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Apostila - CFA

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índice
Conselho Federal de administração
CFA-DF
Assistente Administrativo
EDITAL Nº 01/2015, DE 17 DE MARÇO DE 2015
Língua Portuguesa
1 Compreensão, interpretação e reescrita de textos e de fragmentos de textos, com domínio das relações morfossintáticas, 
semânticas, discursivas e argumentativas. ................................................................................................................................01 
2 Tipologia textual. ...............................................................................................................................................................13 
3 Coesão e coerência.............................................................................................................................................................14 
4 Ortografia oficial. ..............................................................................................................................................................20 
5 Acentuação gráfica. ...........................................................................................................................................................30
6 Pontuação. ..........................................................................................................................................................................35
7 Formação, classe e emprego de palavras. .......................................................................................................................40 
8 Significação de palavras ....................................................................................................................................................76
9 Coordenação e subordinação. ..........................................................................................................................................80
10 Concordância nominal e verbal. ....................................................................................................................................86
11 Regência nominal e verbal. ...........................................................................................................................................101 
12 Emprego do sinal indicativo de crase. .........................................................................................................................106
Raciocínio Lógico
1 Compreensão de estruturas lógicas. ................................................................................................................................01 
2 Lógica de argumentação: analogias, inferências, deduções e conclusões. ...................................................................06 
3 Diagramas lógicos..............................................................................................................................................................15 
4 Fundamentos de matemática. ..........................................................................................................................................23 
5 Princípios de contagem e probabilidade. ........................................................................................................................47
6 Arranjos e permutações. ..................................................................................................................................................47
7 Combinações. .....................................................................................................................................................................47
Noções de Informática
1 Sistema Operacional Windows XP. .................................................................................................................................01 
2 Microsoft Word 2003. .......................................................................................................................................................07
3 Microsoft Excel 2003. ........................................................................................................................................................27
4 Microsoft PowerPoint 2003. .............................................................................................................................................42
5 Conceitos, serviços e tecnologias relacionados à internet e a correio eletrônico. ........................................................51
6 Noções de hardware e de software para o ambiente de microinformática. .................................................................61
índice
Atualidades
1 Domínio de tópicos atuais e relevantes de diversas áreas, tais como: desenvolvimento sustentável, ecologia, 
tecnologia, energia, política, economia, sociedade, relações internacionais, educação, segurança e artes e literatura e suas 
vinculações históricas. ............................................................................................................................................................01/40
Conhecimentos Específicos
1 Administração de pessoal e recursos humanos: as organizações e as pessoas que nelas trabalham; funções gerais e 
atividades de rotina. ....................................................................................................................................................................01 
2 Qualidade em prestação de serviços: as dimensões da qualidade pessoal e profissional; fatores que determinam 
a qualidade de um serviço; normalização técnica e qualidade; qualidade no atendimento ao público interno e externo; 
comunicação e relações públicas. ...............................................................................................................................................05 
3 Noções de administração financeira: objetivo, funções e estrutura; finanças; patrimônio; liquidez e 
rentabilidade. ...................................................................................................................................................................... 23
4 Agentes auxiliares do comércio: operações bancárias e cartórios. ...............................................................................24
5 Manutenção, planejamento, armazenamento, controle e movimentação de estoques de mercadorias e (ou) materiais; 
inventário (de materiais e físico). ...............................................................................................................................................29
6 Arquivo e protocolo: arquivo e sua documentação; organização de um arquivo; técnicas e métodos de arquivamento; 
modelos de arquivos e tipos de pastas; arquivamento de registros informatizados. ............................................................33 
7 Noções de uso de equipamentos de escritório. ................................................................................................................41
8 Controle patrimonial. .......................................................................................................................................................42
9 Noções de Administração Pública. ...................................................................................................................................43 
10 Noções de licitação: Lei nº 8.666/93 e suas atualizações. .............................................................................................62 
11 Resolução CFA nº 432/13. ...............................................................................................................................................69
Apresentação
Caro candidato, obrigado por adquirir nosso material!
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possui importantes parcerias com empresas e portais que comercializam seus produtos e serviços. 
Os conteúdos que compõem esta apostila foram licenciados pela Editora Nova Apostila,responsável 
pela edição e organização do material.
Abaixo, relacionamos algumas observações e orientações importantes que podem lhe ajudar no melhor 
aproveitamento deste material.
1) Erros de Impressão: alguns erros de edição ou impressão podem ocorrer durante o processo de fabri-
cação deste volume, caso encontre algo, por favor, entre em contato conosco, pelo nosso e-mail, sac@
helpprovas.com.br.
2) Ressalva: para ingressar na carreira pública é necessário dedicação, portanto a nossa empresa auxilia 
no estudo, mas não garante a sua aprovação. Como também não temos vínculos com a organizadora 
dos concursos, de forma que inscrições, datas de provas, lista de aprovados, entre outros, independe de 
nossa equipe.
3) Retificação do Edital: havendo a retificação no edital, por favor, entre em contato pelo nosso e-mail, 
pois a apostila é elaborada com base no primeiro edital do concurso, teremos o compromisso de lhe en-
viar, gratuitamente, a retificação por e-mail e também disponibilizaremos no site em que você adquiriu 
o produto, neste caso, para ter acesso clique na página Retificações no respectivo site e faça seu login.
4) Material online: se você adquiriu ou recebeu algum material online junto com esta apostila no mo-
mento da compra, para acessá-lo você deve entrar com os seus dados de login e senha no mesmo site 
onde fez a compra desta apostila.
Nosso maior objetivo é auxiliá-lo, portanto nossa equipe está à disposição para quaisquer dúvidas ou 
esclarecimentos.
Bons estudos!
Equipe Help Provas
Língua Portuguesa
Língua Portuguesa
1
1 COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E RE-
ESCRITA DE TEXTOS E DE FRAGMENTOS 
DE TEXTOS, COM DOMÍNIO DAS RELA-
ÇÕES MORFOSSINTÁTICAS, SEMÂNTICAS, 
DISCURSIVAS E ARGUMENTATIVAS. 
A literatura é a arte de recriar através da língua escrita. Sendo 
assim, temos vários tipos de gêneros textuais, formas de escrita; 
mas a grande dificuldade encontrada pelas pessoas é a interpreta-
ção de textos. Muitos dizem que não sabem interpretar, ou que é 
muito difícil. Se você tem pouca leitura, consequentemente terá 
pouca argumentação, pouca visão, pouco ponto de vista e um gran-
de medo de interpretar. A interpretação é o alargamento dos hori-
zontes. E esse alargamento acontece justamente quando há leitura. 
Somos fragmentos de nossos escritos, de nossos pensamentos, de 
nossas histórias, muitas vezes contadas por outros. Quantas vezes 
você não leu algo e pensou: “Nossa, ele disse tudo que eu penso”. 
Com certeza, várias vezes. Temos aí a identificação de nossos pen-
samentos com os pensamentos dos autores, mas para que aconteça, 
pelo menos não tenha preguiça de pensar, refletir, formar ideias e 
escrever quando puder e quiser.
Tornar-se, portanto, alguém que escreve e que lê em nos-
so país é uma tarefa árdua, mas acredite, valerá a pena para sua 
vida futura. Mesmo que você diga que interpretar é difícil, você 
exercita isso a todo o momento. Exercita através de sua leitura de 
mundo. A todo e qualquer tempo, em nossas vidas, interpretamos, 
argumentamos, expomos nossos pontos de vista. Mas, basta o(a) 
professor(a) dizer “Vamos agora interpretar esse texto” para que 
as pessoas se calem. Ninguém sabe o que calado quer, pois ao se 
calar você perde oportunidades valiosas de interagir e crescer no 
conhecimento. Perca o medo de expor suas ideias. Faça isso como 
um exercício diário e verá que antes que pense, o medo terá ido 
embora.
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas 
entre si, formando um todo significativo capaz de produzir intera-
ção comunicativa (capacidade de codificar e decodificar).
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em 
cada uma delas, há certa informação que a faz ligar-se com a an-
terior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação 
do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome 
de contexto. Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão 
grande, que, se uma frase for retirada de seu contexto original e 
analisada separadamente, poderá ter um significado diferente da-
quele inicial.
Intertexto - comumente, os textos apresentam referências di-
retas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo de 
recurso denomina-se intertexto.
Interpretação de Texto - o primeiro objetivo de uma inter-
pretação de um texto é a identificação de sua ideia principal. A 
partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou fundamentações, 
as argumentações, ou explicações, que levem ao esclarecimento 
das questões apresentadas na prova. 
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:
Identificar - reconhecer os elementos fundamentais de uma 
argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, procu-
ram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo).
Comparar - descobrir as relações de semelhança ou de dife-
renças entre as situações do texto.
Comentar - relacionar o conteúdo apresentado com uma rea-
lidade, opinando a respeito.
Resumir - concentrar as ideias centrais e/ou secundárias em 
um só parágrafo.
Parafrasear - reescrever o texto com outras palavras. 
Exemplo
Título do Texto Paráfrases
“O Homem Unido”
A integração do mundo.
A integração da humanidade.
A união do homem. 
Homem + Homem = Mundo.
A macacada se uniu. (sátira)
Condições Básicas para Interpretar
Faz-se necessário:
- Conhecimento Histórico – literário (escolas e gêneros literá-
rios, estrutura do texto), leitura e prática.
- Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) 
e semântico. Na semântica (significado das palavras) incluem-se: 
homônimos e parônimos, denotação e conotação, sinonímia e an-
tonímia, polissemia, figuras de linguagem, entre outros.
- Capacidade de observação e de síntese.
- Capacidade de raciocínio.
Interpretar X Compreender 
Interpretar Significa Compreender Significa
Explicar, comentar, julgar, 
tirar conclusões, deduzir.
 Tipos de enunciados:
- através do texto, infere-
-se que...
- é possível deduzir que...
- o autor permite concluir 
que...
- qual é a intenção do au-
tor ao afirmar que...
Intelecção, entendimento, atenção 
ao que realmente está escrito. 
Tipos de enunciados:
- o texto diz que...
- é sugerido pelo autor que...
- de acordo com o texto, é correta 
ou errada a afirmação...
- o narrador afirma...
Erros de Interpretação
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de 
erros de interpretação. Os mais frequentes são:
- Extrapolação (viagem). Ocorre quando se sai do contexto, 
acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conhecimento 
prévio do tema quer pela imaginação.
Língua Portuguesa
2
- Redução. É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas 
a um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, 
o que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema 
desenvolvido.
- Contradição. Não raro, o texto apresenta ideias contrárias 
às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, conse-
quentemente, errando a questão.
Observação: Muitos pensam que há a ótica do escritor e a óti-
ca do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de concurso 
o que deve ser levado em consideração é o que o autor diz e nada 
mais.
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relacio-
nam palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras 
palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo, 
uma conjunção (nexos), ou um pronome oblíquo átono, há uma 
relação correta entre o que se vai dizer e o que já foi dito. São 
muitos os erros de coesão no dia a dia e, entre eles, está o mau uso 
do pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este depende 
da regência do verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode es-
quecer também de que os pronomes relativos têm cada um valor 
semântico, por isso a necessidade de adequação ao antecedente. 
Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de 
texto, pois seu uso incorreto traz erros de coesão. Assim sendo, 
deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo 
adequado a cada circunstância,a saber:
Que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente. Mas 
depende das condições da frase.
Qual (neutro) idem ao anterior.
Quem (pessoa).
Cujo (posse) - antes dele, aparece o possuidor e depois, o ob-
jeto possuído. 
Como (modo).
Onde (lugar).
Quando (tempo).
Quanto (montante).
Exemplo:
Falou tudo quanto queria (correto).
Falou tudo que queria (errado - antes do que, deveria aparecer 
o demonstrativo o).
Vícios de Linguagem – há os vícios de linguagem clássicos 
(barbarismo, solecismo, cacofonia...); no dia a dia, porém, exis-
tem expressões que são mal empregadas, e por força desse hábito 
cometem-se erros graves como:
- “Ele correu risco de vida”, quando a verdade o risco era de 
morte.
- “Senhor professor, eu lhe vi ontem”. Neste caso, o pronome 
oblíquo átono correto é “o”.
- “No bar: Me vê um café”. Além do erro de posição do pro-
nome, há o mau uso.
Algumas dicas para interpretar um texto:
- O autor escreveu com uma intenção - tentar descobrir qual 
é, qual é a chave. 
- Leia todo o texto uma primeira vez de forma despreocupada 
- assim você verá apenas os aspectos superficiais primeiro. 
- Na segunda leitura observe os detalhes, visualize em sua 
mente o cenário, os personagens - Quanto mais real for a leitura na 
sua mente, mais fácil será para interpretar o texto. 
- Duvide do(a) autor(a), leia as entrelinhas, perceba o que o(a) 
autor(a) te diz sem escrever no texto. 
- Não tenha medo de opinar - Já vi terem medo de dizer o que 
achavam e a resposta estaria correta se tivessem dito. 
- Visualize vários caminhos, várias opções e interpretações, 
só não viaje muito na interpretação. Veja os caminhos apontados 
pela escrita do(a) autor(a). Apegue-se aos caminhos que lhe são 
mostrados. 
- Identifique as características físicas e psicológicas dos perso-
nagens - Se um determinado personagem tem como característica 
ser mentiroso, por exemplo, o que ele diz no texto poderá ser men-
tira não é mesmo? Analisar e identificar os personagens são pontos 
necessários para uma boa interpretação de texto. 
- Observe a linguagem, o tempo e espaço, a sequência dos 
acontecimentos. O feedback conta muito na hora de interpretar. 
- Analise os acontecimentos de acordo com a época do texto, 
assim, certas contradições ou estranhamentos vistos por você po-
dem ser apenas a cultura da época sendo demonstrada. 
- Leia quantas vezes achar que deve - Não entendeu? Leia de 
novo. Nem todo dia estamos concentrados e a rapidez na leitura 
vem com o hábito.
Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis de 
leitura: Informativa e de reconhecimento;
Interpretativa:
A primeira leitura deve ser feita cuidadosamente por ser o 
primeiro contato com o texto, extraindo-se informações e se pre-
parando para a leitura interpretativa. Durante a interpretação grife 
palavras-chave, passagens importantes; tente ligar uma palavra 
à ideia-central de cada parágrafo. A última fase de interpretação 
concentra-se nas perguntas e opções de respostas. Marque pala-
vras com não, exceto, respectivamente, etc, pois fazem diferença 
na escolha adequada. Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda 
de tempo. Leia a frase anterior e posterior para ter ideia do sentido 
global proposto pelo autor.
Organização do Texto e Ideia Central
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias se-
letas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela 
ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão 
do texto. Podemos desenvolver um parágrafo de várias formas:
- Declaração inicial;
- Definição;
- Divisão;
- Alusão histórica.
Serve para dividir o texto em pontos menores, tendo em vista 
os diversos enfoques. Convencionalmente, o parágrafo é indica-
do através da mudança de linha e um espaçamento da margem 
esquerda. Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico 
frasal, ou seja, a ideia central extraída de maneira clara e resumida. 
Atentando-se para a ideia principal de cada parágrafo, assegura-
mos um caminho que nos levará à compreensão do texto.
Língua Portuguesa
3
Os Tipos de Texto
Basicamente existem três tipos de texto:
- Texto narrativo;
- Texto descritivo;
- Texto dissertativo.
Cada um desses textos possui características próprias de cons-
trução, que veremos no tópico seguinte (Tipologia Textual).
É comum encontrarmos queixas de que não sabem interpretar 
textos. Muitos têm aversão a exercícios nessa categoria. Acham 
monótono, sem graça, e outras vezes dizem: cada um tem o seu 
próprio entendimento do texto ou cada um interpreta a sua maneira. 
No texto literário, essa ideia tem algum fundamento, tendo em 
vista a linguagem conotativa, os símbolos criados, mas em texto 
não-literário isso é um equívoco. Diante desse problema, seguem 
algumas dicas para você analisar, compreender e interpretar com 
mais proficiência.
- Crie o hábito da leitura e o gosto por ela. Quando nós passa-
mos a gostar de algo, compreendemos melhor seu funcionamento. 
Nesse caso, as palavras tornam-se familiares a nós mesmos. Não 
se deixe levar pela falsa impressão de que ler não faz diferença. 
Leia tudo que tenha vontade, com o tempo você se tornará mais 
seleto e perceberá que algumas leituras foram superficiais e, às ve-
zes, até ridículas. Porém elas foram o ponto de partida e o estímulo 
para se chegar a uma leitura mais refinada. Existe tempo para cada 
momento de nossas vidas. 
- Seja curioso, investigue as palavras que circulam em seu 
meio.
- Aumente seu vocabulário e sua cultura. Além da leitura, um 
bom exercício para ampliar o léxico é fazer palavras cruzadas.
- Faça exercícios de sinônimos e antônimos.
- Leia verdadeiramente. 
- Leia algumas vezes o texto, pois a primeira impressão pode 
ser falsa. É preciso paciência para ler outras vezes. Antes de res-
ponder as questões, retorne ao texto para sanar as dúvidas.
- Atenção ao que se pede. Às vezes a interpretação está vol-
tada a uma linha do texto e por isso você deve voltar ao parágrafo 
para localizar o que se afirma. Outras vezes, a questão está voltada 
à ideia geral do texto. 
- Fique atento a leituras de texto de todas as áreas do conheci-
mento, porque algumas perguntas extrapolam ao que está escrito. 
Veja um exemplo disso:
Texto:
Pode dizer-se que a presença do negro representou sempre 
fator obrigatório no desenvolvimento dos latifúndios coloniais. 
Os antigos moradores da terra foram, eventualmente, prestimosos 
colaboradores da indústria extrativa, na caça, na pesca, em deter-
minados ofícios mecânicos e na criação do gado. Dificilmente se 
acomodavam, porém, ao trabalho acurado e metódico que exige 
a exploração dos canaviais. Sua tendência espontânea era para as 
atividades menos sedentárias e que pudessem exercer-se sem re-
gularidade forçada e sem vigilância e fiscalização de estranhos.
(Sérgio Buarque de Holanda, in Raízes)
Infere-se do texto que os antigos moradores da terra eram:
(A) os portugueses.
(B) os negros.
(C) os índios.
(D) tanto os índios quanto aos negros.
(E) a miscigenação de portugueses e índios.
(Aquino, Renato. 
Interpretação de textos, 2ª edição. 
Rio de Janeiro: Impetus, 2003.)
Resposta “C”. Apesar do autor não ter citado o nome dos ín-
dios, é possível concluir pelas características apresentadas no tex-
to. Essa resposta exige conhecimento que extrapola o texto.
- Tome cuidado com as vírgulas. Veja por exemplo a diferença 
de sentido nas frases a seguir: 
(1) Só, o Diego da M110 fez o trabalho de artes.
(2) Só o Diego da M110 fez o trabalho de artes.
(3) Os alunos dedicados passaram no vestibular.
(4) Os alunos, dedicados, passaram no vestibular.
(5) Marcão, canta Garçom, de Reginaldo Rossi.
(6) Marcão canta Garçom, de Reginaldo Rossi.
Explicações: 
(1) Diego fez sozinho o trabalho de artes.
(2) Apenas o Diego fez o trabalho de artes.
(3) Havia, nesse caso, alunos dedicados e não dedicados e 
passaram no vestibular somente os que se dedicaram, restringindo 
o grupo de alunos.
(4) Nesse outro caso, todos os alunos eram dedicados.
(5) Marcão é chamado para cantar.(6) Marcão pratica a ação de cantar.
Leia o trecho e analise a afirmação que foi feita sobre ele:
“Sempre fez parte do desafio do magistério administrar ado-
lescentes com hormônios em ebulição e com o desejo natural da 
idade de desafiar as regras. A diferença é que, hoje, em muitos 
casos, a relação comercial entre a escola e os pais se sobrepõe à 
autoridade do professor”. 
Frase para análise.
Desafiar as regras é uma atitude própria do adolescente das 
escolas privadas. E esse é o grande desafio do professor moderno.
- Não é mencionado que a escola seja da rede privada.
- O desafio não é apenas do professor atual, mas sempre fez 
parte do desafio do magistério. Outra questão é que o grande de-
safio não é só administrar os desafios às regras, isso é parte do 
desafio, há também os hormônios em ebulição que fazem parte do 
desafio do magistério.
- Atenção ao uso da paráfrase (reescrita do texto sem prejuízo 
do sentido original). Veja o exemplo: 
Frase original: Estava eu hoje cedo, parado em um sinal de 
trânsito, quando olho na esquina, próximo a uma porta, uma loiro-
na a me olhar e eu olhava também.
(Concurso TRE/SC)
A frase parafraseada é:
(A) Parado em um sinal de trânsito hoje cedo, numa esquina, 
próximo a uma porta, eu olhei para uma loira e ela também me 
olhou.
Língua Portuguesa
4
(B) Hoje cedo, eu estava parado em um sinal de trânsito, quando ao olhar para uma esquina, meus olhos deram com os olhos de uma 
loirona.
(C) Hoje cedo, estava eu parado em um sinal de trânsito quando vi, numa esquina, próxima a uma porta, uma louraça a me olhar.
(D) Estava eu hoje cedo parado em um sinal de trânsito, quando olho na esquina, próximo a uma porta, vejo uma loiraça a me olhar 
também.
Resposta “C”.
- A paráfrase pode ser construída de várias formas, veja algumas delas: substituição de locuções por palavras; uso de sinônimos; 
mudança de discurso direto por indireto e vice-versa; converter a voz ativa para a passiva; emprego de antonomásias ou perífrases (Rui 
Barbosa = A águia de Haia; o povo lusitano = portugueses).
Observe a mudança de posição de palavras ou de expressões nas frases. Exemplos:
- Certos alunos no Brasil não convivem com a falta de professores.
- Alunos certos no Brasil não convivem com a falta de professores.
- Os alunos determinados pediram ajuda aos professores.
- Determinados alunos pediram ajuda aos professores.
Explicações:
- Certos alunos = qualquer aluno.
- Alunos certos = aluno correto.
- Alunos determinados = alunos decididos.
- Determinados alunos = qualquer aluno.
Questões
1) (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC - PM/BA - Soldado da Polícia Militar)
Desde o desenvolvimento da linguagem, há 5.000 anos, a espécie humana passou a ter seu caminho evolutivo direcionado pela cultura, cujos impulsos 
foram superando a limitação da biologia e os açoites da natureza. Foi pela capacidade de pensar e de se comunicar que a humanidade obteve os meios para 
escapar da fome e da morte prematura.
O atual empuxo tecnológico se acelerou de tal forma que alguns felizardos com acesso a todos os recursos disponíveis na vanguarda dos avanços 
médicos, biológicos, tecnológicos e metabólicos podem realisticamente pensar em viver em boa saúde mental e física bem mais do que 100 anos. O pro-
longamento da vida saudável, em razão de uma velhice sem doenças, já foi só um exercício de visionários. Hoje é um campo de pesquisa dos mais sérios 
e respeitados.
Robert Fogel, o principal formulador do conceito da evolução tecnofísica, e outros estudiosos estão projetando os limites dessa fabulosa caminhada 
cultural na qualidade de vida dos seres humanos. Quando se dedicam a essa tarefa, os estudiosos esbarram, em primeiro lugar, nas desigualdades de renda 
e de acesso às inovações. Fazem parte das conjecturas dos estudiosos a questão ambiental e a necessidade urgente de obtenção e popularização de novas 
formas de energia menos agressivas ao planeta.
(Adaptado de Revista Veja, 25 de abril de 2012 p 141)
... a espécie humana passou a ter seu caminho evolutivo direcionado pela cultura, cujos impulsos foram superando a limitação da biologia ... (1º pa-
rágrafo)
 O sentido do segmento grifado acima está reproduzido com outras palavras, respeitando-se a lógica, a correção e a clareza, em:
 A) o caminho da evolução da humanidade, apesar das limitações biológicas, passam ainda hoje pelo desenvolvimento c cultural, que as possibilita.
 B) o desenvolvimento cultural da humanidade permitiu descobrir as causas de problemas que afetavam a saúde das pessoas, bem como combater as 
doenças.
 C) os problemas de origem física, como uma doença, nem sempre foi possível resolvê-la, com base nos problemas resultantes da biologia.
 D) com o desenvolvimento da cultura humana, descobriu-se as leis da biologia e do ambiente que viviam, permitindo-os evoluir com mais saúde.
 E) as descobertas científicas da biologia veio permitir que a humanidade fosse se tornando mais capaz de evoluir por um tempo mais longo e com saúde.
2) (IBAM - Prefeitura de Praia Grande/SP - Agente Administrativo - IBAM) 
A historieta a seguir deverá ser utilizada para resolver a questão a seguir.
Língua Portuguesa
5
Tendo por base a frase “Venha aqui, seu vagabundo”, analise as afir-
mações seguintes.
I. Temos na oração, um verbo conjugado no modo imperativo.
II. O vocábulo “seu”, no caso, é um pronome possessivo. 
III. A vírgula foi empregada para isolar o vocativo.
É correto o que se afirmou em:
 A) I, apenas.
 B) I e III, apenas.
 C) II e III, apenas.
 D) I, II e III.
3) (MPE/RS - Técnico Superior de Informática - MPE)
Considere as seguintes afirmações. 
I. Através do uso do advérbio sim (L. 15), o autor valida a 
assertiva de que as redes sociais tendem a transformar elos latentes 
(L. 09) em elos fracos (L. 11). 
II. Por meio da frase Isso não é inteiramente ruim (L. 17), o 
autor manifesta-se favorável à afirmação de que as melhores ami-
zades são aquelas que descobrimos fora das redes sociais.
III. Mediante o emprego do segmento É verdade (L. 33), o au-
tor reitera sua opinião a respeito do caráter trivial que a concepção 
de amizade vem assumindo nas redes sociais. 
Quais estão corretas, de acordo com o texto?
 A) Apenas I.
 B) Apenas II.
 C) Apenas III.
 D) Apenas II e III.
 E) I, II e III.
4) (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão 
1 - VUNESP) 
Leia a tira.
No segundo quadrinho, a fala da personagem revela:
 A) hesitação.
 B) indiferença.
 C) contradição.
 D) raiva.
 E) exaltação.
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5) (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão 
1 - VUNESP) 
A frase inicial do texto – Geralmente, numa situação… um 
posto de trabalho. – expressa as condições gerais em uma situação 
de altos índices de desemprego. De acordo com essas condições,
 A) o perfil de profissional pretendido nem sempre é bem de-
finido nas empresas.
 B) o desemprego aumenta em decorrência da qualificação 
profissional.
 C) a formação de um profissional é, via de regra, questão 
secundária na sua contratação.
 D) a qualificação profissional é um caminho para se conseguir 
um emprego.
 E) o profissional deve ter qualificação inferior em relação às 
pretensões da empresa.
6) (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão 
1 - VUNESP) 
De acordo com o texto “Saber é Trabalhar” responda:
O texto revela que, no Brasil,
 A) as empresas estão mais rigorosas para selecionar os mais 
qualificados.
 B) os índices de desemprego têm se elevado continuamente 
nas regiões metropolitanas.
 C) os trabalhadores têm investido mais do que o necessário 
em sua formação profissional.
 D) as pesquisas sobre emprego são pouco consistentes e con-
fiáveis.
 E) as empresas convivem com a carência de mão de obra 
qualificada.
7) (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão 
1 - VUNESP) 
De acordo com o texto “Saber é Trabalhar” responda:
No contexto em que se insere o período – A outra é a dificulda-
de que as empresas têm de encontrar mão de obra qualificada para 
os postosde trabalho que estão abertos. – (3.º parágrafo), entende-
-se que a expressão
“A outra” refere-se a:
 A) consequências.
 B) lógica.
 C) pesquisa.
 D) situação.
 E) metodologia.
8) (Prefeitura de Praia Grande/SP - Agente Administrati-
vo - IBAM) 
Nos versos da música “O velho”, Chico Buarque de Holanda 
retrata a vida de um homem que:
 A) temia envelhecer.
 B) não soube aproveitar a vida.
 C) foi apaixonado pelo carnaval.
 D) tinha orgulho de suas conquistas.
9) (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC) 
Minha jangada vai sair pro mar 
Vou trabalhar, meu bem querer 
Se Deus quiser quando eu voltar do mar 
Um peixe bom eu vou trazer 
Meus companheiros também vão voltar 
E a Deus do céu vamos agradecer
Os versos acima, de uma música de Dorival Caymmi, abor-
dam predominantemente,
 A) o trabalho dos pescadores, na busca de sua sobrevivência 
cotidiana.
 B) o respeito às condições ambientais como garantia da pre-
servação dos recursos da natureza.
Língua Portuguesa
7
 C) a competição acirrada entre os pescadores pelos melhores 
pontos de pesca,
 D) a religiosidade dos pescadores, em que se misturam ele-
mentos de origem africana.
 E) a exploração a que estão sujeitos os trabalhadores que de-
pendem do mar para sobreviver.
10) (IFC - Analista de Tecnologia da Informação - IFC) 
Texto 1
 O futuro do trabalho
 “[...]
 Seja como for, é preciso resolver os problemas do de-
semprego e da informalidade, que são mais acentuados nos países 
subdesenvolvidos. O caminho é estabelecer políticas de geração de 
empregos, além de garantir melhores condições para os trabalha-
dores em ocupações precárias.
 Uma das saídas é a redução da jornada de trabalho: 
as pessoas trabalham menos para que se abram vagas para as de-
sempregadas. Outra estratégia é instituir programas de formação 
profissional e de microcrédito para trabalhadores autônomos, de-
sempregados e pequenas empresas.”
Vestibular-Editora Abril, nov., 2002.
Texto 2
 Conflito de gerações
“- Marquinhos... Marquinhos! [...]
O filho tentou disfarçar, lá no fundo do quintal, tirando meleca 
do nariz, mas, quando a mãe chamava assim, era melhor ir. Na 
cozinha, a mãe ao lado da geladeira aberta, com uma garrafa e um 
saco plástico vazios nas mãos:
- Você comeu toda a salsicha?!
- Não é bem verdade...Eu só usei as salsichas pra acabar com 
a mostarda. Já estava até verde! Alguém ia acabar comendo estra-
gado e ficar doente.
[...]
- Você tem resposta pra tudo, não?!
- Não é bem verdade... é a senhora que sempre pergunta.
- Você é uma gentinha! Só uma gentinha, tá entendendo?
O filho ficou olhando praquela mãe batendo com o pé no chão, 
bem nervosa mesmo, mais alta que a geladeira e tudo. Aí foi obri-
gado a dizer:
- É... isso eu acho que é verdade.”
BONASSI, Fernando. In: Folha de São Paulo, 23 nov. 2002.
Ao analisar a linguagem e o discurso do texto 1 e do texto 2 
respectivamente. Assinale a alternativa CORRETA:
 A) no texto 1, a linguagem é mais informal, seguindo à norma 
padrão; utiliza-se ainda o discurso indireto, envolvendo questões 
sociais. No texto 2, percebe-se uma linguagem menos informal e 
um discurso direto entre mãe e filho. 
 B) no texto 1, a linguagem é coloquial, seguindo à norma 
padrão; tem-se ainda o discurso indireto e direto, aplicado à inter-
pretação do cotidiano. Já no texto 2, a linguagem é formal, ocorre 
ainda um diálogo entre mãe e filho. 
 C) no texto 1, a linguagem é mais formal, obedecendo à nor-
ma culta; consegue-se ainda identificar um discurso indireto, apli-
cado interpretativamente às questões sociais. Já no texto 2, além 
de uma linguagem informal, em que se notam repetições e frases, 
ocorre, também, um diálogo entre mãe e filho.
 D) no texto 1, a linguagem é formal, segundo à norma cul-
ta; tem-se ainda a presença do discurso direto que revela questões 
da comunidade. Já no texto 2, a linguagem é culta e o discurso é 
direto. 
 E) no texto 1, a linguagem é menos formal, no entanto, segue 
à norma culta; identifica-se ainda o discurso indireto, aplicado à 
análise do cotidiano. No texto 2, a linguagem é coloquial e o dis-
curso é direto entre mãe e filho.
Respostas
1) Resposta “B”
 “Caminho evolutivo direcionado pela cultura em outras pala-
vras”: o desenvolvimento cultural
2) Resposta “B”
SEU = pode ser empregado como pronome possessivo ou 
como substantivo masculino (forma utilizada na questão acima).
Observe abaixo um pouco do que diz o dicionário Houaiss 
sobre a utilização da palavra SEU como substantivo masculino: 
seu s.m. senhor (‘tratamento respeitoso’) (Empregado diante de 
nome de pessoa, ou de outro axiônimo, ou de palavra designativa 
de profissão.) (seu Joaquim) (seu doutor) (seu delegado). GRAM 
fem.: sinhá, sinha, siá, sia, senhora. Uso empregado também com 
valor afetivo (seu bobinho!), de forma jocosa (p. ex.: aposto que 
seu Tiago saberá a resposta - sendo Tiago uma pessoa jovem) ou 
disfêmica (seu pateta!), ou, ainda, com matiz interjetivo (tinha co-
ragem de me enfrentar nada, seu!); nestes casos, há no Brasil os 
fem. sua, senha, sinha.
Fonte: Dicionário Houaiss da língua portuguesa / Antônio 
Houaiss e Mauro de Salles Villar
3) Resposta “D”
No número II o autor deixa claro no texto, que as amizades 
formadas por redes sociais não são duradoras nem possuem uma 
base sólida. Já no número III, a concepção de amizade proveniente 
de redes sociais, esbarra em um ponto importante, aquela amizade 
de curtir fotos, comentários mas nada profundo com sentimento.
4) Resposta “B”
Sim, o sentimento expresso no segundo quadrinho é de indi-
ferença, visto que ele não se importa se a grama do vizinho é mais 
verde ou não.
5) Resposta “D”
Aqueles que não possuem um diferencial, uma maior qualifi-
cação, estão sujeitos a ficar sem emprego, pois não possuem nada 
novo para oferecer às empresas.
6) Resposta “E” 
Segundo o texto, cada vez menos os candidatos a uma vaga 
de emprego se especializam ou possuem um diferencial na hora de 
concorrer à uma vaga de emprego.
Língua Portuguesa
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7) Resposta: “A”
Consequência, pois antes já estava enumerado outros motivos 
para a falta de qualificação dos candidatos a um emprego.
8) Resposta “B”
 No trecho que ele diz: “A vida inteira, diz que se guardou do 
carnaval, da brincadeira que ele não brincou”... com este trecho é 
possível chegar a resposta “B” ele não aproveitou a vida.
9) Resposta “A”
Somente o o trecho: Se Deus quiser quando eu voltar do mar, 
um peixe bom eu vou traxer”, já é possível perceber qual é a ideia 
de sua canção. A volta dos pescadores depois de um período no mar.
10) Resposta “C”
No texto 1 o autor descreve um problema e apresenta a solução, 
em uma linguagem mais culta. Já no texto 2 temos um diálogo entre 
mãe e filho, o que não é necessário o uso da linguagem formal.
Norma Culta
Norma culta ou linguagem culta é uma expressão empregada 
pelos linguistas brasileiros para designar o conjunto de variedades 
linguísticas efetivamente faladas, na vida cotidiana, pelos falantes 
cultos, sendo assim classificados os cidadãos nascidos e criados 
em zona urbana e com grau de instrução superior completo.
O Instituto Camões entende que a “noção de correção está 
[...] baseada no valor social atribuído às [...] formas [linguísti-
cas]”. Ainda assim, informa que a norma-padrão do português 
europeu é o dialeto da região que abrange Lisboa e Coimbra; re-
fere também que se aceita no Brasil como norma-padrão a fala do 
Rio e de São Paulo.
Aquisição da linguagem
Iniciamos o aprendizado da língua em casa, no contato com a 
família, que é o primeiro círculo social para uma criança, imitando 
o que se ouve e aprendendo, aos poucos, o vocabulário e as leis 
combinatórias da língua. Um jovem falante também vai exerci-
tando o aparelho fonador, ou seja, a língua, os lábios, os dentes, 
os maxilares, as cordas vocais para produzir sons que se transfor-
mam, mais tarde, em palavras, frases e textos.
Quando um falante entra em contato com outrapessoa, na rua, 
na escola ou em qualquer outro local, percebe que nem todos falam 
da mesma forma. Há pessoas que falam de forma diferente por per-
tencerem a outras cidades ou regiões do país, ou por terem idade 
diferente da nossa, ou por fazerem parte de outro grupo ou classe 
social. Essas diferenças no uso da língua constituem as variedades 
linguísticas.
Variedades Linguísticas
Variedades linguísticas são as variações que uma língua apre-
senta, de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e 
históricas em que é utilizada.
Todas as variedades linguísticas são adequadas, desde que 
cumpram com eficiência o papel fundamental de uma língua, o de 
permitir a interação verbal entre as pessoas, isto é, a comunicação.
Apesar disso, uma dessas variedades, a norma culta ou nor-
ma padrão, tem maior prestígio social. É a variedade linguística 
ensinada na escola, contida na maior parte dos livros e revistas e 
também em textos científicos e didáticos, em alguns programas 
de televisão, etc. As demais variedades, como a regional, a gíria 
ou calão, o jargão de grupos ou profissões (a linguagem dos poli-
ciais, dos jogadores de futebol, dos metaleiros, dos surfistas), são 
chamadas genericamente de dialeto popular ou linguagem popular.
Propósito da Língua
A língua que utilizamos não transmite apenas nossas ideias, 
transmite também um conjunto de informações sobre nós mesmos. 
Certas palavras e construções que empregamos acabam denun-
ciando quem somos socialmente, ou seja, em que região do país 
nascemos, qual nosso nível social e escolar, nossa formação e, às 
vezes, até nossos valores, círculo de amizades e hobbies, como 
skate, rock, surfe, etc. O uso da língua também pode informar nos-
sa timidez, sobre nossa capacidade de nos adaptarmos e situações 
novas, nossa insegurança, etc.
A língua é um poderoso instrumento de ação social. Ela pode 
tanto facilitar quanto dificultar o nosso relacionamento com as pes-
soas e com a sociedade em geral.
Língua Culta na Escola
O ensino da língua culta na escola não tem a finalidade de 
condenar ou eliminar a língua que falamos em nossa família ou em 
nossa comunidade. Ao contrário, o domínio da língua culta, soma-
do ao domínio de outras variedades linguísticas, torna-nos mais 
preparados para nos comunicarmos. Saber usar bem uma língua 
equivale a saber empregá-la de modo adequado às mais diferentes 
situações sociais de que participamos.
Graus de Formalismo
São muitos os tipos de registros quanto ao formalismo, tais 
como: o registro formal, que é uma linguagem mais cuidada; o 
coloquial, que não tem um planejamento prévio, caracterizando-
-se por construções gramaticais mais livres, repetições frequentes, 
frases curtas e conectores simples; o informal, que se caracteriza 
pelo uso de ortografia simplificada, construções simples e usado 
entre membros de uma mesma família ou entre amigos.
As variações de registro ocorrem de acordo com o grau de 
formalismo existente na situação de comunicação; com o modo 
de expressão, isto é, se trata de um registro formal ou escrito; com 
a sintonia entre interlocutores, que envolve aspectos como graus 
de cortesia, deferência, tecnicidade (domínio de um vocabulário 
específico de algum campo científico, por exemplo).
Atitudes não recomendadas
Expressões Condenáveis
- a nível de, ao nível. Opção: em nível, no nível.
- face a, frente a. Opção: ante, diante, em face de, em vista 
de, perante.
- onde (quando não exprime lugar). Opção: em que, na qual, 
nas quais, no qual, nos quais.
Língua Portuguesa
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- (medidas) visando... Opção: (medidas) destinadas a.
- sob um ponto de vista. Opção: de um ponto de vista.
- sob um prisma. Opção: por (ou através de) um prisma.
- como sendo. Opção: suprimir a expressão.
- em função de. Opção: em virtude de, por causa de, em con-
sequência de, por, em razão de.
Expressões não recomendadas
- a partir de (a não ser com valor temporal). Opção: com base 
em, tomando-se por base, valendo-se de...
- através de (para exprimir “meio” ou instrumento). Opção: 
por, mediante, por meio de, por intermédio de, segundo...
- devido a. Opção: em razão de, em virtude de, graças a, por 
causa de.
- dito. Opção: citado, mensionado.
- enquanto. Opção: ao passo que.
- fazer com que. Opção: compelir, constranger, fazer que, for-
çar, levar a.
- inclusive (a não ser quando significa incluindo-se). Opção: 
até, ainda, igualmente, mesmo, também. 
- no sentido de, com vistas a. Opção: a fim de, para, com o fito 
(ou objetivo, ou intuito) de, com a finalidade de, tendo em vista.
- pois (no início da oração). Opção: já que, porque, uma vez 
que, visto que.
- principalmente. Opção: especialmente, mormente, notada-
mente, sobretudo, em especial, em particular.
- sendo que. Opção: e.
Expressões que demandam atenção
- acaso, caso – com se, use acaso; caso rejeita o se
- aceitado, aceito – com ter e haver, aceitado; com ser e estar, 
aceito
- acendido, aceso (formas similares) – idem
- à custa de – e não às custas de
- à medida que – à proporção que, ao mesmo tempo que, con-
forme
- na medida em que – tendo em vista que, uma vez que
- a meu ver – e não ao meu ver
- a ponto de – e não ao ponto de
- a posteriori, a priori – não tem valor temporal
- de modo (maneira, sorte) que – e não a
- em termos de – modismo; evitar
- em vez de – em lugar de
- ao invés de – ao contrário de
- enquanto que – o que é redundância
- entre um e outro – entre exige a conjunção e, e não a
- implicar em – a regência é direta (sem em)
- ir de encontro a – chocar-se com 
- ir ao encontro de – concordar com
- junto a – usar apenas quando equivale a adido ou similar
- o (a, s) mesmo (a, s) – uso condenável para substituir pro-
nomes
- se não, senão – quando se pode substituir por caso não, se-
parado; quando não se pode, junto
- todo mundo – todos
- todo o mundo – o mundo inteiro
- não-pagamento = hífen somente quando o segundo termo 
for substantivo
- este e isto – referência próxima do falante (a lugar, a tempo 
presente; a futuro próximo; ao anunciar e a que se está tratando)
- esse e isso – referência longe do falante e perto do ouvinte 
(tempo futuro, desejo de distância; tempo passado próximo do pre-
sente, ou distante ao já mencionado e a ênfase).
Erros Comuns
- “Hoje ao receber alguns presentes no qual completo vinte 
anos tenho muitas novidades para contar”. Temos aí um exemplo 
de uso inadequado do pronome relativo. Ele provoca falta de coe-
são, pois não consegue perceber a que antecedente ele se refere, 
portanto nada conecta e produz relação absurda.
- “Tenho uma prima que trabalha num circo como mágica 
e uma das mágicas mais engraçadas era uma caneta com tinta 
invisível que em vez de tinta havia saído suco de lima”. Você per-
cebe aí a incapacidade do concursando ou vestibulando organizar 
sintaticamente o período. Selecionar as frases e organizar as ideias 
é necessário. Escrever com clareza é muito importante.
- “Ainda brincava de boneca quando conheci Davi, piloto de 
cart, moreno, 20 anos, com olhos cor de mel. “Tudo começou na-
quele baile de quinze anos”, “... é aos dezoito anos que se começa 
a procurar o caminho do amanhã e encontrar as perspectiva que 
nos acompanham para sempre na estrada da vida”. Você pode ter 
conhecimento do vocabulário e das regras gramaticais e, assim, 
construir um texto sem erros. Entretanto, se você reproduz sem 
nenhuma crítica ou reflexão expressões gastas, vulgarizadas pelo 
uso contínuo. A boa qualidade do texto fica comprometida.
- Tema: Para você, as experiências genéticas de clonagem 
põem em xeque todos os conceitos humanos sobre Deus e a vida? 
“Bem a clonagem não é tudo, mas na vida tudo tem o seu valor e 
os homens a todo momento necessitam de descobrir todos os mis-
térios da vida que nos cerca a todo instante”. É importante você 
escrever atendendo ao que foi proposto no tema. Antes de começar 
o seu texto leia atentamente todos os elementos que o examinador 
apresentou para você utilizar. Esquematize suas ideias, veja se não 
háfalta de correspondência entre o tema proposto e o texto criado.
- “Uma biópsia do tumor retirado do fígado do meu primo 
(...) mostrou que ele não era maligno”. Esta frase está ambígua, 
pois não se sabe se o pronome ele refere-se ao fígado ou ao primo. 
Para se evitar a ambiguidade, você deve observar se a relação entre 
cada palavra do seu texto está correta.
- “Ele me tratava como uma criança, mas eu era apenas uma 
criança”. O conectivo mas indica uma circunstância de oposição, 
de ideia contrária a. Portanto, a relação adversativa introduzida 
pelo “mas” no fragmento acima produz uma ideia absurda.
- “Entretanto, como já diziam os sábios: depois da tempes-
tade sempre vem a bonança. Após longo suplício, meu coração 
apaziguava as tormentas e a sensatez me mostrava que só esta-
ríamos separadas carnalmente”. Não utilize provérbios ou ditos 
populares. Eles empobrecem a redação, pois fazer parecer que seu 
autor não tem criatividade ao lançar mão de formas já gastas pelo 
uso frequente. 
- “Estou sem inspiração para fazer uma redação. Escrever 
sobre a situação dos sem-terra? Bem que o professor poderia pro-
por outro tema”. Você não deve falar de sua redação dentro do 
próprio texto.
- “Todos os deputados são corruptos”. Evite pensamentos ra-
dicais. É recomendável não generalizar e evitar, assim, posições 
extremistas. 
Língua Portuguesa
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- “Bem, acho que - você sabe - não é fácil dizer essas coisas. 
Olhe, acho que ele não vai concordar com a decisão que você to-
mou, quero dizer, os fatos levam você a isso, mas você sabe - todos 
sabem - ele pensa diferente. É bom a gente pensar como vai fazer 
para, enfim, para ele entender a decisão”. Não se esqueça que o 
ato de escrever é diferente do ato de falar. O texto escrito deve se 
apresentar desprovido de marcas de oralidade.
- “Mal cheiro”, “mau-humorado”. Mal opõe-se a bem e mau, 
a bom. Assim: mau cheiro (bom cheiro), mal-humorado (bem-hu-
morado). Igualmente: mau humor, mal-intencionado, mau jeito, 
mal-estar.
- “Fazem” cinco anos. Fazer, quando exprime tempo, é impes-
soal: Faz cinco anos. / Fazia dois séculos. / Fez 15 dias.
- “Houveram” muitos acidentes. Haver, como existir, também 
é invariável: Houve muitos acidentes. / Havia muitas pessoas. / 
Deve haver muitos casos iguais. 
- “Existe” muitas esperanças. Existir, bastar, faltar, restar e 
sobrar admitem normalmente o plural: Existem muitas esperanças. 
/ Bastariam dois dias. / Faltavam poucas peças. / Restaram alguns 
objetos. / Sobravam ideias.
- Para “mim” fazer. Mim não faz, porque não pode ser sujeito. 
Assim: Para eu fazer, para eu dizer, para eu trazer.
- Entre “eu” e você. Depois de preposição, usa-se mim ou ti: 
Entre mim e você. / Entre eles e ti.
- “Há” dez anos “atrás”. Há e atrás indicam passado na frase. 
Use apenas há dez anos ou dez anos atrás. 
- “Entrar dentro”. O certo: entrar em. Veja outras redundân-
cias: Sair fora ou para fora, elo de ligação, monopólio exclusivo, 
já não há mais, ganhar grátis, viúva do falecido. 
- “Venda à prazo”. Não existe crase antes de palavra masculi-
na, a menos que esteja subentendida a palavra moda: Salto à (moda 
de) Luís XV. Nos demais casos: A salvo, a bordo, a pé, a esmo, a 
cavalo, a caráter.
- “Porque” você foi? Sempre que estiver clara ou implícita a 
palavra razão, use por que separado: Por que (razão) você foi? / 
Não sei por que (razão) ele faltou. / Explique por que razão você 
se atrasou. Porque é usado nas respostas: Ele se atrasou porque o 
trânsito estava congestionado. 
- Vai assistir “o” jogo hoje. Assistir como presenciar exige a: 
Vai assistir ao jogo, à missa, à sessão. Outros verbos com a: A 
medida não agradou (desagradou) à população. / Eles obedeceram 
(desobedeceram) aos avisos. / Aspirava ao cargo de diretor. / Pa-
gou ao amigo. / Respondeu à carta. / Sucedeu ao pai. / Visava aos 
estudantes.
- Preferia ir “do que” ficar. Prefere-se sempre uma coisa a ou-
tra: Preferia ir a ficar. É preferível segue a mesma norma: É prefe-
rível lutar a morrer sem glória. 
- O resultado do jogo, não o abateu. Não se separa com vírgula 
o sujeito do predicado. Assim: O resultado do jogo não o abateu. 
Outro erro: O prefeito prometeu, novas denúncias. Não existe o 
sinal entre o predicado e o complemento: O prefeito prometeu no-
vas denúncias.
- Não há regra sem “excessão”. O certo é exceção. Veja ou-
tras grafias erradas e, entre parênteses, a forma correta: “paralizar” 
(paralisar), “beneficiente” (beneficente), “xuxu” (chuchu), “previ-
légio” (privilégio), “vultuoso” (vultoso), “cincoenta” (cinquenta), 
“zuar” (zoar), “frustado” (frustrado), “calcáreo” (calcário), “ad-
vinhar” (adivinhar), “benvindo” (bem-vindo), “ascenção” (as-
censão), “pixar” (pichar), “impecilho” (empecilho), “envólucro” 
(invólucro). 
- Quebrou “o” óculos. Concordância no plural: os óculos, 
meus óculos. Da mesma forma: Meus parabéns, meus pêsames, 
seus ciúmes, nossas férias, felizes núpcias. 
- Comprei “ele” para você. Eu, tu, ele, nós, vós e eles não 
podem ser objeto direto. Assim: Comprei-o para você. Também: 
Deixe-os sair, mandou-nos entrar, viu-a, mandou-me. 
- Nunca “lhe” vi. Lhe substitui a ele, a eles, a você e a vocês e 
por isso não pode ser usado com objeto direto: Nunca o vi. / Não o 
convidei. / A mulher o deixou. / Ela o ama. 
- “Aluga-se” casas. O verbo concorda com o sujeito: Alugam-
-se casas. / Fazem-se consertos. / É assim que se evitam acidentes. 
/ Compram-se terrenos. / Procuram-se empregados. 
- “Tratam-se” de. O verbo seguido de preposição não varia 
nesses casos: Trata-se dos melhores profissionais. / Precisa-se de 
empregados. / Apela-se para todos. / Conta-se com os amigos. 
- Chegou “em” São Paulo. Verbos de movimento exigem a, e 
não em: Chegou a São Paulo. / Vai amanhã ao cinema. / Levou os 
filhos ao circo. 
- Atraso implicará “em” punição. Implicar é direto no sentido 
de acarretar, pressupor: Atraso implicará punição. / Promoção im-
plica responsabilidade. 
- Vive “às custas” do pai. O certo: Vive à custa do pai. Use 
também em via de, e não “em vias de”: Espécie em via de extin-
ção. / Trabalho em via de conclusão. 
- Todos somos “cidadões”. O plural de cidadão é cidadãos. 
Veja outros: caracteres (de caráter), juniores, seniores, escrivães, 
tabeliães, gângsteres. 
- O ingresso é “gratuíto”. A pronúncia correta é gratúito, assim 
como circúito, intúito e fortúito (o acento não existe e só indica 
a letra tônica). Da mesma forma: flúido, condôr, recórde, aváro, 
ibéro, pólipo. 
- A última “seção” de cinema. Seção significa divisão, repar-
tição, e sessão equivale a tempo de uma reunião, função: Seção 
Eleitoral, Seção de Esportes, seção de brinquedos; sessão de cine-
ma, sessão de pancadas, sessão do Congresso. 
- Vendeu “uma” grama de ouro. Grama, peso, é palavra mas-
culina: um grama de ouro, vitamina C de dois gramas. Femininas, 
por exemplo, são a agravante, a atenuante, a alface, a cal, etc. 
- “Porisso”. Duas palavras, por isso, como de repente e a partir 
de. 
- Não viu “qualquer” risco. É nenhum, e não “qualquer”, que 
se emprega depois de negativas: Não viu nenhum risco. / Ninguém 
lhe fez nenhum reparo. / Nunca promoveu nenhuma confusão. 
- A feira “inicia” amanhã. Alguma coisa se inicia, se inaugura: 
A feira inicia-se (inaugura-se) amanhã. 
- Soube que os homens “feriram-se”. O que atrai o prono-
me: Soube que os homens se feriram. / A festa que se realizou. O 
mesmo ocorre com as negativas, as conjunções subordinativas e 
os advérbios: Não lhe diga nada. / Nenhum dos presentes se pro-
nunciou. / Quando se falava no assunto... / Como as pessoas lhe 
haviam dito... / Aqui se faz, aqui se paga. / Depois o procuro. 
- O peixe tem muito “espinho”. Peixe tem espinha. Veja outras 
confusões desse tipo: O “fuzil” (fusível) queimou. / Casa “germi-
nada” (geminada), “ciclo” (círculo) vicioso, “cabeçário” (cabeça-
lho). 
- Não sabiam “aonde” ele estava. O certo: Não sabiam onde 
ele estava. Aonde se usa com verbos de movimento, apenas: Não 
sei aonde ele quer chegar./ Aonde vamos? 
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- “Obrigado”, disse a moça. Obrigado concorda com a pessoa: 
“Obrigada”, disse a moça. / Obrigado pela atenção. / Muito obri-
gados por tudo. 
- O governo “interviu”. Intervir conjuga-se como vir. Assim: 
O governo interveio. Da mesma forma: intervinha, intervim, inter-
viemos, intervieram. Outros verbos derivados: entretinha, manti-
vesse, reteve, pressupusesse, predisse, conviesse, perfizera, entre-
vimos, condisser, etc. 
- Ela era “meia” louca. Meio, advérbio, não varia: meio louca, 
meio esperta, meio amiga.
- “Fica” você comigo. Fica é imperativo do pronome tu. Para 
a 3.ª pessoa, o certo é fique: Fique você comigo. / Venha pra Caixa 
você também. / Chegue aqui. 
- A questão não tem nada “haver” com você. A questão, na 
verdade, não tem nada a ver ou nada que ver. Da mesma forma: 
Tem tudo a ver com você. 
- A corrida custa 5 “real”. A moeda tem plural, e regular: A 
corrida custa 5 reais. 
- Vou “emprestar” dele. Emprestar é ceder, e não tomar por 
empréstimo: Vou pegar o livro emprestado. Ou: Vou emprestar o 
livro (ceder) ao meu irmão. Repare nesta concordância: Pediu em-
prestadas duas malas. 
- Foi “taxado” de ladrão. Tachar é que significa acusar de: Foi 
tachado de ladrão. / Foi tachado de leviano. 
- Ele foi um dos que “chegou” antes. Um dos que faz a con-
cordância no plural: Ele foi um dos que chegaram antes (dos que 
chegaram antes, ele foi um). / Era um dos que sempre vibravam 
com a vitória. 
- “Cerca de 18” pessoas o saudaram. Cerca de indica arredon-
damento e não pode aparecer com números exatos: Cerca de 20 
pessoas o saudaram. 
- Ministro nega que “é” negligente. Negar que introduz sub-
juntivo, assim como embora e talvez: Ministro nega que seja negli-
gente. / O jogador negou que tivesse cometido a falta. / Ele talvez 
o convide para a festa. / Embora tente negar, vai deixar a empresa.
- Tinha “chego” atrasado. “Chego” não existe. O certo: Tinha 
chegado atrasado.
- Tons “pastéis” predominam. Nome de cor, quando expresso 
por substantivo, não varia: Tons pastel, blusas rosa, gravatas cinza, 
camisas creme. No caso de adjetivo, o plural é o normal: Ternos 
azuis, canetas pretas, fitas amarelas. 
- Queria namorar “com” o colega. O com não existe: Queria 
namorar o colega. 
- O processo deu entrada “junto ao” STF. Processo dá entrada 
no STF. Igualmente: O jogador foi contratado do (e não “junto 
ao”) Guarani. / Cresceu muito o prestígio do jornal entre os (e não 
“junto aos”) leitores. / Era grande a sua dívida com o (e não “junto 
ao”) banco. / A reclamação foi apresentada ao (e não “junto ao”) 
PROCON. 
- As pessoas “esperavam-o”. Quando o verbo termina em m, 
ão ou õe, os pronomes o, a, os e as tomam a forma no, na, nos e 
nas: As pessoas esperavam-no. / Dão-nos, convidam-na, põe-nos, 
impõem-nos. 
- Vocês “fariam-lhe” um favor? Não se usa pronome átono 
(me, te, se, lhe, nos, vos, lhes) depois de futuro do presente, fu-
turo do pretérito (antigo condicional) ou particípio. Assim: Vocês 
lhe fariam (ou far-lhe-iam) um favor? / Ele se imporá pelos co-
nhecimentos (e nunca “imporá-se”). / Os amigos nos darão (e não 
“darão-nos”) um presente. / Tendo-me formado (e nunca tendo 
“formado-me”).
- Chegou “a” duas horas e partirá daqui “há” cinco minutos. 
Há indica passado e equivale a faz, enquanto a exprime distância 
ou tempo futuro (não pode ser substituído por faz): Chegou há 
(faz) duas horas e partirá daqui a (tempo futuro) cinco minutos. / O 
atirador estava a (distância) pouco menos de 12 metros. / Ele partiu 
há (faz) pouco menos de dez dias. 
- Blusa “em” seda. Usa-se de, e não em, para definir o mate-
rial de que alguma coisa é feita: Blusa de seda, casa de alvenaria, 
medalha de prata, estátua de madeira. 
- A artista “deu à luz a” gêmeos. A expressão é dar à luz, ape-
nas: A artista deu à luz quíntuplos. Também é errado dizer: Deu “a 
luz a” gêmeos. 
- Estávamos “em” quatro à mesa. O em não existe: Estávamos 
quatro à mesa. / Éramos seis. / Ficamos cinco na sala. 
- Sentou “na” mesa para comer. Sentar-se (ou sentar) em é 
sentar-se em cima de. Veja o certo: Sentou-se à mesa para comer. / 
Sentou ao piano, à máquina, ao computador.
- Ficou contente “por causa que” ninguém se feriu. Embora 
popular, a locução não existe. Use porque: Ficou contente porque 
ninguém se feriu.
- O time empatou “em” 2 a 2. A preposição é por: O time em-
patou por 2 a 2. Repare que ele ganha por e perde por. Da mesma 
forma: empate por. 
- À medida “em” que a epidemia se espalhava... O certo é: À 
medida que a epidemia se espalhava. Existe ainda na medida em 
que (tendo em vista que): É preciso cumprir as leis, na medida em 
que elas existem. 
- Não queria que “receiassem” a sua companhia. O i não exis-
te: Não queria que receassem a sua companhia. Da mesma forma: 
passeemos, enfearam, ceaste, receeis (só existe i quando o acento 
cai no e que precede a terminação ear: receiem, passeias, enfeiam). 
- Eles “tem” razão. No plural, têm é assim, com acento. Tem 
é a forma do singular. O mesmo ocorre com vem e vêm e põe e 
põem: Ele tem, eles têm; ele vem, eles vêm; ele põe, eles põem. 
- A moça estava ali “há” muito tempo. Haver concorda com 
estava. Portanto: A moça estava ali havia (fazia) muito tempo. / 
Ele doara sangue ao filho havia (fazia) poucos meses. / Estava sem 
dormir havia (fazia) três meses. (O havia se impõe quando o verbo 
está no imperfeito e no mais-que-perfeito do indicativo.). 
- Não “se o” diz. É errado juntar o se com os pronomes o, a, 
os e as. Assim, nunca use: Fazendo-se-os, não se o diz (não se diz 
isso), vê-se-a, etc. 
- Acordos “políticos-partidários”. Nos adjetivos compostos, 
só o último elemento varia: acordos político-partidários. Outros 
exemplos: Bandeiras verde-amarelas, medidas econômico-finan-
ceiras, partidos social-democratas. 
- Andou por “todo” país. Todo o (ou a) é que significa inteiro: 
Andou por todo o país (pelo país inteiro). / Toda a tripulação (a 
tripulação inteira) foi demitida. Sem o, todo quer dizer cada, qual-
quer: Todo homem (cada homem) é mortal. / Toda nação (qualquer 
nação) tem inimigos. 
- “Todos” amigos o elogiavam. No plural, todos exige os: To-
dos os amigos o elogiavam. / Era difícil apontar todas as contra-
dições do texto. 
- Favoreceu “ao” time da casa. Favorecer, nesse sentido, rejei-
ta a: Favoreceu o time da casa. / A decisão favoreceu os jogadores. 
- Ela “mesmo” arrumou a sala. Mesmo, quanto equivale a pró-
prio, é variável: Ela mesma (própria) arrumou a sala. / As vítimas 
mesmas recorreram à polícia. 
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- Chamei-o e “o mesmo” não atendeu. Não se pode empregar 
o mesmo no lugar de pronome ou substantivo: Chamei-o e ele não 
atendeu. / Os funcionários públicos reuniram-se hoje: amanhã o 
país conhecerá a decisão dos servidores (e não “dos mesmos”). 
- Vou sair “essa” noite. É este que designa o tempo no qual se 
está o objeto próximo: Esta noite, esta semana (a semana em que 
se está), este dia, este jornal (o jornal que estou lendo), este século 
(o século 20).
- A temperatura chegou a 0 “graus”. Zero indica singular sem-
pre: Zero grau, zero-quilômetro, zero hora. 
- Comeu frango “ao invés de” peixe. Em vez de indica substi-
tuição: Comeu frango em vez de peixe. Ao invés de significa ape-
nas ao contrário: Ao invés de entrar, saiu. 
- Se eu “ver” você por aí... O certo é: Se eu vir, revir, previr. 
Da mesma forma: Se eu vier (de vir), convier; se eu tiver (de ter), 
mantiver; se ele puser (de pôr), impuser; se ele fizer (de fazer), 
desfizer; se nós dissermos (de dizer), predissermos. 
- Ele “intermedia” a negociação. Mediar e intermediar con-
jugam-se como odiar: Ele intermedeia (ou medeia) a negociação. 
Remediar, ansiar e incendiar também seguem essa norma: Reme-
deiam, que eles anseiem, incendeio. 
- Ninguém se “adequa”. Não existem as formas “adequa”, 
“adeque”, etc., mas apenas aquelas em que o acento cai no a ou o: 
adequaram, adequou, adequasse, etc. 
- Evite que a bomba “expluda”. Explodir só tem as pessoasem 
que depois do “d” vêm “e” e “i”: Explode, explodiram, etc. Por-
tanto, não escreva nem fale “exploda” ou “expluda”, substituindo 
essas formas por rebente, por exemplo. Precaver-se também não se 
conjuga em todas as pessoas. Assim, não existem as formas “pre-
cavejo”, “precavês”, “precavém”, “precavenho”, “precavenha”, 
“precaveja”, etc. 
- Governo “reavê” confiança. Equivalente: Governo recupera 
confiança. Reaver segue haver, mas apenas nos casos em que este 
tem a letra v: Reavemos, reouve, reaverá, reouvesse. Por isso, não 
existem “reavejo”, “reavê”, etc. 
- Disse o que “quiz”. Não existe z, mas apenas s, nas pessoas 
de querer e pôr: Quis, quisesse, quiseram, quiséssemos; pôs, pus, 
pusesse, puseram, puséssemos. 
- O homem “possue” muitos bens. O certo: O homem possui 
muitos bens. Verbos em uir só têm a terminação ui: Inclui, atribui, 
polui. Verbos em uar é que admitem ue: Continue, recue, atue, 
atenue. 
- A tese “onde”. Onde só pode ser usado para lugar: A casa 
onde ele mora. / Veja o jardim onde as crianças brincam. Nos 
demais casos, use em que: A tese em que ele defende essa ideia. / 
O livro em que... / A faixa em que ele canta... / Na entrevista em 
que... 
- Já “foi comunicado” da decisão. Uma decisão é comunica-
da, mas ninguém “é comunicado” de alguma coisa. Assim: Já foi 
informado (cientificado, avisado) da decisão. Outra forma errada: 
A diretoria “comunicou” os empregados da decisão. Opções corre-
tas: A diretoria comunicou a decisão aos empregados. / A decisão 
foi comunicada aos empregados. 
- “Inflingiu” o regulamento. Infringir é que significa transgre-
dir: Infringiu o regulamento. Infligir (e não “inflingir”) significa 
impor: Infligiu séria punição ao réu. 
- A modelo “pousou” o dia todo. Modelo posa (de pose). 
Quem pousa é ave, avião, viajante, etc. Não confunda também 
iminente (prestes a acontecer) com eminente (ilustre). Nem tráfico 
(contrabando) com tráfego (trânsito). 
- Espero que “viagem” hoje. Viagem, com g, é o substantivo: 
Minha viagem. A forma verbal é viajem (de viajar): Espero que 
viajem hoje. Evite também “comprimentar” alguém: de cumpri-
mento (saudação), só pode resultar cumprimentar. Comprimento 
é extensão. Igualmente: Comprido (extenso) e cumprido (concre-
tizado). 
- O pai “sequer” foi avisado. Sequer deve ser usado com ne-
gativa: O pai nem sequer foi avisado. / Não disse sequer o que 
pretendia. / Partiu sem sequer nos avisar. 
- Comprou uma TV “a cores”. Veja o correto: Comprou uma 
TV em cores (não se diz TV “a” preto e branco). Da mesma forma: 
Transmissão em cores, desenho em cores. 
- “Causou-me” estranheza as palavras. Use o certo: Causa-
ram-me estranheza as palavras. Cuidado, pois é comum o erro 
de concordância quando o verbo está antes do sujeito. Veja outro 
exemplo: Foram iniciadas esta noite as obras (e não “foi iniciado” 
esta noite as obras). 
- A realidade das pessoas “podem” mudar. Cuidado: palavra 
próxima ao verbo não deve influir na concordância. Por isso: A 
realidade das pessoas pode mudar. / A troca de agressões entre os 
funcionários foi punida (e não “foram punidas”). 
- O fato passou “desapercebido”. Na verdade, o fato passou 
despercebido, não foi notado. Desapercebido significa despreve-
nido. 
- “Haja visto” seu empenho... A expressão é haja vista e não 
varia: Haja vista seu empenho. / Haja vista seus esforços. / Haja 
vista suas críticas. 
- A moça “que ele gosta”. Como se gosta de, o certo é: A moça 
de que ele gosta. Igualmente: O dinheiro de que dispõe, o filme a 
que assistiu (e não que assistiu), a prova de que participou, o amigo 
a que se referiu, etc. 
- É hora “dele” chegar. Não se deve fazer a contração da pre-
posição com artigo ou pronome, nos casos seguidos de infinitivo: 
É hora de ele chegar. / Apesar de o amigo tê-lo convidado. / Depois 
de esses fatos terem ocorrido. 
- Vou “consigo”. Consigo só tem valor reflexivo (pensou con-
sigo mesmo) e não pode substituir com você, com o senhor. Por-
tanto: Vou com você, vou com o senhor. Igualmente: Isto é para o 
senhor (e não “para si”). 
- Já “é” 8 horas. Horas e as demais palavras que definem tem-
po variam: Já são 8 horas. / Já é (e não “são”) 1 hora, já é meio-dia, 
já é meia-noite. 
- A festa começa às 8 “hrs.”. As abreviaturas do sistema mé-
trico decimal não têm plural nem ponto. Assim: 8 h, 2 km (e não 
“kms.”), 5 m, 10 kg. 
- “Dado” os índices das pesquisas... A concordância é normal: 
Dados os índices das pesquisas... / Dado o resultado... / Dadas as 
suas ideias... 
- Ficou “sobre” a mira do assaltante. Sob é que significa debai-
xo de: Ficou sob a mira do assaltante. / Escondeu-se sob a cama. 
Sobre equivale a em cima de ou a respeito de: Estava sobre o te-
lhado. / Falou sobre a inflação. E lembre-se: O animal ou o piano 
têm cauda e o doce, calda. Da mesma forma, alguém traz alguma 
coisa e alguém vai para trás. 
- “Ao meu ver”. Não existe artigo nessas expressões: A meu 
ver, a seu ver, a nosso ver.
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2 TIPOLOGIA TEXTUAL. 
Texto Literário: expressa a opinião pessoal do autor que tam-
bém é transmitida através de figuras, impregnado de subjetivismo. 
Ex: um romance, um conto, uma poesia... (Conotação, Figurado, 
Subjetivo, Pessoal).
Texto Não-Literário: preocupa-se em transmitir uma mensa-
gem da forma mais clara e objetiva possível. Ex: uma notícia de 
jornal, uma bula de medicamento. (Denotação, Claro, Objetivo, 
Informativo).
 O objetivo do texto é passar conhecimento para o leitor. Nes-
se tipo textual, não se faz a defesa de uma ideia. Exemplos de 
textos explicativos são os encontrados em manuais de instruções.
Informativo: Tem a função de informar o leitor a respeito de 
algo ou alguém, é o texto de uma notícia de jornal, de revista, 
folhetos informativos, propagandas. Uso da função referencial da 
linguagem, 3ª pessoa do singular.
Descrição: Um texto em que se faz um retrato por escrito de 
um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de pala-
vras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função 
caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até des-
crever sensações ou sentimentos. Não há relação de anteriorida-
de e posterioridade. Significa “criar” com palavras a imagem do 
objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da 
personagem a que o texto se refere.
Narração: Modalidade em que se conta um fato, fictício ou 
não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo 
certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há uma 
relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predo-
minante é o passado. Estamos cercados de narrações desde as que 
nos contam histórias infantis, como o “Chapeuzinho Vermelho” 
ou a “Bela Adormecida”, até as picantes piadas do cotidiano.
Dissertação: Dissertar é o mesmo que desenvolver ou expli-
car um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto dissertativo 
pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente com o texto 
de apresentação científica, o relatório, o texto didático, o artigo 
enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo não está preocu-
pado com a persuasão e sim, com a transmissão de conhecimento, 
sendo, portanto, um texto informativo.
Argumentativo: Os textos argumentativos, ao contrário, têm 
por finalidade principal persuadir o leitor sobre o ponto de vista 
do autor a respeito do assunto. Quando o texto, além de explicar, 
também persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, 
temos um texto dissertativo-argumentativo.
Exemplos: texto de opinião, carta do leitor, carta de solicita-
ção, deliberação informal, discurso de defesa e acusação (advo-
cacia), resenha crítica, artigos de opinião ou assinados, editorial. 
Exposição: Apresenta informações sobre assuntos, expõe 
ideias, explica, avalia, reflete. Estrutura básica; ideia principal; de-
senvolvimento; conclusão. Uso de linguagem clara. Ex: ensaios, 
artigos científicos, exposições,etc.
Injunção: Indica como realizar uma ação. É também utilizado 
para predizer acontecimentos e comportamentos.Utiliza lingua-
gem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, emprega-
dos no modo imperativo. Há também o uso do futuro do presente. 
Ex: Receita de um bolo e manuais.
Diálogo: é uma conversação estabelecida entre duas ou mais 
pessoas. Pode conter marcas da linguagem oral, como pausas e 
retomadas.
Entrevista: é uma conversação entre duas ou mais pessoas (o 
entrevistador e o entrevistado), na qual perguntas são feitas pelo 
entrevistador para obter informação do entrevistado. Os repórteres 
entrevistam as suas fontes para obter declarações que validem as 
informações apuradas ou que relatem situações vividas por per-
sonagens. Antes de ir para a rua, o repórter recebe uma pauta que 
contém informações que o ajudarão a construir a matéria. Além 
das informações, a pauta sugere o enfoque a ser trabalhado assim 
como as fontes a serem entrevistadas. Antes da entrevista o repór-
ter costuma reunir o máximo de informações disponíveis sobre o 
assunto a ser abordado e sobre a pessoa que será entrevistada. Mu-
nido deste material, ele formula perguntas que levem o entrevista-
do a fornecer informações novas e relevantes. O repórter também 
deve ser perspicaz para perceber se o entrevistado mente ou ma-
nipula dados nas suas respostas, fato que costuma acontecer prin-
cipalmente com as fontes oficiais do tema. Por exemplo, quando 
o repórter vai entrevistar o presidente de uma instituição pública 
sobre um problema que está afetando o fornecimento de serviços 
à população, ele tende a evitar as perguntas e a querer reverter a 
resposta para o que considera positivo na instituição. É importante 
que o repórter seja insistente. O entrevistador deve conquistar a 
confiança do entrevistado, mas não tentar dominá-lo, nem ser por 
ele dominado. Caso contrário, acabará induzindo as respostas ou 
perdendo a objetividade.
As entrevistas apresentam com frequência alguns sinais de 
pontuação como o ponto de interrogação, o travessão, aspas, re-
ticências, parêntese e às vezes colchetes, que servem para dar ao 
leitor maior informações que ele supostamente desconhece. O títu-
lo da entrevista é um enunciado curto que chama a atenção do lei-
tor e resume a ideia básica da entrevista. Pode estar todo em letra 
maiúscula e recebe maior destaque da página. Na maioria dos ca-
sos, apenas as preposições ficam com a letra minúscula. O subtítu-
lo introduz o objetivo principal da entrevista e não vem seguido de 
ponto final. É um pequeno texto e vem em destaque também. A fo-
tografia do entrevistado aparece normalmente na primeira página 
da entrevista e pode estar acompanhada por uma frase dita por ele. 
As frases importantes ditas pelo entrevistado e que aparecem em 
destaque nas outras páginas da entrevista são chamadas de “olho”.
Crônica: Assim como a fábula e o enigma, a crônica é um 
gênero narrativo. Como diz a origem da palavra (Cronos é o deus 
grego do tempo), narra fatos históricos em ordem cronológica, ou 
trata de temas da atualidade. Mas não é só isso. Lendo esse texto, 
você conhecerá as principais características da crônica, técnicas de 
sua redação e terá exemplos.
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Uma das mais famosas crônicas da história da literatura lu-
so-brasileira corresponde à definição de crônica como “narração 
histórica”. É a “Carta de Achamento do Brasil”, de Pero Vaz de 
Caminha, na qual são narrados ao rei português, D. Manuel, o des-
cobrimento do Brasil e como foram os primeiros dias que os ma-
rinheiros portugueses passaram aqui. Mas trataremos, sobretudo, 
da crônica como gênero que comenta assuntos do dia a dia. Para 
começar, uma crônica sobre a crônica, de Machado de Assis: 
O nascimento da crônica
“Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. 
É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, agitando 
as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sa-
cudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenômenos atmos-
féricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras 
sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a Petrópolis, e la glace 
est rompue está começada a crônica. (...)”
(Machado de Assis. “Crônicas Escolhidas”. São Paulo: Edi-
tora Ática, 1994)
Publicada em jornal ou revista destina-se à leitura diária ou 
semanal e trata de acontecimentos cotidianos. A crônica se dife-
rencia no jornal por não buscar exatidão da informação. Diferente 
da notícia, que procura relatar os fatos que acontecem, a crônica os 
analisa, dá-lhes um colorido emocional, mostrando aos olhos do 
leitor uma situação comum, vista por outro ângulo, singular.
O leitor pressuposto da crônica é urbano e, em princípio, um 
leitor de jornal ou de revista. A preocupação com esse leitor é que 
faz com que, dentre os assuntos tratados, o cronista dê maior aten-
ção aos problemas do modo de vida urbano, do mundo contem-
porâneo, dos pequenos acontecimentos do dia a dia comuns nas 
grandes cidades.
Jornalismo e literatura: É assim que podemos dizer que a crô-
nica é uma mistura de jornalismo e literatura. De um recebe a ob-
servação atenta da realidade cotidiana e do outro, a construção da 
linguagem, o jogo verbal. Algumas crônicas são editadas em livro, 
para garantir sua durabilidade no tempo.
Questões
1. (SECRETARIA dE ESTAdo dA AdMINISTRAção 
PúBlICA do dISTRITo FEdERAl/dF – TéCNICo EM 
ElETRôNICA – IAdES/2014). Quanto à tipologia, o texto lido 
é, predominantemente,
(A) descritivo, pois está voltado apenas para a representação 
das características dos trens do metrô e dos carros de São Paulo. 
(B) narrativo, pois desenvolve uma sequência de aconteci-
mentos durante alguns períodos do dia em São Paulo. 
(C) dissertativo, pois apresenta e analisa dados sobre a veloci-
dade dos trens do metrô de São Paulo e a dos carros que circulam 
pela metrópole. 
(D) narrativo, pois relata episódios sobre os horários de pico 
de São Paulo. 
(E) dissertativo, pois apresenta e discute uma opinião sobre a 
qualidade do serviço prestado pelo metrô de São Paulo.
Respostas
1. C
O texto apresenta características da descrição, mas, como é 
destacado no enunciado: predomina o dissertativo, analisando da-
dos que dão ao autor base para argumentação.
3 COESÃO E COERÊNCIA. 
Não basta conhecer o conteúdo das partes de um trabalho: in-
trodução, desenvolvimento e conclusão. Além de saber o que se 
deve (e o que não se deve) escrever em cada parte constituinte do 
texto, é preciso saber escrever obedecendo às normas de coerência 
e coesão. Antes de tudo, é necessário definir os termos: coerência 
diz respeito à articulação do texto, à compatibilidade das ideias, à 
lógica do raciocínio, a seu conteúdo. Coesão referese à expressão 
linguística, ao nível gramatical, às estruturas frasais e ao emprego 
do vocabulário.
Coerência e coesão relacionamse com o processo de produção 
e compreensão do texto, a coesão contribui para a coerência, mas 
nem sempre um texto coerente apresenta coesão. Pode ocorrer que 
o texto sem coerência apresente coesão, ou que um texto tenha 
coesão sem coerência. Em outras palavras: um texto pode ser gra-
maticalmente bem construído, com frases bem estruturadas, voca-
bulário correto, mas apresentar ideias disparatadas, sem nexo, sem 
uma sequência lógica: há coesão, mas não coerência. Por outro 
lado, um texto pode apresentar ideias coerentes e bem encadeadas, 
sem que no plano da expressão, as estruturas frasais sejam grama-
ticalmente aceitáveis: há coerência, mas não coesão. 
Na obra de Oswald de Andrade, por exemplo, encontramse 
textos coerentes sem coesão, ou textos coesos, mas sem coerên-
cia. Em Carlos Drummond de Andrade, há inúmeros exemplos de 
textos coerentes, sem coesão gramatical no plano sintático. A lin-
guagem literária admite essas liberdades, o que não vem ao caso, 
pois na linguagem acadêmica, referencial, a obediência às normas 
de coerência e coesão são obrigatórias. Ainda assim, para melhor 
esclarecimento do assunto, apresentamse exemplos de coerência 
sem coesão e coesão sem coerência:
“Cidadezinha Qualquer”
Casas

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