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ARTE E CULTURAS AFRICANAS E INDIGENAS BRASILEIRAS 3º BIMESTRE 2019 A AFRICA NO MUNDO – A ÁFRICA SUBSAARIANA ARTE E CULTURAS AFRICANAS escravidão no brasil e diáspora negra • Africanos originários de diferentes regiões e culturas foram escravizados e trazidos para o Brasil entre os Séculos XVI e XIX. • Pertencentes a um mesmo grupo eram separados, misturados a pessoas, etnias e linguagens diferentes, encaminhados para destinos variados • Vistos como seres desprovidos de vida sensível e intelectual foram submetidos ao trabalho escravo • Estabeleceram trabalho continuo de preservação da memória coletiva e de um imaginário comum: Crenças, mitos, ritos, formas de adorno corporal, música, dança, culinária, foram preservados e renovados. A ESCRAVIDÃO NO BRASIL – PINTURAS DE DEBRET Vendedores de capim e leiteO Jantar - 1835 Arte tradicional africana – máscaras e rituais • Grupos étnicos diversos (grupos diferentes) – produção artística comum: máscaras, esculturas, valorização dos rituais, uso do corpo como escala e suporte, importante papel social do adorno corporal. • Quase tudo o que se conhece como arte tradicional africana, foi esculpido, moldado ou construídos em três dimensões (tridimensional) As máscaras • Objetos mais conhecidos da cultura africana • Usadas em rituais: celebram a mudança de estação ou a passagem da infância para a juventude • Durante a celebração o mascarado pode prestar homenagem a um ancestral, curar um doente ou transformar uma criança em adulto • O uso de mascara permite que nele se manifeste entidades do mundo espiritual. FESTIVAL GUELEDE – Yná Nlá (A grande Mãe) As máscaras africanas • Museus em várias partes do mundo abrigam máscaras dos povos da África Subsaara • Muitas vezes são vistas como algo exótico, associado ao desconhecido e ao diferente • Podem despertar interesse estético mas perdem muitas vezes o seu verdadeiro simbolismo com que foram feiras e com que são usadas dentro de seus contextos. Máscaras Africanas Uma das diferenças mais significativas é a função que a mascara tem para a sociedade que a produziu As mascaras são feitas para serem usadas em cerimonias e rituais religiosos. São vestidas juntos com figurinos e adereços, em situações que envolvem dança e musica Quem veste a máscara, encarna ou representa uma determinada divindade Grande parte da espiritualidade africana envolve o culto aos ancestrais A MÁSCARA AFRICANA A Arte tradicional da África subsaariana é muito vasta e complexa Cada grupo étnico tem suas características. As máscaras estão presentes na maioria desses grupos. O material usado mais comum para construí-las é a madeira Há diferenças simbólicas e estéticas (artísticas) entre os grupos étnicos. Etnia Lwalwa da República Democrátic a do Congo, Etnia Punu, do Gabão Etnia Dan, da Costa do Marfim Influencia das mascaras africanas nas obras de artes de artistas no inicio do século 20 Obra do pintor francês Henry Matisse As senhoritas de Avignon - Picasso A ESCULTURA EM MADEIRA • Podem ter função ritual ou representar personagens míticos e lideres históricos • Entre os Iorubá, encontramos a escultura que representa o Ibeji – Gêmeos. – Peça de ritos funerários, destinando-se a honrar um dos gêmeos, em caso de morte. Segundo a crença Iorubá, a homenagem aos gêmeos traz fortuna à família. • As esculturas em blocos maciços de madeira é cultuivada por vários povos africanos. Pinturas e padrões • Povo Akan – África ocidental, hoje Gana e Costa do Marfim – introduziu tecnicas de estamparia. • Deu origem aos adinkras, conjunto de símbolos aplicados a panos de algodão por meio de carimbos feitos com casca de cabaça. • Adrinka – significa “Adeus” – costumavam ser usados em ocasiões fúnebres. • Padrões que repetem formas simbólicas também são usados em paredes de casas • Os Ndbele conseguiram preservar suas tradições ancestrais: vestimentas, ornamentos e padrões de pintura caracterizado por um complexo conjunto de formas geométricas, grafismos e cores. Herança artística que passa de mãe para filha A ESTAMPARIA AFRICANA INFLUENCIA A MODA NO MUNDO A MÚSICA E A DANÇA AFRICANA Tambores e movimentos A MUSICA E A DANÇA NA AFRICA • O continente africano é um mosaico de tradições e culturas. 54 países dividem-se em cinco regiões geográficas: África Central, África Ocidental, África Oriental, África Meridional e África Setentrional. • Dada a vastidão do continente, é historicamente antiga, rica e diversificada, com diferentes regiões e nações da África tendo muitas tradições musicais distintas. • A música na África é muito importante quando se trata de religião. Música e canções são usadas em rituais e cerimônias religiosas, para passar histórias de geração em geração, bem como para cantar e dançar. A dança da África • Elemento essencial da história simbólica dos povos que habitam o continente Africano • Variam entre de acordo com a distinção cultural entre os povos africanos – Não é possível falar de uma dança africana única • Cada região, etnia ou grupo pode ser identificado por um gestual característico e ritmos próprios • Aspectos comuns: improvisação de movimento e uso da percussão RITMOS AFRICANOS • Ritmos Africanos: mistura de sons, ritmos e movimentos tradicionais com realce à espontaneidade dos corpos no passo certo ao som da música africana. (dançada em linha). • Danças a par: a proximidade de dois corpos num só movimento, e a inevitável sensualidade são notórias enquanto dançam. • Ritmos: ao ritmo do Semba, Funaná, Kuduro, Sakiss, Puita, Marrabenta, e outros sons da música folclórica, são dançadas em pequenas coreografias, trabalhando assim os movimentos da dança, o rebolar do bumbum (1), e a facilidade de juntar a agilidade dos braços, pernas e cabeça, num só movimento, culminando num trabalho de ritmo corporal. O profano e o sagrado na dança africana O Profano na dança africana • O profano e o sagrado estão intimamente ligados • As danças “profanas” são parte fundamental da vida social e estão integradas a vida cotidiana. • Expressam as relações entre os seres humanos e a natureza • Representam situações pessoais ou coletivas • Facilita as interações pessoais • Por meio delas é possível trabalhar e resolver as questões de convívio da comunidade • Estão presentes nos acontecimentos da vida: nascimento, casamentos, cerimonias fúnebres e celebrações festivas... Danças sagradas • Danças rituais que requerem iniciação • Partilham elementos simbólicos com as danças profanas, mas sua função é harmonizar corpo e espírito para propiciar a comunicação entre o que dança e as divindades • Podem tomar forma de transe • Acontecem em locais reservados para a cerimônia. semba • É uma dança de salão angolana urbana. • Dançada a pares, com passadas distintas dos cavalheiros, seguidas pelas damas em passos totalmente largos, onde o malabarismo dos cavalheiros conta muito a nível de improvisação. • O Semba caracteriza-se como uma dança de passadas. Não é ritual nem guerreira, mas uma dança de divertimento, principalmente em festas, dançada ao som do Semba. AS DANÇAS AFRO-BRASILEIRAS • Em cada região em que os africanos se instalaram, suas tradições e experiencias corporais foram foram se misturando • As danças expressam histórias e vivencias, tanto na África como no Brasil, dos povos escravizados • Danças Afro-brasileiras Capoeira, coco, maracatu, samba de maturo, Cambindas, samba, batuque, jongo... • Elementos comuns: Batidas de pés e mãos, sons de tambor ou instrumentos percussivos. Movimentos acentuados dos quadril, ondulação do tronco e elementos do jogo e brincadeira Coco de roda alagoano • O Coco alagoano é uma dança cantada, sendo acompanhada pela batida dos pés ou tropel. Também é denominada de PAGODE ou SAMBA. • Surge na época junina ou em outras ocasiõesque se quer festejar acontecimentos importantes nas comunidades rurais. Por ocasião da tapagem de casa, o coco aparece em todo o seu esplendor. • Tem origem africana, filiada ao batuque angola-conguense. Talvez tenha surgido na zona fronteiriça de Alagoas e Pernambuco, no cordão de serras ocupadas no século XVIII pelo célebre Quilombo dos Palmares. • Dessa região espalhou-se por todo o Nordeste, onde recebeu nomes e formas coreográficas diferentes, como: Coco Praieiro, na Paraíba; Bambelô ou Coco de Zambê, no Rio Grande do Norte; Tará ou Coco de Roda, em Pernambuco; Samba de Aboio e Samba de Coco, em Sergipe; entre outros. (Folguedos e Danças de Alagoas - José Maria Tenório Rocha, Maceió - 1984). ARTE E CULTURA INDIGENA BRASILEIRA INDIGENAS A palavra “INDIGENA” é usada mundialmente e se refere a qualquer povo autóctone (nativo, natural, primitivo) de uma região. JOVENS INDIGENAS ASIÁTICOS JOVENS INDIGENAS BOLIVIANOS JOVENS INDÍGENAS AFRICANOS JOVENS INDÍGENAS BRASILEIROS O INDIO NO BRASIL Apesar da influencia indígena e africana em nossa formação cultural, a visão europeia, visão dos colonizadores, fez- se dominante. A palavra “Índio” quando se refere aos povos nativos da América relaciona-se ao equivoco dos primeiros colonizadores que acreditavam ter chegado à Índia. A cultura indígena no Brasil ainda é vista de forma estereotipada e equivocada. (não se conhece seus modos de vida, sua visão de mundo) Há quem entende os indígenas todos de uma só maneira. “O índio”. O INDIO NO BRASIL Quando os portugueses começaram a explorar o Brasil, todo território era ocupado por tribos indígenas. Milhares de índios foram dizimados pelos brancos europeus e aculturados pela religião cristã europeia. A cultura, hábitos e tradições indígenas que até hoje existe no Brasil, são de muitos séculos, bem antes dos europeus chegarem aqui. Passadas de geração em geração por tradição oral (e artística) A ARTE PRESENTE NO UNIVERSO INDIGENA Cada grupo indígena possui seus mitos A Arte está presente em várias instancias de sua vida: No objeto cotidiano, utilitário Nos objetos usados nos rituais Nas pinturas corporais Na decoração dos instrumentos musicais Realizam sua produção estética (artística) por meio de materiais naturais, presentes no ambiente em que vivem (argila, palha, tintas naturais, penas coloridas de aves, conchas... As formas criadas diferem de um grupo para outro, e estão relacionadas a simbologia específica de cada grupo. KARAJAS – O DESENHO Desenho: presente nas pinturas corporais e em vários objetos do uso cotidiano e ritual. Feitos com sumo de jenipapo, urucum ou fuligem de carvão Apesar de parecer simples grafismo, para a sociedade Iny podem ter vários significados: Categorias de gênero, idade ou estatuto social. Os karajás e as bonecas ritxocó Karajás: Seu nome em língua nativa é Iny, que significa “Nós” . É um nome originário de outra língua indígena que se chama Tupi. Vivem em suas terras tradicionais (maior ilha fluvial do mundo: Rio Araguaia, ilha do bananal – Tocatins, Goiás e Matogrosso) O Rio faz parte da organização social e mitológica . O MITO ORIGINAL era que os Iny habitavam no fundo do rio. Vendo uma luz que vinha do alto, encontraram a superfície e ali estabeleceram AS BONECAS RITXOKÓ Feitas pelas mulheres da aldeia Expressam aspectos da identidade do grupo Representam cenas do cotidiano, mitos, rituais, eventos do ciclo da vida, relações humanas e a fauna local. Reproduzem os padrões gráficos da pintura corporal e dos objetos São objetos lúdicos (de brincar) para as crianças Fonte de renda para as mulheres da Aldeia Seu processo de execução inclui: extração e preparo do barro, modelagem, queima e pintura da cerâmica. Em 2012 foram registradas como bens culturais imateriais pelo IPHAN – instituto do Patrimônio Histórico e Artistico Nacional INDIOS BRASILEIROS HOJE
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