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Questão 1: A Empresa LM S/A, produtora de cosméticos, recolheu a maior tributo indireto incidente sobre a saída dos respectivos produtos vendidos a terceiros, tendo sido incluído, no preço da venda, o montante do tributo. Verificado o equívoco, a empresa ingressou com pedido, junto à Receita competente, ao efeito de ser declarado o pagamento indevido e restituído o seu montante. A Receita reconheceu o pagamento indevido, tendo, contudo, negado o pedido de restituição. Esclareça se é possível a repetição do indébito no caso vertente, quem deveria requerer e com qual fundamento. Justifique com base no ordenamento jurídico em vigor. R: Com base no artigo 165 do CTN, que dispõe que o sujeito passivo tem o direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, sendo assim, caberia, no caso em tela, a repetição de indébito em função do pagamento a maior do tributo. O caso em tela destaca que teria sido recolhido a maior tributo indireto, sendo assim, tal tipo de tributo têm-se seu ônus financeiro suportado pelo contribuinte de fato, um terceiro, e portanto, o CTN em seu artigo 166, dispõe que cabe a restituição do tributo pago a maior, desde que quem suportou o encargo financeiro, prove haver assumido o mesmo ou desde transferido a terceiro, esteja por este autorizado a recebe-lo. Quanto a sua legitimidade para requerer a repetição de indébito, esta seria do contribuinte de direito, a Empresa LM S/A. Questão 2: O que é lançamento tributário e quais são as suas modalidades? R: É um procedimento administrativo que verifica a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, ele determina a matéria tributável, calcula o montante do tributo devido, e identifica o sujeito passivo, e quando necessário, propõem a aplicação da penalidade cabível. O lançamento tributário pode ser feito de três maneiras, de ofício ou direito, por declaração ou misto e por homologação. Na primeira modalidade, o lançamento é efetuado e revisto de ofício, podendo ser feito quando a lei assim o determinar ou em face da revisão efetuada pelo fisco, onde ele apura os elementos e calcula o valor devido. É ato praticado exclusivamente pela autoridade administrativa. Já o lançamento por declaração, o contribuinte presta informações fáticas á autoridade fiscal. E na última, por homologação, o contribuinte informa, calcula e paga antecipadamente. Questão 3: Texto 1 - A Câmara aprovou uma medida provisória (MP 795) que perdoa R$ 54 bilhões devidos por gigantes do petróleo. O cálculo foi feito pela Unafisco (Associação Nacional dos Auditores da Receita Federal), após analisar documentos da Receita. O valor se refere a tributos cobrados das companhias entre 1997 e 2014, cujo pagamento elas questionavam.... Disponível em: http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2017/12/08/camara-perdoa- r-54-bilhoes-de-petroleiras-diz-lider-de-fiscais-da-receita.htm?cmpid= copiaecola& cmpid=copiaecola> Ao perdoar R$ 54 bilhões de tributos vencidos, sabendo-se que eles estavam sendo questionados, nos moldes noticiados, comente sobre a legalidade da medida adotada pela Fazenda ao conceder o perdão e quais outras formas de extinção poderiam ser utilizadas pelo Fisco e pelas petroleiras para que a extinção se efetivasse. R: Preliminarmente, vejamos quais são as formas de extinção: o pagamento; a compensação; a transação; a remissão; a prescrição e a decadência; a conversão de depósito em renda; e outros. Com base no artigo 172 do CTN, a lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder a remissão total ou parcial de crédito tributário quanto à situação econômica do sujeito passivo, quanto ao erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto à diminuta importância do crédito tributário, quanto a consideração de equidade, e quanto a condições de peculiaridades a determinada região do território da entidade tributante. Portanto, a remissão seria uma das hipóteses de extinção do crédito tributário. O Governo argumentou que tal renúncia fiscal seria um incentivo ao setor de óleo e gás. Ou seja, a renúncia fiscal é quando o Governo abre mão de receber parte dos impostos devidos em prol de um estímulo da economia ou de programa social. Questão 4: Cite e explique sucintamente possíveis institutos de suspensão tributária que poderiam ser aplicados durante a pandemia do covid-19. R: São os institutos de suspensão da exigibilidade do crédito tributário: a moratória; o depósito do montante integral; o recurso em processo administrativo fiscal; a liminar em Mandado de Segurança; concessão de liminar em outras ações judiciais e o parcelamento. Destes, o que poderia ser aplicado durante a pandemia do covid-19 seria a moratória, que versa sobre a postergação do prazo da obrigação principal. Esta depende necessariamente de lei e pode ser concedida em caráter geral ou individual. Abrange os créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2017/12/08/camara-perdoa-r-54-bilhoes-de-petroleiras-diz-lider-de-fiscais-da- http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2017/12/08/camara-perdoa-r-54-bilhoes-de-petroleiras-diz-lider-de-fiscais-da- lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo Questão 5: Qual o entendimento do STF sobre a dação em pagamento no tocante ao direito tributário? R: O STF admitiu a dação em pagamento em bem imóveis, antes mesmo da alteração do CTN, onde prevê que o fisco pode aceitar bem imóvel se houver lei do ente. Ressalta-se que, nesta hipótese enquadram-se somente bens imóveis, pois bens móveis estariam violando o princípio licitatório. Sendo assim, bem imóvel é hipótese de dispensa de licitação, bem móvel não.
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