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VIGILÂNCIA EM SAÚDE A expressão “vigilância em saúde” remete, inicialmente, à palavra vigiar.; Sua origem – do latim vigilare – significa, de acordo com o Dicionário Aurélio, observar atentamente, estar atento a, atentar em, estar de sentinela, procurar, campear, cuidar, precaver-se, acautelar-se. Vigilância em Saúde No campo da saúde, a ‘vigilância’ está historicamente relacionada aos conceitos de saúde e doença presentes em cada época e lugar, às práticas de atenção aos doentes e aos mecanismos adotados para tentar impedir a disseminação das doenças. O isolamento é uma das práticas mais antigas de intervenção social relativa à saúde dos homens. (Rosen, 1994; Scliar, 2002; Brasil, 2005) No final da Idade Média, o modelo médico e político de intervenção que surgia para a organização sanitária das cidades deslocava-se do isolamento para a quarentena. Descobertas Bacteriológicas Metade do século XIX; Expoentes Pasteur e Koch; Microscópio capaz de identificar microrganismos; Teoria Unicausal – Cada doença tem o seu agente etiológico; Agente etiológico – identificado – estudadas suas características – combatido por meio de agentes químicos; Desenvolvimento científico e industrial – Produção de fármacos e imunizantes. A partir da década de 1950, o conceito de ‘vigilância’ é modificado, deixando de ser aplicado no sentido da ‘observação sistemática de contatos de doentes’, para ter significado mais amplo, o de ‘acompanhamento sistemático de eventos adversos à saúde na comunidade’, com o propósito de aprimorar as medidas de controle. (Waldman, 1998) A VIGILÂNCIA NO BRASIL • 1978 – OMS “Conferência de Alma-Ata”: Saúde para todos no ano 2000. • 1980 – Movimento da reforma Sanitária: “construção de uma nova política de saúde democrática, descentralizada e universalizada com unificação de elementos essenciais para a reforma do setor. • 1986 - 8ª CNS: Consagração da Reforma Sanitária. O Movimento pela Reforma Sanitária Brasileira Luta pela garantia do direito universal à saúde e construção de um sistema único e estatal de serviços. Objetivo CONSTITUIÇÃO DE 1988 • Garante ao cidadão o direito de consumir produtos e serviços de qualidade, bem como viver e trabalhar em ambientes saudáveis. • Obrigação da vigilância e dever do cidadão o cumprimento. • Sistema VISA - Competência do estado com poder de polícia; SUS CAPÍTULO I Art. 6º Inclui no campo de atuação do (SUS): I - a execução de ações: a) de vigilância sanitária; b) de vigilância epidemiológica; c) de saúde do trabalhador; e d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica; VIGILÂNCIA • SANITÁRIA (SNVS) Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 § 1 - conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde. VIGILÂNCIA • EPIDEMIOLÓGICA § 2 - Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 VIGILÂNCIA • EPIDEMIOLÓGICA OBJETIVOS: • identificar o agente causal ou fatores relacionados à causa dos agravos à saúde; • entender a causa dos agravos à saúde; • definir os modos de transmissão e determinar os fatores contribuintes aos agravos à saúde; • identificar e explicar os padrões de distribuição geográfica das doenças; • estabelecer os métodos e estratégias de controle dos agravos à saúde; • estabelecer medidas preventivas; • auxiliar o planejamento e desenvolvimento de serviços de saúde; • prover dados para a administração e avaliação de serviços de saúde. *Fonte: Adaptado de T. C. Timmreck, 1994. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 VIGILÂNCIA SANITÁRIA E EPIDEMIOLÓGICA • SAÚDE DO TRABALHADOR NO SUS § 3 - conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 Em 22 de dezembro de 2009, o Ministério da Saúde publicou a portaria 3.252, que aprova as diretrizes e financiamento das ações de vigilância em saúde, define os seus componentes como sendo: I. Vigilância Epidemiológica; II. Vigilância Ambiental; III.Vigilância da saúde do trabalhador; IV. Vigilância Sanitária; V. Promoção da Saúde; VI. Vigilância da Situação de Saúde. Um conjunto de ações em saúde pública, englobando saberes dos profissionais de diversas áreas que atuem conjuntamente sobre os determinantes e condicionantes do processo saúde-doença, de forma contínua e sistemática, no sentido de modificar a realidade sanitária da população. Vigilância em Saúde “A epidemiologia é o estudo da distribuição e dos determinantes da saúde em populações humanas” Susser, 1973 Epidemiologia “A epidemiologia é o ramo das ciências da saúde que estuda, na população, a ocorrência, a distribuição e os fatores determinantes dos eventos relacionados com a saúde” Pereira, 1995 John Snow 1854 John Snow http://contanatura.weblog.com.pt/arquivo/Table SNOW.JPG Vigilância Epidemiológica Epidemiologia CONCEITOS IMPORTANTES : 1. DADOS 2. ÍNDICE 3. INDICADOR Epidemiologia DADOS – São a base para gerar informação. • Descrição limitada de um fato (Difícil de ser usado isoladamente, pois explica pouco). • Os dados que selecionamos e a maneira como os combinamos oferecem a compreensão da situação em análise. Epidemiologia ÍNDICES – Os índices são elaborados mediante a agregação de dois ou mais indicadores simples, referidos a uma mesma dimensão, ou a diferentes dimensões, da realidade (JANNUZZI, 2004). Exemplos : CPO-D – índice de cárie (dentes permanentes) Ceo-d – índice de cárie (dentes decíduos) Índice de Dean – índice de fluorose Índice de higiene oral (O’ Leary) – índice periodontal Índice de estética dental (DAI) – índice de oclusopatias Epidemiologia INDICADOR – medida capaz de descrever uma situação, bem como avaliar mudanças ou tendências. São necessários para: analisar a situação atual; fazer comparações; avaliar mudanças ao longo do tempo. Exemplos : 1. Cobertura de primeira consulta odontológica programática 2. Cobertura da ação coletiva escovação dental supervisionada 3. Proporção de população coberta pelo Programa Saúde da Família (PSF) Epidemiologia TIPOS DE INDICADORES PREVALÊNCIA - Proporção de casos numa população delimitada e num dado tempo. INCIDÊNCIA - Proporção de casos novos em uma população delimitada e durante um período determinado de tempo. Prevalência: Ex: Prevalência de Diabetes entre trabalhadores de uma determinada indústria de doces no ano de 2009? De 1129 sujeitos 94 sofriam de Diabetes. Logo, a prevalência será de 94/1129 = 0,083 = 83% Prevalência, portanto, de 8,3% de Diabetes entre trabalhadores da indústria de doces em 2009. Incidência: Ex: Um surto de intoxicação alimentar foi detectado durante um final de semana, entrejovens que participavam de um retiro espiritual na cidade de São Paulo, Dos 132 participantes 90 apresentaram um quadro de gastrenterite aguda no domingo. Vigilância Epidemiológica Conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças e agravos. Vigilância Epidemiológica As informações obtidas são interpretadas permitindo a identificação do comportamento epidemiológico das doenças fornecendo o arcabouço científico para subsidiar a tomada de decisões. Atividades da Vigilância Epidemiológica • Coleta de dados; • Processamento de dados coletados; • Análise e interpretação dos dados processados; • Recomendação das medidas de controle apropriadas; • Promoção das ações de controle indicadas; • Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas; • Divulgação de informações pertinentes. Vigilância Epidemiológica Notificação A listagem das doenças de notificação nacional é estabelecida pelo Ministério da Saúde e os estados e municípios podem adicionar à lista outras patologias de interesse regional ou local, justificando a sua necessidade e definindo os mecanismos operacionais correspondentes. Vigilância Epidemiológica Investigação Investigação Epidemiológica é um trabalho de campo, realizado a partir de casos notificados (clinicamente declarados ou suspeitos) e seus contatos, que tem como principais objetivos: identificar fonte e modo de transmissão; grupos expostos a maior risco; fatores determinantes; confirmar o diagnóstico; e determinar as principais características epidemiológicas. O seu propósito final é orientar medidas de controle para impedir a ocorrência de novos casos. NOTIFICAÇÃO INVESTIGAÇÃO Notificação Parâmetros para inclusão de doenças e agravos na lista de notificação: - Magnitude: elevada frequência; altas taxas de incidência; prevalência; mortalidade e anos potenciais de vida perdidos; - Potencial de disseminação: elevado poder de transmissão colocando em risco a saúde coletiva; -Transcendência: severidade (letalidade; sequelas; hospitalizações...); relevância econômica (redução da força de trabalho; custos assistenciais; custos previdenciários...) relevância social (sensação de medo, repulsa ou indignação por parte da sociedade) Parâmetros para inclusão de doenças e agravos na lista de notificação: - Vulnerabilidade: disponibilidade concreta de instrumentos específicos de prevenção e controle da doença; - Compromissos internacionais: relativos ao cumprimento de metas continentais ou mundiais de controle, eliminação ou erradicação de doenças; - Ocorrências de epidemias, surtos e agravos inusitados à saúde: situações emergenciais em que se impõe a notificação imediata de todos os casos suspeitos , objetivando delimitar a área de ocorrência, elucidar o diagnóstico e deflagrar medidas de controle aplicáveis. Notificação NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA É dever de todo cidadão notificar, sendo uma obrigação inerente aos profissionais da área da saúde. Sua obrigatoriedade consta da Lei n.º 6259/75. É a notificação obrigatória de casos e surtos de doenças e outros agravos constantes da lista de doenças de notificação, cujos critérios de elaboração serão vistos adiante. O que notificar: Detecção de casos •Casos de Doenças de Notificação Compulsória Portaria Ministerial Casos de Óbitos por Doenças de Notificação Compulsória Surtos e epidemias Doenças de interesse nacional, estadual e municipal Investigação Epidemiológica É um procedimento que complementa as informações da notificação sobre a fonte de infecção, mecanismos de transmissão, dentre outras Possibilita a descoberta de novos casos que não foram notificados É a etapa mais nobre da metodologia de VE. A notificação compulsória é obrigatória para os médicos, outros profissionais de saúde ou responsáveis pelos serviços públicos e privados de saúde, que prestam assistência ao paciente, em conformidade com o art. 8º da Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975. CÓDIGO PENAL Art. 269 PENA: Detenção de 06 meses a 02 anos e multa. O não cumprimento desta obrigatoriedade será comunicado aos conselhos de entidades de Classe e ao Ministério Público para que sejam tomadas as medidas cabíveis. (Portaria MS) Como notificar? Ficha de Notificação Como notificar? Ficha de Notificação Ficha de Investigação Ficha de Investigação Os achados de investigações epidemiológicas de casos e de surtos complementam as informações da notificação: Fontes de infecção; Mecanismos de transmissão; Descoberta de novos casos. A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de notificação compulsória à autoridade de saúde competente também será realizada pelos responsáveis por estabelecimentos públicos ou privados educacionais, de cuidado coletivo, além de serviços de hemoterapia, unidades laboratoriais e instituições de pesquisa. A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de notificação compulsória pode ser realizada à autoridade de saúde por qualquer cidadão que deles tenha conhecimento. CONCEITOS: Epidemia: O termo "epidemia", proveniente do grego (epi, sobre, e demos, povo), designa o aparecimento súbito de uma doença infecciosa que se propaga durante um determinado período de tempo por uma determinada zona geográfica, afetando um número significativo de pessoas. Ocorre quando uma doença se desenvolve num local de forma rápida (fazendo várias vítimas), num curto intervalo de tempo. CONCEITOS: Epidemia: Ocorrem geralmente quando a população de uma determinada região entra em contato pela primeira vez com um agente patogênico (vírus, bactéria); Neste caso, o sistema imunológico não está preparado para combater a doença, que se espalha rapidamente fazendo várias vítimas; Campanhas de vacinação em massa são importantes para evitar epidemias. CONCEITOS: Epidemia: Na Idade Média, uma epidemia de Peste Negra (Peste Bulbônica), transmitida dos ratos para os homens através da picada de pulgas, fez milhões de vítimas em meados do século XIV. Uma epidemia pode acontecer também quando ocorre uma mutação do agente patogênico. O vírus da gripe (influenza), por exemplo, sofre constante processo de mutação. Entre os anos de 1918 e 1919, a epidemia da gripe espanhola (também conhecida como gripe pneumônica) fez milhões de vítimas no mundo todo. CONCEITOS: Surto: É uma ocorrência epidêmica, onde todos os casos estão relacionados entre si, atingindo uma área geográfica pequena e delimitada, como vilas, bairros ou populações institucionalizadas como colégios, creches, quartéis. Ex: Ocorrência de diversos casos de intoxicação alimentar em uma creche, após a ingestão de mamadeira com leite contaminado. CONCEITOS: Endemia: Refere-se à presença usual de uma doença, dentro dos limites esperados, em uma determinada área geográfica por um período de tempo ilimitado; Ocorre quando há uma constante renovação de suscetíveis na comunidade. Ex: malária; Doença de chagas... CONCEITOS: Pandemia: É uma Epidemia de doenças infecciosas que se espalha entre a população localizada em uma grande região geográfica como, por exemplo, um continente, ou mesmo o planeta. Portanto, a pandemia é de maior proporção em relação à epidemia, pois pode levar a milhares ou até milhões de vítimas. No Brasil, com o advento do Sistema Único de Saúde (SUS), a vigilância sanitária, através da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, artigo 6º, parágrafo1º, passa a ser definida como: [...] conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde (BRASIL, 1990). BRASIL VIGILÂNCIA SANITÁRIA ANVISA Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999. É uma autarquia sob regime especial, ou seja, uma agência reguladora vinculada ao ministério da saúde. A finalidade é promover a proteção da saúde da população por intermédio do controle sanitário da produção e da comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados. Além disso, a Agência exerce o controle de portos, aeroportos e fronteiras e a interlocução junto ao Ministério das Relações Exteriores e instituições estrangeiras para tratar de assuntos internacionais na área de vigilância sanitária. Disque Saúde: 0800 61 1997 http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=182 VIGILÂNCIA SANITÁRIA • SANITÁRIA (ANVISA) Disque Saúde: 0800 61 1997 MISSÃO "Proteger e promover a saúde da população garantindo a segurança sanitária de produtos e serviços e participando da construção de seu acesso". VALORES Ter o conhecimento como fonte da ação Transparência Cooperação Responsabilização VISÃO "Ser agente da transformação do sistema descentralizado de vigilância sanitária em uma rede, ocupando um espaço diferenciado e legitimado pela população, como reguladora e promotora do bem-estar social". Ações Desenvolvidas na Vigilância Sanitária (Lei 8080/90) Educação Sanitária Coletas de amostras para análises laboratoriais Processo Administrativo Autorização de Funcionamento Licença Sanitária Registros e Dispensa de Registro Diagnóstico de Situação Análises de Projetos Arquitetônicos Inspeção Sanitária Produtos e Serviços Estrutura da VISA ANVISA - É responsável por criar normas e regulamentos e dar suporte para todas as atividades do País. Executa as atividades de Controle Sanitário e fiscalização em portos, aeroportos e fronteiras; Estado e Municípios: - São responsáveis pelas atividades descentralizadas (inspeções); Sistema Nacional de Vigilância Sanitária - SNVS - ANVISA - VISAS - LACENS - INCQS - FIOCRUZ Poderes da VISA - Educação e Orientação; - Corrigindo Irregularidades Conjunto de ações que propiciam o conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou a outros agravos à saúde. VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL 2005 Regulamentação do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde ambiental Acidentes com produtos perigosos Contaminação do ar e do solo Desastres naturais Contaminantes ambientais e substancias químicas Água para consumo humano Efeitos dos fatores de risco Condições saudáveis no ambiente de trabalho VIGILÂNCIA SANITÁRIA RELATIVA À SAÚDE DO TRABALHADOR Consiste na avaliação das fontes de risco à saúde nos locais e processos de trabalho, determinando a adoção das providências para a eliminação ou redução dos riscos Saúde do Trabalhador (LEI 8080/90) • É um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa a recuperação e a reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho, abrangendo: Trabalhador São considerados trabalhadores todos os homens e mulheres que exercem atividades para sustento próprio e/ou de seus dependentes, qualquer que seja sua forma de inserção no mercado de trabalho, no setor formal ou informal da economia. Trabalhador Fatores Associados: Agravos que têm relação com condições de trabalho específicas, como os acidentes de trabalho típicos e as “doenças profissionais”; Doenças que têm sua frequência, surgimento ou gravidade modificados pelo trabalho, denominadas “doenças relacionados ao trabalho”; Doenças comuns ao conjunto da população, que não guardam relação de causa com o trabalho, mas condicionam a saúde dos trabalhadores. Trabalhador Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho - Ministério da Saúde (Portaria MS N.º 1.339 de 18 de novembro de 1999), em cumprimento do Art. 6o, §3o, inciso VII, da Lei 8.080/90, representa um subsídio valioso para o diagnóstico, tratamento, vigilância e o estabelecimento da relação da doença com o trabalho e outras providências decorrentes. 1. MECÂNICOS Quedas; lesões no manuseio de máquinas e instrumentos; rebarbas, cavacos, fagulhas; choque de veículos; outros impactos mecânicos 2. Riscos ergonômicos (psicofisiológicas) São exemplos de risco ergonômico: o levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, postura inadequada de trabalho, etc. 3. Riscos físicos (diversas formas de energia) Ruído, calor, frio, pressão, umidade, radiações ionizantes e não-ionizantes, vibração, etc. 4. Riscos químicos Compostos ou produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos gases, neblinas, névoas ou vapores... 5. Riscos biológicos Consideram-se como agentes de risco biológico as bactérias, vírus, fungos e parasitas. Trabalhador empregado É responsabilidade do empregador comunicar ao INSS, através de Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT), a doença ou acidente ocorrido no exercício profissional, nas primeiras 24 horas do conhecimento do fato, mesmo quando a situação não exigir afastamento do trabalho. Podem emitir a CAT, na situação de recusa do empregador, o sindicato, o médico que atendeu, o acidentado ou familiar, ou qualquer autoridade pública. Todos os trabalhadores, incluindo desempregados ou aposentados: Procure os serviços de saúde do SUS do município, o sindicato de sua categoria e/ou o CRST. Estes locais devem registrar a ocorrência por meio do Sistema de Informações em Saúde do Trabalhador (SIST/RS), que permite a notificação compulsória dos acidentes e doenças relacionados ao trabalho. “Devemos pensar o trabalho como uma atividade de transformação da natureza, empreendida socialmente pelos homens, não devendo denotar marca de sofrimento” Marcia Agostini , 2002 Lucia Mardini | DVAS AVALIAÇÃO 1. Quais as principais ideias contidas em cada charge? Charge 1 AVALIAÇÃO Charge 2 AVALIAÇÃO Charge 3 AVALIAÇÃO Charge 4 AVALIAÇÃO Charge 5 Charge 6 Charge 7 Charge 8 Explicação sobre o trabalho Trabalho escrito : 1,5 Banner : 1,5 Data de entrega : 19/10 Fazer em grupo O grupo deve entregar um trabalho escrito sobre os 3 índices no dia da prova, para seu tutor e escolher um dos índices para montar um banner digital. Índices em saúde bucal : Índice de Dean Índice de higiene oral (O’ Leary) Índice de estética dental (DAI) Estrutura do banner : I. Introdução II. Objetivo III. Desenvolvimento IV. Conclusão OBS.: Será escolhido o melhor banner de cada turma, para que o trabalho seja apresentado no Congresso Científico
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