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e Sant’Anna (2001, p. 25) sugerem que: Planejar o processo educativo é planejar o indefinido, porque educação não é o processo, cujos resultados podem ser totalmente pré-definidos, determinados ou pré-escolhidos, como se fossem produtos de correntes de uma ação puramente mecânica e impensável. Devemos, pois, planejar a ação educativa para o homem não impondo diretrizes que o alheiem. Permitindo, com isso, que a educação ajude o homem a ser criador de sua história. Por mais genial, utópico ou realista que o objetivo pareça, ele só terá chances de ser alcançado através de um planejamento bem elaborado. Um bom planejamento determina os objetivos, as metas, as funções e os meios que os envolvidos devem seguir na busca de resultados favoráveis. Resumidamente, o sucesso de uma escola está diretamente relacionado a um planejamento e a uma gestão eficiente. Quando definido o objetivo do programa, outros princípios devem ser considerados: se esse programa é viável financeiramente, se os resultados são realmente atingíveis e se ele é específico à escola, uma vez que se gasta muito tempo em problemas menores ou burocráticos. O bom planejamento, porém, exige acompanhamento e re-avaliação constantes para determinar os pontos fracos que o plano deve perceber e corrigir, além de maximizar os esforços dos envolvidos. O planejamento pode ser formal, como é o caso do PPP, exigido pelo órgão responsável pelo funcionamento das instituições de ensino, ou não-formal, em que o planejamento acontece por uma necessidade particular, com objetivos locais. O planejamento delega funções aos participantes. Quando a pessoa responsável por determinada função não a executa ou executa de maneira ineficaz, todo o processo pode ser afetado. Os profissionais da educação estão ligados pela parte prática que a profissão exige. O maior tempo de trabalho é consumido por atividades que exigem do Por mais genial, utópico ou realista que o objetivo pareça, ele só terá chances de ser alcançado através de um planejamento bem elaborado. Um bom planejamento determina os objetivos, as metas, as funções e os meios que os envolvidos devem seguir na busca de resultados favoráveis. 42 Supervisão escolar profissional a preparação e, principalmente, a execução de uma tarefa prática. Aulas, reuniões, avaliações e praticamente todas as atenções e conhecimentos estão vinculados à prática e menos às teorias pedagógicas. Como os objetivos estão estruturados a partir do saber e do fazer, posteriormente, neste capítulo, estaremos acompanhando exemplos de Planejamento Escolar que caracterizam as ideias apresentadas sobre esta temática. O planejamento em sua contextualização teórica é uma parte importante no conjunto de competências que um bom profissional deve assumir. Segundo Vasconcellos (2000, p. 79), o conceito de planejar fica claro, pois: “Planejar é antecipar mentalmente uma ação ou um conjunto de ações a ser realizadas e agir de acordo com o previsto. Planejar não é, pois, apenas algo que se faz antes de agir, mas é também agir em função daquilo que se pensa.” Para atingir o máximo da qualidade de ensino proposto, o planejamento se faz necessário e pode ser fator determinante para o sucesso ou insucesso de um aluno ou de uma instituição inteira. O supervisor escolar deve respeitar princípios relevantes do planejamento e aplicá-los com sabedoria, tanto em seus aspectos práticos diários como no planejamento teórico dos mesmos. Boas atividades e boas aulas acontecem muito antes da aplicação. Para que a atividade de ensino aconteça com sucesso, é necessária a antecipação de questões/problemas e uma boa elaboração de um plano de atividades. Vários aspectos devem ser considerados quando pretendemos elaborar um planejamento em curto, médio ou longo prazo e que envolva pessoas. É essencial conhecer as características da escola (história, estrutura e cultura), além das possibilidades e limitações de alunos, professores para, então, fazer o planejamento realista e possível. Para isso é preciso ter uma visão crítica da realidade sociocultural em que os envolvidos no processo estão inseridos, buscar resultados a médio e longo prazo e ir avaliando e monitorando cada passo dado (CARNEIRO, 2007). Segundo Libâneo (1994, p. 222), o planejamento tem grande importância por tratar-se de: “Um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social”. Todo o projeto ou planejamento escolar deve considerar três questões fundamentais: 1) Qual a situação atual, uma análise de fatores e “números” que demonstrem a realidade da escola; 2) Para que fazer o projeto, quais os objetivos, onde pretendemos chegar; e 3) Como serão feitas essas ações, como será a planejamento escolar deve considerar três questões fundamentais: 1) Qual a situação atual, uma análise de fatores e “números” que demonstrem a realidade da escola; 2) Para que fazer o projeto, quais os objetivos, onde pretendemos chegar; e 3) Como serão feitas essas ações, como será a operação, a prática do que foi determinado. 43 O Planejamento Escolar e os Desafios da Supervisão para uma Escola Atual e IdealCapítulo 2 operação, a prática do que foi determinado. De acordo com Veiga e Resende (1998), existem vários caminhos para a construção do planejamento e do próprio PPP, uma vez que ele retrata o entendimento e o percurso possível trilhado na realidade das escolas. Partindo desses princípios, é possível apontar três movimentos básicos desse processo de construção do planejamento e do PPP denominados pela autora de: Ato Situacional, Ato Conceitual e Ato Operacional. É importante perceber que estes conceitos estão em movimento, sendo assim, em constante reavaliação e melhoramentos. Figura 3 - Ciclo do Planejamento Escolar Fonte: Gandin (1986). Em resumo, planejar nada mais é do que programar antecipadamente o que pode acontecer, de acordo com uma visão bastante realista das situações anterior e atual de uma escola, considerando: • Filosofia da instituição que representa e objetivos, em termos de trabalho e resultados pretendidos; • Expectativa de desempenho: principais dados anteriores, dados comparativos e resultados a serem atingidos; • Recursos e orçamento disponíveis; Planejar nada mais é do que programar antecipadamente o que pode acontecer, de acordo com uma visão bastante realista das situações anterior e atual de uma escola. 44 Supervisão escolar • Alunos e professores: quantidade, as qualidade e dificuldades por turma e período; • Estrutura disponível: materiais e equipamentos, laboratórios, ginásio, salas. • Sugerimos que leia os seguintes livros: VASCONCELOS, Celso dos S. Planejamento: Projeto de Ensino-Aprendizagem e Projeto Político-Pedagógico. São Paulo: Libertad, 1999. GANDIN, Danilo. Planejamento como prática educativa. São Paulo: Edições Loyola, 1986. Métodos e Técnicas de Planejamento na Educação O planejamento escolar é utilizado para resolver problemas, atingir metas e, em sua essência, melhorar os níveis da educação nas instituições escolares. Mas, como organizamos um projeto, como percebemos se estamos no caminho certo e como buscar atingir os objetivos com maior eficiência? Antes de entrar nas metodologias ou conceitos de como construir um planejamento, precisamos confirmar que o planejamento serve para (VALLEJO, 2002): • Confirmar a sua autonomia. Percebendo suas necessidades e, baseadas nestas, busca caminhos internos, locais e possíveis. Nesse sentido, Veiga e Fonseca (2003) descrevem que a autonomia se percebe nas: – Possibilidades, ou quais os mecanismos viáveis que irão transformar o ideal de autonomia em prática. – Nas capacidades, ou qual a qualidade técnica do pessoal envolvido, seu grau de compromisso e competência ético-profissional