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Víscera� Pélvica� ♥ ➔ A bexiga urinária e o reto — vísceras pélvicas verdadeiras — são continuações inferiores de sistemas encontrados no abdome. Exceto pelas características relacionadas ao compartilhamento da uretra masculina pelos sistemas urinário e genital, há relativamente poucas diferenças entre os órgãos urinários e digestórios masculinos e femininos. Órgãos urinários ➔ Partes pélvicas dos ureteres, ➔ Bexiga urinária ➔ Uretra URETERES ➔ Os ureteres são retroperitoneais. Ao cruzarem a bifurcação da artéria ilíaca comum (ou o início da artéria ilíaca externa), os ureteres passam sobre a margem da pelve, deixando o abdome e entrando na pelve menor. Seguem nas paredes laterais da pelve, paralelas à margem anterior da incisura isquiática maior, entre o peritônio parietal da pelve e as artérias ilíacas internas. ➔ Próximo à espinha isquiática, eles se curvam anteromedialmente, acima do músculo levantador do ânus, e entram na bexiga urinária, logo acima da glândula seminal com uma distância de 5 cm, mas suas aberturas internas no lúmen da bexiga urinária vazia são separadas por apenas metade dessa distância. Essa passagem oblíqua através da parede da bexiga urinária forma uma “válvula” unidirecional, e a pressão interna ocasionada pelo enchimento da bexiga urinária causa o fechamento da passagem intramural. Além disso, as contrações da musculatura vesical atuam como esfíncter, impedindo o re�luxo de urina para os ureteres quando a bexiga urinária se contrai, o que aumenta a pressão interna durante a micção. ➔ Aa extremidades inferiores dos ureteres são circundadas pelo plexo venoso vesical. ➔ A urina é transportada pelos ureteres por meio de contrações peristálticas, sendo levadas algumas gotas a intervalos de 12 a 20 segundos. ➔ Nos homens, a única estrutura que passa entre o ureter e o peritônio é o ducto deferente que cruza o ureter na prega interuretérica do peritônio. ➔ O ureter situa-se posterolateralmente ao ducto deferente. ➔ Nas mulheres, o ureter passa medialmente à origem da artéria uterina e continua até o nível da espinha isquiática, onde é cruzado superiormente pela artéria uterina. Em seguida, passa próximo da parte lateral do fórnice da vagina e entra no ângulo posterossuperior da bexiga urinária. ➔ A irrigação arterial das partes pélvicas dos ureteres é variável, proporcionada por ramos uretéricos originados das artérias ilíacas comuns, ilíacas internas e ováricas. Os ramos uretéricos anastomosam-se ao longo do trajeto do ureter, formando uma vascularização contínua, embora não necessariamente vias colaterais efetivas. As artérias mais constantes que irrigam as partes terminais do ureter nas mulheres são ramos das artérias uterinas. As origens de ramos semelhantes nos homens são as artérias vesicais inferiores. *Em cirurgia útil perceber que, embora a vascularização do segmento abdominal do ureter tenha origem medial, a do segmento pélvico tem origem lateral; os ureteres devem ser afastados de acordo. ➔ A drenagem venosa das partes pélvicas dos ureteres geralmente é paralela à irrigação arterial, drenando para veias de nomes correspondentes. Os vasos linfáticos seguem principalmente para os linfonodos ilíacos comuns e internos. ➔ Os nervos para os ureteres são provenientes de plexos autônomos adjacentes (renais, aórticos, hipogástricos superiores e inferiores). Os ureteres estão situados, em sua maior parte, acima da linha de dor pélvica. As fibras aferentes (de dor) dos ureteres seguem as fibras simpáticas em sentido retrógrado para chegarem aos gânglios sensitivos de nervos espinais e aos segmentos T10–L2 ou L3 da medula espinal. BEXIGA URINÁRIA A bexiga urinária tem fortes paredes musculares funciona como um reservatório temporário de urina e varia em tamanho, formato, posição e relações de acordo com seu conteúdo e com o estado das vísceras adjacentes. Quando vazia, a bexiga urinária do adulto está localizada na pelve menor, situada parcialmente superior e parcialmente posterior aos ossos púbicos sendo separada pelo espaço retropúbico (de Retzius) virtual e situa-se principalmente inferior ao peritônio, apoiada sobre o púbis e a sínfise púbica anteriormente e sobre a próstata (homens) ou parede anterior da vagina (mulheres) posteriormente. ➔ A bexiga urinária está relativamente livre no tecido adiposo subcutâneo extraperitoneal, exceto por seu colo, que é fixado firmemente pelos ligamentos laterais vesicais e o arco tendíneo da fáscia da pelve, sobretudo seu componente anterior, o ligamento puboprostático em homens e o ligamento pubovesical em mulheres. O paracolpo, é um fator indireto, mas importante na sustentação da bexiga urinária ➔ Em lactentes e crianças pequenas, a bexiga urinária está no abdome mesmo quando vazia. Entra na pelve maior aos 6 anos de idade; entretanto, só depois da puberdade está completamente localizada na pelve menor. ➔ À medida que se enche, a bexiga urinária entra na pelve maior enquanto ascende no tecido adiposo extraperitoneal da parede abdominal anterior. ➔ Em alguns indivíduos, a bexiga urinária cheia pode chegar até o nível do umbigo. ➔ Ao fim da micção, a bexiga urinária de um adulto normal praticamente não contém urina. ➔ Quando vazia, a bexiga urinária tem um formato quase tetraédrico e externamente tem ápice, corpo, fundo e colo. LOGO, tem 4 superfícies da bexiga urinária (superior, duas inferolaterais e posterior). ➔ O ápice da bexiga aponta em direção à margem superior da sínfise púbica quando a bexiga urinária está vazia. ➔ O fundo da bexiga é oposto ao ápice, formado pela parede posterior um pouco convexa. O corpo da bexiga é a parte principal da bexiga urinária entre o ápice e o fundo. ➔ O leito da bexiga é formado pelas estruturas que têm contato direto com ela: os púbis, a fáscia que reveste o músculo levantador do ânus e a parte superior do músculo obturador interno. ➔ Apenas a face superior é coberta por peritônio. ➔ Consequentemente, nos homens o fundo da bexiga é separado do reto centralmente apenas pelo septo retovesical fascial e lateralmente pelas glândulas seminais e ampolas. ➔ A bexiga urinária é revestida por uma fáscia visceral de tecido conjuntivo frouxo. ➔ As paredes da bexiga urinária são formadas principalmente pelo músculo detrusor. Em direção ao colo da bexiga masculina, as fibras musculares formam o músculo esfíncter interno da uretra involuntário. Esse esfíncter se contrai durante a ejaculação para evitar a ejaculação retrógrada (re�luxo ejaculatório) do sêmen para a bexiga urinária. ➔ Nos homens, as fibras musculares no colo da bexiga são contínuas com o tecido fibromuscular da próstata, ao passo que nas mulheres essas fibras são contínuas com fibras musculares da parede da uretra. ➔ Os óstios do ureter e o óstio interno da uretra estão nos ângulos do trígono da bexiga. Os óstios do ureter são circundados por alças do músculo detrusor, que se contraem quando a bexiga urinária se contrai para ajudar a evitar o re�luxo de urina para o ureter. A úvula da bexiga é uma pequena elevação do trígono; geralmente é mais proeminente em homens idosos em razão do aumento do lobo posterior da próstata. Irrigação da bexiga ➔ Principais ramos das artérias ilíacas internas: aa. vesicais superiores irrigam as partes anterossuperiores da bexiga urinária. Nos♂, as aa. vesicais inferiores, o fundo e o colo da bexiga, nas ♀, as aa vaginais as substituem e enviam pequenos ramos para as partes posteroinferiores da bexiga urinária. As aa. obturatória e glútea inferior também enviam pequenos ramos para a bexiga urinária. ➔ As veias que drenam a bexiga urinária correspondem às artérias e são tributárias das veias ilíacas internas. O plexo venoso vesical é contínuo com o plexo venoso prostático e o conjunto de plexos associados envolve as glândulas seminais, os ductos deferentes e as extremidades inferiores dos ureteres. Também recebe sangue da veia dorsal profunda do pênis, que drena para o plexo venoso prostático. Entretanto a drenagem vesical, pode drenar através das vv. sacrais para os plexos venososvertebrais internos. ➔ Nas mulheres, o plexo venoso vesical envolve a parte pélvica da uretra e o colo da bexiga, recebe sangue da veia dorsal do clitóris e comunica-se com o plexo venoso vaginal ou uterovaginal. Inervação da bexiga As fibras simpáticas são conduzidas dos níveis torácico inferior e lombar superior até os plexos vesicais (pélvicos), destaque plexos e nervos hipogástricos, enquanto as fibras parassimpáticas dos níveis sacrais são conduzidas pelos nervos esplâncnicos pélvicos e pelo plexo hipogástrico inferior. A inervação simpática que estimula a ejaculação causa simultaneamente a contração do músculo esfíncter interno da uretra para evitar re�luxo de sêmen para a bexiga urinária. Uma resposta simpática por constrangimento ao estar no mictório na frente de uma fila de espera pode causar contração do músculo esfíncter interno, prejudicando a capacidade de urinar até que haja inibição parassimpática do esfíncter. As fibras parassimpáticas são motoras para o músculo detrusor e inibitórias (faz contrair) para o músculo esfíncter interno da uretra (faz relaxar) na bexiga urinária masculina. Portanto, quando as fibras aferentes viscerais são estimuladas por estiramento, ocorre contração re�lexa da bexiga urinária, relaxamento do músculo esfíncter interno da uretra (nos homens) e a urina �lui para a uretra. Com treinamento, nós aprendemos a suprimir esse re�lexo quando não desejamos urinar. ➔ As fibras aferentes re�lexas seguem o trajeto das fibras parassimpáticas, do mesmo modo que aquelas que transmitem sensações de dor (como a resultante da hiperdistensão) da parte inferior da bexiga urinária. A face superior da bexiga urinária é coberta por peritônio e, portanto, está acima da linha de dor pélvica; assim as fibras de dor da parte superior da bexiga urinária seguem as fibras simpáticas retrogradamente até os gânglios sensitivos de nervos espinhais torácicos inferiores e lombares superiores (T11–L2 ou L3). PARTE PROXIMAL (PÉLVICA) DA URETRA MASCULINA ➔ A uretra masculina é um tubo muscular (18 a 22 cm de comprimento) que conduz urina do óstio interno da uretra até o óstio externo da uretra. ➔ A uretra também é a via de saída do sêmen (espermatozoides e secreções glandulares). ➔ O diâmetro e o comprimento da parte intramural (pré-prostática) da uretra variam quando a bexiga urinária está se enchendo (há contração tônica do colo da bexiga de modo que o óstio interno da uretra apresenta-se pequeno e alto) ou esvaziando. (O colo da bexiga é relaxado de modo que o óstio apresenta-se largo e baixo). ➔ A característica mais proeminente da parte prostática da uretra é a crista uretral, uma estria mediana entre sulcos bilaterais, os seios prostáticos, onde se abre os dúctulos prostáticos secretores. O colículo seminal é uma elevação arredondada no meio da crista uretral com um orifício semelhante a fenda que se abre em um fundo de saco pequeno, o utrículo prostático. O utrículo é o vestígio remanescente do canal uterovaginal embrionário, cujas paredes adjacentes, na mulher, constituem o primórdio do útero e uma parte da vagina. ➔ Ductos jaculatórios se abrem na parte prostática da uretra através de pequenas aberturas semelhantes a fendas localizadas adjacentes ao orifício do utrículo prostático e, às vezes, logo dentro dele. Os tratos urinário e reprodutivo se fundem nesse ponto. ➔ As partes intramural e prostática da uretra são irrigadas por ramos prostáticos das artérias vesicais inferiores e retais médias . ➔ As veias das duas partes proximais da uretra drenam para o plexo venoso prostático . ➔ Os nervos são derivados do plexo prostático (fibras simpáticas, parassimpáticas e aferentes viscerais mistas). O plexo prostático é um dos plexos pélvicos (extensão inferior do plexo vesical) que se originam como extensões órgão-específicas do plexo hipogástrico inferior. URETRA FEMININA ➔ A uretra feminina (com cerca de 4 cm de comprimento e 6 mm de diâmetro) segue anteroinferiormente do óstio interno dau retra posterior e depois inferior à sínfise púbica, até o óstio externo da uretra. ➔ Amusculatura que circunda o óstio interno da uretra da bexiga urinária feminina não está organizada em um esfíncter interno. O óstio externo da uretra feminina está localizado no vestíbulo da vagina, A uretra situa-se anteriormente à vagina (formando uma elevação na parede anterior da vagina). A uretra segue com a vagina através do diafragma da pelve, músculo esfíncter externo da uretra e membrana do períneo. ➔ Há glândulas na uretra, sobretudo em sua parte superior. Um grupo de glândulas de cada lado, as glândulas uretrais, é homólogo à próstata. Essas glândulas têm um ducto parauretral comum, que se abre (um de cada lado) perto do óstio eexterno da uretra. ➔ uretra feminina é irrigada pelas artérias pudenda interna e vaginal. As veias seguem as artérias e têm nomes semelhantes . ➔ Os nervos que suprem a uretra têm origem no plexo (nervo) vesical e no nervo pudendo. As fibras aferentes viscerais da maior parte da uretra seguem nos nervos esplâncnicos pélvicos, mas a terminação recebe fibras aferentes somáticas do nervo pudendo. As fibras aferentes viscerais e ssosomáticas partem dos corpos celulares nos gânglios sensitivos de nervos espinais S2–S4.
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