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FILOSOFIA CLÁSSICA EM HISTÓRIA DA PSICOLOGIA

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PSICOLOGIA: FUNDAMENTOS E HISTORICIDADE – PROFª OLIVIA COSTA DO VALE 
ALUNA RAYANE RAIOL DE SOUZA – SEMESTRE 1 
Fichamento: Livro “Psicologia: Das Raízes Aos Movimentos Contemporâneos” – Cap. 02: O pensamento psicológico 
em Sócrates, Platão e Aristóteles. 
SÓCRATES 
Sócrates é a parte inicial da tríade de pensadores considerada a coluna vertebral da história do pensamento 
filosófico ocidental. Tendo vivido numa época de importantes reformulações políticas e -, portanto,- sociais em 
Atenas, atraiu uma plateia considerável de jovens com seus discursos. Neles, a partir de uma ideia inicial e através de 
um método inquisitório, ele tentava entender os fenômenos, as ideias ou o que fosse destrinchando-os, chegando 
assim ao cerne das questões. Conhecidíssimo pelo lema “Conhece-te a ti mesmo”, Sócrates estava preocupado com 
a subjetividade humana a tal ponto de afirmar que é talvez a única coisa que podemos de fato entender – nós 
mesmos. Tendo sido convidado a beber da cicuta pelos anciãos de Atenas pela acusação de perverter a juventude 
ateniense e pregar contra os deuses gregos, morreu deixando plantadas as sementes das indagações acerca do 
corpo, da alma, do belo e da virtude em seu mais dedicado discípulo: Platão. 
 
PLATÃO 
 
 Platão foi o discípulo mais aplicado de Sócrates. Não tendo Sócrates nunca escrito material algum, foi Platão 
quem registrou toda a sua filosofia, mesclando-a então com a dele próprio. Após a morte de Sócrates, Platão fundou 
a Academia, onde ele mantinha alunos aos quais ensinava principalmente o pensar filosófico. Suas ideias baseavam-
se nas reflexões sobre a relação entre o corpo e a alma. Ele afirmava que a alma é infinita, ou seja, eterna, e fica 
aprisionada nos nossos corpos pela duração de nossas vidas. O corpo, por sua vez, é fraco, acaba, e está sujeito às 
suas necessidades básicas. Assim, a pureza e virtude da alma são comprometidas pelo corpo, que “atrapalha” o 
modo de viver ideal de uma alma: uma vida de virtude, de busca apenas pelo conhecimento e baseada em justiça e 
moderação, sendo o seu ápice chegar ao “Mundo Ideal”. Para Platão, existe, além da divisão entre o corpo e a alma, 
uma divisão entre o nosso mundo (o Mundo Sensível), que é palpável e baseado na interpretação dos nossos 
sentidos e um Mundo Ideal, do qual somos apenas a sombra. Este segundo possui todas as coisas perfeitas, as coisas 
ideais, e a ele é que pertencem nossas almas. Na visão platônica, estamos tão “melhores” quanto mais próximos do 
mundo ideal. 
 
ARISTÓTELES 
 
 Aristóteles foi o aluno de mais destaque da Academia de Platão. Mesmo assim, e com profundo respeito 
pelo seu mestre, negava as suas ideias e acreditava no contrário: ao invés de concordar com a dicotomia Platônica, 
Aristóteles produziu uma filosofia monista, pregando que somente através das experiências, do nosso mundo 
sensível e das coisas palpáveis, é que poderíamos aprender e nos elevar enquanto seres. É fácil compreender o 
porquê disto: Aristóteles era filho de um médico, o que significa que por toda a sua vida anterior à Academia, ele 
esteve em contato com o hábito da experimentação, dos sentidos, e de tudo aquilo que fosse palpável. Assim, a 
cisão corpo/alma e a negação completa daquilo que fosse proveniente do corpo era inconcebível, estando a alma 
“na verdade” ligada às funções do corpo, garantindo a harmonia das funções vitais, sem as quais ela própria não 
vive, e não em agonia querendo retornar a seu mundo de plenitude e conhecimento. A visão de Aristóteles em 
relação à experimentação, ao registro das suas observações e à sistematização da sua própria filosofia no Liceu (que 
ele fundou, onde passou a dar aulas) foi indispensável para a abertura de caminho pré-científico que se deu em 
direção ao naturalismo e ao empirismo.

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