Alterações Circulatórias

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Michelle Soares 
@ms.vet_ 
São alterações relacionadas aos distúrbios que 
acometem a irrigação sanguínea e o equilíbrio 
hídrico. 
Divididas em 3 grupos: 
 Volume sanguíneo 
 Obstrutivas 
 Hídricas 
 
VOLUME SANGUÍNEO 
Aumento da quantidade de fluxo sanguíneo para 
determinado órgão ou região devido a dilatação 
arteriolar. 
Processo ativo: agudo, rápido. 
Hiperemia (aumento do fluxo sanguíneo) 
 Hiperemia 
 Congestão 
 Hemorrágica 
 
Exemplos de hiperemia: digestão, exercícios, 
estrógeno (hormônio no cio) 
*fisiológicas* 
 
HIPEREMIA PATOLÓGICA 
 Injuria térmica (queimaduras ou 
congelamento) 
 Irradiações intensas 
 Traumatismos 
 Infecções 
 Inflamação aguda 
 
MACROSCÓPICAS 
“In vivo” = aumento de volume e da temperatura 
local, vermelhidão e as vezes pulsação. 
 
 
MICROSCÓPICAS 
 Ingurgitamento vascular, com hemácias 
em posição periférica no fluxo laminar. 
 Ingurgitamento vascular, com leucócitos 
em posição periférica no fluxo laminar. 
 Marginação, pavimentação e diapedese 
leucocitária 
 
 
CONGESTÃO 
 Acúmulo de sangue dentro dos vasos 
sanguíneos em determinado órgão ou 
região. 
 Diminuição da drenagem venosa por 
aumento da resistência capilar 
CONGESTÃO LOCAL 
 Obstrução ou compressão vascular 
 Torção de vísceras 
 Trombos venosos 
 Compressão vascular por neoplasias, 
abcessos, granulomas. 
CONGESTÃO SISTÊMICA 
 Insuficiência cardíaca congestiva 
 Trombose e embolia pulmonar 
 Lesões pulmonares extensas 
 
Michelle Soares 
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MACROSCÓPICAS 
Congestão local ou focal 
 
 Vasos sanguíneos congestos 
 Aumento de volume 
 Sangue escuro 
 Arroxeada intensa 
 
MICROSCÓPICA 
Acúmulo de hemácias no interior dos vasos 
sanguíneos de forma difusa. 
 
HEMORRAGIA 
Extravasamento de sangue para fora dos vasos 
sanguíneos e acumulo de sangue no espaço 
intersticial ou cavidades. 
Etiologia: traumática, hemática (intoxicações, 
hipovitaminose, hepatopatias, coagulopatias) e 
vascular (hipertensão intravascular, toxinas e 
agentes infecciosos). 
 
 
QUANTO AS SUAS LOCALIZAÇÕES 
 Externas ou superficiais 
 Internas com fluxo externo 
 Ocultas: sem fluxo externo, somente 
interno (vísceras ou cavidades) 
 
 
QUANTO A MORFOLOGIA 
Extravasamento de sangue para o tecido 
cutâneo. 
 Hematoma 
 Equimoses – 2 a 3 cm 
 Purpuras – 1cm 
 Petéquimas – 1 a 2 mm 
 
 
Extravasamento de sangue para as mucosas 
 Sufusões (hemorragias lineares) 
 Vibíces 
 
MICROSCÓPICA 
Presença de hemácias de forma difusa pelo tecido. 
 
 
Michelle Soares 
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RESOLUÇÕES DAS HEMORRAGIAS 
 Rupturas de vasos sanguíneos 
-Porta de entrada para micro-organismos. 
-Infecção bacteriana e formação de 
abcessos. 
 Hemostasia (contenção do fluxo de 
sangue) 
-Ação plaquetária 
-Formação de um coagulo 
-Reorganização tecidual e fibrose 
CHOQUE 
 Falência circulatória associada a grave 
distúrbio da microcirculação e 
hipoperfusão generalizada 
 Via final de vários eventos clínicos 
 Leva a perfusão deficiente e a hipóxia 
celular 
CHOQUE CARDIOGÊNICO – infarto e 
insuficiência cardíaca 
CHOQUE OBSTRUTIVO – obstrução do vaso, 
compreensão da caixa torácica, embolia, 
trombose. 
CHOQUE HIPOVOLÊMICO – trauma e 
hemorragia 
CHOQUE ANAFILÁTICO – reação alérgica 
CHOQUE SÉPTICO – Infecções generalizadas 
 
OBSTRUTIVAS 
TROMBOSE 
Formação de estrutura solida (trombo) no interior 
dos vasos sanguíneos, a partir dos constituintes 
normais do sangue. 
 
 
Ela é fixa no vaso. Quando se desprende que vira 
embolia. 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação quanto a composição 
 
 
 
Classificação quanto a localização 
 
 
 
 
Classificação quanto a evolução 
 
 
MACROSCÓPICA 
 
Brancos 
Vermelhos 
Mistos 
Michelle Soares 
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MICROSCÓPICA 
 
 
EMBOLIA 
Processo pelo qual um êmbolo é transportado pela 
circulação sanguínea. 
Êmbolo – é uma massa intravascular livre (sólida, 
liquida ou gasosa) que obstrui parcial ou total a 
luz do vaso. 
Etiologia: trombos, parasitas e celulas neoplásicas. 
 
O embolo se distingue do trombo por não estar 
aderido à parede do vaso sanguíneo e por não 
assumir a anatomia da luz vascular. 
 
 
EMBOLIA LÍQUIDA 
Queimaduras ou fraturas ósseas. 
 Deslocamento de adipócitos e tecido 
subcutâneo ou canal medular. 
 Deposito de placas de gordura no 
endotélio. (Embolia gordurosa) 
 
EMBOLIA GASOSA 
Introdução de ar nos vasos sanguíneos: 
administração de medicamentos através de 
seringas, cirurgias, parto ou aborto. 
 
 
EMBOLIA SÉPTICA 
Infecções generalizadas: presença de micro-
organismos na circulação sanguínea. 
 
 
MICROSCOPIA 
 Região central com necrose 
 Bordas com calcificação 
 Presença de celulas inflamatórias 
 
 
INFARTO 
Área localizada de necrose isquêmica. 
Causas: trombose, embolia, compressão, torção. 
 Anêmicos: oclusão de artérias (rim, baço, 
coração); 
 Hemorrágicos (isquemia + hemorragia): 
oclusão de veias (fígado, pulmões); 
 Evolução: cicatrização, infecções 
secundárias por bactérias oportunistas 
(abscessos, gangrena). 
 
 
 
 
 
Michelle Soares 
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HÍDRICAS 
EDEMA 
Significa inchaço, luxação. 
Acumulo de liquido no interstício ou em 
cavidades do organismo. 
 
O liquido pode ser: 
TRANSUDATO = claro, seroso com pouca 
proteína e mantem a permeabilidade do vaso 
preservada. (OCORRE NO AUMENTO DA 
PRESSÃO HIDROSTÁTICA E NA 
DIMINUIÇÃO DA PRESSÃO OSMÓTICA) 
EXSUDADO = líquido rico em proteínas, sinal de 
processo inflamatório, alteração na 
permeabilidade vascular. (OCORRE NO 
AUMENTO DA PERMEABILIDADE 
CAPILAR) 
 
Processo normal, fisiológico. 
 
Extravasamento de líquidos para fora dos vasos 
sanguíneos e acúmulo de líquidos no espaço 
intersticial ou cavidades. 
 
Mecanismos que levam ao edema. 
 
 Aumento da pressão hidrostática 
 Diminuição da pressão osmótica 
 Permeabilidade do capilar 
 Obstrução hídrica 
Pressão osmótica = feita pelas proteínas as quais 
atraem a água para si. 
AUMENTO DA PRESSÃO 
HIDROSTÁTICA INTRAVASCULAR 
 É a pressão do plasma sanguíneo que 
exerce na parede dos vasos. 
 Se eu tenho um aumento dessa pressão, vai 
sair mais liquido e íons para o interstício. 
 
O QUE CAUSA O AUMENTO? 
Insuficiência cardíaca congestiva (aumento da 
pressão do sangue no interior do vaso sanguíneo) 
Congestão e obstrução do fluxo sanguíneo 
(trombo, embolo e neoplasia) 
 
 
DIMINUIÇÃO DA PRESSÃO 
ONCÓTICA/OSMÓTICA 
Perda de proteína, o que leva: 
 Parasitismo 
 Glomerulopatias 
 
Redução da síntese proteica, o que leva: 
 Desnutrição 
 Cirrose 
 Neoplasia hepática 
 
 
Não tenho proteínas para atrair a água para 
dentro do vaso. 
 
AUMENTO DA PERMEABILIDADE 
CAPILAR 
Aumenta o espaço, a permeabilidade do vaso, que 
sai água, íons e proteínas em excesso. (Ocorreu a 
vaso dilatação). 
As causas: 
Michelle Soares 
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 Toxinas bacterianas 
 Processo inflamatório 
 Alterações metabólicas (uremia, hipóxia, 
choque) 
 
O liquido não tem como voltar porque as 
proteínas estão fora, e ficam atraindo a água 
para fora. 
 
OBSTRUÇÃO LINFÁTICA 
Levam as obstruções do capilar linfático. Diminui 
a habilidade do sistema linfático, onde não drena 
os “15%” para dentro do vaso. 
No normal: 85% volta para o plasma sanguíneo, e 
os 15% são drenados para dentro do capilar 
linfático. 
Mas se o capilar linfático estiver obstruído, ele 
não consegue drenar. 
 Processos inflamatórios 
 Neoplasias 
 Traumas 
 
 
 
 
 
MACROSCÓPICA 
Extravasamento de liquido pelas narinas/cavidade 
oral devido ao acumulo dos pulmões e traqueia. 
 
 
Líquido exsudato. 
 
MICROSCÓPICA 
Acumulo de hemácias no interior dos vasos 
sanguíneos de forma difusa (espalhada) 
Presença de liquido proteináceo de coloração 
rósea nos espaços intersticiais. 
 
“Proteínas = cor de rosa”