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AFGE_4_3_APOSTILA

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Tema: Diabetes e exercício 
 
1. INTRODUÇÃO 
 O diabetes mellitus (DM) é uma doença de origem endócrina com grande 
importância na prática clínica em função de sua elevada incidência (12,3% dos adultos 
dos Estados Unidos eram diabéticos em 1994, chegando a uma prevalência de 20% 
entre as pessoas com mais de 75 anos de idade, enquanto no Brasil, em 1992, 
encontrava-se prevalência de até 17,4% na faixa de 60-69 anos de idade), 
especialmente em determinados grupos populacionais como obesos e sedentários, 
atuando não apenas como uma doença por si só, mas principalmente como um fator de 
risco para doenças que acometem o coração e as artérias, incluindo a isquemia 
coronariana (ICO) e o acidente vascular encefálico (AVE), líderes em morbidade e 
mortalidade no mundo todo, incluindo o Brasil. Pode ser classificado em dois tipos 
principais em função do mecanismo fisiopatológico subjacente: tipo 1, mais raro, de 
início geralmente em jovens, relacionado à deficiência na produção de insulina pelo 
pâncreas e necessidade de reposição de insulina injetável desde os estágios iniciais da 
doença; tipo 2, mais comum, de início geralmente com a idade mais avançada, porém, 
atualmente, iniciando-se cada vez mais precoce, relacionado à resistência à ação da 
insulina, cursando com níveis elevados de insulina nas fases iniciais da doença, mas 
evoluindo para falência do pâncreas na produção de insulina e necessidade de 
reposição de insulina injetável nos estágios mais avançados. 
 Por ser uma doença complexa e sistêmica, o tratamento do diabetes deve 
envolver uma série de medidas incluindo, principalmente, mudanças no estilo de vida, 
além do uso de medicamentos nos casos em que for indicado. Dentro da abordagem 
terapêutica do paciente diabético, a introdução de adequações dietéticas e a prática de 
atividade física regular devem sempre fazer parte do plano inicial de tratamento, sendo 
em alguns casos medida suficiente para o controle da doença. Porém, na presença de 
complicações ou de comorbidades, pode ser indicada a introdução precoce de terapia 
medicamentosa, juntamente com as mudanças de estilo de vida em virtude da 
necessidade de rápida normalização dos níveis glicêmicos e dos riscos de exercitar-se 
em descompensação metabólica. 
 Importante ressaltar aqui que o DM é uma doença relacionada a um quadro de 
distúrbio endócrino-metabólico amplo e generalizado, acompanhando-se 
frequentemente de hipertensão arterial sistêmica (HAS), dislipidemia (elevação do 
colesterol no sangue) e obesidade, especialmente a obesidade visceral. Esse quadro é 
 
também conhecido como síndrome plurimetabólica, com potencial extremamente 
agressivo sobre o coração e as artérias, provocando não apenas ICO e AVE, mas 
também nefropatia e claudicação, doenças que em conjunto são conhecidas como 
doenças cardiovasculares (DCV). 
 Dessa forma, a elaboração de um programa de atividade física para diabéticos 
deve ser precedida de uma detalhada avaliação da condição de saúde do indivíduo. Tal 
processo envolve interrogatório sobre doenças pregressas, sintomas cardiovasculares 
(dor no peito, tontura, cefaleia, palpitações, cansaço fácil, falta de ar, dor nas pernas, 
extremidades frias, palidez e cianose, desmaios, déficits neurológicos), medida da 
pressão arterial em repouso e em esforço, avaliação laboratorial de lípides sanguíneos, 
avaliação da composição corporal e do nível de aptidão física, incluindo exames 
cardiovasculares, em especial o teste de esforço, quando houver suspeita de doença 
cardíaca, na presença de HAS associada ou de mais um fator de risco para DCV além 
do diabetes. Recomenda-se a realização de teste de esforço para todas as pessoas 
diabéticas acima de 35 anos de idade ou com mais de 10 anos de diabetes antes do 
início de um programa de atividade física, especialmente quando se pretende realizar 
esforço em intensidades mais elevadas, por causa do risco de existência de DCV. O 
uso do teste ergoespirométrico em vez do teste ergométrico convencional permite 
avaliação mais detalhada da condição de saúde e da aptidão física, além de identificar 
os limiares ventilatórios, possibilitando prescrição de exercícios individualizada para 
melhor resultado do treinamento. 
 
2. EXERCÍCIO FÍSICO E DIABETES 
 Desde os primórdios da história da medicina, observações já demonstravam os 
benefícios do exercício físico sobre o DM. O aumento da capacidade física promove 
uma série de adaptações no organismo, destacando-se melhora na sensibilidade à 
insulina, redução dos níveis de glicemia, melhora da capacidade aeróbia, melhora no 
perfil lipídico plasmático (principalmente redução do LDL e do colesterol total com 
aumento do HDL), redução da pressão arterial e melhora do controle autonômico 
cardiovascular com redução da ocorrência de disfunções ventriculares ou anatômicas. 
Indivíduos com DM apresentam maior risco de doenças cardiovasculares do que os não 
diabéticos, sendo a doença cardiovascular a causa de morte em até 80% dessa 
população, mas a realização de atividade física promove redução no risco 
cardiovascular e na mortalidade em pacientes diabéticos. 
 
 A associação exercício, dieta e tratamento farmacológico é a principal 
abordagem no tratamento do DM. A atividade física regular é recomendada para 
pacientes com DM em razão de seus vários efeitos benéficos sobre o risco 
cardiovascular, controle metabólico e prevenção das complicações crônicas da doença 
(Figura 1). Além disso, o baixo custo, a natureza não farmacológica e os benefícios 
psicossociais de uma vida menos sedentária aumentam ainda mais o apelo da 
terapêutica por meio do exercício físico regular. 
 
Figura 1. Benefícios do treinamento físico para a saúde de pacientes diabéticos 
 
 
Benefícios da atividade física para pacientes diabéticos 
1. Redução dos níveis glicêmicos e melhora da tolerância à glicose (DM2). 
2. Melhora da sensibilidade à insulina (aumento da capacidade do músculo esquelético 
em usar glicose, redução nos níveis de hormônios contrarregulatórios durante o 
exercício, diminuição na dosagem de insulina). 
3. Efeito positivo sobre a pressão arterial e doenças vasculares. 
4. Melhora do perfil lipídico. 
5. Melhora do condicionamento cardiovascular. 
6. Redução do risco de doenças cardiovasculares. 
7. Melhora da força, do equilíbrio e da flexibilidade 
8. Ajuda no controle do peso corporal, reduzindo percentual de gordura e preservando 
massa muscular. 
9. Melhora da autoestima e da qualidade de vida. 
 
 Revisões de estudos baseados em evidências demonstram que o efeito do 
exercício aeróbio ou de resistência sobre o controle glicêmico no DM do tipo 2 é positivo. 
Recentemente se obteve comprovação de que mudanças de estilo de vida, exercício 
físico regular e redução de peso podem diminuir a incidência de DM do tipo 2 em 
indivíduos com intolerância à glicose, mostrando o papel preventivo do exercício sobre 
o DM2, além dos benefícios terapêuticos já conhecidos. 
 Todavia, não existe consenso sobre os benefícios do treinamento físico no 
controle glicêmico de pacientes com DM do tipo 1. Zinman et al. demonstraram que o 
treinamento físico não modificava a glicemia, a hemoglobina glicosilada ou a reposição 
de insulina nesses indivíduos, enquanto Mosher et al., por outro lado, evidenciaram 
redução dos níveis de hemoglobina glicosilada em adolescentes diabéticos do tipo 1 
submetidos a treinamento físico. Outros autores observaram que pacientes com DM do 
tipo 1 apresentavam queda da PA e da FC após três meses de condicionamento, além 
de diminuição nas necessidades de insulina. 
 O exercício físico melhora a ação insulínica, especialmente no músculo 
esquelético. Como o DM tipo 2 se caracteriza predominantemente por resistência à ação 
 
da insulina, nesses pacientes se observa mais facilmente o efeito benéfico dos 
exercícios sobre o controle glicêmico. Tanto indivíduos com DM tipo 1 como
aqueles 
não diabéticos apresentam também melhor sensibilidade à insulina induzida pelo 
exercício. Porém, como o mecanismo de doença responsável pelo DM tipo 1 não se 
relaciona a um defeito na sensibilidade à insulina, mas na redução da produção de 
insulina pelo pâncreas, o exercício apresenta um impacto menor no controle glicêmico 
desses pacientes, ainda que muitos outros benefícios possam ser adquiridos a partir da 
realização de atividade física regular, especialmente sobre a capacidade física e sobre 
a saúde cardiovascular. 
 Os benefícios do treinamento físico sobre a saúde e o controle glicêmico são 
decorrentes de uma série de adaptações; são elas: 
 - aumento da densidade capilar na musculatura exercitada; 
 - aumento da expressão e translocação de GLUT4 para a membrana plasmática; 
 - aumento das fibras musculares mais sensíveis à ação da insulina; 
 - possíveis alterações na composição de fosfolípides do sarcolema; 
 - aumento na atividade de enzimas glicolíticas e oxidativas; 
 - aumento na atividade da glicogênio sintetase. 
 Apesar de a melhora no controle glicêmico não ser um achado universal em 
indivíduos com DM tipo 1 treinados, a redução da resistência à insulina induzida pelo 
treinamento físico dinâmico pode promover outros efeitos benéficos, como melhora 
cardiovascular e do perfil lipídico, potencialmente reduzindo a morbimortalidade nessa 
população. Para alcançarem esses benefícios, os portadores de DM tipo 1 necessitam 
de ajustes nas doses de insulina, tendo em vista a melhora na sensibilidade a esse 
hormônio obtida pela prática regular de exercícios, como se verá mais adiante. 
 Além dos benefícios reconhecidos do treinamento aeróbio para pacientes 
diabéticos, alguns estudos também têm demonstrado resultados positivos do 
treinamento físico resistido em indivíduos com DM. Farrell et al. demonstraram que 8 
semanas de treinamento resistido em ratos com DM induziram redução da glicemia 
associada a ganho de massa muscular, e Brankston et al. verificaram que um programa 
de exercícios resistidos associado a dieta foi mais eficiente do que simplesmente a dieta 
em reduzir a dose de reposição de insulina em mulheres com sobrepeso e DM 
gestacional. Assim, o treinamento resistido promove benefícios em indivíduos com DM 
 
tipo 2 por meio da melhora na ação insulínica em indivíduos com intolerância à glicose 
e melhora do controle glicêmico, do ganho de massa muscular e redução da massa 
gorda, além da redução da pressão arterial. Todavia, deve-se ressaltar que ainda não 
existem dados na literatura com relação aos benefícios metabólicos, cardiovasculares 
e autonômicos dos exercícios resistidos na promoção da saúde em pacientes com DM 
do tipo 1. 
 O treinamento físico melhora o controle glicêmico como resultado não somente 
dos efeitos agudos do exercício, decorrendo de aumento da disponibilidade da glicose 
ao músculo esquelético e ciclos repetidos da depleção e ressíntese do glicogênio, mas 
também pelo efeito crônico do treinamento. Assim, a sensibilidade à insulina 
correlaciona-se com o aumento da densidade capilar e a diminuição da barreira de 
difusão. O treinamento regular pode também aumentar positivamente as mudanças 
metabólicas, levando à hipertrofia muscular com aumento do metabolismo da glicose e 
aumento do VO2 máximo. 
 O treino de resistência melhora a tolerância à glicose e/ou sensibilidade à 
insulina em indivíduos diabéticos e não diabéticos. Ishii et al. (1998) fornecem 
evidências diretas de que o treinamento de resistência de intensidade moderada e alto 
volume por 4-6 semanas melhora 48% a sensibilidade à insulina em indivíduos não 
insulino-dependentes destreinados e não obesos. Esse trabalho demonstrou que o 
treino de resistência melhora o metabolismo da glicose calculado por quilograma de 
massa corporal magra. Os exercícios de resistência parecem prevenir a perda de massa 
muscular, além de aumentá-la, favorecendo a melhor utilização da glicose. 
 Um estudo publicado na revista científica Annals of Internal Medicine comparou 
os efeitos do treinamento aeróbio (caminhada, corrida, natação) e resistido 
(musculação). Os resultados apontam que tanto o exercício aeróbio quanto o resistido 
promoveram melhora no controle glicêmico, mas a combinação das duas formas de 
exercícios alcançou melhores resultados. A melhora do controle glicêmico foi obtida 
principalmente em indivíduos que possuíam elevada hemoglobina glicada, enquanto 
pacientes com valores mais baixos conseguiram respostas semelhantes realizando 
somente uma das atividades. Dessa forma, Sigal et al. (2007) indicaram que o indivíduo 
diabético deve participar das duas atividades. 
 Finalmente, treinamento de flexibilidade deve ser recomendado dentro da rotina 
de exercícios para pacientes diabéticos, com o objetivo de desenvolver ou manter a 
amplitude de movimento articular e minimizar a perda de flexibilidade resultante da 
glicosilação de várias estruturas articulares. 
 
 Em diabéticos usuários de insulina, algumas recomendações devem ser 
seguidas na orientação para prática de atividade física. Inicialmente, é importante 
atentar para o local de aplicação da insulina (Figura 2-A), devendo-se evitar locais que 
sejam utilizados durante a sessão de treino, como as pernas em uma sessão de 
caminhada ou os braços em uma sessão de musculação, pois o aumento de fluxo 
sanguíneo para a musculatura ativa pode acelerar a absorção da insulina aplicada e 
adiantar o pico de ação, causando hipoglicemia. Também é preciso atenção ao horário 
da aplicação da insulina para que o indivíduo não se exercite no pico de ação dela, 
aumentando o risco de hipoglicemia durante o treino. É recomendado que todo usuário 
de insulina tenha seu glicosímetro (Figura 2-B) e porções de carboidrato de rápida 
absorção, para checar a glicemia e corrigi-la quando necessário. Dependendo do 
horário do treino e da medicação utilizada, um lanche com carboidrato antes do treino 
ou a redução na dose de insulina podem ser recomendados, mas essas decisões devem 
ser tomadas conjuntamente por médico, professor de educação física, nutricionista e o 
próprio paciente, permitindo a elaboração de um plano terapêutico completo, seguro e 
eficaz, além de agradável e prazeroso. 
 
A. Figura 2. A. Glicosímetro – aparelho para 
medida rápida da glicemia sanguínea. 
B. Aplicação da insulina subcutânea na região 
abdominal. A automonitorização da glicemia 
envolve a medida da glicemia e aplicação de 
insulina conforme a necessidade. 
B. 
 
 
 Algumas sugestões podem auxiliar na orientação do paciente diabético que inicia 
programa de atividade física, mas deve-se sempre procurar avaliação do 
endocrinologista responsável para a elaboração da melhor estratégia terapêutica. As 
sugestões são: 
1. reduzir a dose de insulina: 
- Insulina intermediária – redução 30%-35% no dia do exercício; 
- Intermediária + curta – suspender a curta pré-exercício; 
- Multidoses curta duração – ajuste individualizado (Tabela 2); 
- Infusão contínua – reduzir a dose pré-alimentar; 
2. evitar exercitar membro onde foi aplicada insulina de curta duração pelo menos por 1 
hora; 
3. evitar exercitar-se durante o pico de ação da insulina; 
4. automonitorizar a glicemia antes, durante e após as sessões de exercício (Figura 2) 
5. ingerir carboidratos pré-exercício, com porções adicionais quando a glicemia estiver 
abaixo de 80-100 mg/dl; 
6. exercitar-se com um parceiro que tenha conhecimento dos sintomas da hipo e 
hiperglicemia, sabendo como proceder nessas situações. 
 
 
Tabela 2. Proposta de adequação da dose de insulina ultrarrápida segundo as características do 
treino aeróbio 
 
Redução percentual da insulina ultrarrápida pré-refeição 
segundo intensidade e duração do exercício 
Intensidade (%VO2max.) 30 minutos de exercício 60 
minutos de exercício 
 25 25%
50% 
 50 50% 75% 
 75 75% - 
 
 O local para exercício deve ser bem ventilado e com temperatura amena, a fim 
de evitar hipertermia, com acesso a líquidos para prevenir desidratação, evitando 
também mudanças bruscas de posição por risco de hipotensão postural. Recomenda-
se que diabéticos realizem exercícios preferencialmente na companhia de outras 
pessoas ou de um profissional de saúde, para auxiliar na eventualidade de 
complicações como hipoglicemia, quando o paciente apresenta alteração do nível de 
consciência, necessitando de auxílio para ingerir algum carboidrato e recuperar-se. 
 
 
3. AVALIAÇÃO PRÉ-PARTICIPAÇÃO 
 Recomenda-se que seja realizada uma cuidadosa avaliação do indivíduo 
diabético antes de se elaborar um programa de atividade física, já que o diabetes 
mellitus é um fator de risco importante para o desenvolvimento de DCV precoce, 
especialmente na presença de múltiplos fatores de risco associados, o que infelizmente 
não é nada raro. 
Não existe consenso sobre uma maneira de avaliar indivíduos assintomáticos, 
cabendo ao profissional de saúde analisar cada caso segundo a presença de fatores e 
sinais clínicos, utilizando-se de procedimentos laboratoriais segundo seu julgamento. 
Pacientes de alto risco devem iniciar com atividades de baixa intensidade por curtos 
períodos, aumentando a intensidade e a duração lentamente, baseando-se a prescrição 
de intensidade individual em um teste de esforço preferencialmente. Devem ser 
investigadas condições que possam contraindicar algum tipo de exercício ou 
predisponham algum tipo de lesão, tais como HAS não controlada, neuropatia 
autonômica severa ou história de lesão nos pés, além de retinopatia proliferativa 
instável. A elaboração do programa de treino deve levar em consideração a idade do 
paciente, as experiências prévias em atividade física, o nível de condicionamento e as 
preferências individuais. 
 Durante a avaliação e seguimento de pacientes diabéticos em programa de 
atividade física, alguns exames podem ser sugeridos para auxiliar na avaliação do risco 
e na definição do melhor programa de exercícios: 
1. Glicemia de jejum 
2. Hemoglobina glicosilada 
 
3. Glicosúria fracionada 
4. Função renal 
5. Fundo de olho 
6. Avaliação neurológica 
7. Perfil lipídico 
8. Teste de esforço (ergométrico ou ergoespirométrico) 
 
 
 
4. PRESCRIÇÃO DE TREINAMENTO 
 A Associação Americana de Diabetes (ADA) sugere em suas diretrizes que 
indivíduos diabéticos acima de 18 anos realizem pelo menos 150 minutos de atividade 
física aeróbica de moderada intensidade ou 75 minutos de alta intensidade por semana, 
ou uma combinação equivalente de ambas, divididos em 3 a 5 dias. As sessões devem 
durar até 60 minutos, iniciando com 10-15 minutos e aumentando progressivamente 
conforme as respostas de cada um, podendo ser fracionadas em até 3 períodos por dia. 
 Caminhada é a modalidade mais utilizada para realização do componente 
aeróbio, pela conveniência, facilidade e baixo impacto, mas, na presença de neuropatia 
periférica ou artrite degenerativa, pode ser necessário usar outras alternativas que não 
exijam sustentação do peso, como atividades aquáticas, cicloergômetro ou ergômetro 
de braço, como se comentará a seguir nas recomendações especiais. Deve ser 
orientada a monitorização da intensidade de esforço através da FC, buscando 
permanecer entre 50%-85% da FC reserva (Fórmula de Karvonen) ou 60%-90% da FC 
máxima, orientando sobre a possibilidade de haver alteração da resposta cronotrópica 
em portadores de neuropatia autonômica. Na possibilidade de se realizar o teste 
ergoespirométrico, a intensidade de esforço deve ser individualizada a partir dos limiares 
ventilatórios. 
 Adicionalmente, deve ser prescrita atividade de fortalecimento muscular duas ou 
mais vezes por semana, com 8-10 exercícios envolvendo grandes grupos musculares, 
pelo menos uma série de 10-15 repetições. O treino com pesos pode aumentar a força 
e a resistência muscular, melhorar a flexibilidade, mudar a composição corporal, além 
de combater os fatores de risco para DCV. O treino de resistência muscular melhora a 
sensibilidade à insulina em indivíduos diabéticos tipo 2 de maneira semelhante ou até 
maior que o treino aeróbio. Estudos recentes sugerem que o treino de força diminui o 
risco de doença arterial coronariana em indivíduos diabéticos tipo 2. De maneira geral, 
o treinamento de força parece ser benéfico para indivíduos diabéticos, porém com 
cargas moderadas, devido à fragilidade vascular que apresentam. A carga deve ser 
aumentada quando o indivíduo conseguir completar 12 ou mais repetições com 
facilidade. Aumento da intensidade, séries adicionais, ou aumento combinado de 
intensidade e volume podem oferecer maiores benefícios, mas devem respeitar as 
limitações de cada indivíduo. 
 
 A ADA determina que o método mais seguro para treinamento de força em 
diabéticos deve ser iniciado com cargas leves entre 40%-60% de 1 repetição máxima 
(RM) em 6 a 10 repetições, mantndo a frequência cardíaca e a pressão arterial dentro 
do limite individual estabelecido, com a percepção do esforço subjetivo até o nível 13 - 
levemente intenso. Se o peso inicial for bem tolerado, pode aumentar o número de 
repetições para 10 a 15, depois 15 a 20 durante 1 a 2 semanas. Assim que o paciente 
apresentar boa coordenação do movimento, a quantidade de séries pode ser 
aumentada para 2 a 3 e a carga pode evoluir para 60%-80% de 1 RM. Especial atenção 
deve ser dada à prescrição de exercícios resistidos em diabéticos do tipo 1 com 
complicações crônicas da doença. Nesses indivíduos, o exercício resistido deve ser 
prescrito em intensidade de baixa a moderada (cerca de 40% da carga voluntária 
máxima), com aumento no número de repetições, porém sem que seja atingida a 
exaustão, ou seja, até a fadiga moderada. 
 Utiliza-se de 2 a 5 tipos de exercícios para membros superiores e de 5 a 10 para 
membros inferiores, respeitando período de descanso entre as séries de 15 segundos 
a 1 minuto para treinamento de baixa intensidade e 1 a 2 minutos para atividades 
moderadas. Para cada grupo muscular é necessário um período de 48 horas de 
recuperação entre as sessões de treinamento. Os pacientes devem ser aconselhados 
a levantar o peso devagar, controlando o movimento até a total extensão, exalando o ar 
durante a fase de extensão, evitando assim a manobra de Valsalva. É importante que 
se evitem também movimentos bruscos de cabeça e pescoço em indivíduos com 
retinopatias não tratadas ou recém-tratadas. 
 Ensaios clínicos mostraram fortes evidências da redução na hemoglobina 
glicada (HbA1c) em diabéticos tipo 2 idosos submetidos a treinamento com pesos, com 
um efeito aditivo ao combinar ambas as modalidades de treinamento, resistido e 
aeróbico. Os benefícios sobre o controle glicêmico ocorrem independentemente de 
mudanças no peso corporal e são maiores com exercícios de maiores intensidades, 
além de promover maior ganho de condicionamento, devendo ser buscadas atividades 
de maior intensidade quando possível. 
 Em pessoas com mais de 65 anos idade ou na presença de limitações clínicas, 
as recomendações acima devem também ser buscadas, mas aceitam-se menores 
intensidades ou menores volumes de acordo com as possibilidades de cada indivíduo. 
Todavia, uma vez que um indivíduo diabético se encontre controlado e sem 
contraindicações, poderá progredir em seu treino chegando a atingir as recomendações 
de atividade física para a população geral. Estudos clínicos avaliando o efeito do 
 
treinamento de força de alta intensidade na melhora do controle glicêmico e na 
composição corporal em pacientes diabéticos tipo 2 idosos demonstraram redução na 
hemoglobina glicada e no peso corporal
após 6 meses de exercícios. 
 Diabéticos sem complicações ou limitações significativas devem realizar 
treinamento combinado aeróbio e resistido para desenvolver e manter a aptidão. 
Recomenda-se a escolha de um exercício que permita bom controle da intensidade e 
facilidade na execução, maximizando o gasto energético e reduzindo a obesidade. 
Durante os exercícios aeróbios e resistidos deve ser levado em consideração o cansaço 
físico subjetivo, buscando permanecer entre ligeiramente cansativo e cansativo. A 
seleção dos exercícios e sua progressão devem respeitar a idade, a capacidade 
funcional, a condição clínica e médica, as preferências pessoais e os objetivos. A 
progressão deve basear-se mais na freqüência e duração do que na intensidade, 
proporcionando atividade segura e agradável, o que aumenta a aderência. 
 Os exercícios de flexibilidade devem ser incorporados com a frequência de 2 a 
3 vezes por semana na rotina de exercícios, sendo recomendadas atividades de 
alongamento em todos os dias das sessões de treinamento, no aquecimento ou após a 
sessão, com duração de 5 a 10 minutos. Por fim, aquecimento e relaxamento são 
recomendados, independentemente do tipo de atividade realizada, com 5 –10 minutos 
de atividades aeróbias de baixa intensidade. 
 Assim, conclui-se que todos os níveis de atividade física, incluindo atividades de 
lazer, esportes, recreacionais e até exercícios competitivos de alto desempenho, podem 
ser realizados por pacientes com diabetes mellitus, tanto do tipo 1 quanto do tipo 2, sem 
complicações e com bom controle glicêmico. Segundo o ACSM, dentro da rotina de 
exercícios para os indivíduos diabéticos devem sempre fazer parte os três grupos de 
exercícios: exercícios aeróbios, exercícios resistidos e também os exercícios de 
flexibilidade. 
 
5. CONDIÇÕES ESPECIAIS 
 A evolução natural do diabetes pode trazer algumas complicações crônicas que 
acabam por representar uma situação de risco que impõe algumas limitações à prática 
de atividade física. As principais complicações serão a seguir discriminadas, com 
comentários sobre cuidados especiais a serem observados durante a elaboração e 
execução de um programa de exercícios: 
 
 
1. Retinopatia. Na presença de graus mais avançados de retinopatia diabética 
(proliferativa ou não proliferativa severa), a atividade física intensa, tanto aeróbia quanto 
de força, deve ser evitada em função do risco de desencadear hemorragia vítrea ou 
descolamento de retina. Reiniciar exercício após 3 – 6 meses de fotocoagulação. 
 
2. Neuropatia Periférica. Diminuição da sensibilidade dolorosa nas extremidades 
provoca maior risco de lesões de pele e infecções, além de degeneração articular, sendo 
recomendado realizar exercícios que não promovam impacto, como nadar, andar de 
bicicleta ou exercitar os membros superiores. Caminhada de moderada intensidade não 
provoca úlceras nos pés de pacientes com neuropatia periférica, sendo uma boa opção 
de exercício. Devem ser utilizados calçados adequados e adaptados e os pés 
examinados diariamente à procura de lesões iniciais, prevenindo complicações. A 
presença de lesão aberta deve restringir as atividades para modalidades sem 
necessidade de sustentação do peso corporal. 
 
3. Neuropatia Autonômica. Pode aumentar o risco de lesão induzida pelo exercício ou 
eventos adversos por provocar resposta cardiovascular deprimida ao esforço, 
hipotensão postural, prejuízo da termoregulação, dificuldade para visão noturna e risco 
de hipoglicemia, além de aumentar em muito o risco de desenvolver DCV em indivíduos 
diabéticos. Assim, pacientes diabéticos com neuropatia autonômica devem passar por 
detalhada investigação cardiovascular antes de iniciar qualquer atividade física de maior 
intensidade do que aquela que estavam habituados a realizar. 
 
4. Nefropatia e Albuminúria. A atividade física pode aumentar agudamente a perda 
urinária de proteína, mas não existem evidências de que a realização de exercícios, 
mesmo de alta intensidade, possa aumentar a taxa de progressão de doença renal em 
diabéticos, não havendo nenhum tipo de restrição específica para exercícios em 
diabéticos em função de doença renal. 
 
6. SITUAÇÕES COM CONTROLE GLICÊMICO INADEQUADO 
 
 Durante a evolução do DM, podem existir fases em que o controle glicêmico não 
se mantém dentro dos níveis ideais, gerando situações de risco agudo para a saúde do 
indivíduo, com grave restrição para a realização de esforço físico. Vários podem ser os 
fatores desencadeadores dessas fases, como infecções, desidratação, desnutrição, 
diarreia, mudança de medicação, fuga do tratamento ou do programa dietético, estresse 
emocional ou físico intenso, entre outros. Assim, é de extrema importância que o 
profissional responsável pela programação de atividade física para um paciente 
diabético esteja atento para determinadas situações, alertando o próprio aluno e 
buscando sinais e sintomas característicos dessas complicações agudas relacionadas 
ao mau controle glicêmico. 
 A hiperglicemia pode acontecer em pacientes diabéticos do tipo 1 quando 
suspendem o uso de insulina por um intervalo de 12-48 horas, entrando em um quadro 
conhecido como cetoacidose diabética. A atividade física pode piorar essa condição, 
intensificando a hiperglicemia e o grau de acidose metabólica, devendo ser evitado 
exercício vigoroso na presença de cetose. Todavia, não é preciso adiar a sessão de 
treino na presença de hiperglicemia isolada, se o paciente estiver sentindo-se bem e 
sem cetose na urina ou no sangue, já que o exercício leve a moderado pode reduzir a 
glicemia. Quando a glicemia for superior a 250 mg/dL e houver cetose, o exercício deve 
ser evitado mesmo na ausência de sintomas. 
 A hipoglicemia é outra situação que revela controle glicêmico inadequado, 
podendo surgir em pacientes usuários de insulina ou de medicações que induzam a 
liberação de insulina pelo pâncreas, conhecidas como secretagogos, por exemplo a 
glibenclamida (Daonil®), medicação muito utilizada em nosso meio. A atividade física 
pode induzir hipoglicemia quando a dose de medicação for muito alta ou a ingestão de 
carboidratos muito baixa para uma determinada condição, já que o exercício reduz a 
glicemia independentemente da ação da insulina. Assim, para indivíduos utilizando esse 
tipo de medicação, uma porção de carboidratos adicional deve ser ingerida antes de 
iniciar a sessão de treinamento sempre que a glicemia pré-exercício estiver abaixo de 
100 mg/dL. A hipoglicemia é muito rara em diabéticos que não utilizam insulina ou 
secretagogos, não sendo necessários cuidados adicionais nesses indivíduos. 
 
 
 
 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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Tema: Diabetes e exercício 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
1) O tipo de exercício mais indicado para pacientes diabéticos do tipo 2 é: 
A) aeróbico; 
B) musculação; 
C) flexibilidade; 
D) todas as anteriores; 
E) nenhuma das anteriores. 
 
2) Não é um benefício da atividade física em pacientes diabéticos: 
A) melhora do perfil lipídico; 
B) aumento da resistência à insulina; 
C) melhora da autoestima; 
D) redução do peso corporal e do percentual de gordura; 
E) melhora na disfunção autonômica. 
 
3) Selecione a alternativa incorreta em relação à prescrição de treinamento 
físico em pacientes diabéticos: 
A) Deve ser evitado treinamento físico em situações de hiperglicemia > 200 mg/dl 
sem cetose. 
B) No caso de hipoglicemia abaixo de 80 mg/dl, deve ser oferecida porção de 
carboidrato adicional antes do início do exercício. 
C) Usuários de insulina devem reduzir as doses nos dias de treinamento físico. 
 
D) Exercícios de musculação devem ser prescritos buscando cargas 
progressivamente mais intensas em pacientes clinicamente controlados, exceto nos 
casos de retinopatia proliferativa, quando devem ser evitadas cargas elevadas. 
E) Treino aeróbio de moderada intensidade de 3 a 5 dias por semana deve fazer 
parte da programação de atividade física. 
 
PARA PROVA 
4) Assinale a recomendação incorreta para atividade física e diabetes: 
A) Procurar evitar o horário do pico de ação de insulina. 
B) Não ingerir carboidratos antes do exercício. 
C) Evitar locais quentes e mal ventilados. 
D) Procurar treinar sempre acompanhado. 
E) Realizar monitorização da intensidade de esforço aeróbio. 
 
5) Assinale a alternativa correta: 
A) Na presença de nefropatia, devem ser evitadas cargas elevadas de esforço. 
B) A presença de neuropatia periférica indica necessidade de aumento da intensidade 
de esforço aeróbio, devendo-se buscar evoluir para a corrida. 
C) Exercícios aeróbios de baixa intensidade apresentam melhor resposta no controle 
glicêmico de pacientes diabéticos do tipo 2. 
D) Não existe consenso acerca da melhora no controle glicêmico de pacientes diabéticos 
do tipo 1 após realização de atividade física. 
E) A insulina deve ser aplicada preferencialmente no membro exercitado para facilitar a 
absorção e a ação da medicação. 
 
RESPOSTAS 
 
 
1 – D 
2 – B 
3 – A 
4 – B 
5 - D

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