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RESUMOS FISIO RESPIRATÓRIA; Parte: 1

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RESUMOS – FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA 
 
 
 
 
SEMINÁRIO 1: Influência da mobilização precoce na força muscular periférica e 
respiratória em pacientes críticos 
 
As evoluções na terapia intensiva e ventilação mecânica (VM) tem refletido 
diretamente na melhora da taxa de sobrevida dos pacientes críticos que necessitam de 
reabilitação respiratória. No entanto alguns pacientes que necessitam de ventilação mecânica 
prolongada (VMP) frequentemente apresentam-se descondicionados. 
A restrição ao leito acarreta algumas peculiaridades para este paciente, como: 
inatividade; imobilidade; disfunções severas osteomioarticulares; e, em geral este paciente 
leva de 2 a 5 vezes mais tempo em permanência da VM. A imobilidade tem maior significância 
sobre os músculos respiratórios, pois o ventilador mecânico reduz o trabalho muscular 
exercido durante uma ventilação espontânea. 
A reabilitação precoce destes pacientes contempla a mobilização de pacientes mais 
críticos e posicionamento preventivo de contraturas, o que reflete diretamente no transporte 
de O2, força muscular e mobilidade articular. Melhorando as funções respiratórias e facilitando 
o desmame. Porém não há protocolos padrões que orientem o treinamento físico desses 
pacientes críticos. 
Pensando nisso, o estudo, por meio de ensaio clínico, controlado e randomizado 
realizado na UTI geral do Hospital Agamenon Magalhães (HAM) no período de fevereiro de 
2009 a fevereiro de 2011, teve como objetivo avaliar os efeitos de um protocolo de mobilização 
na musculatura periférica e respiratória de pacientes críticos, para auxiliar na construção de 
diretrizes ao tratamento. Os voluntários foram divididos em dois grupos: 
 
 GRUPO1 (GFC): pacientes receberam um atendimento diário, 5x por semana, de 
mobilização passiva nos 4 membros, sendo otimizado para exercícios ativo-assistidos 
de acordo com a melhora e a colaboração do paciente. 
 GRUPO2 (GMP): pacientes receberam um protocolo de mobilização precoce 
sistematizado, 2x ao dia, todos os dias da semana. 
 
Avaliados por meio de registros clínicos, informações demográficas, história clínica, 
diagnóstico, IMC, dados gasométricos e do escore Acute Physiology and Chronic Health 
Evaluation Classification System II (APACHE II). Os 2 grupos tiveram força muscular 
respiratória e periférica avaliadas após a retirada da sedação e a FMP medida todos os dias 
nos 4 membros (Variando de 0 correspondendo a uma tetraplegia; a 60 representando força 
muscular normal). Como critérios de interrupção do protocolo de mobilização precoce, foram 
adotados: 
 Pacientes que apresentaram taquicardia ou bradicardia 
 Sinais de desconforto respiratório evidenciado pelo uso da musculatura 
acessória, 
 Batimento da asa do nariz (BAN) 
 Aumento da FR>25ipm, alteração da SpO2 
 
Por meio do estudo, verificou-se que o GMP e sistematizada apresentou aumento 
significativo da PiMáx e MRC em relação a GFC, embora não tenha demonstrado diferença 
no TAVM (dias), TUTI (dias) e THosp (dias). Conforme a literatura, apresenta dados 
consistentes que a mobilização precoce reduzia o tempo na UTI sem que fossem observadas 
complicações da doença primária. Portanto conclui-se que os pacientes submetidos a um 
protocolo de mobilização sistemática e precoce, apresentaram ganho da força muscular 
inspiratória e força muscular periférica, o que não ocorreu no programa padrão de 
mobilização. 
 
 
 
 
SEMINÁRIO 2: Mensuração das Pressões Intra-CUFF de Vias Aéreas artificiais 
de Pacientes Internados em uma UTI Geral Adulta 
 
Objetivo da ventilação mecânica (VM) é manter as trocas gasosas adequadas, e seu 
surgimento foi um importante progresso no tratamento desses pacientes. A VM pode ser 
ofertada de diferentes modos, através de: 
 Máscara (Ventilação Mecânica Não-Invasiva ou VNI) ou; 
 Intubação traqueal (Ventilação Mecânica Invasiva ou VMI) > introdução de 
um tubo na luz da traqueia > chegada de ar para as vias aéreas; nestes casos 
coexiste a presença de um balonete (cuff) distal, que assegura a vedação 
traqueal. 
A pressão do cuff deve ser monitorada periodicamente, o consenso Brasileiro aponta 
que sua aferição deve ser realizada 3 vezes por dia, a pressão atua de maneira a impedir fuga 
de ar, permitindo que todo o oxigênio ofertado chegue aos pulmões, além de impedir a 
passagem de conteúdo supra ou infraglótico, protegendo o paciente de pneumonias 
aspirativas, além de diminuir a movimentação da cânula na traqueia e impedir extubações 
acidentais. Sua pressão deve estar controlada e mantida entre 20 e 34 cmH2O (15 e 25 
mmHg) > abaixo da pressão de perfusão capilar da mucosa traqueal, de modo que não se 
comprima de maneira excessiva a parede da traqueia. 
O presente estudo teve como objetivo verificar a prevalência de alterações das 
pressões intra-cuff nas vias aéreas artificiais de pacientes internados na UTI geral adulta de 
um hospital universitário no sul do Rio Grande do Sul. Foram incluídos no estudo, todos os 
pacientes internados que necessitaram de prótese traqueal artificial com balonete (tubo 
orotraqueal ou cânula plástica de traqueostomia) no período de 10 e agosto à 4 de outubro 
de 2016, e excluídos pacientes que apresentassem lesões laringotraqueais prévias ou que 
não pudessem ser posicionados em Semi- Fowler (35º). 
Foi elaborado um instrumento de coleta de dados com questões abertas e fechadas 
relacionadas à medição da pressão do balonete, variáveis de identificação dos pacientes, 
além de dados clínicos. As informações foram obtidas através de mensuração da pressão do 
balonete e observação do paciente/prontuário do mesmo. 
A mensuração foi realizada através de um sistema composto > manômetro analógico 
previamente calibrado em mmHg, acoplado a uma torneira de 3 vias descartável e a uma 
seringa de 5 mL, (Sendo utilizado um sistema para cada paciente a fim de evitar 
contaminações cruzadas). Durante o procedimento os pacientes eram posicionados em 
posição de semi-Fowler a 35º > o balonete piloto da prótese endotraqueal era conectado a 
uma das entradas da torneira de três vias e o manômetro acoplado a uma das duas entradas 
restantes, realizando a leitura da pressão. 
Quando a pressão detectada encontrava-se fora da faixa terapêutica recomendada 
(15-25 mmHg), uma seringa de 5 mL era conectada à terceira entrada da torneira de três vias, 
permitindo a regulagem da pressão conforme a necessidade. As mensurações foram 
realizadas duas vezes ao dia, com intervalo de 12 horas. 
Peculiaridades do estudo: 
 47 pacientes, 55,3% homens (n=26) e 44,7% mulheres (n=21), com idade 
média de 54,8 ± 16,9 anos; 
 A média de dias de internação na UTI: 12,1 ± 11,4 dias e de dias em VM de 
9,4 ± 7,9 dias; 
 Foram realizadas: 493 aferições, sendo 373 medidas referentes a pacientes 
intubados e 120 a pacientes traqueostomizados; 
 As pressões intra-cuff encontradas variaram de 0 a 184 mmHg, com média 
de 21,6 ± 23,4 mmHg; 
 48,5% (n=239) dos balonetes estavam hipoinsuflados (menores que 15 
mmHg), 19,9% (n=98) hiperinsuflados (maiores que 25 mmHg) e 31,6% 
(n=156) adequadamente insuflados (entre 15 e 25mmHg). 
 
Sabe-se que o controle das pressões intra-cuff tem o intuito de proteger os pacientes 
de importantes comorbidades, rotina tratada com desatenção dentro da maioria das Unidades 
de Terapia Intensiva. Do total de 493 aferições realizadas neste estudo, 68% estavam foram 
da faixa terapêutica recomendada pelo III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica de 15 
a 25 mmHg. 
Sabe-se que a mudança de posição do paciente influencia na pressão do cuff, o que 
sugere que no turno da noite haja uma taxa de inadequação maior das pressões, visto que os 
pacientes são mais mobilizados durante o dia. Contudo, o presente estudo não apresentou 
diferença significativa entre a taxa de valores desajustados encontrados no período matutino 
e noturno. 
A literatura demonstra uma alta taxa deinadequação o que evidencia a relevância 
de manter uma rotina de aferições, buscando proteger os pacientes com via aérea artificial. A 
elevada frequência de valores inadequados de pressões intra-cuff neste e em outros estudos, 
mostram que essa é uma realidade que precisa ser mudada, visando a melhora da assistência 
e da qualidade dos serviços prestados aos pacientes críticos. 
 
 
 
SEMINÁRIO 3: Indicação E Uso Da Ventilação Não-Invasiva E Da Cânula Nasal 
De Alto Fluxo, E Orientações Sobre Manejo Da Ventilação Mecânica Invasiva No 
Tratamento Da Insuficência Respiratória Aguda Na Covid-19 
 
Em janeiro, a ASSOBRAFIR emitiu comunicação sobre o papel do Fisioterapeuta na 
doença causada pelo novo coronavírus. Na ocasião, as informações disponíveis acerca do 
tratamento desses pacientes eram bastante escassas e, com base nas orientações 
disponíveis da Organização Mundial de Saúde (OMS), a ventilação não invasiva (VNI) foi 
elencada como possível recurso terapêutico para o tratamento da insuficiência respiratória 
aguda (IRpA) nos casos de COVID-19. Entretanto, novas informações foram divulgadas 
recentemente sobre os desfechos dos pacientes submetidos à VNI e ao uso de cânula nasal 
de alto fluxo (CNAF), bem como sobre a biossegurança de profissionais de saúde envolvidos 
na assistência aos pacientes com COVID-19. 
A indicação da VNI como forma de suporte ventilatório advém do fato de a mesma 
ser amplamente utilizada como recurso para evitar intubação e ventilação mecânica invasiva 
em pacientes com IRpA hipoxêmica ou hipercápnica. Entretanto a pneumonia viral causada 
pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), na sua forma grave (Síndrome Respiratória Aguda 
Severa, SARS), produz hipoxemia grave e refratária à oxigenoterapia, com alterações 
fisiopatológicas semelhantes às encontradas na Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo 
(SDRA). 
Na SDRA, o subgrupo de pacientes que parece se beneficiar mais da VNI é aquele 
em que a relação PaO2/FiO2 (relação entre pressão parcial de oxigênio no sangue arterial e 
fração inspirada de oxigênio) é superior a 200 mmHg5. Estudos observaram que o diagnóstico 
de SDRA foi um dos fatores independentemente associados à falência de VNI. O tipo de 
interface utilizada também pode estar associado a diferentes resultados com estes pacientes. 
Patel et al compararam a VNI aplicada por meio de capacete (helmet) à utilização da 
máscara oronasal em 83 pacientes com SDRA, e observaram menor frequência de intubação 
e maior taxa de sobrevida em 90 dias no grupo que utilizou o capacete. A literatura aponta 
que a VNI aplicada com o capacete pode reduzir a mortalidade hospitalar, o que não acontece 
quando são usadas máscaras faciais/nasais. Também são apresentados, dados em que, o 
risco pode ser três vezes maior de transmissão de infecções respiratórias agudas para 
profissionais de saúde em procedimentos que geram aerossol, como durante o emprego da 
VNI. 
Uma atualização clínica para o tratamento de pacientes com COVID-19 afirma que 
em ambientes com acesso limitado à ventilação invasiva ou antes de os pacientes 
desenvolverem insuficiência respiratória hipoxêmica grave, a VNI ou a CNAF podem ser 
alternativas úteis. No entanto, como o alto fluxo de gás desses dispositivos é menos contido 
do que nos circuitos fechados, típicos de ventiladores invasivos, há aumento do risco de 
dispersão de vírus em aerossol no ambiente assistencial. 
Com base em estudos científicos e nas informações advindas da experiência no 
tratamento da COVID-19, que apontam para resultados insatisfatórios, alta taxa de falha e 
maior risco de disseminação do vírus, aliados à indisponibilidade da interface tipo capacete 
na maioria das unidades de terapia intensiva brasileiras, a ASSOBRAFIR entende que a VNI 
e a CNAF não devem ser estratégias ventilatórias de primeira linha, destinadas aos pacientes 
com SARS/COVID-19. Entretanto, em situações específicas, definidas pela equipe 
multiprofissional, pode ser feito um teste de resposta à VNI, com duração de 30 minutos, nos 
pacientes com IRpA hipoxêmica. Devendo ser utilizadas máscaras sem válvula de exalação, 
conectadas a circuitos ventilatórios com ramo duplo, através de filtros trocadores de calor e 
umidade (FTCU), empregando-se ainda, filtros de barreira nas extremidades distais dos 
ramos expiratórios dos circuitos ventilatórios, antes das válvulas exalatórias dos ventiladores 
mecânicos. Preferencialmente, esses recursos devem ser aplicados em pacientes alocados 
em leitos de isolamento respiratório com pressão negativa.

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