Buscar

Artigo Saúde do Adulto III

Prévia do material em texto

União Metropolitana de Educação 
e Cultura
Lauro de Freitas 2017
Disciplina: Fisioterapia na Saúde Adulto III
Docente: Viviane Rech
Discente: Jamilson Oliveira da Silva
 
 DERRAME PLEURAL
 
Lauro de Freitas 2017
 
Introdução
Derrame ou efusão pleural é caracterizado pelo desequilíbrio entre a formação e a remoção do fluido pleural, com acúmulo de líquido no espaço pleural. O derrame pleural pode ocorrer em decorrência de processos locais pleuropulmonares (infecciosos, autoimunes ou neoplásicos) ou de doenças sistêmicas (cardíacas, renais, hepáticas ou pancreáticas.)
PEREIRA et al (2014)
O derrame pleural consiste no acúmulo anormal de líquido no espaço pleural e pode resultar de doença primária da pleura ou ser secundária a uma afecção pulmonar ou de qualquer outro órgão à distância. 
ALVARES et al (2012)
A Sociedade Americana de Cirurgia Torácica definiu, em 1962, a evolução do derrame pleural em três fases distintas. A primeira fase é a exsudativa, com duração de 24 a 72 horas. É o derrame não complicado, isto é, sem invasão bacteriana. Na segunda fase, denominada de fibrinopurulenta, com duração de sete a 10 dias, ocorre a invasão bacteriana que caracteriza o derrame complicado. A última fase é a de organização, com início após duas a quatro semanas. Há migração de fibroblastos com formação de fibrose e encarceramento pulmonar. 
PEREIRA et al (2014)
Introdução
O derrame pleural é classificado como complicado e não complicado. O derrame não complicado é um exsudato reacional à infecção pulmonar adjacente e, em geral, é reabsorvido com o tratamento antibiótico e a cura da infecção pulmonar. Ele é um derrame não purulento. Já o derrame pleural complicado é purulento, ou apresenta gérmen na cultura ou no Gram. O empiema, definido como o acúmulo de pus intrapleural.
FRAGA e KIM (2008)
O tratamento do derrame pleural tem como objetivo esterilizar e esvaziar o espaço pleural e expandir o pulmão. Engloba os seguintes procedimentos: antibioticoterapia; drenagem pleural; toracoscopia com debridamento cirúrgico ou debridamento químico e decorticação.
PEREIRA et al (2014)
Introdução
Debridamento cirúrgico deve ser considerado quando não se obtém melhora após o início do tratamento adequado (antibioticoterapia e drenagem), caracterizado por persistência de febre, dificuldade respiratória, leucocitose ou toxemia.
PEREIRA et al (2014)
A VATS é um procedimento pouco invasivo, que permite a lavagem e remoção da fibrina da cavidade pleural, bem como a colocação de um dreno torácico bem posicionado sob visão direta e, quando utilizada precocemente, reduz a necessidade de outros procedimentos cirúrgicos. Deve ser o procedimento inicial de escolha se a ultrassonografia de tórax evidenciar septações ou loculações. 
PEREIRA et al (2014)
Introdução
O procedimento de decorticação pulmonar consiste na retirada da pleura parietal fibrosada por meio de toracotomia. É indicada quando o derrame encontra-se na fase de organização com encarceramento pulmonar e não se consegue controlar o processo infeccioso (persistência de febre, dispneia, etc.). Trata-se de procedimento agressivo, com elevado risco de sangramento, com morbidade elevada, devendo ser evitado com debridamento adequado na fase fibrinopurulenta (fase2).
PEREIRA et al (2014)
Os fibrinolíticos são administrados através da drenagem torácica, requerendo sedação, mas sem necessidade de intubação orotraqueal como na anestesia geral. São realizadas três doses pelo dreno diluídas em soro fisiológico com intervalos de 24h, podendo ser realizadas no próprio leito do paciente. 
PEREIRA et al (2014)
Introdução
Mesmo com o advento de critérios específicos e da aplicação de novas técnicas diagnósticas, cerca de 10% a 20% dos derrames pleurais permanecem sem diagnóstico etiológico definido depois de esgotados os métodos diagnósticos atualmente disponíveis, sendo então caracterizados como derrames de origem indeterminada.
GENOFRE et al (2007)
Introdução
 O objetivo deste estudo é o de apresentar uma revisão da literatura de trabalhos relacionados ao Derrame Pleural.
Objetivo
 Por se tratar de uma revisão integrativa da literatura, este estudo obteve como procedimentos metodológicos o estabelecimento do objetivo da revisão, critérios de inclusão e exclusão de textos e definição de informações a serem utilizadas dos textos selecionados. 
Material utilizado: 
Artigos científicos, (2007 a 2017) 
Base de dados: Bireme, Scielo, Medline, PEDro. 
Palavras chaves:
Derrame Pleural; Efusão Pleural; Fisioterapia Respiratória; Condutas Fisioterapêucas no Derrame Pleural.
Metodologia
Após a análise de 23 artigos evidenciou-se 10 artigos de acordo com os critérios de inclusão e exclusão.
Tabela I- Artigos que apresentam patologias que causam o Derrame Pleural.
Resultados
	Título	Palavras -chave	Objetivo
	Pneumonia adquirida na comunidade e derrame pleural parapneumônico relacionados a Mycoplasma pneumoniae em crianças e adolescentes. 	Derrame pleural; Empiema pleural; Pneumonia; Mycoplasma pneumoniae 	Determinar a prevalência e as características da pneumonia adquirida na comunidade (PAC) e derrames pleurais parapneumônicos (DPP) relacionados a Mycoplasma pneumoniae em um grupo de crianças e adolescentes. 
	Derrame pleural secundário à hiperestimulação ovariana 	Fertilização in vitro; Síndrome de hiperestimulação ovariana; Derrame pleural 	O objetivo deste estudo foi descrever a apresentação clínica, o tratamento e os desfechos de derrame pleural associado a SHEO em três pacientes submetidas a fertilização in vitro. 
	DERRAME PLEURAL RECORRENTE NA DOENÇA DE ERDHEIM-CHESTER	Derrame pleural, Histiocitose de células não Langerhans, recorrência	Relatar o caso de Doença de Erdheim- Chester que cursou com derrame pleural recorrente.
	É possível diferenciar derrames pleurais linfocíticos secundários a tuberculose ou linfoma através de variáveis clínicas e laboratoriais? 	Derrame pleural; Tuberculose; Linfoma; Adenosina desaminase; Diagnóstico diferencial. 	Descrever características clínicas e laboratoriais em pacientes com derrames pleurais linfocíticos secundários a tuberculose ou linfoma, a fim de identificar as variáveis que possam contribuir no diagnóstico diferencial dessas doenças.
	Atelectasia pulmonar em recém-nascidos: etiologia e
aspectos radiológicos	ATELECTASIA PULMONAR; RECÉM-NASCIDO; PULMÃO/RADIOGRAFIA; RAIOS-X; RADIOLOGIA;
DIAGNÓSTICO; UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL	Descrever os principais fatores etiológicos e os achados radiológicos da atelectasia pulmonar em recémnascidos.
O derrame pleural secundário a doenças linfoproliferativas é uma das principais causas de derrame maligno. De acordo com Sahn,(20) doenças linfoproliferativas representam a terceira maior causa de derrame pleural (10%), atrás de carcinoma mamário e carcinoma pulmonar (25% e 36%, respectivamente). Dependendo dos mecanismos envolvidos na formação do líquido pleural, o líquido pode ser um transudato ou um exsudato.
ANTONANGELO et al (2012)
Discussão
Discussão
Os derrames pleurais constituem uma complicação das pneumonias em crianças e adolescentes, levando ao aumento de morbidade e mortalidade. Recentemente, apesar da introdução da vacina contra S. pneumoniae, a incidência dos derrames pleurais aumentou cinco vezes na população pediátrica. Esse aumento ocorreu por causas desconhecidas, isto é, os DPP não tiveram como agente etiológico S. pneumoniae ou S. aureus e apresentaram culturas negativas para outros micro-organismos.
 VERVLOET et al (2012)
Discussão
A avaliação do derrame pleural deve se basear primordialmente nos resultados do exame físico. O diagnóstico deve ser confirmado preferencialmente por ultrassom, pois a exposição a radiação deve ser evitada em pacientes potencialmente gestantes. O sintoma respiratório mais comum é a dispneia, que é facilmente explicada pela presença de líquido na cavidade pleural, comprometendo a expansão pulmonar e causando atelectasia basal. Além disso, a ascite, o progressivo aumento ovarianoe o íleo paralítico contribuem para a piora do desconforto respiratório.
 JUNQUEIRA et al (2012)
Discussão
Acometimento pulmonar e ou pleural é descrito em 25 a 50 % dos casos. A queixa mais comum dos pacientes é dispneia ou tosse seca.
 ARAÚJO et al (2013)
A terapêutica adequada, após o diagnóstico radiológico, consiste na drenagem pleural para retirada do acúmulo de ar ou líquido do espaço
pleural.
ALVARES et al (2012)
De acordo com os materiais pesquisados e analisados na literatura acerca das causas, foi evidenciado que o derrame pleural é decorrente de várias patologias, podendo até ter a causa indeterminada.
Conclusão
Derrame pleural parapneumônico: aspectos clínico-cirúrgicos e revisão da literatura / Parapneumonic pleural effusion: the clinical-surgical aspects and literature review
Pereira, Rodrigo Romualdo; Dias, Marina Fernandes; Ibiapina, Cássio da Cunha; Alvim, Cristina Gonçalves; Boaventura, Luciana Resende. Rev. méd. Minas Gerais; 24(supl.2)maio 2014.
Atelectasia pulmonar em recém-nascidos: etiologia easpectos radiológicos / Pulmonary atelectasis in newborn infants: etiology and radiological aspects
Alvares, Beatriz Regina; Pires, Camila da Silva; Stopiglia, Mônica Sanchez; Mezzacappa, Maria Aparecida;
Pereira, Inês Minitti Rodrigues. Sci. med; 22(1)jan.-mar. 2012. ilus
. 
Abordagem cirúrgica da efusão pleural parapneumônica e suas complicações/Surgical treatment of parapneumonic pleural effusion and its complications.
Fraga, José Carlos; Kim, Peter. J Pediatr (Rio J) 2008;78(Supl.2):s161-s70
Derrame pleural recorrente na doença de Erdheim-Chester / Recurrent pleural effusion in EErdheim-Chester disease.
Araujo, Suely Maria de.Miranda; Almeida, Aranda Nazaré Costa de; Araujo, Mirley Castro de; Silva, Ítalo Leonel 
Fernandes. Rev. para. med; 27(4)out.-dez. 2013. ilus
 
Derrame pleural secundário à hiperestimulação ovariana / Pleural effusion following ovarian hyperstimulation
Junqueira, Jader Joel Machado; Castro, Ana Cristina P.; Terra, Ricardo Mingarini; Bammann, Ricardo Helbert; Ishy, 
Augusto; Fernandez, Angelo. J Bras Pneumol; 38(3): 400-403, maio-jun. 2012. tab
Referências Bibliográficas
Pneumonia adquirida na comunidade e derrame pleural parapneumônico relacionados a Mycoplasma pneumoniae em crianças e adolescentes / Mycoplasma pneumoniae-related community-acquired pneumonia and parapneumonic pleural effusion in children and adolescentes
Vervloet, Letícia Alves; Vervloet, Vitor Earl Cardoso; Tironi Junior, Mário; Ribeiro, José Dirceu. J Bras Pneumol; 38(2): 
226-236, mar.-abr. 2012. ilus, tab
É possível diferenciar derrames pleurais linfocíticos secundários a tuberculose ou linfoma através de variáveis clínicas e laboratoriais? / Differentiating between tuberculosis-related and lymphoma-related lymphocytic pleural effusions by measuring clinical and laboratory variables: Is it possible?
Antonangelo, Leila; Oliveira, Caroline Maris Neves de; Teixeira, Lisete Ribeiro; Genofre, Eduardo Henrique; Vargas,
Francisco Suso; Sales, Roberta Karla Barbosa de. J Bras Pneumol; 38(2): 181-187, mar.-abr. 2012. tab
Pneumonia associada à pneumatocele e derrame pleural em pediatria é patognomônica de etiologia estafilocócica?
Ciantelli, Guilherme Lippi; Prigenzi, Maria Laura Hannickel; Morais, Lívea Athayde de. Diagn. tratamento; 17(3)set. 2012.
tab, ilus
Derrame pleural de origem indeterminada
Eduardo GenofreI; Antonio Monteiro da Silva ChibanteII; Alex Gonçalves MacedoIII. J. bras. pneumol. vol.32 suppl.4 São
Paulo Aug. 2007.
Fisioterapia respiratória no empiema pleural. Revisão sistemática da literatura
Murilo Carlos Amorim de BrittoI; Maria do Carmo Menezes Bezerra DuarteII; Silvia Maria Mendes da Conceição 
SilvestreIII. J. bras. pneumol. vol.31 no.6 São Paulo Nov./Dec. 2008
. 
Referências Bibliográficas
OBRIGADO!

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes