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infecções do trato urinário

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Infecções do trato urinário (ITU) 
 
As infecções do trato urinário (ITU) representam 
problema de grande relevância clínica, não só pela 
elevada frequência com que acometem mulheres e 
homens vivendo na comunidades, mas também por 
representar a primeira causa de infecção em pacientes 
hospitalizados (INFECÇÃO NOSOCOMIAL) 
 
Trajeto da Urina 
– RINS: local de formação da urna (néfron) 
– URETERES: transporte da urina do néfron para bexiga 
urinária 
– BEXIGA: armazena urina 
– URETRA: transporte da urina para o meio externo 
 FUNÇÃO→ filtrar o sangue, eliminando a excreta 
(urina que contém ureia, ácido úrico e creatina) e 
reabsorver substâncias (água, nutrientes etc.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a) ITU ALTA OU PIELONEFRITE: 
▪ Pielonefrite→ rim 
▪ Ureterite→ ureter 
b) ITU BAIXA OU CISTITE: 
▪ Cistite→ bexiga 
▪ Uretrite→ uretra 
 
EXAMES E ASPECTOS CLÍNICOS 
▪ Alteração na urina 
▪ Dor lombar (sinal de Giordano positivo) 
▪ Febre→ ITU alta 
▪ Exame de imagem → litíase ou não 
▪ Urocultura 
▪ Bacterioscopia 
▪ Nitrito na urina→ presença de bactérias que fizeram 
a conversão de nitrato em nitrito 
▪ Litíase renal ou não 
 
Manobra de punho percussão de Murphy e Sinal de 
Giordano: 
A manobra é realizada com o paciente estando sentado e 
inclinado para a frente. Para realizar a manobra o 
profissional faz uma súbita punho-percussão, com a borda 
ulnar da mão, na região da fossa lombar do paciente, mais 
especificamente, na altura da loja renal (flancos). Se a 
manobra evidenciar sinal de dor aguda, em pontada, no 
paciente, o sinal de Giordano é positivo, o que indica 
grande probabilidade doença renal (litíase e pielonefrite 
aguda). Se doer→ doenças renais 
 
 
Importância da urocultura (EXAME DEFINIDOR DE 
DIAGNÓSTICO): característica da colônia, prova 
bioquímica, microscopia pela coloração de Gram e 
antibiograma 
 
 
 
PATÓGENOS MAIS PREVALENTES E ALGUMAS 
CARACTERÍSTICAS 
A Escherichia coli uropatogênica (UPEC) permanece como 
o principal agente bacteriano em 70 a 95% dos episódios 
de infecção do trato urinário não complicados e 50% dos 
episódios de infecção do trato urinário relacionados ao 
uso de cateter vesical. Outros bacilos Gram-
negativos, Proteus mirabilis, Klebsiella pneumoniae, 
Enterobacter aerogenes, Pseudomonas aeruginosa e 
cocos Gram-positivos (Staphylococcus saprophyticus em 
até 10% dos casos e Enterococcus spp.) podem estar 
envolvidos. No caso das infecções do trato urinário 
relacionadas ao cateter vesical, o uso prolongado deste 
dispositivo (superior a 30 dias) promove episódios 
polimicrobianos entre 77 e 95% dos casos, além da 
ocorrência de leveduras, especialmente do 
gênero Candida. As espécies de Candida são responsáveis 
por 10 a 15% dos casos, prevalecendo a Candida 
albicans, em 51% destes casos. 
 
 
Cálculos de Estruvita: Esses são chamados de “cálculos 
de infecção” e são compostos por uma mistura de 
magnésio, amônia, fosfato e carbonato de cálcio. Alguns 
tipos de bactérias formam amônia, elevam o pH, 
deixando a urina mais alcalina e promovendo a formação 
de estruvita 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
UPEC 
Escherichia coli Uropatogênica (UPEC) 
• Pertence à família Enterobacteriaceae 
• Sorogrupos prevalentes: O1, O2, O6, O18 e O75 / 
Sorotipo importante: O18:K1:H7 
• Características morfológicas: bacilo gram negativo não 
formador de endósporo, geralmente móvel 
• Fatores de crescimento: anaeróbio facultativo 
• Características bioquímicas (exemplos): lactose 
positivo, glicose positivo, catalase positivo etc. 
• Sorotipagem (anígenos diferentes) O, K, H 
• função de sorotipagem: epidemiológica 
• Reduzem nitrato a nitrito, fermentam glicose, não 
produzem a enzima citocromo oxidase C, catalase 
positivo 
• E.Coli comensais / patogênicas intestinalis e extra-
intestinalis 
 
 
FATORES DE VIRULÊNCIA DA FAMÍLIA 
Enterobacteriacea 
• Lipídeo A do LPS (Endotoxina): febre, vasodilatação e 
inflamação 
• FÍMBRIA TIPO 1: adesão ao epitélio vaginal e da 
bexiga. formação de BIOFILMES e invasão celular 
(INTRACELULAR FACULTATIVO). comum na bexiga 
mais prevalente. Liga-se a receptores do hospedeiro 
formados por glicoproteínas, contendo MANOSE 
(colágeno, fibronectina etc.). Envolvido na interação 
bacteriana, formando biofilme (fator importante de 
colonização de bactérias em cateter urinário) 
• FÍMBRIA P: adesão ao epitélio renal também. 70% 
das cepas que causam pielonefrite. liga-se a receptor 
denominado glicolipídeo globotriasilceramídeo 
presente somente no tecido epithelial renal 
• FLAGELO: permite que as bactérias se movam de 
forma ascendente no trato urinário, desde a bexiga 
até os rins 
• EXOTOXINA α-HEMOLISINA: esfoliação das células 
da bexiga, apoptose e lesão tecidual (permite 
disseminação). Em outras células, pode se inserir na 
membrana citoplasmática formando poros que 
facilitam a liberação de nutrientes e íons ferro. Tem 
especificidade para uma variedade de tipos celulares 
como hemácias, fibroblastos, granulócitos, linfócitos 
e macrófagos. A ação sobre células fagocíticas 
permite que a bactéria escape das defesas 
hospedeiras. proteína citolítica. É inserido na 
membrana de várias células (eritrócitos, granulócitos, 
monócitos e células endoteliais). Comum em 
pacientes com pielonefrite 
• EXOTOXINA CNF 1 (fator citotóxico necrotizante tipo 
1): ação necrotóxica (apoptose). Na bexiga, contribui 
para invasão do epitélio. induz rearranjo de 
microfilamentos de actina na célula eucariótica. 
Estudos in vivo: induz apoptose de células epiteliais 
da bexiga, produção de superóxidos, diminui função 
fagocítica, gene cromossomal 
• Adesina: principal fator de virulência, pois permite 
adesão e invasão das células do trato urinário, ativa 
vias de sinalização nas bactéria e hospedeiro, 
facilitando liberação de proteínas bacterianas no 
tecido e promovendo a invasão bacteriana. 
• Sideróforo: Sistema de captação de ferro 
• Antígeno O: amostras de E.coli causadaoras de UTI 
difere das amostras fecais pela expressão do 
antígeno O. Prevalente em paciente com pielonefrite 
• Cápsula do grupo II: composta por , fina, desigual, / 
recobre a célula bacteriana interferindo na detecção 
do antígeno O e protegendo-a do mecanismo de 
defesa humano. São cápsula finais, desiga 
 
 
 
 
Passo a passo da ilustração do slide anterior 
1. Adesão ao epitélio da bexiga, através da fímbria do 
tipo 1 e também pode ser pela fímbria P 
2. Invasão na célula epitelial, através da fímbria do 
tipo 1. 
3. Multiplicação bacteriana intracelular 
(INTRACELULAR FACULTATIVA). Formação de 
comunidades bacterianas (proteção contra o 
sistema imune) 
4. Esfoliação (degradação de células epiteliais) e 
apoptose: causado pela exotoxina α-hemolisina, 
aumentando a disseminação da UPEC. Algumas 
comunidade bacterianas intracelulares continuam 
intactas (possível causa de infecção recorrente) 
Bactérias flageladas podem sair da comunidade e 
voltar para o lúmen vesical ou podem invadir células 
adjacentes. Nesse momento, há migração de 
leucócitos polimorfonucleares. Infecções não tratadas 
podem progredir de forma ascendente até alcançar os 
rins e próstata. O que vai depender? Expressão de 
flagelos e fímbria P (papel importante na aderência ao 
epitélio renal). A inflamação é mediada por citocinas, 
cuja produção é induzida pelo antígeno O, α-
hemolisina etc. Pode atravessar epitélio renal, atingir 
corrente sanguínea. 
PATOGÊNESE 
 
 
ROTAS DE INFECÇÃO 
(ascendente e hematogênica) 
a) ROTA ASCENDENTE - E. coli Uropatogênica (presente 
no intestino) atinge a uretra / cateter vesical etc. 
 
Alguns patógenos provenientes da via HEMATOGÊNICA: 
• S. aureus 
• M. tuberculosis 
• Leptospira interrogans (Leptospirose-zooonose) 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
GRUPOS DE RISCO (principais) 
– Crianças até 6 anos de idade 
– Mulheres (devido ao padrão anatômico) 
– jovens com vida sexual ativa (não trocar camisinha na 
troca da porta de entrada)– adultos idosos com mais de 60 anos (hiperplasia 
prostática benigna) 
– pacientes que utilizam sonda 
– indivíduos com má formação do trato urinário 
 
 
FATORES DE RISCO E CLASSIFICAÇÃO EM 
ITU NÃO COMPLICADA E COMPLICADA 
ITU NÃO COMPLICADA 
• Geralmente em quadros de cistite 
• Sistema urinário sem alterações 
• Imunocompetentes 
• Patógeno comum: E. coli 
 
ITU COMPLICADA (fator de virulência microbiano X 
resposta imune humana) 
• Geralmente em quadros de pielonefrite 
• Falhas terapêuticas 
• Alterações estruturais ou funcionais do trato 
urinário 
• Desenvolvida em ambiente hospitalar 
• Patógenos comuns: bactérias gram positivas e 
gram negativas com elevada frequência de 
organismos multirresistentes. Ex.: enterobactérias 
produtoras de Beta Lactamases de Espectro 
Estendido (ESBL) 
• ITU de repetição (comum: E. coli) 
 
Obs.: Um MULHER é considerada portadora de ITU de 
repetição quando acometido por 3 ou mais episódios 
de ITU no período de 1 ano. O HOMEM quando ocorre 
dois ou mais episódios de ITU em um período de até 3 
ano 
As ESBL são enzimas encontradas em algumas linhagens 
bacterianas, principalmente na família das 
Enterobacteriaceae, que conferem resistência às 
Penicilinas e Cefalosforinas e aos Monobactâmicos 
 
Glicosúria 
OBS: Litíase (lesão e inflamação podem favorecer a entrada 
e a migração de bactérias na corrente sanguínea, podendo 
evoluir até para sepse) 
 
PROFILAXIA NA ITU 
• Higiene pessoal, incluindo a higiene íntima no sentido 
ântero-posterior do períneo, evita a migração de 
bactérias da região anal para a região periuretral 
• Aumento da ingestão hídrica para 1,5 a 2 litros de 
líquido por dia contribui para a lavagem vesical e 
dificulta a aderência da bactéria ao tecido vesical 
• Micção com intervalos mais curtos evita a estase 
urinária, que contribui para a proliferação de micro-
organismos 
• Prevenção contra doenças em que os patógenos 
atingem o rim por via hematogênica 
• Vacinas: Indicada para ITU de repetição, ITU em 
gestante etc. 
a) Uro-Vaxom 
(comercializada) (cápsula/via oral) 
Extrato bacteriano de 18 cepas UPEC 
b) Solco-Urovac 
(em desenvolvimento) 
(supositório vaginal) 
Cepas inativas (10 UPEC, 6 E. coli, Proteus, 
Klebsiella e Enterococcus) 
 
Útero contrai o ureter / acúmulo de urina na região 
(suscetível à infecção) 
Esficter urinário (diminuição do tônus muscular - 
esfincter urinário): acúmulo de urina na bexiga 
(suscetível à infecção) 
Mulher mais velha (bexiga caída) - 
 
Gestante: 
 
MECANISMO DE CONTROLE DA 
PATOGENICIDADE 
• pH da urina (concentração de ureia elevada) 
• Osmolaridade urinária elevada 
• Fluxo urinário 
• Válvula fisiológica no ureter que impede o fluxo 
reverso da urina para o rim 
• Secreções prostáticas 
• Inibidores de adesão: proteínas Tamm-Horsfall e 
mucopolissacarídeos secretados pelo uroepitélio 
• Resposta imune (migração de fagócitos, 
principalmente neutrófilos) 
 
RESPOSTA IMUNE 
– Resposta inata: ativação do complemento, fagocitose 
e inflamação 
– Resposta adaptativa: ilustração (eliminar bactérias e 
neutralizar toxinas) 
 
 
 
 
1. Tipos de ITU 
1.1 Tipos de ITU 
1.2 Tipos de ITU X exame clínico (exame 
clínico: sinais e sintomas) 
1.3 Tipos de ITU X exames complementares 
(laboratoriais) 
2. Patógenos associados à ITU 
2.1 Patógenos mais prevalentes e algumas 
características 
2.2 Escherichia coli uropatogênica (UPEC) - 
características gerais e fatores de virulência 
3. Rotas de infecção (ascendente e hematogênica) 
4. Grupos e fatores de risco na ITU 
5. Profilaxia na ITU 
6. Mecanismo de defesa humana na ITU

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