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Corantes, flavorizantes e edulcorantes

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Farmacotécnica I – Aula 5 
Corantes, edulcorantes e flavorizantes 
• Corantes 
→ Conceitos: 
- Corantes: De acordo com a 6ª edição da Farmacopeia 
Brasileira, o corante pode ser definido como qualquer 
composto orgânico ou inorgânico, natural ou sintético 
que, independentemente de possuir ou não atividade 
farmacológica é adicionado aos medicamentos, alimentos, 
cosméticos ou correlatos com a finalidade única de corá-
los ou de alterar sua cor original. 
→ Substâncias corantes, por que utilizar? 
Os corantes têm como função melhorar a aceitação do 
medicamento e adesão ao tratamento por parte do 
paciente, este pode ser um produto oral, como o 
corante ou pigmento combinado com flavorizante e 
possui tonalidades semelhantes às da pele podem ser 
adicionadas em preparações tópicas. Algumas empresas 
utilizam para identificar diferentes concentrações durante 
produção e distribuição, ou seja, alguns medicamentos 
semelhantes podem possuir diferentes tonalidades que 
tem como função destacar a diferença na concentração, 
então muitos pacientes se baseiam nas colorações para 
reconhecer o medicamento prescrito e a dosagem 
adequada. Além disso, em combinação com os agentes 
aromatizantes, podem ser usados para mascarar o sabor 
de componentes desagradáveis de um produto 
farmacêutico. 
• Classificação das substâncias corantes 
As substâncias corantes podem ser classificadas como 
pigmentos ou como corantes propriamente ditos, em 
que no caso dos pigmentos, é possível utilizar de 
opacificantes, que constituem um subtipo da classificação. 
As principais diferenças estão relacionadas ao tamanho 
das partículas e da solubilidade no meio em que são 
inseridos. 
 
Como visto acima, os corantes possuem partículas 
menores e que são caracterizadas como solúveis em 
água e, portanto, são utilizados em soluções, além disso, 
os corantes apresentam menor estabilidade química e 
térmica que os pigmentos. 
Em contrapartida, os pigmentos se apresentam em 
partículas maiores, sendo insolúveis em água e portanto, 
são utilizados em suspensões, possuindo a característica 
de maior estabilidade química e térmica quando 
comparado aos corantes. 
Pode-se caracterizar por um ponto de vista 
farmacêutico, os corantes são solúveis em solventes 
farmacêuticos, normalmente em água, álcool ou 
propilenoglicol, conferindo à solução, cor límpida 
(transparente) às preparações farmacêuticas, geralmente 
líquidas. Já os pigmentos são destacados como 
substâncias insolúveis em solventes farmacêuticos, 
apresentadas em pequenas partículas que conferem cor 
opaca às preparações farmacêuticas. 
→ Opacificantes: 
Estes são substâncias insolúveis, portanto, se trata de um 
subtipo especial dos pigmentos, que conferem às 
preparações cor branca opaca. Os opacificantes são 
muito utilizados no revestimento de comprimidos para 
prevenir a fotodegradação de seus componentes 
(princípio ativo) sensíveis à luz, ou ainda, para obter 
invólucros de cápsulas opacos. Além disso, estes podem 
ser usados isoladamente ou em combinação com 
corante ou com outro pigmento. Como exemplo de 
opacificantes podemos citar o dióxido de titânio. 
 
→ Solubilidade ou insolubilidade dos corantes e 
pigmentos: 
A explicação para o fato de determinado 
corante ou pigmento é solúvel ou insolúvel se deve a 
presença de certos grupos químicos na estrutura do 
composto, estes são capazes de influenciar diretamente 
na solubilidade das espécies. Corantes são, na sua 
maioria, de origem sintética e podem ser classificados 
em um dos sete grupos químicos abaixo, juntamente 
com o grupo nitro. 
Grupo indigoide Grupo xantina 
Grupo azo Grupo trifenilmetano 
Grupo quinolona Grupo antraquinona 
• Corantes orgânicos sintéticos e sua 
classificação 
Os corantes geralmente são classificados como corantes 
azoicos e não azoicos, em que os corantes azoicos 
podem ser caracterizados por serem os que contêm 
grupamentos -N=N-, já os não azoicos, pertencem a 
uma ampla variedade de classes químicas. Os primeiros 
corantes azoicos foram obtidos a partir da anilina, extraída 
do coaltar e como exemplos mais atuais, podem ser 
citados o amaranto (Vermelho FD&C No.2), o Amaranto 
Crepúsculo (Amarelo FD&C No.6), Azorrubina (Vermelho 
Carmoisina), Ponceau 4R, Vermelho 40 e a Tartrazina 
(Amarelo FD&C No.5). 
 
Na figura anterior, podemos ver algumas estruturas 
químicas de corantes descritos como Azo, são eles (a) 
amaranto Tartrazina, (b) amarelo crepúsculo e (c) 
vermelho amaranto. 
Já os corantes não azoicos são caracterizados como 
de uso mais frequente e os corantes não-azoicos mais 
conhecidos são a eritrosina, o índigo carmim e o 
amarelo de quinolina (ou quinoleína), evidenciados na 
porção inferior. 
 
Já a estrutura acima representa, como citado 
anteriormente, um corante não-azoico chamado índigo 
carmim. 
• Corantes orgânicos naturais 
Como corantes orgânicos naturais, é possível citar a 
curcumina, a riboflavina, a cochonilha – ácido carmínico 
extraída de insetos – clorofila, caramelo, carotenoides 
(alfa, beta e gama-caroteno, bixina, norbixina, capsantina, 
capsorubina e licopeno). Bem como as xantofilas 
(flavoxantina, luteína, criptoxantina, rubixantina, 
violoxantina, rodoxantina e cantaxantina), as antocianinas 
(pelargonidina, ciandina, peonidina, delfinidina, peutnidina e 
malvidina) e o vermelho de beterraba (betanina). 
→ Cor das substâncias corantes 
A coloração das substâncias se deve aos grupos 
cromóforos, que são grupos insaturados presentes na 
molécula, como exemplificado a seguir. 
Grupo cromóforo Estrutura presente na 
molécula 
Azo -N=N- 
Nitroso -N=O 
Nitro -NO2 
Azoxi -N=N(O)- 
Carbonil -C=O 
Etileno -C=C- 
 
Além dos citados acima, também se tem os grupos 
auxocromos, palavra derivada do grego que associa as 
palavras aumenta com cor, e que se caracteriza por 
serem grupos químicos que podem alterar a cor ou a 
sua intensidade. Esses grupos possuem estruturas como 
ácidos (-COOH, -OH e -SO3H) e, também podem ser 
básicos (-NHR, NR2 e NH2). É importante salientar que os 
grupos auxocromos podem ser conjugar com os 
cromóforos e alterar a cor, intensidade e outros fatores 
da substância, como abaixo. 
 
 
• Substâncias corantes inorgânicas 
São descritas como os pigmentos e opacificantes, em 
que os mais utilizados são o óxido de ferro, podendo este 
ser na coloração vermelha, amarela e preta. Um outro 
exemplo é o Dióxido de titânio, que é empregado para 
prevenir a fotodegradação de componentes da 
formulação sensíveis à luz, existem outros opacificantes 
menos utilizados como o carbonato de cálcio, o alumínio, 
a prata e ouro. 
 
→ Classificação de Corantes FDA 
1) Corantes designados como FD&C - podem ser 
empregados em alimentos, medicamentos e cosméticos; 
2) Corantes designados como D&C - são autorizados 
para uso em medicamentos e cosméticos; 
3) Corantes D&C de uso externo - apresentam emprego 
restrito aos medicamentos e cosméticos aplicados 
externamente. 
 
 
 
 
• Substâncias corantes e suas características 
Os corantes não devem ser empregados para disfarçar 
a qualidade insatisfatória do produto, nem serem tóxicos, 
bem como não devem ser adicionados em preparações 
injetáveis ou oftálmicas, além disso, aspectos legais fazem 
com que seja necessária a atualização nas mudanças na 
legislação. Essas substâncias podem ser afetadas por 
variações de pH e são instáveis em relação a reações 
de oxidação e redução, isto porque estas conduzem a 
alteração de sua solubilidade, afetam ou destroem a cor 
da preparação. 
RDC 79/2000 Anexo III apresenta uma lista de substâncias 
corantes permitidas para produtos de higiene pessoal, 
cosméticos e perfumes. Volume I da Farmacopeia 
Brasileira. 
• Flavorizantes 
São substâncias usadas para conferir sabor e odor 
agradáveis às preparações farmacêuticas e cosméticas. 
Além de serem muito utilizadas na área alimentícia. Se 
trata de uma propriedadede difícil definição e 
quantificação, pois engloba diversas sensações variadas, 
sendo estas o sabor, odor, tato, visão e até audição, 
isto porque a língua humana possui mais de 10000 
papilas gustativas e por isso, uma sensação única como 
o sabor é de difícil descrição. Cada pessoa pode sentir 
os quatro sabores primários, e que por isso, nem todos 
podem descrever o gosto ou sabor de maneira 
individual. 
 
 
 
 
 
 
→ Por que utilizar um flavorizante? 
Estes são adicionados às preparações orais para 
melhorar a aceitação do medicamento pelo paciente e 
por isso, a seleção do flavorizante é de suma 
importância para a adesão do paciente ao tratamento, 
principalmente porque melhoram a palatabilidade ou 
mascaram o sabor desagradável dos fármacos, 
contudo, é importante verificar sempre as possíveis 
alergias que podem ser causadas pelo uso de tais 
substâncias. 
É muito importante a preferência do paciente, então 
sempre que possível este deve ser consultado quanto 
a seleção do flavorizante, tais preferências estão 
geralmente relacionadas a idade e a questões pessoais. 
Até porque seguindo um sentido lógico, de que adianta 
o flavorizante mascarar o sabor de um fármaco de 
gosto desagradável se o paciente que usará o 
medicamento não se identificar com o sabor definido 
para o medicamento. 
Os sabores primários geralmente estão associados a 
algumas características de certos compostos químicos 
presentes nas estruturas relacionadas, como por 
exemplo o sabor azedo que é justificado pela presença 
de íons H+ e que geralmente estão presentes em 
ácidos ou fenóis e em substâncias solúveis, além destes 
citados anteriormente, o sabor azedo também marca 
presença em substâncias como taninos e lactonas. A 
presença de insaturações em moléculas de compostos 
orgânicos é um forte indicativo de que algumas 
substâncias também possam apresentar sabor azedo. 
 
Já o sabor salgado geralmente é justificado pela 
presença de compostos inorgânicos de baixa massa 
molecular como o cloreto de sódio e o cloreto de amônio. 
O sabor amargo é gerado quando um dos íons que 
compõe o sal apresenta elevada massa molecular e 
então, quase sempre nessas condições o sabor é 
amargo, como o que acontece no cloridrato de 
difenidramina e em bases livres e amidas, como a cafeína, 
anfetamina e codeína. 
O sabor doce é associado com mais frequência à 
presença de compostos poli-hidroxilados de baixa massa 
molecular, como por exemplo a sacarose, sorbitol e 
manitol, em que outros grupamentos também podem 
ser responsáveis pele característica adocicada, como a 
imidas – sacarina, as combinações de aminoácidos – 
aspartame e açúcares clorinatados – sucralose. 
→ Métodos para melhorar o sabor de preparações de 
uso oral: 
1) Mistura: misturas de flavorizantes que 
produzem melhoria de sabor, em que o flavorizante 
usado se misture ou que possa ser associado ao sabor 
do fármaco. Por exemplo, um fármaco azedo é associado 
ao flavorizante cítrico ou frutal junto com um evaporante 
responsável por melhorar o aspecto e gosto, já no caso 
de um fármaco antiácidos são associados ao sabor de 
mental, o sabor amargo é melhorado com flavorizante 
salgado ou doce. 
2) Mascaramento: envolve a escolha de um 
sabor mais intenso e duradouro que o do fármaco. Se 
usa hortelã-pimenta, salicilato de metila e o alcaçuz de 
sabor doce. 
3) Métodos físicos: pode-se tornar o fármaco 
insolúvel (alterações no pH, em solventes ou nos 
reagentes geram tal efeito), realizar a emulsificação de 
fármacos oleosos (melhorar a palatabilidade) ou o uso de 
veículos viscosos (reduz o contato com as papilas). 
4) Métodos químicos: são os mais utilizados na 
produção de fármacos e envolvem reações de 
complexação e a síntese de pró-fármacos (torna o 
fármaco em uma estrutura diferente e que por isso, não 
permite a digestão deste durante a ingestão, evitando 
que o sabor deste seja percebido). 
5) Métodos Fisiológicos: podem ser realizados 
através de agentes anestesiantes, preparações 
efervescentes (bebida carbonatada que reduz a 
sensação de sabor) e armazenamento da preparação no 
refrigerador (o frio reduz a sensação do sabor 
desagradável porque é capaz de anestesiar as papilas 
gustativas). 
→ Sabores de flavorizantes sugeridos para classes 
específicas de fármacos 
Classe de fármacos Sabores de 
flavorizantes 
Antibióticos Cereja, maple, abacaxi 
e laranja 
Anti-histamínicos Damasco, cereja, 
canela, uva e mel 
Descongestionante e 
Expectorantes 
Anis, damasco, doce de 
manteiga e cereja 
Soluções de Eletrólitos e 
Geriátricas 
Cereja, uva e lima-limão 
Sabor metálico (Ibuprofeno) Marshmallow e menta 
 
→ Flavorizantes 
Muitos flavorizantes são disponibilizados como óleo, como 
por exemplo o óleo de limão e o óleo de laranja, ou 
como soluções alcóolicas concentradas. No caso, se o 
óleo for empregado em uma preparação aquosa, ele 
deve ser primeiro dissolvido (usa-se solventes como 
etanol, glicerina ou . Exemplos de misturas de 
flavorizantes que melhoram o sabor das preparações 
podem ser exemplificadas como Espírito de Laranja NF 
(Espíritos são misturas de óleo essenciais que são muito 
utilizados para mascarar melhor o sabor de alguns 
medicamentos) e como a Tintura de Cardamomo NF. 
 
→ Tipos de flavorizantes: 
Naturais: óleos essenciais extraídos de plantas e 
sabores naturais de frutas. 
 Artificiais: álcoois aromáticos, ésteres (a maioria 
dos flavorizantes sintéticos são compostos por ésteres 
orgânicos, que normalmente tem baixa massa molecular, 
sendo muito solúveis em água e muito voláteis), aldeídos, 
bálsamos, fenóis, terpenos etc. 
→ Essências 
São utilizadas em preparações de uso tópico, sendo 
utilizadas exclusivamente na indústria cosmética, e como 
exemplo é possível citar o salicilato de metil, que constitui 
o óleo sintético de gualtéria, bem como as essências de 
rosas que produzem o óleo de rosas, água de rosas forte 
(solução saturada de óleo de rosas em água), água de 
rosas diluída (1:1) e óleo de rosas artificial e/ou fluído de 
rosas solúvel. 
 
• Edulcorantes 
 → Conceitos e termos base: 
Edulcorantes: são definidos como substâncias usadas 
para conferir sabor doce às preparações farmacêuticas, 
isto porque, o sabor doce é uma preferência inata do ser 
humano e podem ser mais autoexplicativos quando seu 
outro sinônimo é revelado, isto porque os edulcorantes 
também podem ser chamados de adoçantes. Seu uso 
está relacionado a dietas de redução de peso ou para 
pacientes diabéticos, em substituição a sacarose. 
Os edulcorantes são utilizados para melhorar a aceitação 
de preparações farmacêuticas orais pelo paciente e 
geralmente, são usados em combinação com os 
flavorizantes e corantes. Também são usados para evitar 
cáries, especialmente em medicamentos pediátricos, 
como substituto da sacarose. 
→ Propriedades desejáveis dos edulcorantes 
É necessário que estes sejam incolores e inodoros, bem 
como serem efetivos em baixas concentrações sem 
produzir sabor residual. O edulcorante também precisa 
ser solúvel em água em concentração suficiente e 
quimicamente estável em ampla faixa de pH e à 
temperatura ambiente, além de não ser tóxico ou 
carcinogênico. 
 
• Classificação dos edulcorantes 
 
Quanto ao dulçor - Baixo poder adoçante 
- Alto poder adoçante 
Quanto ao processo de 
obtenção 
- Naturais 
- Artificiais ou sintéticos 
Quanto a capacidade 
nutritiva ou calórica 
- Nutritivos 
- Não-nutritivos 
 
→ Capacidade nutritiva ou calórica: nutritivos ou não 
Nutritivos: fornecem energia e textura aos alimentos, tal 
como eles geralmente contêm o mesmo valor calórico 
do açúcar e podem ser utilizados em quantidade maiores. 
Como exemplo podemos citar a sacarose, frutose e a 
glicose, tal como os polióis. Os polióis são caracterizados 
como provenientes de uma reação de hidrogenação do 
açúcar que gera seu nome, estes possuem digestão 
mais lenta, sendo indicados parapacientes com dietas ou 
diabéticos além de serem classificados da seguinte forma: 
- Derivados de monossacarídeos: Sorbitol, manitol, xilitol 
e eritritol. 
- Derivados de dissacarídeos: Isomaltitol, lactitol, maltitol, 
tagatose e trealose. 
- Derivados de mistura de amidos hidrolisados 
hidrogenados: xarope maltitol 
Xilitol: 
 
 
 
Não-nutritivos: possuem doçura acentuada e não 
desempenham nenhuma outra função tecnológica no 
produto, desta forma, podem ser usadas quantidades 
muito pequenas e são pouco calóricos ou efetivamente 
não calórico. Como exemplos podemos citar o 
acessulfame-K, alitame, aspartame, ciclamato, 
esteviosídeo (Stévia), neo-hesperidina, neotame, sacarina, 
sucralosa e taumatina. 
→ Capacidade de adoçar 
1) Baixo poder Adoçante 
Sacarose, sorbitol, manitol, xilitol e lactose 
2) Alto poder adoçante 
Ciclamato, sacarina, aspartame, sucralose e acessulfame-
K. 
• Edulcorantes naturais e artificiais 
→ Edulcorantes Naturais: 
Sacarose: Possui como principais características o fato de 
ser muito solúvel em água fria ou quente e ser pouco 
solúvel em etanol, neutra ao papel de tornassol, além 
disso, possui efeito adoçante e é usada como padrão 
para determinar o dulçor dos outros edulcorantes. A 
sacarose também apresenta uma contribuição 
energética de cerca de 4Kcal/g e como efeitos positivos, 
pode-se citar o econômico pois é de baixo preço, sabor 
doce inigualável (carameliza) e é usada na produção de 
Xarope simples descrito no FN da FB. E come efeitos 
negativos, tem-se a sacarose como uma das principais 
causas de cárie, o fato dela 
ser contraindicada para 
diabéticos e ser relacionada 
à obesidade. 
 
Sorbitol: Em suas características destaca-se como muito 
solúvel em água, pouco solúvel em etanol e como 
higroscópico neutro, possuindo poder adoçante avaliado 
em cerca de 50 a 70% em relação a sacarose, 
contribuindo energeticamente com 2,6 Kcal/g. Como 
efeitos positivos, tem-se o fato de que o sorbitol é 
estável ao aquecimento e cozimento, sem falar na sua 
lenta absorção pelo corpo em relação à glicose. Os seus 
efeitos negativos são percebidos porque quando em 
excesso, o sorbitol apresenta efeito diurético e pode 
causar diarreia, perda de minerais pelo organismo e 
formação de cálculos renais. 
 
Manitol: Caracterizado como isômero do sorbitol, não 
higroscópico e de fácil solubilidade em água, sendo 
moderadamente solúvel em etanol e neutro, possuindo 
poder adoçante correspondente a cerca de 50% em 
relação a sacarose, além de apresentar contribuição 
energética de cerca de 1,6 Kcal/g. Como efeitos positivos, 
tem-se o fato de o manitol ser estável a temperaturas 
elevadas e a possibilidade de ser usado no tratamento da 
oligúria e pressões intracranianas e intraoculares elevadas. 
Seus efeitos negativos estão associados ao fato de que 
quando em excesso, exerce efeito laxante. 
 
Maltitol: Poliol 
Possui como característica o fato 
de ser um poliol muito solúvel em 
água e de possuir poder 
adoçante correspondente a 
cerca de 75 a 90% da doçura da 
sacarose. Podendo substituir a 
sacarose em alguns alimentos, 
além da gordura responsável pela textura cremosa nos 
citados. Este apresenta contribuição energética de 2,1 
Kcal/g e como principais efeitos positivos, o maltitol 
possui sabor semelhante ao açúcar e fornece massa e 
volume semelhante ao açúcar, além de não provocar 
cárie e de possuir efeito um pouco menor sobre a 
glicose sanguínea. O efeito negativo é o fato de não 
caramelizar como o açúcar. 
Stévia: Como características tem-se as principais como a 
solubilidade em água, extração a partir da planta Stevia 
rebaudiana Bertoni e o fato de conter uma mistura de 
edulcorantes nas folhas, essa mistura é composta por 
esteviol, esteviosídeo, rebaudiosídeo A, B, C e D e 
dulcósios). Poder adoçante de cerca de 200 a 300 vezes 
superior a sacarose, sem contribuição energética alguma 
e como efeitos positivos, a 
Stévia é estável a elevadas, 
apresenta sinergia com 
aspartame, acessulfame-K e 
ciclamato, mas não com a 
sacarina. Seu principal efeito 
negativo é o fato de poder 
apresentar sabor residual. 
 
→ Edulcorantes Artificiais: 
Sacarina e compostos relacionados: 
 1) Sacarina NF: sua solubilidade em água é de 
cerca de 1g/290 mL de água e 31 mL de etanol, 
apresentando poder adoçante de 500 vezes o da 
sacarose. 
 2) Sacarina Sódica USP: solubilidade de 1g para 
cada 1,5 mL de água e 50 mL de etanol, apresentando 
poder adoçante de 300 a 500 vezes o da sacarose. Sua 
contribuição energética não apresenta relevância e seus 
efeitos positivos estão relacionados ao fato de ser estável 
a temperaturas elevadas e se apresentar sinergismo com 
aspartame e ciclamatos. Como efeitos negativos, esta 
apresenta sabor residual metálico e tem consumo 
contraindicado na hipertensão e doenças renais. 
 
3) Sacarina Cálcica USP: 1g/2,6 mL de água e 4,7 mL 
de etanol, apresentando poder adoçante de cerca de 
300 vezes de sacarose. 
 
 
Aspartame: Quimicamente, o aspartame é uma molécula 
constituída por dois aminoácidos (L-fenilalanina e L-
aspártico) ligados por um éster de metila – isoladamente 
não produzem sabor doce. Seu poder adoçante é de 
cerca de 180 vezes mais doce que a sacarose. Pouco 
solúvel em água e não estável ao calor e embora seja 
um adoçante nutritivo, (4Kcal/g) é considerado de baixo 
valor calórico, uma vez que quantidades mínimas 
produzem a doçura desejada. Como efeitos positivos ele 
apresenta sinergismo com outros edulcorantes como a 
sacarina e tem como efeitos negativos o fato de ser 
instável ao calor e ser contraindicado para pacientes 
portadores de fenilcetonúria. 
 
Acessulfame-K: Como 
principais características, tem-
se o fato de ser facilmente 
solúvel em água e muito pouco 
solúvel em etanol, permitindo 
permanecer num pH de 3,0 a 
3,5. Com poder adoçante de 
180 a 200 vezes mais doce que 
a sacarose. Não é calórico 
(desprovido de contribuição energética) e nem 
metabolizado pelo organismo e é totalmente eliminado 
pelos rins, além de não possuir toxidade, comprovada até 
agora. Foi desenvolvido especificamente para ser 
associado a outros (blends: misturas de vários 
edulcorantes), não possui um resultado positivo quando 
aplicado sozinho. Muito estável a temperaturas elevadas 
e pH baixo e ao ataque microbiológico. Como principais 
efeitos negativos tem-se o fato de ser desaconselhável 
em situações clínicas de hipertensão. 
Sucralose: Como principais característica a solubilidade 
em água. É o edulcorante que possui grande poder 
adoçante, se comparado ao açúcar: cerca de 600 vezes 
mais doce. Aprovado a partir de 1998 pela FDA. Resulta 
da substituição de três hidroxilas da sacarose por igual 
número de radicais cloro. Trata-se do adoçante 
sintetizado mais recentemente, cujos registros informam 
não ser metabolizado pelo organismo humano, tampouco 
absorvido. A principal vantagem funcional do produto é o 
seu sabor semelhante ao do açúcar. Não provoca cáries, 
não é calórico e, portanto, não engorda. Indicado para 
diabéticos devido ao seu poder glucoformador ser igual 
a zero. É estável em ampla faixa de temperatura (-18° C 
a +210°C) e de pH (de 2,0 a 8,0) por longos períodos. 
Muito solúvel em água e outros solventes comuns no 
meio farmacêutico. Efeitos negativos são controversos 
devido a liberação de substâncias tóxicas e mutagênicas 
quando aquecida, além de alterar a microbiota intestinal 
induzindo a irritação do cólon. 
 
Ciclamato de Sódio: Caracterizado como facilmente 
solúvel em água quente ou fria e com poder adoçante 
de cerca de 30 vezes mais doce que o açúcar, sendo 
desprovido de contribuição energética. Muito usado 
juntamente com a sacarina sódica (em proporção de 10:1), 
sendo resistente a cocção prolongada e a uma ampla 
faixa de pH. Este apresenta 
como efeitos negativos o 
sabor residual amargo e 
outros motivos controversos, 
que acabam porinduzir a sua 
proibição nos EUA e no Japão.

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