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4 2Resolução contratual_ rescisão indireta e justa causa

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Resolução contratual: rescisão indireta e justa causa  
O rompimento mais conflituoso de um vínculo de emprego ocorre por meio                       
da resolução contratual. Justamente porque nessa modalidade de extinção                 
do contrato, restará configurada a falta grave. A resolução contratual sempre                     
irá pressupor a presença da justa causa, seja por parte do empregado,                       
quando este será dispensado por justa causa; seja por parte do empregador,                       
quando este incorrer em falta grave. 
Dispensa indireta 
Conhecida também como rescisão indireta. Ela se configura na hipótese em                     
que o empregador comete uma falta grave a ponto de tornar insustentável a                         
relação de emprego.  
É denominada indireta porque a falta grave cometida pelo empregador dá o                       
direito ao empregado de rescindir o contrato de trabalho indiretamente por                     
culpa da empresa, sendo devidas todas as verbas rescisórias que faria jus se                         
tivesse sido dispensado sem justa causa. 
Porém, a única possibilidade do trabalhador comprovar a falta grave de seu                       
patrão e, consequentemente, a rescisão indireta, é por meio do ajuizamento                     
de uma ação trabalhista, na qual o juiz irá verificar, no caso concreto, se o                             
empregador cometeu falta grave a ponto de se tornar insustentável o                     
contrato de trabalho para o empregado​. 
 
Dispensa do empregado por justa causa  
Pena máxima a ser aplicada ao trabalhador, por isso é recomendável que as                         
empresas sejam cautelosas, imputando a falta grave ao empregado apenas                   
quando houver prova robusta da culpa.  
● A falta deve ser grave 
● A pena aplicada deve ser proporcional à falta cometida 
● Para cada falta deve ter uma penalidade, não sendo possível punir                     
duas vezes pelo mesmo ato 
● A penalidade deve ser aplicada imediatamente ao fato ocorrido, sob                   
pena de perdão tácito 
● Deve haver conduta dolosa ou culposa da parte que cometeu a falta 
 
É importante saber que nem todo ato é passível de dispensa por justa causa,                           
pois mesmo na hipótese do empregado incorrer em um falta grave, nem                       
sempre a ocorrência de um único fato ou a adoção de uma única conduta                           
poderá caracterizar a pena máxima: a depender da situação, será necessário                     
que o trabalhador incorra duas, três ou quatro vezes em uma falta a fim de                             
caracterizar a justa causa, casos como agressão uma vez basta. 
 
Sendo dispensado por justa causa, o empregado fará jus apenas às                     
seguintes verbas rescisórias:  
● Saldo de salário 
● Férias vencidas 
● Décimo terceiro 
● Salário vencido.  
Caso o trabalhador entenda que foi injustiçado, poderá ajuizar uma ação                     
trabalhista e requerer a reversão da justa causa, e caberá ao juiz analisar as                           
circunstâncias, na intenção de verificar se a empresa agiu ou não com abuso                         
de direito.  
 
Extinguir o contrato de trabalho por acordo.  
A Reforma Trabalhista (Lei nº 13.467/2017), além de introduzir uma nova                     
possibilidade de justa causa, previu ainda a possibilidade de extinguir o                     
contrato de trabalho por acordo.  
A intenção do legislador, ao criar a possibilidade de extinção do contrato por                         
acordo, foi a de servir de opção entre o “pedido de demissão” e a “dispensa                             
sem justa causa”.   
Nessa modalidade, o aviso prévio, se indenizado, e a indenização sobre o                       
saldo do Fundo de Garantia (multa de 40% do FGTS sobre os depósitos                         
existentes na conta do trabalhador) serão pagos pela metade. Além disso,                     
apenas 80% dos valores depositados de FGTS poderão ser movimentados, e                     
não será possível o acesso ao seguro desemprego, nos termos do artigo                       
484-A da CLT (BRASIL, 1943).

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