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Discentes: Almir Cordeiro Da Silva Gabriel Henrique Rainer Silva Luziomária Lopes Gonzaga Oséias Nunes Vieira Sâmia Cássia Moreira De Oliveira Drumond Docente: Cíntia Pereira Ferreira Menezes Choque e Isquemia Definição “Síndrome caracterizada pela incapacidade do sistema circulatório de fornecer oxigênio aos tecidos, oque pode levar a disfunção multissistêmica e morte “ Emergências Clínicas, USP Choque ≠ Hipotensão Fisiopatologia Fisiopatologia Cardiovascular Transporte de Oxigênio (DO2) Do2 = Ca02 x DC Ca02=(1,34 Hb x Sa02) + (o,oo31 x PaO2) DC = Volume x Sistólico x FC Pré-carga Contratilidade Pós carga Alteração Choque PA x RVS Fisiopatologia Alterações na PAM ou no metabolismo de oxigênio geram respostas compensatórias Aumentar a contratilidade do miocárdio e FC Vasoconstrição arterial e venosa Redistribui volemia , preservando o SNC Aumenta reabsorção de sódio e água Aumenta oferta de oxigênio e de substratos Restaurar perfusão e equilibrar o consumo de oxigênio Respiração aeróbica x anaeróbica Perfusão inadequada oferta inadequada de O2 Mecanismos compensatórios Metabolismo anaeróbico Disfunção celular Morte Classificação enquanto ao estado fisiológico Compensado Sinas e sintomas de hipoperfusão tecidual Alterações do nível de consciência, taquicardia. Ativação do mecanismos compensatórios Pressão arterial sistólica é NORMAL Descompensado Sinais de choque com HIPOTENSÃO Alterações do nível de consciência , pulso fino e rápido , pele fria e pegajosa , taquicardia , Oligúria e acidose metabólica . Classificação quanto ao débito cardíaco Choque Hipodinâmico ou frio Débito cardíaco baixo RVS alta Pele fria , pálida , pulso fino , enchimento capilar lento Choque hipovolêmico , cardiogênico , séptico * Choque Hiperdinâmico ou quente Débito cardíaco alto RVS baixo Pele quente , avermelhada , perfusão periférica rápida Choque anafilático ou séptico * Classificação quanto a Etiologia CHOQUE HIPOVOLÊMICO CHOQUE DISTRIBUTIVO CHOQUE OBSTRUTIVO CHOQUE CARDIOGÊNICO Choque hipovolêmico Perda do volume Baixo DC Aumento da FC e de RVS Sinais: Taquicardia , pele fria e pegajosa , pulso fino e rápido , enchimento capilar lento , alteração do nível de consciência , redução da PVJ e Hipotensão . Hemorrágico Traumático x não traumático Não hemorrágico Classes do choque hemorrágico Choque distributivo Volume adequado Redução severa do RVS Choque séptico , choque anafilático e choque neurogênico Choque quente CHOQUE OBSTRUTIVO Volume adequado Função miocárdica normal Há uma obstrução mecânica ao fluxo sanguíneo Redução do DC Hipoperfusão tecidual Causas : Tamponamento cardíaco , pneumotórax hipertensivo , embolia pulmonar maciça Choque Cardiogênico Falha na bomba cardíaca Baixo DC e aumento do RVS Restrição do enchimento ventricular Endomiocardiofibrose Distúrbios do ritmo cardíaco Bradi ou taquiarritmias Disfunção valvar Cardiomiopatias , ICC descompensada , IAM Lesões cardíacas traumáticas Diagnóstico Sinas e sintomas de perfusão inadequada Alteração do nível de consciência Taquicardia Pulso fino e rápido Pele fria e pegajosa Oligúria Prolongamento do tempo de enchimento capilar Hipotensão Livedo reticular Considerações finais Choque não é hipotensão ! Ficar atentos aos mecanismos compensatórios Identificação dos sinas precoces Identificação precoce e intervenção imediata Choque tem alta mortalidade independente da causa Caso clinico; Trata -se de M.A.F.R 65 anos, sexo feminino, compareceu à unidade de emergência do Hospital x com queixa de dor abdominal difusa há 2 dias. Relata não conseguir evacuar a 10 dias. Refere que a dor é de intensidade 9 (0-10), sem fatores de melhora ou piora. Relata que nos últimos 06 meses vem apresentando episódios intermitentes de febre, associados à anorexia e mal-estar. Nega etilismo e tabagismo, sedentária. Possui diagnóstico de Hipertensão Arterial Sistêmica há 20 anos e Diabetes Mellitus tipo 2 há 35 anos. Negas outras comorbidades. Exame físico Geral: Paciente em regular estado geral, lúcida e orientado no tempo e no espaço, emagrecido, com mucosas hipocrômicas (+/IV), escleras anictéricas e febril. Dados vitais: PR = 133 bpm, FR = 28ipm, Tax = 38,9°C, TA = 87x55mmHg. EXAMES : Foi localizado obstrução intestinal importante ,paciente encaminhado para bloco cirurgico com criterio de abordagem cirurgica imediata Realizado laparatomia exploradora ,POI ,encaminhado para UTI ,TOT ,na VM ,Sedada ,em uso de amina em alta vazão no momento PA 85X50 (51) FC 125bpm ,FR 30, TAX 39.3 ,sat 90%, grave ,suspeita de CHOQUE SEPTICO de foco pulmonar. segue grave e em manejo do choque. Isquemia Grego; isque= Restrição haimos=Sangue É a redução ou a falta do fluxo sanguíneo para um órgão ou território do organismo, ou seja, é uma deficiência no suprimento de sangue para manter as necessidades metabólicas dos tecidos. Parcial Total Redução/Hipóxia Cessação/Anóxia Essa restrição pode ser; 17 Na grande maioria das vezes, a isquemia é causada por obstrução total ou parcial de artérias, veias ou capilares. As causas obstrução podem estar na luz do vaso ou fora dela. 1. Diminuição de oferta do sangue. 2. Pelo aumento da necessidade dessa oferta de sangue . Causas; 18 Aporte insuficiente de sangue Não mantém as necessidades metabólicas Mecanismo de agressão celular; Redução disponibilidade de oxigênio. IRREVERSÍVEL REVERSÍVEL 19 Isquemia Sistêmica Hipoperfusão sanguínea. Fechamento da luz do vaso. . Local Obstrução física do vaso. Forma mais comum. Órgão/região cianóticos 20 Principais causas dessas deficiências; ▶ Obstrução arterial. É a principal causa de isquemia, podendo ser provocada por obstáculos intravasculares, por compressão extrínseca ou por espasmos da parede arterial. Obstrução intravascular (parcial ou total) resulta na grande maioria dos casos de aterosclerose, embolia, trombose arterial e arterites. Isquemia ▶ Obstrução da microcirculação. Obstrução de capilares com isquemia localizada pode ser causada por: (1) aumento da viscosidade sanguínea (síndrome de hiperviscosidade), como em policitemias e na anemia falciforme; (2) coagulação intravascular disseminada, em que microtrombos se formam na microcirculação; (3) compressão extrínseca, como a encontrada em pacientes acamados que desenvolvem úlceras de decúbito; (4) embolia gasosa e gordurosa; (5) parasitismo de células endoteliais e de células de Kupffer, com tumefação endotelial acentuada, como ocorre em algumas infecções por microrganismos intracelulares (toxoplasmose, calazar etc.) ou que induzem aderência de eritrócitos ao endotélio capilar (malária por Plasmodium falciparum). Isquemia ▶ Obstrução venosa. Obstrução venosa pode resultar de trombose ou de compressão extrínseca. A principal causa de compressão venosa extrínseca é torção do pedículo vascular, mas pode ocorrer também por compressão por tumores ou linfonodos aumentados de volume. São exemplos de isquemia por obstrução venosa a que ocorre na hérnia intestinal estrangulada, em torções do testículo, do ovário ou de tumores pediculados,no vólvulo intestinal, em tromboses nas veias renais e mesentéricas ou nos seios venosos da dura-máter. Isquemia por obstrução venosa ocorre raramente nos membros superiores e inferiores por trombose de veias subclávia ou ileofemoral, já que nesses locais a rede colateral é bem desenvolvida. Circulação colateral; São pequenos vasos sanguíneos que surgem no coração, ou em outros órgãos, para tentar suprir a falta de irrigação (isquemia tecidual) causada por uma artéria totalmente obstruída (obstrução crônica) devido ao processo de aterosclerose. Mecanismo de defesa. Consequências; Dependem.... Como diferentes tecidos têm suscetibilidade distinta à hipóxia ou à anóxia, as lesões variam muito de acordo com a natureza do órgão afetado. extensão da área isquêmica e sua localização; (2) velocidade de instalação (súbita ou lenta); (3) existência de circulação colateral; (4) sensibilidade dos tecidos atingidos à hipóxia ou à anóxia. Por definição; Nós temos o infarto que corresponde a área de necrose tecidual causada por isquemia. Pode ocorrer por obstrução arterial ou venosa. END. Isquemia CASO CLÍNICO; Paciente do sexo feminino, 60 anos, procurou o pronto socorro devido a dor abdominal difusa acompanhada de distensão abdominal, náusea e vômitos há 2 dias. Negava febre ou antecedentes clínicos relevantes. Ao exame físico a paciente estava em regular estado geral, corada, levemente desidratada, afebril e apresentava dor moderada e distensão abdominal difusa, sem sinais de peritonite. A hipótese diagnóstica foi de semi oclusão intestinal. Foram solicitados exames laboratoriais e tomografia computadorizada do abdome com contraste. CASO CLÍNICO Complementação por imagem A angiotomografia do abdome evidenciou falha de enchimento pelo meio de contraste compatível com trombo na artéria e veia mesentérica superior, hipocontrastação sugestiva de hipovascularização de alças intestinais do intestino delgado e do ceco, além de sinais de obstrução intestinal secundária. A hipótese diagnóstica do exame foi a isquemia mesentérica. Geraldo, B. (2018), Bogliolo - Patologia Geral, 6th edição, Grupo GEN, [Inserir cidade de publicação]. Disponível em: Minha Biblioteca. BRASILEIRO FILHO, Geraldo. Bogliolo - Patologia. Grupo GEN, 2016. [Minha Biblioteca]. REFERÊNCIAS; LEITURA COMPLEMENTAR; ANDERSON, JAM, WEITZ JI. Hypercoagulable states. Crit Care Clin, 27:933-52, 2011. CHITLUR, M. Challenges in the laboratory analyses of bleeding disorders. Thromb Res, 130:1-6, 2012. CHATTERJEE, MS. Systems biology of blood coagulation and platelet activation. Publicly accessible Penn Dissertations. Paper, 348, 2011. http://repository.upenn.edu/edissertations/348. DOENÇAS HEMORRÁGICAS: VÁRIAS REVISÕES. Hemophilia, 18 (suppl 2) e 18 (suppl 4), 2012. FRY, DE. Sepsis, systemic inflammatory response, and multiple organ dysfunction: the mystery continues. Am Surg, 78:1-8, 2012. GOLDHABER, SZ, BOUNAMEAUX, H. Pulmonary embolism and deep vein thrombosis. Lancet, 379:1835-46, 2012.
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