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SUMÁRIO 1 ESTRATÉGIA DE POSICIONAMENTO LOGÍSTICO: CONCEITOS, IMPLICAÇÕES E ANÁLISE DA REALIDADE BRASILEIRA ....................................... 3 2 COORDENAÇÃO DO FLUXO DE PRODUTOS ......................................... 5 3 POLÍTICA DE PRODUÇÃO ...................................................................... 14 3.1 Alocação dos estoques ...................................................................... 18 3.2 Dimensionamento da rede de instalações .......................................... 20 3.3 Escolha do modal de transporte ......................................................... 20 4 O PAPEL DO TRANSPORTE NA ESTRATÉGIA LOGÍSTICA ................ 24 5 INTEGRAÇÃO COM OUTRAS FUNÇÕES LOGÍSTICAS ........................ 25 5.1 Transporte x Estoque ......................................................................... 26 5.2 Transporte x Serviço ao Cliente ......................................................... 27 6 CLASSIFICAÇÃO DOS MODAIS DE TRANSPORTE .............................. 28 6.1 Impactos da internet sobre o transporte ............................................. 31 6.2 Pulverização das entregas ................................................................. 31 6.3 Surgimento de portais de transporte .................................................. 32 6.4 Rastreabilidade de carregamentos ..................................................... 33 7 LOGÍSTICA E A ESTRATÉGIA COMPETITIVA ....................................... 34 8 VANTAGEM COMPETITIVA ..................................................................... 35 8.1 VANTAGEM EM PRODUTIVIDADE .................................................. 36 8.2 VANTAGEM EM VALOR .................................................................... 36 9 OBTENDO VANTAGEM COMPETITIVA ATRAVÉS DA LOGÍSTICA ...... 38 9.1 A missão do gerenciamento logístico ................................................. 38 10 A CADEIA DE SUPRIMENTOS E O DESEMPENHO COMPETITIVO .. 39 11 O AMBIENTE LOGÍSTICO EM MUTAÇÃO ........................................... 40 11.1 Explosão do Serviço ao cliente ....................................................... 41 11.2 Compressão do tempo .................................................................... 41 11.3 Globalização da Indústria ................................................................ 42 11.4 Integração organizacional ............................................................... 42 12 O DESAFIO DO GERENCIAMENTO LOGÍSTICO ................................ 43 13 Estratégia de logística ........................................................................... 46 13.1 Por que implementar uma estratégia de logística? ......................... 47 13.2 O que está envolvido no desenvolvimento de uma estratégia logística? 47 13.3 Desenvolvendo uma estratégia logística ......................................... 48 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 50 1 ESTRATÉGIA DE POSICIONAMENTO LOGÍSTICO: CONCEITOS, IMPLICAÇÕES E ANÁLISE DA REALIDADE BRASILEIRA1 O nosso objetivo é apresentar um conceito que está permitindo diversas empresas competirem eficientemente na cadeia de suprimentos, através da integração de processos de produção e logística, de modo a minimizar o custo total para um determinado nível de serviço – o posicionamento logístico. Atualmente, existem diversos motivadores que levam a uma crescente busca pela integração das operações de produção e logística, no âmbito da cadeia de suprimentos. 1. Pressão para reduzir os níveis de estoque, em função dos elevados custos de oportunidade de manter estoques. 2. Pressão para agilizar o atendimento ao cliente, reduzindo o prazo de entrega e aumentando a disponibilidade, tendo em vista a crescente exigência dos clientes nos últimos anos. 3. Pressão para customizar em massa, ou seja, oferecer para uma grande variedade de clientes produtos desenhados exclusivamente para atender suas necessidades específicas, ainda como reflexo das crescentes exigências nos últimos anos. Uma estratégia de posicionamento logístico é composta por cinco categorias de decisão que devem ser articuladas e coerentes entre si ao longo do tempo, de modo a permitir uma empresa alcançar seus objetivos de custo e nível de serviço. 1. Coordenação do fluxo de produtos: o fluxo de produtos deve ser puxado, ou seja, acionado pelo elo que está mais próximo ao consumidor final ou empurrado, ou seja, coordenado pelo elo que está mais próximo do fornecedor inicial? 2. Política de produção: uma empresa deve produzir para estoque, com base em previsões de vendas futuras, ou produzir contra pedido, atendendo sempre a demanda real apenas no momento que o cliente coloca o pedido? 3. Alocação de estoques: os estoques devem estar centralizados num único local, ou descentralizados por várias instalações? 1 Disponível em: http://www.ilos.com.br/web/estrategia-de-posicionamento-logistico-conceitos-implicacoes-e-analise-da- realidade-brasileira/ http://www.ilos.com.br/web/estrategia-de-posicionamento-logistico-conceitos-implicacoes-e-analise-da-realidade-brasileira/ http://www.ilos.com.br/web/estrategia-de-posicionamento-logistico-conceitos-implicacoes-e-analise-da-realidade-brasileira/ Fonte: pt.slideshare.net 4. Política de transportes: uma empresa deve operar com modais de transporte mais lentos e baratos, como o ferroviário e o marítimo, ou mais rápidos e caros, como o rodoviário e o aéreo? Deve buscar a consolidação do transporte ou a entrega expressa? 5. Dimensionamento da rede: quantas instalações deve ter uma empresa, qual a localização de cada uma, que produtos e mercados devem ser atendidos por cada instalação? Conforme apontam os itens anteriores, existem, portanto, diferentes possibilidades de integração dos sistemas de produção e logística, ou seja, de posicionamento logístico, no âmbito da cadeia de suprimentos. 2 COORDENAÇÃO DO FLUXO DE PRODUTOS Fonte: ecommercelogistica.blogspot.com.br A decisão de coordenação do fluxo de produtos é básica para a estratégia de posicionamento logístico, afetando fortemente todas as outras decisões, sobretudo a política de produção. Conforme visto, a coordenação está relacionada a qual estágio da cadeia vai acionar o fluxo: Mais próximo do cliente final: PUXAR Mais próximo do fornecedor inicial: EMPURRAR Normalmente, a decisão entre puxar ou empurrar depende da análise conjunta de dois fatores: visibilidade da demanda e tempos do ciclo de ressuprimento e distribuição. A visibilidade da demanda refere-se ao fato de uma empresa da cadeia de suprimento ter acesso às informações da demanda do consumidor/cliente final em tempo real. Não deve ser confundida com a previsibilidade da demanda, ou o grau de acerto/precisão no processo de previsão de vendas, o qual depende de diversos fatores: qualidade das informações históricas, método de previsão, número de concorrentes, produtos substitutos etc. Os tempos do ciclo de suprimento e distribuição referem-se aos tempos médios de recebimento do insumo mais demorado para a produção e de entrega do produto para o cliente. Permitem responder à seguinte questão: “se não houvesse mais estoques na cadeia de suprimentos, quanto tempo levaria para o cliente ter o produto e mãos? ”. A visibilidade da demanda permite que os fluxos de produtos sejam puxados, ou seja, coordenados pelo estágio mais próximo do consumidor final, com base nas informações de venda em tempo real capturadas pela tecnologia de informação. Fonte: blog.totvsexperience.com A figura 1 ilustra duas situações para uma empresa fornecedora de bens de consumo, formada por uma fábrica e um centro de distribuição. Na primeira, só o varejista tem acesso em tempo real às informações devenda, logo, a empresa tem que empurrar o fluxo de produtos com base em previsões de vendas. Na segunda, a empresa tem acesso às informações de vendas em tempo real por meio de acordos com o varejo e adoção de tecnologia de informação, logo o fluxo de produtos poderia ser puxado, os seja direcionado pela demanda real. Reparar que na primeira situação, a base da coordenação está dentro da empresa (são as previsões de vendas) e na segunda situação a base da coordenação está fora da empresa (vendas reais). http://blog.totvsexperience.com/ Fonte: www.ilos.com.br Um exemplo claro de cadeia de suprimentos que opera totalmente com fluxos de produtos puxados é o Modelo Direto que a Dell Computers organizou com seus fornecedores e clientes. Neste modelo, todas as operações comerciais, de produção e distribuição da Dell foram centralizadas num único local. O cliente coloca seus pedidos através de uma central de telemarketing ou da Internet, sinalizando a necessidade de montagem de um novo computador. Os fornecedores da Dell, como a Sony e a Intel, acessam continuamente a Intranet da Dell para acompanhar os status dos pedidos e enviar peças e componentes necessários. Com este modelo, os estoques da Dell giram 180 vezes por ano, ao passo que os da concorrência giram apenas 6 vezes por ano. Desta forma, com o Modelo Direto, a Dell articulou as seguintes decisões de posicionamento logístico: produção e distribuição puxadas, produção contra pedido, estoques centralizados, transporte expresso para o cliente final. Por outro lado, os tempos do ciclo de suprimento e distribuição permitem responder se o fluxo de produtos poderá ser puxado ou empurrado, quando os comparamos com o tempo de resposta exigido pelo cliente final, conforme ilustra a figura 2. http://www.ilos.com.br/web/wp-content/uploads/2001/12/2001_12_imagem-01.jpg Fonte: www.ilos.com.br Se o tempo de resposta exigido pelo cliente final for superior à duração do ciclo de suprimento/distribuição, o fluxo pode ser acionado pelo estágio mais próximo do consumidor final (puxado). É o caso dos clientes da Dell que aceitam esperar de 3 a 7 dias para um computador novo que tem um ciclo de suprimento-produção- distribuição de dois dias no máximo (a base da coordenação está fora da empresa). Se o tempo de resposta exigido pelo cliente final for inferior à duração do ciclo de suprimento/distribuição, o fluxo será coordenado pelo estágio mais próximo do fornecedor inicial (empurrado), e direcionado por previsões de vendas que sinalizem para a formação de estoques (a base para coordenação está fora da empresa). O programa ECR, adotado entre diversos varejistas e fabricantes de bens de consumo no Brasil, é um exemplo onde parte do fluxo de produtos é puxada, ou seja, coordenada pelo varejo, e parte do fluxo é empurrada, ou seja, coordenada pelo fabricante. Isto acontece pela diferença entre o tempo de resposta exigido pelo varejista e o tempo de ciclo de suprimento/distribuição do fabricante. No ECR, a reposição automática das prateleiras no varejo deve acontecer numa janela de tempo de até 24 horas, sendo direcionada por informações de venda em tempo real coletadas no PDV. Por outro lado, alguns fabricantes como cervejarias experimentam tempos de ciclo de suprimento e produção muito superiores a 24 horas. Nestas http://www.ilos.com.br/web/wp-content/uploads/2001/12/2001_12_imagem-02.jpg circunstâncias, o fluxo de produção e de compras deve ser empurrado com base em previsões de vendas futuras para que não haja falta de estoque. Fonte: www.emprevencao.com.br/ Pesquisa sobre as decisões de posicionamento logístico, realizada pelo Centro de Estudos em Logística, com quase 30 empresas brasileiras ao longo de 2001, cujo faturamento combinado chega perto dos USD 20 bilhões, fornece maiores detalhes sobre como a coordenação do fluxo de produtos está organizada em diversos setores da economia. Cada empresa pesquisada relatou suas decisões para dois tipos de produto, um produto Classe A em faturamento e outro produto Classe E, também em faturamento. Com isto, a pesquisa totalizou quase 60 casos para serem analisados entre os setores alimentícios, eletroeletrônico, farmacêutico, químico e petroquímico, automobilístico e tecnologia e computação. Os setores onde predominam fluxos empurrados, direcionados por previsão de vendas e coordenados pelo estágio mais próximo do fornecedor inicial são o alimentício, farmacêutico, eletroeletrônico e químico e petroquímico. Os setores onde predominam fluxos puxados, direcionados pela demanda real e com coordenação pelo estágio mais próximo do consumidor final são o automotivo e o de tecnologia e computação. http://Fonte:%20www.emprevencao.com.br/ O gráfico 1 apresenta estes resultados. Fonte: www.ilos.com.br Já o gráfico 2 indica que, na medida em que aumenta o percentual de casos com visibilidade da demanda ao longo dos diversos setores, aumenta o percentual de casos com fluxos de produtos puxados pela demanda real. Por exemplo, o setor automobilístico apresentou visibilidade da demanda em quase 70% de seus casos pesquisados, refletindo fluxos puxados em também quase 70% dos mesmos. Por outro lado, o setor farmacêutico apresentou visibilidade da demanda em apenas 20% dos casos pesquisados, não refletindo fluxos puxados em nenhum dos casos, apenas fluxos empurrados. Finalmente, o setor alimentício apresentou visibilidade da demanda em menos de 10 % dos casos pesquisados, refletindo fluxos de produtos puxados em 30%, o que indica indiretamente efeitos dos programas ECR sobre a coordenação do fluxo de produtos. Fonte: www.ilos.com.br No gráfico 3 observa-se que na medida em que aumenta o tempo de resposta (em dias) dos ciclos de suprimento e distribuição ao longo dos diversos setores da economia, aumenta o percentual de casos com fluxos empurrados. Por exemplo, o setor químico e petroquímico apresenta um tempo de resposta médio do ciclo de suprimento e de distribuição de aproximadamente 140 dias, refletindo fluxos empurrados em 75% dos casos pesquisados. Já o setor automobilístico apresentou um tempo de resposta médio de pouco menos de 40 dias, refletindo fluxos empurrados em quase 35% dos casos pesquisados. Fonte: www.ilos.com.br Essas análises e conclusões nos remetem a uma matriz 2×2 para tomada de decisão sobre a coordenação do fluxo de produtos. Segundo esta matriz, representada pela figura 3: Se a visibilidade da demanda é nenhuma e o tempo de resposta é longo, o fluxo de produtos deve ser empurrado, direcionado por previsões de vendas, ficando a base para coordenação mais próxima do fornecedor inicial. Se a visibilidade da demanda é total e o tempo de resposta é curto, o fluxo de produtos pode ser puxado, sendo direcionado pela demanda real, estando a base para coordenação mais próxima do cliente final. – DELL Se a visibilidade da demanda é total e o tempo de resposta é longo, ou a visibilidade da demanda é nenhuma e o tempo de resposta é curto, são organizados sistemas híbridos empurrar-puxar na cadeia de suprimentos, onde em parte da cadeia o fluxo é puxado, normalmente próximo ao consumidor final, e em outra parte o fluxo é empurrado, normalmente próximo ao fornecedor inicial. Este é o exemplo do ECR, visto anteriormente. http://www.ilos.com.br/web/wp-content/uploads/2001/12/2001_12_imagem-05.jpg Fonte: www.ilos.com.br A decisão de coordenação do fluxo de produtos é a principal decisão de uma estratégia de posicionamento logístico, afetando todas as outras decisões, sobretudo a de política de produção, conforme ilustra a figura 4. Uma decisão para empurrar o fluxo de produtos, tomada com base na visibilidade da demanda e no tempo de ciclo de suprimento/distribuição, sempre implica na utilização de previsões de venda em antecipação à demanda futura, comobase para planejamento. Utilizar previsões de vendas significa muitas vezes produzir, distribuir, armazenar e transportar quantidades superiores à demanda real num dado momento. Desta forma, empurrar o fluxo de produtos implicará na descentralização dos estoques por muitas instalações, associada a uma política de produção para estoque e à consolidação do transporte pela utilização de modais mais baratos e lentos. Por outro lado, uma decisão para puxar o fluxo de produtos, pode implicar tanto na utilização de previsões de vendas quanto na utilização da demanda real pelo estágio mais próximo ao consumidor final. No caso do direcionamento pela demanda real, puxar o fluxo de produtos implicará na centralização física dos estoques, na produção contra pedido e na utilização de transporte premium pela contratação de modais mais caros. http://www.ilos.com.br/web/wp-content/uploads/2001/12/2001_12_imagem-06.jpg Fonte: www.ilos.com.br 3 POLÍTICA DE PRODUÇÃO Outra decisão da estratégia de posicionamento logístico é a definição da política de produção, se vai ser contra pedido ou para estoque. Produzir contra pedido significa postergar ao máximo no tempo, a compra e a transformação de insumos em produto acabado, o mesmo só sendo feito quando o cliente final coloca o pedido. Produzir para estoque significa comprar e transformar insumos em produtos acabados no presente momento e em antecipação à demanda futura, com base em previsões de vendas. Para definir a política de produção mais adequada deve ser observada não apenas a decisão sobre a coordenação do fluxo de produtos, mas também outras características do produto e do processo. http://www.ilos.com.br/web/wp-content/uploads/2001/12/2001_12_imagem-07.jpg Fonte: www.evef.com.br/ Dentre as características do produto destacam-se o custo adicionado total, que pode ser medido na contabilidade de custos como o CPV (custo dos produtos vendidos), o grau de obsolescência (reflexo do ciclo de vida do produto) e o grau de perecibilidade (reflexo do prazo de validade do produto). Dentre as características do processo destacam-se a estrutura de custos fixos e variáveis, ou seja, se o processo produtivo é mais intensivo em custos fixos e apresenta potencial para economias de escala e se o processo é de fluxo contínuo (ex. siderurgia, refinaria) ou de fluxo discreto ou de montagem (ex. automotivo, eletroeletrônico etc.). Outros fatores, como o perfil de custos adicionados na cadeia de valor, indicam o quanto uma determinada atividade agregou de custos e com qual duração em relação ao processo produtivo total. O gráfico 4 aponta como está organizada a política de produção em diversos setores da economia brasileira. Os setores onde predomina a produção para estoque são: alimentício, eletroeletrônico, farmacêutico, químico e petroquímico. Os setores onde predomina a produção contra pedido são: automobilístico e tecnologia e computação. Fonte: www.ilos.com.br Já o gráfico 5 ilustra que na medida em que aumenta o CPV ao longo dos diversos setores pesquisados, aumenta o percentual de casos pesquisados de produção contra pedido. Por exemplo, os setores automobilísticos e de tecnologia de computação apresentam CPV superior a $10.000,00 refletindo pelo menos 50% dos casos pesquisados com produção contra pedido. Fonte: www.ilos.com.br http://www.ilos.com.br/web/wp-content/uploads/2001/12/2001_12_imagem-09.jpg O gráfico 6 ilustra que, na medida em que aumenta o grau de perecibilidade ao longo dos diversos setores pesquisados, aumenta o percentual de casos de produção para estoque. Por exemplo, os setores alimentício e farmacêutico apresentam grau de perecibilidade superior a 0,20 (equivalente a um prazo de validade inferior a 5 meses) refletindo produção para estoque em 100% dos casos pesquisados. Finalmente o gráfico 7 ilustra que, na medida em que aumenta o grau de obsolescência ao longo dos diversos setores pesquisados, aumenta o percentual de casos de produção contra pedido. Por exemplo, os setores de tecnologia e computação e automobilístico apresentam grau de obsolescência superior a 0,06 (equivalente a um ciclo de vida do produto inferior a 17 meses), refletindo pelo menos 50% da produção contra pedido. Fonte: www.ilos.com.br Esta aparente contradição entre o impacto do grau de obsolescência e do grau de perecibilidade na definição da política de produção pode ser explicada pela natureza distinta dos produtos sujeitos à obsolescência e daqueles sujeitos à perecibilidade. Os produtos sujeitos à obsolescência normalmente são bens de consumo duráveis, nos quais a decisão de compra apresenta-se mais sensível às características do produto, como funcionalidade, desempenho e design. A diferenciação neste contexto normalmente decorre de elevados investimentos em pesquisa e desenvolvimento e projeto do produto, os quais podem contribuir para aumentar a magnitude do CPV. Já os produtos sujeitos à perecibilidade normalmente são bens de consumo não-duráveis, cuja decisão de compra pode ser comparativamente mais sensível a preço, implicando na necessidade de explorar economias de escala para reduzir a magnitude do CPV. 3.1 Alocação dos estoques Fonte: logisticaobjetiva121.wikispaces.com/ Outra decisão da estratégia de posicionamento logístico é a referente à alocação dos estoques, se vão ser centralizados ou descentralizados. A centralização dos estoques significa postergar ao máximo o transporte dos produtos, só sendo movimentados quando o cliente final colocar seu pedido. Por outro lado, descentralizar os estoques significa antecipar seu transporte/movimentação por outras instalações intermediárias no presente momento, com base em previsões de vendas futuras. Para decidir com relação à alocação dos estoques devem ser observadas características do produto e da demanda, além da decisão de coordenação do fluxo de produtos. As características do produto englobam a densidade de custos adicionados, ou seja, a razão entre o CPV do produto e seu volume ou peso, além do grau de obsolescência e de perecibilidade. As características da demanda englobam o giro, ou seja, a razão entre o nível de vendas e o nível médio de estoque resultante de uma determinada política de reposição, e a amplitude de vendas, razão entre o nível máximo e o nível mínimo de vendas. Outros fatores envolvem a contratação de transporte premium, de modais mais caros e rápidos e a exploração de economias de escala no transporte, pela movimentação de grandes quantidades por longas distâncias. Fonte: comexabc.blogspot.com.br/ O gráfico 8 ilustra como estão organizadas as decisões de alocação dos estoques nos diferentes setores da economia brasileira. Os setores onde predomina a descentralização são: alimentício, automobilístico, eletroeletrônico, químico e petroquímico. Os setores onde predomina a centralização são o farmacêutico e o eletroeletrônico. Já o gráfico 9 ilustra que quanto menor a amplitude de vendas ao longo dos diversos setores da economia, maior o percentual de casos pesquisados de descentralização dos estoques. Por exemplo, o setor alimentício apresenta amplitude de vendas pouco superior a 1, refletindo em 100% dos casos pesquisados a descentralização dos estoques. Por outro lado, o setor farmacêutico apresenta amplitude de vendas pouco inferior a 3, refletindo a descentralização dos estoques em 20% dos casos. Finalmente, o gráfico 10 ilustra que na medida em que aumenta a densidade de custos ao longo dos diversos setores pesquisados, reduz-se o percentual de casos pesquisados onde os estoques são descentralizados. Por exemplo, o setor farmacêutico apresenta densidade de custos de quase 10.000 $/kg, refletindo apenas 20% dos casos pesquisados com descentralização dos estoques. Já o setor alimentício apresenta densidade de custos pouco superior a1 $/kg, refletindo descentralização dos estoques em 100% dos casos pesquisados. Fonte: www.ilos.com.br 3.2 Dimensionamento da rede de instalações A decisão a respeito do dimensionamento da rede de instalações está fortemente associada às mesmas características que influenciam a alocação dos estoques. Entretanto, deve ser feita algumas considerações com relação ao impacto do aumento da quantidade de instalações sobre diferentes componentes do sistema logístico: nível de serviço, gastos com transporte, custos de oportunidade e gastos com armazenagem. 3.3 Escolha do modal de transporte Basicamente são dois os critérios adotados por um embarcador na escolha do modal de transporte: preço/custo e desempenho. Normalmente, a dimensão desempenho é medida através do tempo médio de entrega, de sua variabilidade absoluta e percentual e do nível médio de perdas e danos que ocorrem no transporte. As empresas estão dispostas a incorrer num nível de preço ou custo de frete compatível com um dado desempenho. Além destes elementos, devem ser consideradas as características do produto e da demanda na escolha dos modais. Fonte: ciranda.me/ As características que devem ser observadas na escolha do modal são a densidade de custos adicionados e a amplitude de vendas. As implicações de uma baixa densidade de custos adicionados estão relacionadas à escolha de modais de transporte cujo custo unitário seja compatível, no máximo igual, à densidade de custos. Neste caso, modais de transporte mais lentos e baratos como o ferroviário e o marítimo possuem maior capacidade de carregamento, permitindo gerar escala para reduzir os custos unitários. As implicações de uma alta amplitude de vendas estão relacionadas a um modal de transporte que forneça flexibilidade suficiente para a acompanhar as variações na demanda, minimizando as chances de decisões equivocadas como mandar quantidades erradas, do produto errado para o local errado. Neste caso, modais de transporte mais rápidos e caros como o aéreo e o rodoviário possuem menor capacidade de carregamento, permitindo a consolidação em menor tempo e gerando a flexibilidade necessária para acompanhar variações na demanda. Um exemplo de empresa que opera totalmente com transporte aéreo é a IBM norte- americana, na entrega de peças de reposição de mainframes aos seus clientes. A IBM centralizou o estoque de peças de reposição em Mechanicsburg. Tão logo surja uma necessidade colocada por seus clientes, a peça, já produzida anteriormente e em estoque, é enviada imediatamente via aérea para o local de uso. Desta forma, a IBM articulou as seguintes decisões de posicionamento logístico: transporte aéreo fracionado, produção para estoque, estoques centralizados e fluxos puxados. Fonte: sei-export.fr Além disto, a pesquisa revelou que, quando aumenta a densidade de custos ao longo dos diversos setores, aumenta o percentual de utilização do transporte aéreo nos casos pesquisados e reduz-se o total de pontos de estocagem. Um maior número de pontos de estocagem cria a necessidade de consolidar carregamentos e explorar economias de escala no transporte, o que muitas vezes só é conseguido com a programação dos embarques. A questão que se coloca neste momento é: como garantir a coerência ao longo do tempo entre as decisões de posicionamento logístico? O sucesso de uma estratégia, em seu sentido estrito, depende do grau de integração e reforço mútuo das diversas decisões, ações e correções de rumo tomadas num determinado horizonte de tempo. O elemento que une estas decisões é o custo de oportunidade de manter estoques, pois cada uma destas cinco decisões vai implicar em maiores ou menores níveis de estoque de ciclo, em trânsito e de segurança. O custo de oportunidade de manter estoques, no entanto, deve ser calculado com base na visão do fluxo de produtos na cadeia de suprimento. Fonte: www.restituitransp.com.br/ Segundo esta visão, em qualquer momento do tempo, qualquer empresa da cadeia de suprimentos será proprietária de estoques, sejam eles de produto em processamento, de produto acabado ou em trânsito. Também sob esta visão o que importa é o custo de oportunidade da cadeia como um todo, e não de uma empresa particular. Como oposição à visão do fluxo de produtos na cadeia de suprimentos, existe a visão tradicional do custo de oportunidade de manter estoques, diretamente relacionada ao gerenciamento do ciclo de caixa, que é feito individualmente por cada empresa da cadeia. Sob este enfoque, um dos principais objetivos do gerenciamento do ciclo de caixa é o alongamento do número de dias em contas a pagar, ou seja, do prazo decorrido entre o recebimento no estoque ao pagamento do estoque em dinheiro ao fornecedor; e a redução do número de dias em contas a receber, ou seja, do prazo decorrido entre a venda ao cliente/consumidor até o recebimento do mesmo. Com isto, é possível reduzir o prazo de conversão em dinheiro, que representa a necessidade de financiamento da parcela do capital de giro que ficou empatada em estoque. Ainda que sob a perspectiva de uma única empresa da cadeia estas ações permitam reduzir os custos de oportunidade de manter estoques, o restante da cadeia, ou seja, clientes e fornecedores experimentarão aumento dos mesmos, implicando em distorções nas decisões de estratégia de posicionamento logístico que seriam adequadas à cadeia como um todo. Fonte: anselmosantana.com.br/ 4 O PAPEL DO TRANSPORTE NA ESTRATÉGIA LOGÍSTICA 2 O transporte é uma das principais funções logísticas. Além de representar a maior parcela dos custos logísticos na maioria das organizações, tem papel fundamental no desempenho de diversas dimensões do Serviço ao Cliente. Do ponto de vista de custos, representa, em média, cerca de 60% das despesas logísticas, o que em alguns casos pode significar duas ou três vezes o lucro de uma companhia, como é o caso, por exemplo, do setor de distribuição de combustíveis. As principais funções do transporte na Logística estão ligadas basicamente às dimensões de tempo e utilidade de lugar. Desde os primórdios o transporte de mercadorias tem sido utilizado para disponibilizar produtos onde existe demanda potencial, dentro do prazo adequado às necessidades do comprador. Mesmo com o avanço de tecnologias que permitem a troca de informações em tempo real, o transporte continua sendo fundamental para que seja atingido o objetivo logístico, que 2 http://www.ilos.com.br/web/o-papel-do-transporte-na-estrategia-logistica/ http://www.ilos.com.br/web/o-papel-do-transporte-na-estrategia-logistica/ é o produto certo, na quantidade certa, na hora certa, no lugar certo ao menor custo possível. Fonte: logisticaesupplychain.blogspot.com.br Muitas empresas brasileiras vêm buscando atingir tal objetivo em suas operações. Com isso, vislumbram na Logística, e mais especificamente na função transporte, uma forma de obter diferencial competitivo. Dentre as iniciativas para aprimorar as atividades de transporte, destacam-se os investimentos realizados em tecnologia de informação que objetivam fornecer às empresas melhor planejamento e controle da operação, assim como a busca por soluções intermodais que possibilitem uma redução significativa nos custos. São inúmeros os exemplos de empresas com iniciativas deste tipo, destacando-se entre elas a Souza Cruz, Coca-Cola, Alcoa, OPP- Trikem, Brahma, Martins, Dow Química, entre outras. 5 INTEGRAÇÃO COM OUTRAS FUNÇÕES LOGÍSTICAS Um dos principais pilares da Logística Empresarial moderna é o conceito de Logística Integrada, que está representado na figura 1. Através deste conceito as funções logísticas deixam de ser vistas de forma isolada e passam a ser percebidas como um componente operacional da estratégia de Marketing. Com isso, o transportepassa a ter papel fundamental em várias estratégias na rede logística, tornando necessária a geração de soluções que possibilitem flexibilidade e velocidade na resposta ao cliente, ao menor custo possível, gerando assim maior competitividade para a empresa. Dentre os principais trade-offs que afetam a função transporte, destacam-se aqueles relacionados ao Estoque e ao Serviço ao Cliente. Fonte: www.ilos.com.br 5.1 Transporte x Estoque O ponto central deste trade-off é a relação entre políticas de transporte e de estoque. Dentro de uma visão não integrada, o gestor de estoques possui comumente o objetivo de minimizar os custos com estoque, sem analisar todos os custos logísticos. Este tipo de procedimento impacta de forma negativa outras funções logísticas, como por exemplo, a produção que passa a necessitar de uma maior flexibilidade (com lotes menores e mais frequentes, ocasionando um custo maior) e uma gestão de transporte caracterizada pelo transporte mais fracionado, aumentando de uma forma geral o custo unitário de transporte. É importante deixar claro, que esta política pode ser a mais adequada em situações onde se utilizam estratégias baseadas no tempo, como JIT, ECR, QR. Estas estratégias visam reduzir o estoque a partir de uma visão integrada da Logística, exigindo da função transporte a rapidez http://www.ilos.com.br/web/wp-content/uploads/2000/12/2000_12_imagem-01.jpg e consistência necessária para atender os tamanhos de lote e os prazos de entrega. Além disso, em muitos casos a entrega deve ser realizada em uma janela de tempo que pode ser de um turno ou até de uma hora. Outra questão importante ligada a este trade-off está associada a escolha de modais. Dependendo do modal escolhido, o transit time poderá variar em dias. Por exemplo, um transporte típico de São Paulo para Recife pela modal rodoviária demora em torno de 5 dias, enquanto o ferroviário pode ser realizado em cerca de 18 dias. A escolha dependerá evidentemente do nível de serviço desejado pelo cliente, e dos custos associados a cada opção. O custo total desta operação deve contemplar todos os custos referentes a um transporte porta-a-porta mais os custos do estoque, incluindo o estoque em trânsito. Para produtos de maior valor agregado pode ser interessante o uso de modais mais caros e de maior velocidade. Fonte: nacionaltransportes.com/ 5.2 Transporte x Serviço ao Cliente O Serviço ao Cliente é um componente fundamental da Logística Integrada. Todas as funções logísticas vistas na figura 1 contribuem para o nível de serviço que uma empresa presta aos seus clientes. O impacto do transporte no Serviço ao Cliente é um dos mais significativos e as principais exigências do mercado geralmente estão ligadas à pontualidade do serviço (além do próprio tempo de viagem), à capacidade de prover um serviço porta-a-porta; à flexibilidade, no que diz respeito ao manuseio de uma grande variedade de produtos; ao gerenciamento dos riscos associados a roubos, danos e avarias e à capacidade do transportador oferecer mais que um serviço básico de transporte, tornando-se capaz de executar outras funções logísticas. As repostas para cada uma destas exigências estão vinculadas ao desempenho e às características de cada modal de transporte, tanto no que diz respeito às suas dimensões estruturais, quanto à sua estrutura de custos. 6 CLASSIFICAÇÃO DOS MODAIS DE TRANSPORTE Fonte: pt.slideshare.net/ Os cincos modais de transporte básicos são o ferroviário, o rodoviário, o aquaviário, o dutoviário e o aéreo. A importância relativa de cada modal pode ser medida em termos da quilometragem do sistema, volume de tráfego, receita e natureza da composição do tráfego. A tabela 1 resume a estrutura de custos fixos- variáveis de cada modal, ao passo que a tabela 2 classifica as características operacionais de cada modal quanto à velocidade, disponibilidade, confiabilidade, capacidade e frequência. Essas características serão discutidas a seguir. Fonte: 2.bp.blogspot.com A velocidade refere-se ao tempo decorrido de movimentação em uma dada rota, também conhecido como transit time, sendo o modal aéreo o mais rápido de todos. A disponibilidade é a capacidade que um modal tem de atender qualquer par origem-destino de localidades. As transportadoras rodoviárias apresentam a maior disponibilidade já que conseguem dirigir-se diretamente para os pontos de origem e destino, caracterizando um serviço porta-a-porta. A confiabilidade refere-se à variabilidade potencial das programações de entrega esperadas ou divulgadas. Os dutos, devido ao seu serviço contínuo e à possibilidade restrita de interferência pelas condições de tempo e de congestionamento, ocupam lugar de destaque no item confiabilidade. http://www.ilos.com.br/web/wp-content/uploads/2000/12/2000_12_imagem-02.jpg A capacidade refere-se à possibilidade de um modal de transporte de lidar com qualquer requisito de transporte, como tamanho e tipos de carga. O transporte realizado pela via marítima/fluvial é o mais indicado para essa tarefa. A classificação final refere-se à frequência, que está relacionada à quantidade de movimentações programadas. Novamente, os dutos lideram o item frequência devido ao seu contínuo serviço realizado entre dois pontos. Conforme é ilustrado na tabela 2, a preferência pelo transporte rodoviário é em parte explicada por sua classificação de destaque em todas as cinco características. Transportadoras rodoviárias que operam sistemas rodoviários de classe mundial ocupam o primeiro ou o segundo lugar em todas as categorias, exceto no item capacidade. Fonte: pt.slideshare.net No Brasil ainda existe uma série de barreiras que impedem que todas as alternativas modais, multimodais e intermodais sejam utilizadas da forma mais racional. Isto é reflexo do baixo nível de investimentos verificado nos últimos anos com relação à conservação, ampliação e integração dos sistemas de transporte. Apesar de iniciativas como o plano Brasil em Ação e o processo de privatização de portos e ferrovias pouca coisa mudou na matriz brasileira, conforme pode ser visto na tabela 3. A forte predominância no modal rodoviário prejudica a competitividade em termos de custo de diversos produtos, como é o caso das commodities para exportação. Fonte: 2.bp.blogspot.com 6.1 Impactos da internet sobre o transporte A Internet bem como outras tecnologias de informação tem não apenas gerado necessidades específicas, mas também criados novas oportunidades para o planejamento, o controle e a operação das atividades de transporte. Dentre estas necessidades e oportunidades, poderíamos citar a crescente demanda por entregas mais pulverizadas, o surgimento de portais de transporte e o potencial para rastreamento de veículos em tempo real. 6.2 Pulverização das entregas Entrega direta pelos fabricantes Através da Internet, tornou-se possível para fabricantes de produtos de elevado valor agregado, como os computadores, a comercialização direta para os consumidores, eliminando da cadeia de suprimentos a necessidade de intermediários como distribuidores e varejistas. Anteriormente, o transporte de produtos entre fabricantes e seus principais clientes era marcada por uma maior concentração e estabilidade nos embarques, visto que os destinos dos clientes eram conhecidos e os http://www.ilos.com.br/web/wp-content/uploads/2000/12/2000_12_imagem-03.jpg mesmos procuravam renovar seus estoques periodicamente. Nos EUA, a Gateway e a Dell dominam o mercado de vendas diretas de computadores pessoais pela Internet. A distribuição destes computadores é feita por transportadoras que possuem um elevado grau de penetração em diversos mercados. Na gestão do transporte, cada vez mais as empresas que realizam uma distribuição altamente pulverizada, buscam sistemas como roteirizadorespara auxiliá-las na estruturação de rotas. O transporte é marcado por um curto transit time e grande flexibilidade na entrega, feita normalmente entre 1 e 2 dias. Fonte: portogente.com.br/ 6.3 Surgimento de portais de transporte A Internet também está proporcionando o surgimento de novos negócios virtuais ligados à compra e venda de fretes. Na realidade, estão sendo estruturados portais na Internet que fazem a intermediação entre transportadores e embarcadores. Este tipo de modelo de negócio é caracterizado pela contratação de transporte spot. Com isso, o portal permite articular a necessidade de transporte de um embarcador, caracterizado pela origem, destino e o tipo de carregamento, com a oferta disponível. Em outras palavras, o portal busca um transportador que se interessa pelo transporte da carga, tentando ao mesmo tempo obter as melhores condições para o embarcador. 6.4 Rastreabilidade de carregamentos Uma das grandes vantagens que a Internet oferece na melhoria da qualidade de serviço é a possibilidade de rastrear carregamentos. Empresas de courier, agências marítimas, transportadores rodoviários, ferroviários e operadores logísticos estão utilizando cada vez mais a Internet para disponibilizarem o status dos carregamentos para seus clientes. A Fedex, um dos maiores couriers americanos com faturamento superior a US$ 13 bilhões, estruturou no início da década de 90 um sistema de acompanhamento do pedido altamente sofisticado, recentemente beneficiado pela facilidade que a internet propicia. De modo semelhante, empresas brasileiras, como a Varig Cargo, também estão disponibilizando informações sobre o status da carga via internet. Fonte: www.varig-airlines.com/ Este texto abordou os impactos da função transporte nas empresas e na economia de países com relativo grau de desenvolvimento. Especificamente no ambiente empresarial foram exploradas as relações do transporte com outras funções logísticas: estoques e serviço ao cliente. Em seguida foram exploradas, em termos de custos fixos e variáveis e de dimensões de serviço logístico, as características dos cinco principais modais de transporte: rodoviário, ferroviário, aéreo, dutoviário e aquaviário. No Brasil, apesar de iniciativas como a privatização de portos e ferrovias, o modal rodoviário ainda é dominante na matriz de transporte. Este fato, dependendo das características do produto, pode ser impeditivo para o atingimento de um maior nível de competitividade em termos de custo. Finalmente foram comentados os principais impactos gerados pelo advento das novas tecnologias de informação, sobretudo a Internet, sobre o gerenciamento, planejamento e operacionalização do transporte. Fonte: www.informativodosportos.com.br 7 LOGÍSTICA E A ESTRATÉGIA COMPETITIVA Conforme é notório em acontecimentos históricos a Logística tem papel fundamental em grandes empreendimentos, mas somente há poucos anos as organizações começaram a dar a real importância a este processo facilitador. Citaremos na íntegra a definição de logística dada por Martin Christopher em seu livro Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos, Pioneira- 1997: "A Logística é o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados - e os fluxos de informações correlatas - através da organização e seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as lucratividades presente e futura através do atendimento dos pedidos a baixo custo". 8 VANTAGEM COMPETITIVA Usando o processo de logística, podemos obter uma vantagem competitiva, isto significa uma supremacia duradoura em relação a concorrência, obtendo a preferência dos clientes. A base de sucesso utilizada aqui é a chamada de os "três Cs: CLIENTES COMPANHIA CONCORRENTE Fonte: www.painellogistico.com.br Podemos notar por esta figura de analogia que o cliente tem acesso a sua organização ou a seu concorrente, o diferencial que você oferecer será sua responsabilidade e fator de sustentação. Podemos exemplificar que o sucesso comercial está em se ter a vantagem de custo e/ou a vantagem de valor, isto é: obter o maior lucro, com o menor custo e maior produtividade, ou vantagem perceptível de valor. 8.1 VANTAGEM EM PRODUTIVIDADE Quando a empresa por sua produção consegue uma economia de escala, ela obtém uma maior diluição de seus custos fixos, significando uma redução no custo unitário de produção, um modo de demonstrar é através da "curva da experiência". Fonte: www.skymex.com.br/ 8.2 VANTAGEM EM VALOR Em marketing se diz que "os clientes não compram produtos, compram satisfação", isto quer dizer que, não se compra o produto pelo que ele é, mas pela promessa do que lhes "proporcionará". Os benefícios podem ser intangíveis, tais como reputação ou imagem, e o desempenho oferecido pode ser melhor que o concorrente. Para o seu produto não se tornar "commodity", - o diferencial ser o preço pois o restante será igual aos concorrentes - temos que agregar valor, como veremos a seguir. Uma das formas é o de segmentação de mercado, ou segmentos de valor distinto, isto significa que é possível criar apelos diferentes para agregar valor. O serviço é um instrumento poderoso na hora de adicionar valor, pois cada vez mais as pessoas optam por ter: entrega diferenciada, embalagem exclusiva, serviço pós-venda, assistência técnica adicional, etc. Fonte: www.elempleo.com/ A matriz acima demonstra de maneira simples que a empresa ideal tem que ter seus produtos colocados no quadrante superior direito, oferecendo vantagem em serviço se vantagem em produtividade. Hoje a empresa deve obter seu ganho máximo no início do ciclo de vida do produto, sendo sempre que possível referencial de sua área, apresentando constante inovação, se mantendo à frente de seus concorrentes. Outra forma de sair da área de "commodity" é procurar segmentar o seu mercado, passando a atender o cliente de maneira diferenciada, agregando valor ao produto. A empresa deve partir para "estratégias que deslocarão o negócio da extremidade do mercado de "commodity" (quadrante inferior esquerdo), para uma posição mais segura de liderança (quadrante superior direito)". 9 OBTENDO VANTAGEM COMPETITIVA ATRAVÉS DA LOGÍSTICA Fonte: finalite.com.br Das muitas mudanças ocorridas nos últimos 10 anos podemos citar Michael Porter – professor da Havard Business School, que aconselha as empresas a procurar um valor superior aos olhos dos clientes, a isto deu-se o nome de "cadeia de valor". As atividades da cadeia de valor são divididas em dois tipos: atividades primárias - logística de entrada, operações, logística de saída, marketing e vendas e assistência técnica -, e atividades de apoio - infraestrutura, gerenciamento de recursos humanos, desenvolvimento de tecnologia e aquisição -, estas atividades de suporte são funções integradoras, que atravessam de maneira discreta as várias atividades primárias dentro da empresa. Tanto a vantagem em produtividade, como a vantagem em valor, pode ser auxiliada pelo gerenciamento logístico, com melhor utilização da capacidade de produção, integração com fornecedores em nível de planejamento. 9.1 A missão do gerenciamento logístico Sua missão é cuidar do planejamento, coordenação e envolvimento de todas as partes do processo, para alcançar níveis desejáveis de qualidade dos serviços, ao menor custo possível. Ela é o contato entre todas as operações da empresa, desde o gerenciamento de matérias-primas até a entregado produto final, exceto a linha de produção. 10 A CADEIA DE SUPRIMENTOS E O DESEMPENHO COMPETITIVO O gerenciamento da cadeia de suprimentos difere dos controles clássicos em quatro sentidos: 1º - A cadeia de suprimentos deve ser vista como entidade única. 2º - Derivando-se da primeira, requertomada de decisão estratégica, o suprimento é compartilhado por praticamente todas as funções da cadeia, com impacto direto sobre os custos e participação de mercado. 3º -Os estoques são utilizados como mecanismo de balanceamento, como último recurso. 4º - A mudança da interface para a integração. O reconhecimento da alta gerencia da organização é estimulo vital para que o processo de gerenciamento logístico seja bem-sucedido, em função da alta representatividade. O gerenciamento logístico, tem fator preponderante na terceirização, permitindo que as empresas se concentrem em seus negócios, no que elas fazem realmente bem, têm vantagem competitiva. O gerenciamento logístico, tem como uma das suas principais responsabilidades fazer com que toda a cadeia de suprimento seja lucrativa – fornecedores e clientes – com um relacionamento cooperativo (parceria). A competição deverá ser entre cadeias e não entre as etapas da cadeia. Fonte: slideplayer.com.br O gerenciamento logístico tem como atribuições também o controle dos estoques, de insumos e produtos acabados, distribuição, e pontos de venda, no conceito de visão global, uma vez que a integração interna não é suficiente. 11 O AMBIENTE LOGÍSTICO EM MUTAÇÃO Dos problemas estratégicos que as empresas enfrentam hoje, decorrente da mudança no conteúdo competitivo das organizações o mais desafiante talvez seja o da logística. Que deverá enfrentar tais desafios: ·Explosão do serviço ao cliente ·Compressão do tempo ·Globalização da indústria ·Integração organizacional 11.1 Explosão do Serviço ao cliente Com a explosão do serviço ao cliente, ressaltando o valor de uso do produto, uma vez que estes não têm valor até que eles estejam nas mãos dos clientes na hora e lugar exigidos, fez com que o gerenciamento logístico passasse a ser prioritário. A vantagem competitiva é conseguida através de uma estratégia de serviços e um sistema de entregas bem desenvolvido e sistemático. Fonte: www.painellogistico.com.br 11.2 Compressão do tempo Com o ciclo de vida dos produtos cada vez menores, os usuários cada vez mais inclinados a aceitar produtos substitutos se sua primeira escolha não estiver disponível imediatamente, a cada introdução de um novo produto resulta em implicações gerenciais causadas pela redução do tempo. Comenta-se sobre a necessidade de novas formas de gerenciar o processo de desenvolvimento de novos produtos, associações de risco e da necessidade da melhoria na qualidade do retorno da informação recebida do mercado, fazendo sua ligação com o esforço de produção e distribuição da empresa. Entretanto uma das funções básicas da logística é proporcionar a "disponibilidade" e promover a integração entre o marketing e o planejamento de fabricação. Fonte: www.manutencaoesuprimentos.com.br/ Concluindo, para obtenção de uma vantagem competitiva duradoura, é necessária uma abordagem nova e diferente para o gerenciamento dos prazos. 11.3 Globalização da Indústria A tendência global é mais um desafio para o gerenciamento logístico. As empresas que atendem ao mercado mundial não podem ser simplesmente uma multinacional e sim uma empresa global, considerando que ela atenderá a diferentes mercados com necessidades e características culturais próprias. Em função disto é necessário que as empresas desenvolvam uma estratégia de fabricação flexível e processo logístico eficiente. 11.4 Integração organizacional O modelo da organização clássica - a empresa baseada em divisões funcionais e hierárquicas rigorosas - dificulta a obtenção de um fluxo de materiais completamente integrado e voltado para o cliente. Fonte: logisticaproducaoindustrial1ma.blogspot.com.br Os desafios enfrentados pelas empresas mudaram, atualmente para alcançar a posição de vantagem competitiva contínua, as organizações precisam se basear num sistema de gerenciamento integrado voltado para o mercado, e pessoas que valorizam os serviços. Serão valorizados os profissionais generalistas, capazes de integrar o gerenciamento de materiais com o gerenciamento de operações e entrega. Eles serão orientados pelo mercado, tendo como fonte de vantagem competitiva, os serviços ao cliente. 12 O DESAFIO DO GERENCIAMENTO LOGÍSTICO A tendência comercial do século XX exige que o processo de gerenciamento logístico integre o mercado, a rede de distribuição, o processo de fabricação com a atividade de aquisição, objetivando servir aos clientes com níveis cada vez mais altos e custos mais baixos. A vantagem competitiva será alcançada com a redução de custos e manutenção da qualidade do produto através da excelência no gerenciamento logístico e não pela redução nos custos de mão de obra como tradicionalmente era visto. Fonte: portogente.com.br O encurtamento do ciclo de vida tem criado sérios problemas para o gerenciamento logístico. O efeito das mudanças da tecnologia e da demanda do consumidor produzem mercados mais voláteis em que um produto pode ficar obsoleto quase tão logo seja lançado, exigindo prazos menores de planejamento, aquisição de material, fabricação, montagem e entrega do produto final. O meio de alcançar o sucesso no mercado atual é acelerar o movimento através da cadeia de suprimentos e tornar todo o sistema logístico mais flexível e sensível a este mercado em mutação rápida. Os principais desafios do gerenciamento logístico são: Encurtar o fluxo logístico As empresas tendem a encurtar o fluxo logísticos e trazendo-os para próximo de suas plantas o que permite a operação adotando-se os princípios de Just - in -Time na entrega, e na fabricação, agilizando a colocação dos produtos no mercado. Melhorar a visibilidade do fluxo logístico Fonte: pt.slideshare.net/ A visibilidade do fluxo logístico é de vital importância para a identificação dos gargalos de produção e na redução dos estoques, para isto as barreiras departamentais devem ser quebradas e as informações compartilhadas. As estruturas devem ser voltadas para o mercado, caracterizadas pela qualidade dos sistemas de informação. Gerenciar a logística como um sistema O processo logístico deve ser gerenciado de forma sistêmica, pela importância na combinação da capacidade de produção com as necessidades do mercado. É importante que o processo reconheça os inter-relacionamentos e interligações da cadeia de eventos que conectam fornecedor ao cliente. É importante entender que o impacto de uma decisão em qualquer parte do sistema causará reflexos no sistema inteiro. Os gerentes devem identificar como finalidade principal adicionar valor ao seu negócio pelo enfoque no fluxo de materiais. Fonte: qualidadeonline.wordpress.com A logística tem como essência a preocupação de obter vantagem competitiva em mercados cada vez mais voláteis, sobrevivendo as empresas que conseguirem adicionar valor ao cliente em prazos cada vez menores. 13 ESTRATÉGIA DE LOGÍSTICA3 Quando uma empresa cria uma estratégia logística ela definir os níveis de serviço em que a sua organização logística pode ser mais rentável. Como a cadeia de suprimentos está constantemente mudando e evoluindo, uma empresa pode desenvolver uma série de estratégias de logística para as linhas de produtos específicos, determinados países ou clientes específicos. 3 Disponível em: www.manutencaoesuprimentos.com.br/conteudo/5335-estrategia-de-logistica/ 13.1 Por que implementar uma estratégia de logística? A cadeia de abastecimento muda constantemente e isso vai afetar toda a organização logística. Para se adaptar à flexibilidade da cadeia de abastecimento, as empresas devem desenvolver e implementar uma estratégia de logística formal. Isso permitirá que uma empresa identifique o impacto das mudanças iminentes e faça mudanças organizacionais ou funcionais paragarantir que os níveis de serviço não sejam reduzidos. Fonte: bons.com.pe 13.2 O que está envolvido no desenvolvimento de uma estratégia logística? Uma empresa pode começar a desenvolver uma estratégia de logística ao olhar para quatro níveis distintos de sua organização logística. Estratégicos: ao examinar os objetivos da empresa e as decisões estratégicas da cadeia de suprimentos, a estratégia logística deve rever a forma como a organização logística contribui para os objetivos finais. Estruturais: a estratégia logística deve examinar as questões estruturais da organização logística, tais como o número ideal de armazéns e centros de distribuição ou que produtos devem ser produzidos em uma fábrica específica. Funcionais: qualquer estratégia deve rever a forma como cada função separada na organização logística atinge a excelência funcional. http://www.manutencaoesuprimentos.com.br/empresas/ http://www.manutencaoesuprimentos.com.br/armazenagem-e-logistica/ Implementação: a chave para o desenvolvimento de uma estratégia de logística de sucesso é a maneira como ela deve ser implementada em toda a organização. O plano de implementação incluirá o desenvolvimento ou a configuração de um sistema de informação, introdução de novas políticas e procedimentos e para o desenvolvimento de um plano de gestão da mudança. Fonte: totalcomex.blogspot.com.br/ 13.3 Desenvolvendo uma estratégia logística Ao examinar os quatro níveis de organização logística, todos os componentes da operação devem ser examinados para verificar se custo-benefício potencial pode ser alcançado. Existem áreas críticas diferentes em cada empresa, mas a lista deve incluir, no mínimo, o seguinte: Transporte: será que as estratégias de transporte atual ajudam os níveis de serviço? Terceirização: como a terceirização é usada na função logística? Seria uma parceria com uma empresa de logística de terceiros melhor para os níveis de serviço? Sistemas de logística: os sistemas de logística atuais fornecem o nível de dados que é necessário para implementar com sucesso uma estratégia de logística ou novos sistemas são necessários? Concorrentes: analise o que os concorrentes de logística oferecem. Alterações ao serviço de clientes da empresa podem melhorar os níveis de serviço? Informação: a informação dirige a organização logística em tempo real e precisa? Se os dados são imprecisos, em seguida, as decisões que são feitas vão ocasionar em erros. Revisão da estratégia: os objetivos da organização logística estão alinhados com os objetivos da empresa? Fonte: gupostoptimizacionlogistica.wordpress.com/ Uma estratégia logística bem-sucedida é importante para as empresas que se dedicam a manter os níveis de serviço com a melhor qualidade possível, apesar das mudanças que ocorrem na cadeia de abastecimento. BIBLIOGRAFIA AMSTEL, M.J. and Amstel, W. (1985), “Economic Trade-offs in Physical Distribution – A Pragmatic Approach”, International Journal of Physical Distribution & Materials Management, Vol.17, No.7, pp.15-54 BOWERSOX, D.J., CLOSS, D.J. 1996, Logistical Management – The Integrated Supply Chain Process, 1 ed, McGraw-Hill. BOWERSOX, D.J., Closs, DJ. And Helferich, O.K., Logistical Management 3rd edition, Macmillan Publishing Co, 1986. CARTER, J.R. and Ferrin, B.G. (1996), “Transportation Costs and Inventory Management: Why Transportation Cost Matter”, Production and Inventory Management Journal, Third Quarter, 58-62. CHRISTOPHER, M. 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