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Farmacologia do Sistema Cardiovascular

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1 
 
Farmacologia Cardiovascular 
 
Diuréticos 
• Os rins desempenham um papel fundamental em nosso organismo, controlando o 
volume dos líquidos corporais, preservando nutrientes importantes através da 
reabsorção tubular e eliminando substâncias indesejáveis; 
• Alguns solutos com certo grau de lipossolubilidade capazes de se dissolver na 
membrana celular são reabsorvidos ou secretados por difusão simples ao longo do 
túbulo renal; 
• Os solutos com baixa lipossolubilidade são reabsorvidos ou secretados através de 
proteínas integrais de membrana; 
• As células do túbulo proximal possuem transportadores que secretam ácidos 
orgânicos, diuréticos e AINEs para o lúmen renal. O fato de esses transportadores 
secretarem diuréticos para o lúmen renal pode ser o mecanismo pelo qual os 
diuréticos chegam ao seu sítio de ação, que é normalmente na face luminal da 
membrana celular; 
• O ducto coletor é a porção final do néfron e é relativamente impermeável à água. 
Essa impermeabilidade à água pode ser modificada pela ação do ADH, também 
chamado de vasopressina; 
• Quanto maior a concentração de Na+ no interior da célula, mais intensamente a 
bomba irá trocá-lo pelo K+, resultando na maior secreção desse para o lúmen renal. 
Esse mecanismo é o principal fator que leva ao aumento da eliminação de K+ 
durante o uso dos diuréticos. Outro mecanismo que aumenta acentuadamente a 
secreção de K+ é o uso de diuréticos inibidores da anidrase carbônica 
(acetazolamida). Esses fármacos aumentam a eliminação de bicarbonato, possuem 
carga negativa e aumentam o potencial negativo no lúmen renal. 
Consequentemente, o K+ irá se deslocar para o lúmen devido a forças eletrostáticas, 
aumentando assim sua eliminação; 
• O hormônio mineralocorticoide aldosterona atua no ducto coletor em resposta a uma 
baixa no volume sanguíneo. Aumenta a reabsorção de Na+ e secreção de K+. Esse 
mecanismo compensatório é importante para que o volume sanguíneo não caia para 
volumes extremos; 
• A membrana basolateral do ducto coletor possui um receptor para o ADH, que 
quando ativado, aumenta a expressão de canais da H2O na membrana luminal, 
fazendo que ocorra maior reabsorção de H2O e diminuição da diurese; 
2 
 
• A liberação de ADH pela neuro-hipófise é regulada pela osmolaridade sanguínea, 
sendo essa liberação inversamente proporcional à osmolaridade sérica; 
• Os diuréticos caracterizam-se por promover aumento do volume de água excretada. 
O NaCl é o principal soluto que determina o volume extracelular do organismo, 
sendo indispensável haver um equilíbrio restrito entre sua excreção e reabsorção. 
Um aumento de NaCl no organismo pode leva a patologias como edema pulmonar, 
edema generalizado e aumento da pressão sanguínea. Já sua baixa concentração 
pode acarretar colapso cardiovascular; 
• Os diuréticos são classificados pelo seu local e mecanismo de ação (diuréticos de 
alça e diuréticos osmóticos), pela sua estrutura química (diuréticos tiazídicos), e pela 
sua influência no equilíbrio do K+ (diuréticos poupadores de potássio). 
1. Diuréticos osmóticos: o manitol é o principal diurético essencial utilizado 
atualmente na terapêutica. Não possuem efeito farmacológico próprio e são 
praticamente impermeáveis à membrana celular. Não são reabsorvidos 
durante sua passagem pelos túbulos renais, aumentando assim a 
osmolaridade dentro do lúmen renal. O principal local de ação dos diuréticos 
é a alça de Henle, sendo o túbulo contorcido proximal um local de ação 
secundário. Os diuréticos osmóticos aumentam o volume de urina, além da 
excreção de eletrólitos. São utilizados em crises agudas de glaucoma e 
redução em curto prazo da pressão intraocular. Isso se deve ao fato de os 
diuréticos osmóticos aumentarem a pressão osmótica do plasma, retirando a 
água do olho e do cérebro. Também são utilizados para tratamento de edema 
cerebral. São contraindicados para pacientes com doença renal grave, 
hepatopatias e pacientes com sangramento craniano ativo; 
2. Diuréticos de alça: denominados também diuréticos de alto limiar. Impedem a 
reabsorção do NaCl remanescente do túbulo proximal e, além disso, os 
outros segmentos distais não possuem a capacidade de reabsorver 
completamente o NaCl remanescente do ramo ascendente espesso da alça 
de Henle, aumentando significativamente a eliminação do cloreto de sódio. A 
furosemida é o principal diurético dessa classe. Atuam inibindo a função do 
simporte localizado nas membranas luminais das células do ramo ascendente 
espesso da alça de Henle, impedindo a reabsorção desses íons (Na+, K+...). 
Em consequência, o cálcio e magnésio não são reabsorvidos devido à 
ausência do aumento do potencial elétrico provocado pela saída retrógrada 
do K+. a furosemida aumenta agudamente a capacitância venosa sistêmica, 
diminuindo a pressão de enchimento do ventrículo esquerdo, sendo benéfico 
para pacientes com edema pulmonar. São utilizados principalmente em casos 
3 
 
de edema pulmonar agudo devido à sua capacidade de aumentar 
rapidamente a capacitância venosa e diminuir a pressão de enchimento 
ventricular esquerda. Outra aplicação é no tratamento da insuficiência 
cardíaca sugestiva (ICC), diminuindo o volume do líquido extracelular e 
minimizando a congestão venosa e pulmonar. Utilizado também no primeiro 
estágio para o tratamento farmacológico da hipertensão, tratamento de 
edemas generalizados e ascite. Os efeitos adversos dos diuréticos de alça 
são decorrentes principalmente ao seu mecanismo de ação, levando a um 
desequilíbrio eletrolítico; esses efeitos incluem hiponatremia e consequente 
diminuição da pressão sanguínea, podendo levar ao colapso cardiovascular. 
O aumento da eliminação de K+ e H+ pode levar à alcalose hipoclorêmina e 
hipocalemia, o que pode causar arritmia cardíaca. Esse último efeito é 
exacerbado em pacientes com uso de digitálicos. A excreção aumentada de 
cálcio e magnésio pode ocasionar hipocalcemia e hipomagnesemia. Os 
diuréticos de alça podem provocar hiperuricemia, hiperglicemia e aumento 
das taxas de LDL e triglicerídeos sanguíneos, enquanto reduzem a taxa de 
HDL. Esses efeitos lipêmicos podem precipitar o surgimento de placas de 
ateroma e aumentar o risco de doenças cardíacas, como IAM e angina 
pectoris; 
3. Diuréticos tiazídicos: aumentam a excreção de NaCl, agindo principalmente 
no túbulo distal. Seu principal local de ação é o túbulo contorcido distal. 
Alguns diuréticos tiazídicos possuem a capacidade de inibir muito fracamente 
a enzima anidrase carbônica no túbulo contorcido proximal. Possuem ação 
vasodilatadora direta sobre os vasos sanguíneos renais e sistêmicos. O uso 
agudo desses diuréticos pode aumentar a excreção de ácido úrico. São 
utilizados para o tratamento de edemas relacionados à ICC, cirrose hepática 
e doenças renais, tratamento inicial da hipertensão. Podem ser utilizados 
para profilaxia e tratamento da osteoporose pelo motivo de diminuírem a 
excreção de cálcio. Os efeitos adversos mais importantes estão relacionados 
ao equilíbrio eletrolítico; esses efeitos podem levar a quadros de hipocalemia, 
hiponatremia, hipocloremia, alcalose metabólica, hipercalcemia, hiperuremia 
e hipotensão. Esse último pode provocar colapso cardiovascular. Podem 
aumentar os níveis de colesterol total, triglicerídeos e LDL, e diminuir os 
níveis de HDL plasmáticos. 
4. Diuréticos poupadores de potássio: Espirinolactona (aldactone) é o único 
fármaco dessa classe disponível e comercializado. A espirinolactona bloqueia 
competitivamente o receptor de aldosterona impedindo o aumento da síntese 
4 
 
e expressão da bomba de Na+ K+/ ATPase, diminuído assim a secreção de 
potássio. Por esse motivo, esses fármacos também são denominados 
antagonistas da aldosterona. Seus efeitos diuréticos são diretamente 
proporcionais à quantidade de aldosterona plasmática. É principalmente 
utilizada em associação com diuréticos tiazídicos ou de alça paratratamento 
de edemas. Pode-se utilizar também a espirinolactona para tratamento do 
hiperaldosteronismo relativo a adenomas ou carcinomas suprarrenais. A 
espirinolactona pode provocar hipercalcemia fatal em pacientes predispostos 
ou que possuem quadro de hipercalemia. Pode ocorrer acidose metabólica 
em pacientes com cirrose hepática. Pode provocar impotência, perda de 
libido, engrossamento da voz e irregularidades menstruais. Além disso, ela 
também pode provocar diarreia, gastrite, sangramento gástrico e úlcera 
péptica. Os efeitos do SNC incluem letargia, confusão, sonolência e cefaleia. 
 
Sistema Renina Angiotensina Aldosterona 
• É um importante regulador da pressão arterial, que faz controle a longo e a curto 
prazo; 
• É ativado quando ocorre uma queda da pressão arterial sistêmica; 
• Os distúrbios nesse sistema estão relacionados a patologias, como hipertensão 
arterial e insuficiência cardíaca, além de problemas renais; 
• A renina é uma enzima sintetizada e secretada pelas células justa glomerulares 
granulosas que se encontram nas paredes das arteríolas aferentes renais. Ela é 
armazenada na sua forma inativa como pró-renina. Após a liberação, a pró-renina é 
clivada por uma enzima, formando a renina, que é secretada e vai para a corrente 
sanguínea; 
• A liberação de renina é controlada por mecanismos intrínsecos renais e por 
mecanismos mediados pelo SNC; 
• Um importante mecanismo de renina é controlado pelos barorreceptores nas 
paredes dos vasos pré-glomerulares. Esse mecanismo ocorre pela sensibilidade dos 
barorreceptores à variação da pressão arterial renal. Quando ocorre aumento da 
pressão arterial, a liberação da renina é inibida; quando diminui, ocorre o aumento da 
liberação; 
• O mecanismo extrínseco que controla a liberação de renina é mediado pelos 
receptores β-adrenérgicos. Um aumento da liberação de noradrenalina dos 
neurônios pós-ganglionares renais resulta na ativação dos receptores β-adrenérgicos 
nas células justa glomerulares, o que estimula a secreção de renina; 
5 
 
• A renina, quando secretada para a corrente sanguínea, age sobre um peptídeo 
plasmático denominado angiotensinogênio, clivando-o. A clivagem do 
angiotensinogênio gera o produto angiotensina I, que através da enzima conversora 
de angiotensina (ECA) é convertido em angiotensina II. A ECA é encontrada mais 
abundantemente nos pulmões, mas possui uma distribuição regular entre os demais 
órgãos. A bradicinina é outro substrato da enzima; 
• A angiotensina II possui uma potente ação vasoconstritora, sendo suas atuações 
mediadas por receptores específicos de membrana. Seu tempo de ação varia em 
torno de 1 a 2 minutos devido à ação rápida enzimas sanguíneas denominadas 
angiotensinases. Seus efeitos vasoconstritores venosos aumentam o retorno venoso 
para o coração, elevando assim o débito cardíaco. O segundo efeito da angiotensina 
II é sobre a excreção de NaCl pelos rins. Eleva a liberação do mineralocorticoide 
Aldosterona pela glândula suprarrenal, acarretando num aumento na reabsorção de 
NaCl pelas células do ducto coletar. Além dessa ação indireta sobre a retenção de 
sódio e água, a angiotensina II também retém esses componentes no néfron. Ocorre 
também uma estimulação direta desse peptídeo sobre a hipófise, estimulando-a a 
liberar o ADH. Posteriormente, o efeito leva a um aumento gradativo do volume 
sanguíneo, elevando a pressão arterial. Esse mecanismo a longo prazo é um dos 
principais causadores da hipertensão arterial crônica, sendo mais perigoso do que o 
mecanismo a curto prazo gerado pela vasoconstrição; 
• O aumento da neurotransmissão adrenérgica periférica ocorre pelo motivo da 
angiotensina II inibir a receptação de noradrenalina pelos neurônios pós-
ganglionares periféricos, aumentando assim a resposta adrenérgica nos tecidos. 
Também facilita a interação da noradrenalina com seus receptores vasculares 
elevando a resistência vascular periférica com consequente estágio de hipertensão; 
• Efeitos da angiotensina II sobre a estrutura cardiovascular: 
A angiotensina II influencia esses processos pelo fato de estimular a proliferação e 
hipertrofia das células lisas vasculares, aumentar a produção de matriz extracelular 
pelas células vasculares e fibroblastos cardíacos, além de provocar hipertrofia aos 
miócitos cardíacos, podendo levar a complicações como hipertensão e ICC. 
1. Hipertrofia cardíaca; 
2. Fibrose cardíaca; 
3. Hipertrofia das paredes vasculares, diminuindo o diâmetro da luz vascular. 
• Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA): captopril, enalapril. Os 
principais efeitos dos fármacos inibidores da ECA estão relacionados com a 
atividade da angiotensina II no organismo, diminuindo a resistência vascular 
periférica, diminuem também o débito cardíaco pela depleção da liberação de 
6 
 
noradrenalina pelos neurônios simpáticos pós-ganglionares e pela diminuição da 
vasoconstrição nos vasos de capacitância, resultando em menor retorno venoso. 
São utilizados principalmente em patologias cardiovasculares, como hipertensão, 
ICC e infarto do miocárdio. O infarto do miocárdio pode ser evitado com o uso de 
inibidores da ECA em pacientes hipertensos e com ICC. Podem ser associados com 
bloqueadores β-adrenérgicos, AAS e agentes antiplaquetários (varfarina); 
 
Fármacos cardiotônicos 
 
• A ICC é a principal patologia que requer o uso terapêutico desses fármacos; 
• O quadro de insuficiência cardíaca leva a uma resposta do organismo com o objetivo 
de compensar o baixo débito cardíaco e assim tentar suprir as necessidades basais 
dos órgãos. Um dos principais mecanismos compensatórios é a descarga 
aumentada do sistema nervoso simpático, aumentando intensamente a liberação de 
noradrenalina e adrenalina no organismo; 
• A ativação dos receptores beta cardíacos produz um aumento na frequência 
cardíaca e provoca um efeito inotrópico positivo, aumentando a contratilidade 
miocárdica. O efeito final da ativação desses receptores é o aumento do débito 
cardíaco na tentativa de suprir adequadamente todo o organismo; 
• A ativação dos receptores beta 1 localizados nas células justa glomerulares resulta 
na liberação de renina. A renina ativa a cascata SRAA, resultando em maior 
retenção de Na e líquidos pelos túbulos renais. Provoca também, um aumento da 
resistência periférica total. Ocorre também maior liberação de ADH ou vasopressina 
pela neuro-hipófise, resultando em maior reabsorção de água por parte dos túbulos 
renais; 
• Esses mecanismos de compensações realizados pelo próprio organismo em 
resposta à insuficiência cardíaca aumentam a pressão arterial levando á hipertensão. 
Devido a isso, a hipertensão é considerada um dos principais fatores de risco para o 
desenvolvimento da insuficiência cardíaca; 
• A remodelação cardíaca é outro importante mecanismo e ocorre logo no início da 
patologia. Essa remodelação é causada por vários fatores, como sinais de 
crescimento sistêmicos, fatores de crescimento locais e o aumento da tensão na 
parede cardíaca. O coração fica hipertrofiado e remodelado com tecido fibroso. 
• O ventrículo esquerdo é a parte mais afetada por esse distúrbio, visto que ele é o 
responsável pela ejeção de sangue para todo o organismo, exceto os pulmões; 
7 
 
• Qualquer fator que eleve prolongadamente o trabalho cardíaco ou lesione o 
miocárdio pode levar ao quadro de insuficiência cardíaca; 
• Os fármacos mais utilizados no tratamento da insuficiência cardíaca são os 
digitálicos, devido aos seus efeitos inotrópicos positivos. Os digitálicos são 
substâncias extraídas de plantas do gênero digitalis, também chamados de 
glicosídeos cardíacos. A digoxina é o protótipo do grupo a mais utilizada atualmente 
na prática clínica. Outros digitálicos menos utilizados incluem a ouabaína e a 
digitoxina; 
• A janela terapêutica dos glicosídeos cardíacos é muito baixa, sendo que qualquer 
alteração mínima em sua biodisponibilidadepode acarretar problemas graves ao 
organismo; 
• A digoxina distribui-se para todos os tecidos, incluindo o SNC. Seu metabolismo é 
precário, sendo sua excreção realizada pelos rins e principalmente sob a forma 
inalterada; 
• Os glicosídeos cardíacos agem diretamente nas células cardíacas inibindo 
fortemente e de forma específica a bomba de sódio/ potássio/ ATPase, sendo essa 
inibição reversível; 
• Os digitálicos podem inibir bombas de Na/ K/ ATPase em outros tecidos excitáveis, 
aumentando a sua despolarização e sua atividade. O TGI é o mais comumente 
afetado. As náuseas e vômitos podem ser desencadeados também pela ação direta 
dos digitálicos no SNC, mais especificamente na zona de gatilho quimiorreceptora, 
aumentando a atividade dos neurônios constituintes dessa região; 
Farmacologia anti-hipertensiva 
• A hipertensão é caracterizada por um aumento anormal da pressão arterial, podendo 
ser transitório ou crônico; 
• A pressão arterial é o produto do débito cardíaco pela resistência periférica total; 
• Qualquer alteração do débito cardíaco e/ou da resistência periférica total, 
consequentemente, altera a pressão arterial; 
• Qualquer fator que interfira no débito cardíaco ou na resistência periférica total altera 
a pressão arterial; 
• A hipertensão arterial pode ser classificada em dois estágios diferentes: 
1. Estágio 1: compreende uma pressão de 140-159 Ps/ 90-99 mmHg Pd; 
2. Estágio 2: a pressão arterial é cerca de 160-179/100-109 mmHg. 
• As catecolaminas participam em grande parte do processo de frequência e 
contratilidade cardíaca, sendo a noradrenalina a principal delas. Os receptores 
8 
 
responsáveis por esses efeitos da noradrenalina são os receptores beta 1 
localizados no nodo sinoatrial e nodo atrioventricular; 
• O volume vascular é influenciado principalmente pela quantidade de NaCl presente 
no plasma e pela ação da Aldosterona nos ductos renais; 
• O aumento da resistência periférica total é decorrente da vasoconstrição excessiva 
dos vasos de resistência periféricos ocasionada por vários endógenos. Os fatores 
humorais que aumentam a RPT são principalmente as ações das catecolaminas e da 
angiotensina II nos vasos sanguíneos e na glândula suprarrenal. A síntese de 
tromboxano pelas células endoteliais e plaquetas é outro fator humoral que aumenta 
a RPT; 
• A hipertensão arterial pode levar a várias consequências cardíacas e vasculares 
graves. Com o aumento da pressão arterial, os vasos sanguíneos passam a ser 
muito pressionados pelo sangue, causando lesões vasculares. O aumento da 
pressão nos vasos sanguíneos também leva à hiperplasia das células 
endovasculares com consequente aumento da RPT; 
• O aumento da espessura vascular leva a uma menor perfusão dos órgãos, 
diminuindo o suprimento de oxigênio para eles; 
• A ICC é mais acentuada pelo aumento da RPT ocasionado pelo espessamento da 
parede vascular; 
• O DC pode ser reduzido pela ação de fármacos que diminuem a contratilidade 
cardíaca ou reduzem o volume vascular, para que ocorra um menor retorno venoso 
para o coração, reduzindo assim a pressão de enchimento ventricular; 
• A diminuição de RPT pode ser conseguida por fármacos que provocam relaxamento 
da musculatura vascular de forma direta ou indireta, atuando diretamente em 
receptores vasculares ou fármacos que inibem a síntese de agente vasoconstritor, 
como é o caso dos inibidores da ECA; 
 
Bloqueadores adrenérgicos 
• Bloqueiam as ações simpáticas do organismo, seja por ação central ou periférica; 
• A contratilidade cardíaca é induzida pela noradrenalina. Portanto, fármacos que 
possuem a capacidade de bloquear seus receptores ou diminuírem sua liberação 
são bastante eficazes para o tratamento da hipertensão, visto que diminuem o DC; 
• Os bloqueadores adrenérgicos podem ser classificados como de ação central ou de 
ação periférica; 
• Metildopa: é um pró-fármaco de ação central. A absorção enteral desse fármaco é 
realizada por um transportador ativo de aminoácidos localizado na mucosa intestinal 
9 
 
e seu tempo de meia vida é de cerca de 2h. Atravessa a barreira hematoencefálica 
também por um transportador ativo. Fica armazenado nas vesículas sinápticas por 
aproximadamente 8h, fazendo com que seu efeito máximo seja retardado. Sua 
excreção é predominantemente renal; 
• Propranolol e Metaprolol: esses fármacos diferem entre si pela seletividade aos 
receptores adrenérgicos, sendo o metaprolol cardiosseletivo e o propranolol, não. 
Exercem suas ações anti-hipertensivas pelo bloqueio dos receptores β1-
adrenérgicos cardíacos e renais. O propranolol não possui seletividade para os 
receptores β-adrenérgicos, provocando assim mais efeitos adversos que o 
metaprolol. Todos os bloqueadores β-adrenérgicos são eficazes para o tratamento 
da hipertensão, visto que bloqueiam a interação da noradrenalina no coração; 
também inibem a secreção de renina pelas células justa glomerulares renais, já que 
a noradrenalina atua estimulando a liberação de renina mediante receptores β1; 
• Em consequência ao bloqueio β1 cardíaco, os betabloqueadores diminuem a 
contratilidade e a frequência cardíaca; 
• Os fármacos betabloqueadores não seletivos aumentam as concentrações 
plasmáticas de triglicerídeos e reduzem a concentração do HDL; 
• São contraindicados para pessoas com asma ou bronquite crônica pelo fato de 
inibirem os receptores β2-adrenérgicos localizado na musculatura brônquica; 
Antagonistas dos canais de cálcio 
• Impedem o fluxo de cálcio para dentro das células endoteliais vasculares provocando 
uma vasodilatação, visto que os processos intracelulares de contração das células 
são exclusivamente dependentes dos íons cálcio; 
• Em consequência à vasodilatação gerada, o organismo tenta compensar esse efeito 
com uma descarga simpática reflexa mediada pelos barorreceptores; 
• Nifedipina: exerce ações mais seletivas para os vasos sanguíneos do que para o 
coração. Aumenta o retorno venoso para o coração devido à vasodilatação das veias 
de capacitância, aumentando o DC; 
• Verapamil: não é seletivo apenas para os vasos sanguíneos, agindo também no 
coração, diminuindo a FC e o DC. Não aumenta o DC pois provoca depressão 
cardíaca junto à vasodilatação; 
• Não podem ser utilizados em pessoas com ICC ou disfunções nodais, podendo levar 
à falência cardíaca. 
 
10 
 
Diuréticos 
• Inicialmente, diminuem o volume vascular, para a eliminação de NaCl, e o débito 
cardíaco, podendo ocorrer aumento da RPT por meio de mecanismos 
compensatórios; 
• Hidroclorotiazida: inibe o simporte localizado no túbulo distal do néfron, impedindo 
a reabsorção de NaCl para a corrente sanguínea. Produzem vasodilatação direta de 
arteríolas sistêmicas e renais, reduzindo significativamente a pressão arterial; 
• Espironolactona: diurético da classe dos poupadores de potássio, não possuindo 
isoladamente uma boa eficácia diurética. É bastante utilizada em associação com 
outros diuréticos para promover a diminuição da excreção de potássio. Seu 
mecanismo de ação baseia-se na inibição dos receptores de Aldosterona no ducto 
coletor renal; 
Fármacos vasodilatadores 
• São utilizados ambulatorialmente para o tratamento da hipertensão; 
• Hidralazina e o minoxidil – vasodilatadores orais ambulatoriais; 
• Nitroprussiato: é um vasodilatador oral utilizado atualmente para o tratamento de 
emergências hipertensivas; 
• Todos os vasodilatadores relaxam a musculatura lisa das arteríolas, diminuindo a 
RPT; 
• Hidralazina: exerce seus efeitos mediante ao relaxamento direto da musculatura lisa 
das arteríolas, porém possui a taquicardia e taquifilaxia como efeitos adversos. Esse 
relaxamento é mais intenso nas artérias coronárias, cerebrais e renais. Aumenta o 
débito cardíaco pela intensa resposta simpática reflexa do músculo cardíaco. Está 
contraindicada para pacientes com histórico de IAM e com ICC; 
• Nitroprussiato de sódio: é um pró-fármaco vasodilatadorde uso hospitalar e é 
administrado por via intravenosa. Possui um início de ação rápido. É metabolizado 
no sangue em óxido nítrico, seu metabólito ativo. Seu metabolismo de eliminação é 
realizado pelos hepatócitos. 
Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) 
• Captopril e enalapril: pró-fármaco; 
• Todos os fármacos inibidores da ECA atuam inibindo a conversão do decapeptídeo 
angiotensina I em angiotensina II, um octapeptídeo; 
11 
 
• A angiotensina II possui fortes propriedades vasoconstritoras que são mediadas 
pelos receptores de angiotensina II do tipo AT1, localizados principalmente nos 
vasos sanguíneos e glândulas suprarrenais; 
• A forte vasoconstrição provocada pela angiotensina II favorece o aumento da RPT, 
aumentando assim a PA; 
• A ação da angiotensina II nas glândulas suprarrenais estimula a secreção da 
Aldosterona, que induz a reabsorção de NaCl pelos ductos coletores renais, 
favorecendo assim a elevação do volume sanguíneo e, consequentemente do DC; 
• Os efeitos farmacológicos observados com a administração de inibidores da ECA 
são os relacionados com a ação da angiotensina II. Observa-se uma considerável 
diminuição da pressão arterial pela inibição da ação direta da angiotensina II nos 
vasos sanguíneos e pela diminuição da liberação de Aldosterona pelas glândulas 
suprarrenais; 
• A terapia com inibidores da ECA também favorece a homeostasia do potássio, já que 
a ação da Aldosterona gera uma menor eliminação de potássio pela urina; 
• É estritamente contraindicada a terapia com inibidores da ECA em mulheres 
grávidas devido aos efeitos fetais que esses fármacos produzem. 
Fármacos antiarrítmicos 
• Pessoas que usam fármacos digitálicos podem apresentar arritmias cardíacas devido 
aos efeitos iônicos que esses fármacos provocam nas células cardíacas; 
• As arritmias cardíacas são derivadas de alterações na formação do impulso, na sua 
propagação ou condução ao longo do miocárdio ou ambos; 
• Fatores que podem originar as arritmias ou intensificá-las: anormalidades 
eletrolíticas, angina pectoris e IAM, hipóxia, excesso de catecolaminas, intoxicação 
digitálica e estiramento excessivo da fibra muscular cardíaca; 
• Anormalidades no próprio coração também podem precipitar arritmias, como: 
ritmicidade anormal do marca-passo cardíaco, marca-passos ectópicos, vias normais 
de transmissão do impulso pelo miocárdio, bloqueio parcial ou completo da 
transmissão do impulso em diferentes regiões do miocárdio e geração de impulsos 
anormais em qualquer parte do coração; 
• Bradiarritmias: provocadas por uma condução do impulso mais lenta, desencadeada 
por bloqueio ou geradas por marca-passos ectópicos; 
• Taquiarritmias: decorrentes, principalmente, de um processo denominado 
“reentrada”; 
12 
 
• Reentrada é o processo no qual um mesmo impulso gerado pelo nodo SA reativa os 
átrios e ventrículos após um período refratário, sendo que o normal é um impulso 
gerado pelo nodo SA ative os átrios e ventrículos, e após um período refratário, tal 
impulso acabe. Em seguida, é necessário que o nodo SA forme outro impulso para 
que ocorra nova ativação das câmaras cardíacas. O mecanismo pelo qual ocorre a 
reentrada pode ser explicado pelo fato de algumas fibras cardíacas não serem 
reativadas no primeiro impulso; porém, elas podem ser excitadas antes que esse 
impulso acabe. Nesse momento, todas as outras fibras que foram excitadas estão 
em seu período refratário, devido ao tempo decorrido. As não excitadas iniciam outro 
potencial de ação que acaba atingindo as outras fibras antes que seu período 
refratário tenha acabado, gerando arritmias cardíacas; 
• O processo de reentrada também pode ocorrer devido a alguma anormalidade 
anatômica no coração. O coração pode possuir uma via acessória além das vias 
normais de condução do impulso nervoso, sendo que no momento da propagação do 
potencial de ação, essas vias acessórias podem ser utilizadas para desencadear a 
reentrada; 
• Todos os fármacos antiarrítmicos agem inibindo a atividade de um marca-passo 
ectópico, modificando a condução do impulso e alterando a refratariedade das 
células cardíacas; 
Classificação dos fármacos antiarrítmicos 
• Fármacos bloqueadores dos canais de sódio (classe I): 
1. Quinidina: é utilizada para o tratamento e manutenção do ritmo sinusal em 
pacientes que apresentam flutter atrial ou fibrilação atrial. É um bloqueador 
de canais de sódio no estado aberto, aumentando o tempo do potencial de 
ação no miocárdio. Ocorre também uma pequena inibição dos canais de 
potássio, prolongando o potencial de ação e o período refratário. Bloqueia 
também os receptores alfa adrenérgicos e a condução vagal, podendo levar à 
hipotensão acentuada. Seu metabolismo é hepático e a excreção de cerca de 
20% pelos rins sob a forma inalterada; 
2. Lidocaína: é um anestésico local utilizado apenas por via intravenosa para 
tratamento de arritmia cardíaca. Seu mecanismo de ação corresponde ao 
bloqueio dos canais de sódio inativados e abertos, esse bloqueio proporciona 
maior efeito em células com potencial de ação mais prolongado, como fibras 
de His-Purkinje e ventrículos, diminuindo a propagação do impulso cardíaco; 
• Fármacos bloqueadores β-adrenérgicos (classe II): 
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1. Propranolol: diminui a atividade do nodo sinoatrial. Provoca um 
prolongamento do potencial de ação cardíaco e à supressão de marca-
passos ectópicos. 
• Fármacos que prolongam o período refratário (classe III): fármacos dessa classe 
prolongam o período refratário pelo aumento do tempo do potencial de ação 
cardíaco, efeito esse decorrente geralmente do bloqueio de canais de potássio. 
1. Amiodarona: é utilizado para o tratamento de arritmias ventriculares graves e 
arritmias supraventriculares (fibrilação atrial). Bloqueia acentuadamente os 
canais de potássio e sódio inativados, prolongando significativamente o 
potencial de ação cardíaco. Apresenta atividade antagônica dos receptores 
adrenérgicos e canais de cálcio, porém fracamente. Seu metabolismo é 
hepático e ela é excretada pelos rins; 
• Fármacos bloqueadores de canais de cálcio (classe IV): 
1. Verapamil: exerce seus efeitos principais em tecidos de condução lenta como 
o nodo sinoatrial e o nodo atrioventricular, e a frequência cardíaca com a 
administração desse fármaco é retardada. Devido à diminuição da condução 
pelo nodo AV, ocorre aumento do período refratário e diminuição do 
fenômeno de reentrada. É contraindicado para pacientes com ICC. O uso 
concomitante de verapamil com bloqueadores beta-adrenérgicos pode 
provocar bloqueio da condução do nodo AV e diminuição grave da contração 
ventricular. É um fármaco bem absorvido, porém a sua biodisponibilidade é 
reduzida pelo efeito de primeira passagem. 
Fármacos antianginosos 
• Fármacos utilizados para o tratamento da angina; 
• Óxido nítrico → principal substância a ser liberada pelo endotélio vascular, que atua 
como um potente vasodilatador local; 
• Outras substâncias liberadas pelo endotélio vascular são: ADP, bradicinina, 
histamina, acetilcolina e endotelina (que é um potente vasoconstritor); 
• A noradrenalina pode provocar tanto vasoconstrição quanto vasodilatação das 
artérias coronárias, dependendo do receptor que o tecido expressa em sua 
membrana; 
• As artérias coronárias epicárdicas expressam os receptores adrenérgicos alfa1; 
• As artérias intramusculares expressam os receptores adrenérgicos do tipo beta2, 
receptor do tipo metabotrópico; 
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• A angina desenvolve-se quando ocorre uma disfunção no equilíbrio entre a demanda 
e o consumo de oxigênio pelo miocárdio; 
• Normalmente, a angina ocorre quando há um aumento da atividade cardíaca pela 
elevação da contratilidade e frequência, principalmente devido à estimulação 
simpática; 
• Uma das principais causas do aparecimento de angina é a obstrução parcial ou 
estreitamento das artérias coronárias por placas de ateroma; 
•Todos os fármacos antianginosos atuam ao melhorar o equilíbrio entre o suprimento 
e a demanda de oxigênio do músculo cardíaco, aumentando o suprimento ao 
provocar uma vasodilatação da vasculatura coronariana e/ou diminuindo a demanda 
de oxigênio do miocárdio por reduzir o trabalho cardíaco; 
• Nitratos orgânicos (nitrovasodilatadores): mononitrato e dinitrato de issosorbida. 
Utilizados no tratamento e na profilaxia da dor anginosa. Provoca vasodilatação. Os 
nitratos orgânicos promovem um relaxamento na maioria dos músculos lisos 
arteriolares e venosos. A venodilatação provocada pelos nitrovasodilatadores gera 
uma queda das pressões diastólicas finais do ventrículo esquerdo e do direito, não 
influenciando a resistência vascular sistêmica; 
• Bloqueadores dos canais de cálcio: verapamil e anlodipina. Os bloqueadores dos 
canais de cálcio fecham os canais situados em membranas despolarizadas, 
diminuindo a frequência de abertura quando ocorre outro potencial de ação na 
célula. Esse efeito gera redução da entrada de cálcio na célula e, com isso, 
relaxamento da musculatura lisa vascular e efeitos cronotrópicos e inotrópicos 
negativos na musculatura cardíaca. Todos os fármacos dessa classe ligam-se 70-
98% em proteínas plasmáticas. Esses fármacos são excretados principalmente de 
forma renal. O verapamil possui mais seletividade pelas células cardíacas em 
relação às células da musculatura lisa vascular; 
• Antagonistas dos receptores adrenérgicos: são da classe dos antagonistas beta-
adrenérgicos. Atenolol e propranolol. Os antagonistas beta-adrenérgicos bloqueiam 
os receptores adrenérgicos do tipo beta cardíacos. O propranolol é considerado um 
fármaco não seletivo, que bloqueia tanto receptores beta1 cardíacos quanto 
receptores beta1 em outras musculaturas. Já o atenolol é considerado um fármaco 
cardiosseletivo, atuando seletivamente nos receptores beta1 cardíacos. O 
propranolol liga-se cerca de 90% às proteínas plasmáticas e sua excreção é quase 
totalmente renal. O atenolol é excretado de forma inalterada pela urina. Os 
bloqueadores beta-adrenérgicos não seletivos estão contraindicados para pacientes 
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com doenças respiratórias, como asma e bronquite, podendo provocar agravamento 
da doença e morte; 
• Antiplaquetários e anticoagulantes (antitrobóticos): AAS. O AAS inibe a enzima 
COX, responsável pela síntese de mediadores inflamatórios e pela síntese de 
tromboxano, consequentemente, ocorrerá diminuição da agregação plaquetária e da 
formação de trombos nas artérias coronárias; 
• Inibidores da ECA: captopril e enalapril. Os inibidores da ECA diminuem a pressão 
arterial sistêmica, reduzindo assim a pressão na parede ventricular e aliviando a 
compressão das artérias coronárias. Também atuam inibindo a ação da angiotensina 
II nas artérias coronárias, levando a uma maior dilatação coronariana; 
• Hipolipemiantes: sinvastatina.

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