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Doenças Infecciosas em Gato COMPLEXO RESPIRATÓRIO FELINO Composto; Rinotraqueíte viral felina, Calicivirose felina, Clamidiose, Bordetella. RINOTRAQUEÍTE VIRAL (RT) Causada pelo Herpesvírus felino; Curso agudo em filhotes de 5 a 8 semanas; Morbilidade: 100% e mortalidade: 30% Transmissão vertical, via aerossóis ou direta. Sinais clínicos: Conjuntivite; Rinite; Ceratites – olho lacrimejando; Pode causar abortos em gatas não vacinadas. CALICIVIROSE FELINA Pode causar artrite aguda (síndrome do gatinho claudicante); Morbilidade um pouco menor, portanto se um animal apresenta não quer dizer que todos irão apresentar; Salivação; Ulceras na boca, fazendo com que o animal não se alimente bem com dificuldade para deglutir, ocorrendo a salivação; Estomatite. Diferença entre Rinotraqueíte e Calicivirose Na rinotraqueíte tem secreções escorrendo – durante o estresse. Na calicivirose tem úlceras na boca – algo contínuo. CLAMIDIOSE Podem ocorrer também em animais adultos; Tem tratamento específico. Sinais clínicos: Sinais clínicos são mais brandos – Rinite; Sinais crônicos – Conjuntivite; Podem ocorrer infecções secundarias; Há normalmente secreção nasal e ocular serosa. Transmissão: A transmissão da doença dá-se por contato direto entre animais ou indireto num meio ambiente contaminado por gotículas infetadas; Os animais mais suscetíveis de contrair a doença são os gatos que vivem em comunidades com muitos animais, em fracas condições higiênico-sanitárias e sem vacinas. E os animais mais jovens e adultos imunodeprimidos também se tornam mais susceptíveis. Diagnóstico: Isolamento viral: SWAB na mucosa nasal e oral quando há secreção; Cultura bacteriana para clamidiose. Diagnostico diferencial: Bordetella, micoplasma e massas nasofaringeas. Tratamento respiratório: Isolamento dos animais; Limpeza nasal, oral e ocular – com acetilcisteina (usado como colírio e pinga no nariz). O ideal é tratar primeiro e depois retirar a secreção quando estiver mais solta. Tirar a secreção dos olhos com gaze e soro fisiológico; Desobstrução nasal – pode ser por bombinha nasal, benzalcônio (sorine), nebulização; Fluidoterapia e suporte nutricional (patê, leite, etc); Interferon, para melhorar a imunidade do animal; Própolis ajuda na estomatite quando pingado na boca – não pode ser solução alcoólica. Tratamento ocular: Conjuntivite: Infecção bacteriana: – tobramicina, moxifloxacina; Infecção viral: Aciclovir. Pneumonia: Antibiotico sistêmico – amoxicilina + clavulanato; Clamidiose ou Bordetella: Doxiciclina oral + tetracilina colírio. Prevenção: A Vacina V4 inclui todas essas doenças, exceto Bordetella. O filhote tomará duas doses e depois reforço anual; Desinfecção e arejamento do ambiente; Evitar superpopulação. PERITONITE INFECCIOSA FELINA - PIF A peritonite infecciosa felina é uma doença viral causada pelo coronavírus felino, a enfermidade causa danos ao sistema digestivo podendo levar à morte. A doença pode se apresentar de duas formas, com aparecimento de diferentes sinais. Sendo elas: peritonite úmida e peritonite seca. Na peritonite úmida, ocorre o acúmulo de líquidos no peritônio do gato. Na peritonite seca, ocorre o crescimento de nódulos nos órgãos interiores. Forma efusiva – peritonite úmida: Efusão pleural e pericárdica; Ascite; Meningite; Uveíte – inflamação ocular. Forma não efusiva: Febre persistente; Aumento dos órgãos. Transmissão: A transmissão ocorre via secreção nasal, urina e fezes. Ou quando o animal compartilha algum utensilio, como: caixa de área, comedouro ou bebedouro. Tratamento: Não existe tratamento específico; Aspirar o fluído; Corticoides – prednisolona de doses médias para alta (para vasculites); Imunossupremir o animal para prolongar a vida – ciclosporina; Interferon polivitaminicos e probioticos para estimular o sistema de pacientes com infecções virais; Antibiotico de amplo espectro; Forma efusiva é de rápida progressividade, o que causa morte ou eutanásia precoce. Profilaxia: Evitar a ingestão e inalação do vírus; Já existiu uma vacina, porém hoje não é mais recomendada e não está mais em uso. FELV Uma das enfermidades infectocontagiosas mais preocupantes entre os felinos, podendo gerar quadros agudos de anemia, leucopenia e predispor o animal a alguns tipos de tumores, sendo linfoma mediastinal o mais comum. A transmissão da FeLV ocorre através de secreções nasais, saliva (bem comum em gatinhos que ficam se lambendo), urina e brigas. Sinais clínicos: Perda de peso; Vômitos; Neoplasias (linfomas); Anemia; Infertilidade; Glomerulonefrite (mais comum); Poliartrite (menos comum); Linfoadenopatia; Síndrome do gato débil. Diagnóstico: Snap (antígeno p27) IFI, ELISA; Isolamento viral, PCR; Anemia arregenerativa, leucopenia e trombocitopenia. Tratamento: Antivirais: (AZT – 5 a 15 mg/kg VO BID ou Lamivudina) indicados para o tratamento de AIDS. Só usa antiviral para animal que não tem anemia e nem neutropenia. Para anemia: eritropoietina humana e transfusão – não tão indicado; Para neutropenia: fator estimulante de colônia granulocítica (GCSF); NeupogenR, 5-20 Quimioterapia: pouco indicado, pois assim que você acaba as neoplasias voltam. Uso de imunomoduladores Inferfeton alfa (15 a 30 UI/ gato, VO, SID, 6m); Acemannan associado + suplementação nutricional: 2mg/kg, VO, SID, 6 semanas; Neogen Vet ImmunoRegulin – 0,5ml, IV, 2x semana por duas semanas + 1x por semana durante 20 semanas. Proteína estafilocócica A: remissão do linfoma e anemia - 10 ug//kg (IP), Suplementação nutricional: L-lisinax semana durante 500mg SID, L-arginina, semanas, Ascorbato de Na, vitamina E. Profilaxia Castração para evitar brigas; Impedir acesso a rua para não infectar outros animal; Vacina: um ano faz V5 (para felv), outro ano faz V4. Sempre testar antes. FIV Doença causada pelo vírus da mesma família da HIV. Por atacar o sistema imunológico, a aids felina pode ser fatal principalmente por conta de suas complicações. Se diagnosticada cedo, ela pode ser controlada, garantindo maior longevidade ao animal. Patogenia O vírus da FIV é transmitido principalmente através da mordedura, mas o contágio também pode acontecer através de outras vias como o sexo, transfusão sanguínea e da mãe para o filhote. A transmissão entre gatos que vivem juntos de uma maneira amigável (sem brigas), é mais improvável, porém não é impossível. Transmissão horizontal ou direta (mordedura). 1- Fase aguda; 2- Fase assintomática ou latente; 3- Fase da linfoadenopatia; 4- Fase sintomática terminal (AIDS FELINA) – várias comorbidades e infecções recorrentes. Sinais clínicos: Febre, letargia, Hiporexia; Linfadenomegalia,hepato- esplenomegalia; Diarreia persisntente; Anemia; IRC; Abortos; Estomatites; Infecções crônicas. Diagnóstico: Snaptest (IGG); Sorologia: ELISA, IFI; Isolamento viral; PCR. Tratamento: Semelhante ao tratamento da FELV. PANLEUCOPENIA FELINA O parvovírus da panleucopenia felina (FPV) infecta todos os felídeos e é uma doença viral altamente contagiosa. A transmissão ocorre por via oro fecal. O contato indireto é a via de contato mais comum de infecção e o FPV pode ser transportado através de ”veículos” ou fômites (calçado, vestuário), o que significa que gatos que não saiam de casa também estão em risco. Ocorre também, a transmissãointrauterina do vírus e infecção dos recém- nascidos. Os felinos jovens são mais susceptíveis e os sinais incluem: diarreia, linfopenia, neutropenia, seguida de trombocitopenia e anemia, imunossupressão devido a hipoplasia do cerebelo e até o aborto. Sinais clínicos dependem da época de infecção: em adultos, geralmente subclínica, pois a imunidade cai. Diagnóstico: O diagnóstico é realizado e detectado nas fezes através do teste de aglutinação, ou realizam testes PCR em sangue total ou fezes. Não são recomendados os testes serológicos, por não distinguirem entre a infecção e a vacinação. Diagnóstico diferencial: Parasitose intestinal; Enterite infecciosa; Intussuscepção; Envenenamento; Traumatismo craniano agudo – hipoplasia cerebelar. Tratamento: Não há tratamento especifico, ele é sintomático. Fluidoterapia; Antimicrobiano de amplo espectro; Probióticos; Antieméticos. Vacinação: Existe a vacina que inclui a Panleucopenia Felina, ela é componente da vacinação de base. Deverão ser vacinados contra o FPV todos os gatos, incluindo os que vivem dentro de casa. Vacina Tríplice (trivalente) V3: protege contra duas das doenças respiratórias mais comuns nos gatos, a rinotraqueite felina e a calicivirose felina e protege também contra a panleucopenia felina, uma doença que ataca o sistema digestivo e sanguíneo de forma mais grave; Vacina Quádrupla V4: previne as mesmas doenças que V3 (citadas acima) e ainda protege o animal contra clamidiose; Vacina Quíntupla V5: previne as mesmas doenças que a V4 (citadas acima) e também a leucemia felina, que é a causa de um dos mais altos índices de mortalidade entre gatos, sendo absolutamente comum. A prevenção da leucemia felinos é possível e essencial para aumentar as chances de longevidade de seu gato. Nem todos os gatos podem receber a V5.
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