Buscar

Análise da dentição mista

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

ANÁLISE DA DENTIÇÃO MISTA
ISABELA S. TRANNIN – 2021
1
Influência da dentição decídua na mista
Arco de Baume tipo I: presença de espaços generalizados além dos primatas. Favorece a oclusão normal devido aos espaços para receber os dentes permanentes. 70% das crianças apresentam esse tipo.
Arco de Baume tipo II: presença apenas dos espaços primatas, podendo ter até apinhamento. 30% das crianças apresentam esse tipo.
	DENTES DECÍDUOS
	DENTES APINHADOS NA D. PERMANENTE
	Apinhados
	100%
	Sem espaço
	70%
	Espaço de até 3mm
	50%
	Espaço de 3 a 6mm
	20%
	Espaços > 6mm
	0%
No periodo da dentição decídua completa o comprimento do arco, a distância intercaninos e a distância intermolares se matém constantes. Mesmo não havendo crescimento nesses três fatores, ocorre diferença no crescimento vertical dos ossos maxilares. 
Período da dentição mista
Primeiro período transitório → irrupção dos 1ºs molares permanentes e substituição dos incisivos. Dos 6 aos 8 anos. Momento ideal para análise da dentição mista. 
Periodo inter-transitório → não ocorre troca dentária, formação dos próximos dentes a erupcionar e consequente reabsorção das raizes dos decíduos e transformações ósseas para poder entrar no segundo periodo. Dos 8 a 10 anos.
Segundo periodo transitório → irrupção dos 2ºs molares permanentes e substituição dos caninos e molares decíduos pelos caninos e pré-molares permanentes. 
Análise
Para realizar a análise é necessário que o paciente já tenha em boca os incisivos e molares permanentes e ter o modelo de gesso solicitado na documentação ortodôntica. 
Os modelos de estudo são importantes para análise da dentição mista, mas também para analise da relação dos molares (classificação de Angle), overjet, overbite, mordidas cruzadas, inclinações axiais e curva de Spee. Além disso, numa vista oclusal do modelo é possível ver o formato dos arcos, assimetria, alinhamento e rotações dentárias, tamanho e forma dos dentes e forma do palato. 
A análise é importante para determinar a relação entre a quantidade de espaço no arco alveolar e a quantidade de espaço exigida para que todos os dentes se alinhem. 
· POR QUE FAZER A ANÁLISE
É um procedimento indispensável para o diagnóstico, orientando o planejamento ortodôntico e as condutas terapêuticas necessárias. 
Analisar se o paciente precisa de supervisão do espaço, manutenção do espaço ou recuperação do espaço. 
O objetivo da análise é avaliar a quantidade de espaço disponível nos arcos para os permanentes, estimar o diâmetro dos dentes permanentes não irrompidos e verificar se o volume dentário estará de acordo com o tamanho da base óssea. 
Como medir o espaço disponível
· MATERIAIS NECESSÁRIOS 
Modelo de gesso, compasso de ponta seca/fio latão/paquímetro, lápis e borracha, régua milimetrada e algo para anotar. 
· ESPAÇO PRESENTE:
Valor do tamanho do osso basal em milímetros, medido entre a mesial do 1M de um lado até mesial do 1M do lado oposto (sobre a crista alveolar). 
Pode ser medido com:
Fio de latão: passando por todas as coroas dos dentes contornando a forma da arcada. Após, retificar o fio e sobre uma régua medir o valor final. 
Compasso de ponta seca: medido por segmentos, dividindo o arco em 4. 
Segmento 1 – mesial do 1M (36) até a mesial do C.
Segmento 2 - mesial do CP até a mesial do ICI (31). 
Segmento 3 - mesial do ICI (41) até mesial do C.
Segmento 4 - mesial C até mesial do 1M (46). 
Após cada medida usando o compasso, transferir o valor para um papel e mensurar com uma régua milimetrada. 
Paquímetro: mede pelos mesmos segmentos acima e anotar o que aparecer na tela. 
· ESPAÇO REQUERIDO
Estimar as larguras mésio-distais das coroas dos dentes permanentes não irrompidos (caninos e pré-molares), de forma estatística ou radiográfica.
O valor achado de espaço presente (EP) deve ser subtraído do valor do espaço requerido (ER) para calcular a discrepância de modelo (DM). Essa discrepância é entre tamanho dentário e base óssea. 
	DM = EP - ER
O resultado pode ser positivo (EP > ER), nula (EP = ER) ou negativa (EP < ER).
Quando positivo, demonstra que existe espaço suficiente para erupção dos dentes permanentes. Nulo representa que provavelmente terá espaço, mas o paciente deve ser acompanhado de perto para confirmar. E negativo representa a falta de espaço suficiente. 
Métodos estatísticos
· ANÁLISE DE MOYERS
Método de fácil aplicação, com boa exatidão e precisão em suas medidas, baixo custo por não utilizar radiografias, não exige muito tempo de trabalho e pode ser feita com igual segurança, tanto pelo o principiante quanto pelo especialista.
O método funciona com uma tabela de predição do diâmetro mésio-distal de caninos e pré-molares não erupcionados. 
A base do cálculo é a soma das larguras mésio-distal dos II, tanto para mandíbula como para maxila. A partir dessa soma dos 4 II, a tabela apresenta um valor correspondente para os caninos e pré-molares.
Sempre começar a medida das larguras pelo arco inferior.
A – dentes superiores e B – dentes inferiores
Para o arco inferior:
1 – Determinar a somatória dos diâmetros MD dos incisivos inferiores com paquímetro ou compasso de ponta seca. 
2 – A partir do valor dessa soma, verificar onde está na primeira linha da tabela B e utilizar o valor da linha de 75%. O valor encontrado na tabela corresponde a somatória dos diâmetros MD de caninos e pré-molares de uma hemiarcada. 
	ER = somatória MD II + 2.(valor da tabela)
Para o arco superior:
3 – Determinar a somatória dos diâmetros MD dos IS. Mas para achar o valor na tabela ainda se usa a somatória do diâmetro dos II.
	ER = somatória MD IS + 2.(valor da tabela)
· ANÁLISE DE TANAKA & JOHNSTON:
Análise prática, precisa, de fácil memorização e rápida aplicação, levando a economia de tempo. 
É similar a análise de Moyers, com somatória dos II para predizer o diâmetro MD de caninos e PM, também resultando numa predição de 75% de probabilidade. 
1 – Somar a largura MD dos II.
2 – Adicionar a metade da soma o valor de 10,5mm para mandíbula e 11mm para maxila. 
	Arco inferior → ER = (soma MD II +10,5) x 2
2
Arco superior → ER = (soma MD II + 11) x 2
2
Método radiográfico
As medidas do tamanho dos dentes tomadas diretamente no raio X dificultam o diagnóstico devido a distorção da imagem. Então, os métodos radiográficos estão sujeitos a erros significativos na predição do tamanho devido a inclinações/rotações dentárias. 
· ANÁLISE DE NANCE
Para cada dente medido aplicar a regra de três, utilizando o RX periapical do local. No cálculo, X representa o dente permanente a qual se quer determinar o diâmetro. 
Larg. MD decíduo rX = Larg. MD decíduo modelo
 Larg. MD perm. rX X

Outros materiais