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social”. As tendências de supervisão como contexto de controle baseada em Frederick Taylor e as tendências educativas de John Dewey, utilizadas até então, estavam dando passagem à educação transformadora, ou, quem sabe, à crítica da própria educação nos moldes em que estava sendo realizada. A função de Supervisor foi extinta, deixando a educação ainda mais desarticulada e sem os princípios pedagógicos (técnicas de ensino e currículo) e profissionais (formação continuada dos professores) que o supervisor anteriormente determinava. No final dos anos 1980, início dos anos 1990, nascem alguns novos conceitos e tendências pedagógicas. A palavra de ordem era transformação e essa ideologia se dispersa nos discursos dos responsáveis pela escola. A mudança de alguns paradigmas é necessária para se pensar em um novo modo de fazer educação. Novas filosofias educacionais foram adaptadas pelas instituições de ensino baseadas na formação para a cidadania. Escolas buscam referências em Freinet, Piaget, Vigotsky, Giroux, Foucalt, Gardner, entre outros, e especialmente em Paulo Freire para contextualizar suas práticas educativas em uma escola que está em ebulição. “A escola, nesse momento, é vista como lugar dinâmico, ativo, no qual os processos de ensinar e aprender são processos dialéticos e que dependem de todos os membros da comunidade escolar, instituindo, assim, que o professor, os alunos e, consequentemente, a supervisão escolar tem papel relevante para essa mudança” (MEDINA, 2002). Na década de 90 ressurge o debate sobre o valor da Supervisão, apontada como um dos instrumentos necessários aos processos de mudança nas escolas, Na década de 90 ressurge o debate sobre o valor da Supervisão, apontada como um dos instrumentos necessários aos processos de mudança nas escolas. A década de 80 foi marcada pelo ‘movimento crítico’ da Educação que apontou os ‘especialistas do ensino’, mais especificamente os supervisores, como responsáveis pelo insucesso escolar. 15 A Supervisão Escolar no Sistema Educacional Brasileiro: História, Conceitos, Características e FunçõesCapítulo 1 que, por sua vez, repetiam as mudanças sociais e políticas do país. Contudo, a educação como aparelho de um sistema político ainda enxerga, na figura do supervisor, um “mero intermediário na implantação de novas propostas curriculares amplamente divulgadas pelos órgãos oficiais” (RANGEL, 2000, p.47). Essa articulação era a principal realização do supervisor e somente nos anos 90, essencialmente após a LDB, a importância do cargo de supervisor foi colocada novamente em evidência e se começava a dissimular a ideia da gestão democrática nas escolas. De acordo com Maldonado (2003, p. 13), “O incentivo à participação dos profissionais na elaboração do projeto de ensino muda a configuração das relações de trabalho na escola baseada, até então, na concentração do poder e na centralização das decisões. A descentralização, dentro das escolas públicas, interfere diretamente na coordenação das ações e no planejamento”. Com isso, a combinação de tarefas estava finalmente determinada com a gestão democrática e a interação dos trabalhos com objetivos concretos e dirigidos. O conceito de gestão democrática trouxe a possibilidade da participação dos profissionais da educação pela condução das tarefas em busca de uma educação de qualidade. Mas, mesmo nos dias atuais, o desafio está em “como” e “por quê” trabalhar este ou aquele assunto ou programa, respeitando o currículo engessado pelo sistema nacional. Ou, ainda, como preparar as próximas gerações para serem cidadãos atuantes e críticos, uma vez que a sociedade ainda exige uma educação preparatória ao trabalho ou apenas a preparação para entrarem nas universidades, leia-se preparação ao vestibular. A história mostra isso e na própria história se buscam soluções para problemas atuais. Afinal, de acordo com Maldonado (2003, p. 16), A história, portanto, mostra incoerências e indefinições que interferem na ação supervisora dentro da escola, sobretudo na relação da supervisão com o professor. Da mesma forma que a supervisão, a atual organização do trabalho escolar também mostra características semelhantes àquelas que caracterizaram a escola dos anos 80. Apesar da existência dos Projetos Políticos Pedagógicos, os modelos organizacionais administrativos e pedagógicos atuais ainda têm se apoiado no material didático e em estratégias, que chegam às mãos dos professores, prontos para serem executados, desconsiderando-se as diferenças regionais, locais e específicas de cada escola. Uma equipe pensa e outra executa mantendo-se, desta forma, a fragmentação do processo educacional. Questões intrigantes e de difícil resposta. Porém as respostas para essas questões estão na cooperação de trabalhos entre os responsáveis pela educação O conceito de gestão democrática trouxe a possibilidade da participação dos profissionais da educação pela condução das tarefas em busca de uma educação de qualidade. 16 Supervisão escolar na escola. Essa articulação pretende proporcionar a educação de forma construtiva e ao mesmo tempo transformadora, que se considera a ideal. Para se chegar a este nível, a educação necessitava, e ainda necessita, de articulação entre os professores e alunos, entre os professores e a direção, ou entre a comunidade e a escola. FERREIRA, Naura Syria Carapeto. Supervisão educacional: uma reflexão crítica. Petrópolis: Vozes, 2007. Atividade de Estudos: Faça uma pequena comparação entre as tendências de supervisão como contexto de controle baseada em Frederick Taylor e as tendências educativas de John Dewey, Escreva aqui suas anotações: ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ 17 A Supervisão Escolar no Sistema Educacional Brasileiro: História, Conceitos, Características e FunçõesCapítulo 1 ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ O que é Supervisão Escolar? Conceitos e Definições A palavra supervisão é derivada do Latim supervideo, que significa visão superior, uma visão de cima para baixo (MICHAELIS, 2011). Visão de controle e de vistoria. Em termos de supervisão de pessoas, podemos concordar com Harries (1987), de que a supervisão é o processo pelo qual um trabalhador recebe a função da instituição de trabalhar com outro funcionário ou funcionários com o propósito de atingir certos objetivos organizacionais, profissionais ou pessoais que, juntos, promovem os melhores resultados para os