle da intensidade e facilidade na execução, maximizando o gasto energético e reduzindo a obesidade. Durante os exercícios aeróbios e resistidos deve ser levado em consideração o cansaço físico subjetivo, buscando permanecer entre ligeiramente cansativo e cansativo. A seleção dos exercícios e sua progressão devem respeitar a idade, a capacidade funcional, a condição clínica e médica, as preferências pessoais e os objetivos. A progressão deve basear-se mais na freqüência e duração do que na intensidade, proporcionando atividade segura e agradável, o que aumenta a aderência. Os exercícios de flexibilidade devem ser incorporados com a frequência de 2 a 3 vezes por semana na rotina de exercícios, sendo recomendadas atividades de alongamento em todos os dias das sessões de treinamento, no aquecimento ou após a sessão, com duração de 5 a 10 minutos. Por fim, aquecimento e relaxamento são recomendados, independentemente do tipo de atividade realizada, com 5 –10 minutos de atividades aeróbias de baixa intensidade. Assim, conclui-se que todos os níveis de atividade física, incluindo atividades de lazer, esportes, recreacionais e até exercícios competitivos de alto desempenho, podem ser realizados por pacientes com diabetes mellitus, tanto do tipo 1 quanto do tipo 2, sem complicações e com bom controle glicêmico. Segundo o ACSM, dentro da rotina de exercícios para os indivíduos diabéticos devem sempre fazer parte os três grupos de exercícios: exercícios aeróbios, exercícios resistidos e também os exercícios de flexibilidade. 5. CONDIÇÕES ESPECIAIS A evolução natural do diabetes pode trazer algumas complicações crônicas que acabam por representar uma situação de risco que impõe algumas limitações à prática de atividade física. As principais complicações serão a seguir discriminadas, com comentários sobre cuidados especiais a serem observados durante a elaboração e execução de um programa de exercícios: 1. Retinopatia. Na presença de graus mais avançados de retinopatia diabética (proliferativa ou não proliferativa severa), a atividade física intensa, tanto aeróbia quanto de força, deve ser evitada em função do risco de desencadear hemorragia vítrea ou descolamento de retina. Reiniciar exercício após 3 – 6 meses de fotocoagulação. 2. Neuropatia Periférica. Diminuição da sensibilidade dolorosa nas extremidades provoca maior risco de lesões de pele e infecções, além de degeneração articular, sendo recomendado realizar exercícios que não promovam impacto, como nadar, andar de bicicleta ou exercitar os membros superiores. Caminhada de moderada intensidade não provoca úlceras nos pés de pacientes com neuropatia periférica, sendo uma boa opção de exercício. Devem ser utilizados calçados adequados e adaptados e os pés examinados diariamente à procura de lesões iniciais, prevenindo complicações. A presença de lesão aberta deve restringir as atividades para modalidades sem necessidade de sustentação do peso corporal. 3. Neuropatia Autonômica. Pode aumentar o risco de lesão induzida pelo exercício ou eventos adversos por provocar resposta cardiovascular deprimida ao esforço, hipotensão postural, prejuízo da termoregulação, dificuldade para visão noturna e risco de hipoglicemia, além de aumentar em muito o risco de desenvolver DCV em indivíduos diabéticos. Assim, pacientes diabéticos com neuropatia autonômica devem passar por detalhada investigação cardiovascular antes de iniciar qualquer atividade física de maior intensidade do que aquela que estavam habituados a realizar. 4. Nefropatia e Albuminúria. A atividade física pode aumentar agudamente a perda urinária de proteína, mas não existem evidências de que a realização de exercícios, mesmo de alta intensidade, possa aumentar a taxa de progressão de doença renal em diabéticos, não havendo nenhum tipo de restrição específica para exercícios em diabéticos em função de doença renal. 6. SITUAÇÕES COM CONTROLE GLICÊMICO INADEQUADO Durante a evolução do DM, podem existir fases em que o controle glicêmico não se mantém dentro dos níveis ideais, gerando situações de risco agudo para a saúde do indivíduo, com grave restrição para a realização de esforço físico. Vários podem ser os fatores desencadeadores dessas fases, como infecções, desidratação, desnutrição, diarreia, mudança de medicação, fuga do tratamento ou do programa dietético, estresse emocional ou físico intenso, entre outros. Assim, é de extrema importância que o profissional responsável pela programação de atividade física para um paciente diabético esteja atento para determinadas situações, alertando o próprio aluno e buscando sinais e sintomas característicos dessas complicações agudas relacionadas ao mau controle glicêmico. A hiperglicemia pode acontecer em pacientes diabéticos do tipo 1 quando suspendem o uso de insulina por um intervalo de 12-48 horas, entrando em um quadro conhecido como cetoacidose diabética. A atividade física pode piorar essa condição, intensificando a hiperglicemia e o grau de acidose metabólica, devendo ser evitado exercício vigoroso na presença de cetose. Todavia, não é preciso adiar a sessão de treino na presença de hiperglicemia isolada, se o paciente estiver sentindo-se bem e sem cetose na urina ou no sangue, já que o exercício leve a moderado pode reduzir a glicemia. Quando a glicemia for superior a 250 mg/dL e houver cetose, o exercício deve ser evitado mesmo na ausência de sintomas. A hipoglicemia é outra situação que revela controle glicêmico inadequado, podendo surgir em pacientes usuários de insulina ou de medicações que induzam a liberação de insulina pelo pâncreas, conhecidas como secretagogos, por exemplo a glibenclamida (Daonil®), medicação muito utilizada em nosso meio. A atividade física pode induzir hipoglicemia quando a dose de medicação for muito alta ou a ingestão de carboidratos muito baixa para uma determinada condição, já que o exercício reduz a glicemia independentemente da ação da insulina. Assim, para indivíduos utilizando esse tipo de medicação, uma porção de carboidratos adicional deve ser ingerida antes de iniciar a sessão de treinamento sempre que a glicemia pré-exercício estiver abaixo de 100 mg/dL. A hipoglicemia é muito rara em diabéticos que não utilizam insulina ou secretagogos, não sendo necessários cuidados adicionais nesses indivíduos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS American Diabetes Association – Position Statement. Standards of Medical Care in Diabetes. Diabetes Care. 2010; 33 Jan. (Suppl 1):S11-S61. De Angelis K, da Pureza DY, Flores LJF, Rodrigues B, Melo KFS, Schaan BD, Irigoyen MC. Physiological Effects of Exercise Training in Patients With Type 1 Diabetes. Arq Bras Endocrinol Metab. 2006; 50/6:1005-1013. De Angelis K, Schann BD, Irigoyen MC. Efeitos do treinamento físico no diabetes associado à hipertensão. Rev. Med. UCPEL, Pelotas. 2004. 2(1): 27-31. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) – Tratamento e Acompanhamento do Diabetes Mellitus, 2007. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) – 2008. Belalcazar LM, Reboussin DM, Haffner SM, Hoogeveen RC, Kriska AM, Schwenke DC, Tracy RP, Pi-Sunyer FX, Ballantyne CM. 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B) No caso de hipoglicemia abaixo de 80 mg/dl, deve ser oferecida porção de carboidrato adicional antes do início do exercício. C) Usuários de insulina devem reduzir as doses nos dias de treinamento físico. D) Exercícios de musculação devem ser prescritos buscando cargas progressivamente mais intensas em pacientes clinicamente controlados, exceto nos casos de retinopatia proliferativa, quando devem ser evitadas cargas elevadas. E) Treino aeróbio de moderada intensidade de 3 a 5 dias por semana deve fazer parte da programação de atividade física. PARA PROVA 4) Assinale a recomendação incorreta para atividade física e diabetes: A) Procurar evitar o horário do pico de ação de insulina. B) Não ingerir carboidratos antes do exercício. C) Evitar locais quentes e mal ventilados. D) Procurar treinar sempre acompanhado. E) Realizar monitorização da intensidade de esforço aeróbio. 5) Assinale a alternativa correta: A) Na presença de nefropatia, devem ser evitadas cargas elevadas de esforço. B) A presença de neuropatia periférica indica necessidade de aumento da intensidade de esforço aeróbio, devendo-se buscar evoluir para a corrida. C) Exercícios aeróbios de baixa intensidade apresentam melhor resposta no controle glicêmico de pacientes diabéticos do tipo 2. D) Não existe consenso acerca da melhora no controle glicêmico de pacientes diabéticos do tipo 1 após realização de atividade física. E) A insulina deve ser aplicada preferencialmente no membro exercitado para facilitar a absorção e a ação da medicação. RESPOSTAS 1 – D 2 – B 3 – A 4 – B 5 - D
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