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13 - DOR E VIAS DA DOR

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SISTEMA SENSORIAL SOMÁTICO (SOMESTESIA) 
DOR 
- A sensação somática além dos mecanorreceptores também 
depende de nociceptores (terminações nervosas livres e 
ramificadas e não mielinizadas que sinalizam quando o tecido 
corporal está sofrendo algum tipo de lesão ou está em risco). 
- A ativação seletiva dos nociceptores pode levar à 
experiência consciente da dor, pois a nocicepção e a dor 
são essenciais à vida. 
- Dor: sensação ou percepção de irritação, inflamação, fisgada, 
ardência, latejo e por aí vai. 
- Nocicepção: processo sensorial que fornece os sinais que 
desencadeiam a experiência da dor. 
- sensações de aquecimento e de queimação são mediadas 
por mecanismos neurais distintos: termorreceptores (não 
nociceptivos e nociceptivos) 
TRANSDUÇÃO DOS ESTÍMULOS DOLOROSOS: 
- Ocorre nas terminações nervosas livres das fibras c e nas 
com pouca mielina ab. 
- As membranas desses receptores tem canais iônicos que são 
ativados por: estímulos mecânicos, temperaturas, privação de 
oxigênio (nível de oxigênio baixa – metabolismo anaeróbico 
gera atp – aumenta o H+ - nocicepção) e agentes químicos 
(ferrão de abelha faz com q mastócitos liberem histamina). – 
potenciais de ação. 
- células danificadas no local da lesão podem liberar uma série 
de substâncias que provocam a abertura dos canais 
iônicos nas membranas dos nociceptores. Como exemplos 
de substâncias liberadas estão as proteases (enzimas que 
degradam proteínas), ATP e íons K+. As proteases podem 
clivar um peptídeo 
extracelular abundante, 
chamado cininogênio, 
formando o peptídeo 
bradicinina – se liga 
numa molécula 
receptora específica 
que aumenta a 
condutância de 
nociceptores. 
TIPOS DE 
NOCICEPTORES 
- A maioria responde a estímulos mecânicos, térmicos e 
químicos e são chamados polimodais. 
- Nociceptores mecânicos (pressões intensas) 
- Nociceptores térmicos 
- Nociceptores químicos (responsivos à histamina) 
HIPERALGESIA 
- pele, articulações ou músculos que já estão lesionados ou 
inflamados estão mais sensíveis do que o normal. Limiar 
reduzido à dor, uma intensidade aumentada dos estímulos 
dolorosos ou, até mesmo, dor espontânea. 
- Várias substâncias são liberadas no momento em que a pele 
é lesada, e várias delas modulam a excitabilidade dos 
nociceptores, deixando mais sensíveis: bradicinina 
(mudanças intracelulares de longa duração deixando os canais 
iônicos mais sensíveis ao calo), prostalglandinas (gerados na 
cascata do AA na membrana pelo COX – por isso algumas 
hiperalgesias podem ser pratadas com AINES) e substância 
P (peptídeo feito por nociceptores causa vasodilatação e 
liberação de histamina). 
 
 
 
- Primária: apenas área da lesão 
- Secundária: tecidos que envolvem a região da lesão 
AFERENTES PRIMÁRIOS E MECANISMOS ESPINHAIS 
- Dor Primária, Dor Rápida e aguda - AB 
- Dor ssecundária, lenta e contínua – C 
- As fibras entram no corno dorsal da medula espinhal, se 
ramificam, percorrem uma curta distância nos sentidos rostral 
e caudal na medula, no trato de lissauer, fazendo sinapse em 
células da parte externa do corso dorsal, numa região 
conhecida como substância gelatinosa. 
- axônios de nociceptores viscerais entram na medula espinhal 
pelo mesmo trajeto que os de nociceptores cutâneos. Na 
medula espinhal, ocorre uma mistura substancial da 
informação dessas duas fontes de aferências. Essa linha 
cruzada origina o fenômeno dor referida, no qual a ativação 
do nociceptor visceral é percebida como uma sensação 
cutânea. Um 
exemplo clássico 
de dor referida é a 
angina, que 
ocorre quando o 
coração não 
recebe oxigênio 
em quantidade 
suficiente. A dor é 
localizada 
freqüentemente pelo paciente na parede superior do tórax e no 
braço esquerdo. Um outro exemplo comum é a dor associada 
à apendicite, que é referida, em seu estágio inicial, na parede 
abdominal ao redor do umbigo 
- Acredita-se que o nt dos aferentes noceptivos seja o 
glutamato, porém também possuem a subst. P (nos grânulos 
de secreção nas terminações axonais e pode ser liberada por 
potenciais de ação de alta frequência). 
VIAS ASCENDENTES DA DOR 
- Mais lenta, fibras C e Adelta 
- Fibras seguem pelo trato de lissauer e terminam na 
substância gelatinosa. 
- As duas vias (tato e dor) diferem substancialmente quanto 
ao trajeto utilizado para transmissão da informação ao 
encéfalo. 
Via da dor espinotalâmica: 
- Principal forma das informações sobre dor e temperatura 
ascenderem ao encéfalo. 
- Info da dor é conduzida da medula para o encéfalo pela via 
espinotalâmica. 
Os axônios 
decussam 
imediatamente e 
ascendem através 
do trato 
espinotalâmico. De 
acordo com o nome 
as fibras acendem 
pela medula 
espinhal, passam 
pelo bulbo, ponte e 
mesencéfalo sem 
fazer sinapse, até 
chegarem no 
tálamo. À medida 
que os axônios espinotalamicos percorrem o Tronco 
Sistema nervoso 
 
Pedro Arthur Rodrigues 
Medicina 
@arthurnamedicina 
Sistema nervoso 
 
encefálico, posicionam-se ao longo do lemnisco medial, mas 
permanecem como um grupo axonal distindo da via 
mecanossensorial. 
- Os efeitos são contralaterais, diferente do tato que é 
ipsilateral. O conjunto de sintomas sensoriais e motores que se 
seguem a uma lesão em um lado da medula espinhal é 
chamado de síndrome de Brown-Séquard. 
REGULAÇÃO DA DOR 
- Aferente: dor causada pela ação de nociceptores pode 
ser diminuída pela atividade simultânea de 
mecanorreceptores de baixo limiar (AB), por exemplo quando 
se faz uma massagem numa região do corpo. 
- Teoria do portão da dor: determinados neurônios dos 
cornos dorsais são excitados tanto por axônios sensoriais 
quanto por axônios de nociceptores, formando um 
circuito. Nociceptores alcança a excitação máxima do 
neurônio, mas se os mecanorreceptores forem ativados juntos 
eles ativam um interneurônio que suprime os sinais de 
nocicepção. 
- Eferente: Emoções fortes, estresse ou determinação estóica 
podem suprimir de maneira poderosa as sensações dolorosas 
(tipo em greys quando injetam adrenalina). 
- Regiões encefálicas estão envolvidas na supressão da 
dor – substância cinzenta periaquedutal no mesecéfalo (PAG), 
em que uma estimulação elétrica nessa região pode causar 
uma analgesia 
profunda. Ela 
recebe aferência de 
várias estruturas 
relacionadas com a 
emoção e eviam 
axônios 
descendentes (com o 
neurotransmissor 
serotonina) para os 
cornos dorsais que 
deprimem a 
atividade nociceptiva. 
PAG  bulbo (núcleos da rafe)  serotonina  encefalina 
 cornos dorsais da medula  inibição da nocicepção. 
- Opióides endógenos: morfina, codeína e heroína. O próprio 
SN produz substâncias parecidas com a morfina, são as 
endorfinas (em áreas que processam a nocicepção). 
Pequenas quantidades de morfina ou endorfinas injetadas 
na PAG, nos núcleos da rafe ou no corno dorsal podem 
produzir analgesia. BLOQUEADOR: naloxona. 
No âmbito celular, as endorfinas exercem múltiplos efeitos, que 
incluem supressão da liberação de glutamato das 
terminações pré-sinápticas e inibição dos neurônios pela 
hiperpolarização das membranas pós-sinápticas.

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