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acidentes Crotalico Características Gerais: ➡Pertencem ao gênero Crotalus - conhecida popularmente como: ๏Cascavel , ๏Boicininga, ๏Maracamboia. ➡São robustas . ➡Não agressivas. ➡Pouco ágeis. 1 ' Estrutura ๏Possuem Fosseta Loreal. (1.1) ๏Dentição Solenóglifa. (1.2) ๏Chocalho / Guizo na extremidade da cauda. (1.3) 2 Fosseta Loreal FIGURA 1.1 FIGURA 1.2 FIGURA 1.3 Espécie ➡No Brasil, Há apenas 1 espécie : - Crotalus durissus: - Está apresenta ampla distruibuição geográfica, com isso possui subespécies: ๏Crotalus durissus terrificus : • Rio Grande do Sul, • Santa Catarina, • Paraná, • São Paulo, • Minas Gerais, • Mato Grosso do Sul , • áreas esparsas no Amazonas e Pará. ๏Crotalus durissus collilineatus : • São Paulo, • Minas Gerais, • Mato Grosso, • Goiás, • no Distrito Federal, • na região Sul . ๏Crotalus durissus cascavella : • Caatinga. ๏Crotalus durissus ruruima : • Savanas. ๏Crotalus durissus marajoensis : • Ilha de Marjó. ๏Crotalus durissus dryinus : • Amapá. 3 ๏Crotalus durissus trigonicus : • Roraima. Terrenos ➡Campos abertos ( Áreas secas, arenosas e pedregosa ). ➡Encostas de morros e cerrados . ➡pouco frequente em matas úmidas e faixas litorâneas . curiosidade: ➡Os acidentes crótalicos acontecem geralmente nas primeiras horas da noite, visto que devido a esse horário ser o período que elas saem para caças. Venono crotálico: ➡Mistura complexa de: - Proteínas . - Polipeptídeos. - Ações neurotóxicas. ๏Miotóxica . ๏Coagulante. 4 ➡Principais Frações do veneno : - Crotoxina : ๏É Toxina pré-sináptica. ๏ação neurotóxica: • Atua tanto no sistema nervoso central quanto no periférico ( principalmente nas terminações nervosas ) . • Inibindo a liberação de acetilcolina pelo impulsos nervosos, provavelmente por interferência em canais iônicos. assim, há bloqueio neuromuscular ,resultando em paralisias motoras ( ataxia ) e paradas respiratórias ( podendo causa parada cárdiaca por hapoxemia). ๏Ação miotóxica: • Produz ruptura de organelas. • Provoca mialgia que podem aparecer precocemente • Rabdomiólise : a fibra muscular lesada libera quantidades variáveis de mioglobina no sangue, essa proteína pode acarretando os rins causando mioglobinuria - Crotamina ๏Ação neurotóxicas isoladas: • Não observada em casos clínicos. ๏Ação miotóxica: • Produz ruptura de organelas. - Girotóxina ๏Ação neurotóxicas isoladas: • Não observada em casos clínicos. ๏Ação Coagulante: • Composto similar à trombina, com transformação do fibrinogênio sérico em fibrina, prolongando o tempo de coagulação ou mesmo tornando o sangue incoagulável. - Convulxina ๏Ação neurotóxicas isoladas: • Não observada em casos clínicos. ๏Ação Coagulante: • Aumenta a agregação plaquetária. 5 Manifestações clínicas ➡As espécies mais sensíveis são bovina, equina e ovina. ➡Cães : - Ataxia ( Paralisia e/ ou incoordenação muscular), - Paralisia flácida da musculatura, - Sedação - Midríase ( pupila dilatada ) - Oftalmoplegia ( paralisia do globo ocular ) - Mialgia ( dores musculares ) - Sialorreia ( excesso de saliva ) - Perda de reflexo superficiais e profundos - Êmese ( Vômito ) - Dispneia ( dificuldade em respirar ( ofegante) ) - Insuficiência respiratória ( inadequação nas trocas gasosas) - Frequentemente não ha alteração no local da picada - Casos graves: ๏Depressão neurológica ๏Mioglobinúrina ( mioglobina na urina ) ๏pode ocorrer opacidade de córnea como sequela da oftalmoplegia 6 SIALORREIA MIDRÍASE OFTALMOPLEGIA ➡Bovino : - Inquietação e desconforto - Apatia ( sem reação a estímulos/ movimento) - Letargia ( Um estado de cansaço que envolve diminuição da energia, da capacidade mental e da motivação) - Edemaciação discreta no local da picada - Tremores musculares - Ataxia ( incoordenação motora) - Decúbito - Movimento de pelagem - Paralisia flácida - Fase avançada ๏Dispneia ( dificuldade para respirar ( ofegante ) ๏Sialorreia ( excesso de saliva ) ๏Oftalmoplegia ( paralisia do globo ocular ) Obs : Os Bubalinos apresentam os mesmo sinais com exceção da oftalmoplegia . 7 SIALORREIA ➡Equino : - Aumento no local de inoculação do veneno - Apatia ( sem reação a estímulos/ movimentação ) - cabeça baixa - Mioclonias (contração muscular brusca, involuntária e de brevíssima duração). - Dificuldade de movimentação com arrastar das pinças no solo - Decúbito - Dificuldade para levantar - Redução da sensibilidade cutânea - Redução dos reflexos auricular - Palatal do lábio superior e de ameaça - Aumento da FC ( normal: 28 - 40 ) - Aumento da FR ( normal: 8 - 16 ) - Redução na temperatura retal ( normal: 37,5 - 38 ) ➡Vários fatores podem influenciar a gravidade do acidente - Idade - Peso 8 Ausente ou tardias Discretas ou evidentes Evidentes Ausente ou discreta Discreta Intensa Ausente Ausente ou pouco evidente Presente Ausente Ausente ou presente Presente Tempo de coagulação Normal ou Normal ou aumentado Aumentado ou aumentado incoagulavel Manifestação clínicas Gravidade do envenenamento Leve Moderado Grave Fácies miastênicas Mialgia Mioglobinúria Oligúria ou anúria - Estado geral da vítima - Quantidade de veneno inoculada - Número de picada - Local da picada - Tempo até o inicio do tratamento ➡ Complicações mais graves - Insuficiência renal aguda ๏Principal causa de morte dos pacientes picados. - Insuficiência respiratória aguda ๏A dispneia com insuficiência respiratório é atribuída à paralisia muscular transitória. Exames Complementares: ➡Tempo de Coagulação (TC): De fácil execução, sua determinação é importante para elucidação diagnóstica e para o acompanhamento dos casos. TC normal: até 10 min; TC alterado: de 10 a 30 min; TC incoagulável: acima de 30 minutos. ➡Hemograma: Geralmente revela leucocitose com neutrofilia (podendo ser acompanhado por Linfocitose em bovino e equino) e desvio à esquerda, hemossedimentação elevada nas primeiras horas do acidente e plaquetopenia de intensidade variável. Tempo de Protrombina (TP), Tempo de Protrombina Parcialmente Ativada (TPPA), Tempo de Trombina (TT) e Dosagem de Fibrinogênio podem ser pesquisados. ➡Exame sumário de urina: Pode haver proteinúria, hematúria e leucocitúria. ➡ Outros exames laboratoriais: Depende da evolução clínica do paciente, com atenção aos eletrólitos, uréia e creatinina, visando detecção de insuficiência renal aguda. 9 Diagnóstico ➡A confirmação do diagnóstico pode ser realiza pela detecção do veneno circulante por meio de teste ELISA. Tratamento ➡O tratamento é feito com o soro anticrotálico ou antibotrópicocrotálico administrado por via IV. - A quantidade de soro a ser administrada deverá ser suficiente para neutralizar pelo menos 100mg de veneno ➡O animal deverá ser observado através do Tempo Coagulação e da concentração plasmática de fribrinogênio. ➡Caso depois de 12 horas o animal não apresente melhora do quadro devera administra uma nova dose com a metade da dose inicial. ➡O soro crotálico aparenta não neutralizar o veneno da C. durissus ruruima. ➡ Sondagem vesical para evitar a retenção Urinaria em decorrência da atona vesical ➡Fluidoterapia ( solução fisiológica ou de Ringer ) ➡caso não ocorra a produção de urina é recomendado administrar doses de diuréticos para induzir a diurese ➡Alimentação parental ou enteral ➡administração de agua ( com siringas) ➡mialgia pode ser aliviada com analgésicos opioides ➡Caso o animal esteja em decúbito por muito tempo deve-se trocar de posição para que não ocorra necrose isquemica do tecido muscular, evitar escaras e problemas sistêmicos, como respiratório. ➡Usar pomadas ou colirios para tratar o ressecamento causado pela olftalmoplegia 10 dosagem ➡Diurético - solução de Monitrol a 20% ( 1 a 2g/kg, cada seis horas,IV ) - ๏mas caso a oligúria persistir, usar Furosemida ( 2 a 6 mg/kg, a cada 8 - 12 horas, IV ) ➡Em cães e gatos ,que possuem urina acida, fazer alcalinização da urina com bicarbonato de sódio ( 1 a 2 mEq/kg/h ), para evitar cilindros de mioglobina nos néfrons, pois este cilindros podem agravar a lesão renal. Prognóstico ➡Para os acidentes leves e moderados podem ser favoráveis aos animais atendidos nas primeiras 6 horas. ➡Nos casos graves, o prognóstico está vinculado a existencia ou não de insuficiência renal, sendo reservado à desfavorável quando há necrose tabular aguda / Injúria Renal Aguda (IRA). 11 referências ➡Manual de toxicologia veterinária - Nogueira,Andrade ➡http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/zoonoses_intoxicacoes/ Acidentes_por_Animais_Peconhentos_e_Venenosos.pdf ➡Caderno tecnico de 75 animais peçonhentos - UFMG; https://vet.ufmg.br/ ARQUIVOS/FCK/file/editora/ caderno%20tecnico%2075%20animais%20peconhentos.pdf 12 http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/zoonoses_intoxicacoes/Acidentes_por_Animais_Peconhentos_e_Venenosos.pdf http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/zoonoses_intoxicacoes/Acidentes_por_Animais_Peconhentos_e_Venenosos.pdf
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