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S. O. A. P. = Avaliação Princípios do exame: 1. Informar ao paciente o que estamos fazendo; 2. O lado normal é testado em 1º lugar; 3. Movimentos: ativos → passivos → isométricos resistidos; 4. ADM incompleta: sobrepressão aplicada com cautela; 5. Movimento doloroso é o último a ser testado; 6. Teste de ligamentos → até o ponto da dor, não além; 7. Teste de miótomos → sustentar a contração por no mínimo 5 segundos; 8. Advertir o paciente sobre a possibilidade da exacerbação dos sintomas, porque provocamos o movimento e o paciente sai da postura antálgica; 9. Sinais e sintomas incomuns e fora de sua área de atuação: encaminhar o paciente. O exame é iniciado com a mensuração dos sinais vitais (FC, FR, T, PA e dor). EXAME SEGMENTAR Quando há histórico de trauma, facilita o diagnóstico para o fisioterapeuta, pois possui um mecanismo claro de lesão e o paciente vai ter contado na HDA Quando não há trauma, precisamos formular uma hipótese de diagnóstico que, inicialmente, suspeita-se que o sintoma pode vir da coluna e pode ser relacionado à compressão radicular, comprometendo dermátomos e miótomos (dor no joelho pode ser relacionada a compressão de L3-L4). ASIA: exame neurológico para lesados medulares. Permite avaliar a sensibilidade tátil e dolorosa. Existem áreas cutâneas inervadas por nervos periféricos e vão ser estudada quando formos avaliar cada articulação de forma específica. Exame sensitivo Investigação: percorrer com as mãos o corpo do paciente que, de olhos abertos, procura diferenças bilaterais. Avaliação: • Tátil: algodão, pincel; • Dolorosa: alfinete, objeto pontiagudo; • Térmica: utilizando 2 tubos de ensaio com diferentes temperaturas; • Vibração: diapasão em proeminências ósseas; • Proprioceptiva: movimento passivo dos dedos, D1P, D2P, textura; • Esterognosia (objetos conhecidos); • Grafestesia (letras e números). Reflexos e distribuição cutânea Busca-se a integridade de um arco-reflexo simples, observando a rapidez de resposta do sistema nervoso. Testa-se com o martelo de reflexo. • Bicipital: segmento C5-C6 da medula espinhal, o local de estímulo é no tendão do bíceps e a resposta normal é a contração do bíceps. • Braquiorradial: segmentos C5-C6. O local de estímulo é no tendão do músculo braquiorradial ou imediatamente distal à junção musculotendínea. A resposta normal é a flexão de cotovelo e/ou pronação de antebraço. • Tricipital: segmentos C7-C8. O local de estímulo é o tendão do tríceps distal acima do processo do olecrano. A resposta normal é a extensão/contração muscular. Avaliação de articulação • Patelar: segmentos L3-L4. O local de estímulo é o tendão patelar e a resposta normal é a extensão do membro inferior. • Aquileo: segmentos S1-S2. O local de estímulo é o tendão do calcâneo e a resposta normal é a flexão plantar do pé. Resposta anormal: hiporreflexia ou arreflexia → comprometimento de inervação relacionado ao neurônio motor inferior. Hiperreflexia → comprometimento de neurônio motor superior. A importância da hiporreflexia é a assimetria bilateral. A função sensitiva é restabelecida antes da motora e isso determina a recuperação nervosa. Reflexos superficiais • Plantar: segmentos S1-S2. A resposta é a flexão dos dedos dos pés. • Sinal de Babinski: a manobra provocativa é a compressão da face lateral da planta do pé. Resposta positiva → extensão do hálux e abertura em leque dos outros 4 dedos do pé. A patologia é lesão do trato piramidal. Exame de articulações específicas É um exame minucioso em que se relaciona a parte subjetiva e objetiva. • Tecidos contráteis (músculos): lesão por estiramento, por contração; • Tecidos nervosos (nervos): lesão por estiramento, por pinçamento; • Tecidos inertes (cápsula, ligamento, fáscia): tensão por estiramento, por pinçamento. É necessário que o paciente realize movimentos ativos da articulação em que existe a queixa dolorosa ou de função. Quando o movimento é pedido, é preciso observar em qual ângulo há sintoma, qual o padrão de movimento, qual a amplitude de movimento e “end-feel” normal. Anormalidades: dor, fraqueza, espasmo, encurtamento, paralisia. Se não estiver normal, é realizado o movimento de forma passiva no paciente e o “end-feel” pode ser: • Rígido: osso com osso (extensão de cotovelo); • Mole: compressão de tecido (flexão do cotovelo); • Estiramento tissular: cápsula, ligamento (é o mais comum); • Espasmo muscular súbito. Para realizar o movimento passivo é necessário que o paciente tenha integridade dos tecidos inertes, a articulação deve permitir o movimento completo. Anormalidades: pode ocorrer hipermobilidade (entorses, artrose precoce, dor) ou hipomobilidade miofascial (cicatriz, espasticidade), pericapsular (artrite, aderência), patomecânica (trauma com restrição). Se o movimento passivo foi normal e completo, não há nenhum comprometimento articular e é criada a primeira hipótese: o problema pode ser muscular ou nervoso. Aí é solicitado o exercício isométrico resistido ou isotônico resistido através da força muscular para avaliar músculos e nervos. A pessoa pode ter o movimento ativo limitado, o movimento passivo normal e na isometria não conseguir fazer, assim é confirmado o comprometimento muscular, porém pode haver também o comprometimento nervoso. A graduação ocorre de 0 a 5, em que: 0: paralisia 1: vestígio/traço 2: ruim 3: regular 4: bom 5: normal Anormalidade no exercício isométrico e isotônico: dor, fraqueza, distensão, patologia no tendão, avulsão, inibição reflexa, lesão do nervo periférico, lesão da raiz nervosa ou comprometimento psicológico. Os dinamômetros avaliação a força. Podem ser de prensão ou de pinça. Além disso, existem os isocinéticos. Para avaliar se o problema é no tecido nervoso, avaliaremos a sensibilidade. Se o nervo for sensitivo e motor, é possível observar a alteração de sensibilidade, porém se o ramo nervoso for somente motor, deverá ocorrer uma avaliação mais profunda.
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