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Transporte Tubular II - Sistema contra corrente, osmolaridade do interstício medular e recirculação da ureia: Referência Bibliográfica: Livro: FISIOLOGIA HUMANA, 7º edição Livro: TRATADO DE FISIOLOGIA MEDICA, 13º edição O sódio atravessa a membrana apical, passa por dentro das Membrana apical: voltada para o lúmen Membrana basolateral: voltada para o interstício células e depois pela membrana basolateral Transporte no túbulo contorcido proximal: Parte ascendente espessa da alça: temos ação dos diuréticos de alça devido a transportadores que captam solutos da luz tubular para o interstício ** * * No túbulo distal e no coletor temos a ação de hormôni- os como ADH para permitir a reabsorção * ADH: favorece a absorção de água e de ureia* pie O que promove o transporte de água do lúmen para o interstício? R: A diferença de concentração entre a luz tubular e o interstício, onde temos a maior concentração (hiper osmolaridade) no inters- tício que recebera água via osmose Hiper osmolaridade do interstício medular renal: 2. Recirculação da ureia 1. Sistema multiplicador contracorrente Conforme perfuramos a medula renal a concentração aumen- Córtex renal apresenta a mesma concentração que o plasma ta, pois o interstício é mais concentrado e água dos túbulos é rea- bsorvida aumento a concentração. Na parte ascendente espessa temos a reabsorção de soluto devido sua impermeabilidade * * 1. Sistema multiplicador contracorrente: Números mostram a concentração do filtrado e do interstício Etapa 1: existe um fluxo continuo de filtrado glomerular Etapa 2: reabsorção de solutos parte (ascendente espessa da alça) – filtrado perde soluto para o interstício (por meio de trans- portes) Etapa 3: como a parte descendente fina da alça é permeável a água, ela perde água para o interstício, aumentando a concentra- ção do filtrado Etapa 4: o filtrado segue seu caminho, em direção a excreção Etapa 5: pego o soluto da parte ascendente da alça e jogo pa- ra o interstício, diminuindo a concentração do filtrado (hiposmó- tico) Etapa 6: água sai do filtrado em direção ao interstício que es- tá mais concentrado (descendente fina da alça) Repete todos os passos de 4 a 6, até se tornar muito concen- trado igual na etapa 7 Função do sistema: reabsorver soluto e favorecer a reabsorção de água * * * * * * * * * ADH: ajuda a deixar o interstício mais concentrado* Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=hjQd9nWAxQk& feature=youtu.be Sempre a ação do ADH será para favorecer a reabsor- Secreto ADH: quando meu sangue está mais concentra- do, para promover a maior reabsorção nos néfrons (nos tú- bulos distal e coletor) Interstício mais concentrado devido a reabsorção de ureia, incentivada pelo ADH Ureia colabora cerca de 40 a 50% para hiperosmolari- dade do interstício tubular ção de água juntamente com a ureia, também tem uma un- ção de promover vasoconstrição * * * * A concentração muda apenas na parte mais interna na Diminui a concentração do interstício pois não tem in- fluencia do ADH e não temos reabsorção de ureia medula, pois é onde a ureia atua * * direção a membrana apical e se fundir a ela, e fazendo a água do ADH ou Vasopressina (ou arginina vasopressina): ADH é secretado pela neuro-hipófise, porém é produzido no hipotálamo Como o ADH age no néfron para promover a rebsorção da água: chega por meio da corrente ssanguinea nos nédrons, e se li- ga ao receptor de membrana basolateral (V2), que está acoplado pela proteina G que vai ativar a denilato ciclase quebrando ATP e formando o AMPc que ativa vias de sinalização (Pka - proteina quinase) que fosforoliza outras proteinas que desencadeiam ativa- ção das vesiculas que estão armazenadas no citoplasma e que possuem os canais de aquopprinas 2 (sensível a ADH) irem em lúmen atravessar com facilidade para o meio intracelular (tornan- do os ductos coletores ficarem permeavel a água) e sair pela mem- brana basolateral devido aos canais de aquoporinas 3 e 4 que não são sensiveis a ADH, elas ficam sempre aderidas a essa membra- na Osmolaridade do sangue é o principal fator para a libe- ração de ADH * Situação clinica 1: Devido a cálculos renais recorrentes, uma pessoa foi orien- tada a beber muita água ao longo do dia. Essa pessoa bebeu 1 litro de água de uma vez A. Após 1 hora da ingesta de água, como está a concen- tração da urina? E do plasma? R: A concentração de urina está baixa e a do plasma perma- neceu estável (teve apenas uma leve queda que influencia muito a taxa de fluxo urinário) B. O que acontece com a concentração de ADH após 1 hora da ingesta? R: A concentração de ADH diminui, fazendo a água perma- necer no ducto coletor e ser excretada pela urina C. O que acontecerá com a diurese dessa pessoa após 1 hora? R: A diurese aumenta Obs: o álcool inibe a secreção de ADH na hipófise A ureia é filtrada, e ao longo do néfron sua concentra- 2. Recirculação da Ureia: ção aumenta, pois na parte descendente da alça de Henle te- mos a reabsorção de água o que aumenta a concentração. A parte ascendente da alça de Henle é impermeável a ureia, ela apenas segue o fluxo até o ducto coletor (na região mais interna da medula) onde pode ser reabsorvida na presença de ADH, onde teremos uma reabsorção de água e conse- quentemente aumentando a concentração de ureia e promo- vendo sua saída por difusão para o interstício * Porem apenas 20% permanece no néfron e vai para urina ser A concentração de ureia continua aumentando até o final do ducto coletos, devido a reabsorção de água também O ADH além de promover a abertura de canais de aquopori- nas, estimula a transcrição e inserção de canais de transportado- res de ureia de UT-A1 e UT- A3 (ajudando a aumentar a reabsor- ção de ureia) No ducto coletor temos a reabsorção da ureia e a cada recir- culação concentramos mais ureia, que será responsável por 50% da osmolaridade dos interstícios excretada * * * * Por que a água que deixa o ramo descendente da alça de hen- le não dilui o líquido intersticial medular? R: Por conta dos vasos retos que estão organizados de forma con- tracorrente nos néfrons D. Possivelmente, o interstício medular desse paciente Situação clínica 2: Paciente Silvio, 80 anos, teve um acidente vascular cerebral há 5 anos e desde então está acamado. Mantém a fala empastada, o que dificulta a comunicação com sua filha. Certo dia, ela nota que o paciente está mais desanimado que o habitual, sua urina está mais concentrada e em menor volume. Ele é levado ao médico da Unidade Básica de Saúde. Ao exame físico apresenta-se desidra- tado (2+/4+), mas corado. Pulsos radiais finos, simétricos, aus- culta pulmonar e cardíaca normais. Sinais vitais: PA 95/50 mmHg, Frequência Cardíaca 105 bpm, com demais sinais normais. Os exames mostraram sódio sérico de 150 mEq/L (VR: 135- 145 mEq/L) e uréia plasmática de 70 mg/dL.(VR: 10 - 50 mg/dL). Após hidratação oral e venosa, há normalização dos sinais vitais e dos exames laboratoriais A. Como está a osmolaridade do plasma deste paciente antes do atendimento? R: A osmolaridade se encontra aumentada, pois ele está de- sidratado B. Antes do atendimento, é provável que determinado hormônio estava em altos níveis, na tentativa de manter a homeostase. Qual seria este hormônio? R: O ADH C. Por que há aumento da ureia no sangue? R: Devido ao aumento do ADH, que promove a reabsorção de água, tornando o filtrado hiper osmótico (ureia e solutos) ou seja, grande concentração de ureia e solutos no ducto coletor. Assim, ocorre a difusão de ureia para o interstício que posteriormente será reabsorvida pelos capilares peritu- bulares e vasos retos estava altamente concentrado. Em qual característica essa afirmação se baseia? R: Amento do nível sérico de sódio, devido ao aumento da recirculação de Ureia, e a angiotensina II e aldosterona tam- bém influenciam na reabsorção de sódio Durante uma consulta à pediatra de sua filha, uma mãe rela- Situação clínica 3: tou que a urina de sua filha recém-nascida era quase trans- parente,sendo inclusive difícil para enxergar a urina na fralda. A pediatra explicou que os bebês não conseguem concentrar a urina como os adultos pela falta de proteínas na alimentação. A. Explique por que a falta de proteínas na alimentação levará a uma urina diluída. R: Com a ingestão menor de proteínas, teremos uma menor reabsorção de solutos, ou seja, uma menor pressão coloi- dosmótica contribui para uma menor reabsorção de solutos.
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