Buscar

Hymenolepis nana - Himenolepíase

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Hymenolepis nana - Himenolepíase
Himenolepíase é uma parasitose causada pelo helminto conhecido como Hymenolepis nana, que é um cestódio (menor cestoide que parasita o homem) semelhante as do gênero Taenia. É muito comum em crianças e é endêmico da região nordeste do Brasil.
Morfologia – Adulta
· 3,0 a 5,0 cm de comprimento por 1,0 mm de largura
· Escólex (fixação na mucosa do intestino delgado)
· Quatro ventosas
· Rostro retrátil
· Colo (logo abaixo do escólex) – região de crescimento das proglotes
· Estróbilo (união das proglotes – 100 a 200)
· Proglotes
· Jovens – aparelho reprodutor imaturo
· Maduras – aparelho reprodutor amadurecido
· Grávidas – ultimas proglotes (liberação de ovos)
· Sem epiderme e sistema digestivo
· Não possuem órgãos sensoriais
*São hermafroditas – apresentam tanto o órgão reprodutor masculino quanto o feminino nas proglotes.
Morfologia – Ovo
· Formato oval/arredondado
· 40 µm de diâmetro
· Membrana externa (envolve o espaço claro)
· Mamelões opostos (presentes no espaço claro)
· Membrana interna (delimita o espaço interno)
· Hexacanto/oncosfera (presente no espaço interno)
· Filamentos
* Sobrevive até 10 dias no ambiente.
Morfologia – Cisticerco (forma larval)
· 500 µm de comprimento
· Vesícula rudimentar
· Escólex invaginado
· Apêndice caudal – acúleos.
· Pequena quantidade de líquido
Habitat
· Forma adulta – encontra-se fixado nas vilosidades do intestino delgado (íleo e jejuno)
· Ovo – fezes
· Larva cisticercóides
· Dentro das vilosidades intestinais do homem
· Cavidade geral de hospedeiros invertebrados (pulgas e outros insetos de cereais)
· Xenopsylla cheopis
· Ctenocephalides canis
· Pulex irritans
· Tenebrio molitor
· Tenebrio obscurus
· Tribolium confusum
Ciclo biológico
· Monoxênico: se inicia pela ingestão de ovos do parasito. Esses ovos se transformam em larvas cisticercóides nas vilosidades intestinais, se diferenciam e saem para a seu estágio adulto (na luz do intestino). Após o desenvolvimento, ocorre a liberação de ovos pelas proglotes grávidas, que serão eliminados junto às fezes, podendo ser ingeridos novamente.
· Heteroxênico: se inicia pela ingestão acidental de inseto contaminado (presentes, principalmente em cereais crus), já com as formas adultas do parasita, realizando a liberação de ovos que irão ser eliminado nas fezes.
Transmissão
· Ingestão de ovos presentes nas mãos ou alimentos
· Ingestão de insetos com larva cisticercóides
· Autoinfecção interna – retroperistaltismo (proglotes grávidas, que foram liberadas e estavam seguido o fluxo do peristaltismo, retornam para o estômago, liberando os ovos e continuando o ciclo biológico)
· Autoinfecção externa – rota fecal-oral
Patogenia/sintomatologia
Os sintomas estão relacionados à idade (geralmente adultos são assintomáticos e crianças são sintomáticas) e a carga parasitária.
· Ação espoliativa (nutrientes) e tóxica
· Alterações nervosas (pela liberação de toxinas)
· Agitação
· Tonturas
· Insônia
· Irritabilidade
· Ataques epiléticos
· Cianose
· Perda da consciência
· Convulsões.
· Alterações digestivas
· Dor abdominal
· Diarreia
· Vômitos
· Pequenas ulcerações (onde o escólex se fixa)
· Infiltração linfocitária
· Congestão da mucosa (pode resultar em muco nas fezes)
· Alterações sistêmicas
· Anorexia (falta de apetite)
· Perda de peso
· Eosinofilia (aumento dos eosinófilos sanguíneos)
· Fenômenos alérgicos
Diagnóstico
· Clínico – por meio da sintomatologia (pouco usual, pois pode ser, facilmente, confundido com outras parasitoses)
· Laboratorial – exame parasitológico de fezes (rastreamento de ovos)
Profilaxia
· Higiene individual
· Dar destino correto às fezes (privadas e fossas)
· Combate a insetos
· Proteção de alimentos
· Tratamento precoce dos doentes
Tratamento
· Praziquantel
· Niclosamida
Referências:
Neves, D.P., Melo, A.L., Linardi, P.M., Vitor, R.W.A. Parasitologia Humana. 13ᵃ Edição, Ed. Atheneu, Rio de Janeiro, 2016.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes