Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DISCIPLINA: TÉCNICAS PROJETIVAS I Professora: Lisiane Thompson Flores Período: 8º ============================================================================== Z-teste técnica de Zulliger - Forma Coletiva Histórico Hans Zulliger (1893-1965) – psicólogo suíço. Usou como experimentos de Rorschach com mancha de tinta. Amizade com Oskar Pfister. Junto com esses e outros autores fundaram a Sociedade de Psicanálise de Zurique. Segunda Guerra – usou a técnica de Rorschach na seleção de oficiais das Forças Armadas Suíças. Dificuldade – tempo de aplicação, 10 cartões aplicados individualmente. Começou a estudar formas de aplicação coletiva, com menos pranchas 1948 – técnica de aplicação coletiva em 3 Pranchas ou Cartões. No presente manual, o conceito de cartão é usado para aplicação individual e diapositivos ou figuras, como sinônimos para aplicação coletiva. Esse teste tem diferentes denominações: Z-teste; Teste Z; Teste de Zulliger. Presente manual usa Z-teste. Hans zulliger e sua técnica Hans Zulliger, nascido em 1893 e falecido em 1965, foi um dos psicólogos suíço que mais colaboraram, usando os experimentos de Hermann Rorschach com manchas de tinta feitas ao acaso, na avaliação da personalidade. Trabalhou com ensino secundário por muitos anos. Quando se preparava para o magistério teve seus interesses fortemente voltados para leituras sobre estudos psicanalíticos. Conforme Fritz Salomon, “ele foi o primeiro após se submeter à análise, a introduzir a psicanálise nas atividades pedagógicas”. A amizade com o pastor e psicanalista Oskar Pfister, contribui para que ele aos poucos fosse se desligando do magistério e se dedicando à psicanálise, tratando de pacientes adolescentes. Junto com Oskar Pfister, Emil Oberholzer, Hans Behn-Eschenberg, Walter Morghenthaler e Herman Rorschach, fundou a Sociedade de Psicanálise de Zurique. A convivência com Rorschach na Sociedade lhe propiciou condições para o estreitamento de vínculo de amizade e de troca de observações científicas. Segundo Salomon, “...provavelmente foi o único discípulo e amigo de Rorschach que o seguiu, elaborando e aperfeiçoando sua Técnica” (Salomon, in Zulliger e Salomon, 1968, p.4). O primeiro trabalho baseado em manchas de tintas feito por Zulliger, após a morte de Hermann Rorschach, ocorreu em 1932 investigando a criatividade e a integração humana. Em 1938 em coautoria com Hans Behn-Eschenburg, publicou o Bero (Behn-Rorschach Test). O Bero, que alguns autores chegaram a denominar de técnica paralela à de Rorschach, se constituiu igualmente de 10 cartões contendo manchas de tinta feita por acaso (manchas fortuitas), construído para aplicação em crianças e publicado pela Hans Huber. Na 2ª Grande Guerra, Zulliger sentiu necessidade de usar a técnica de Rorschach na seleção de oficiais das Forças Armadas Suíças. O fator tempo passou a ser a grande dificuldade. A aplicação individual do Rorschach com os 10 Cartões durava muito tempo. Início de 1942 passou às experiências com novas manchas de tinta em diversos grupos e amostras: Começou com seis manchas aplicadas a 600 pessoas; Posteriormente reduziu para quatro em 400 sujeitos; Concluiu o trabalho com um conjunto de três aplicadas em 800 pessoas. Fez a aplicação paralela deste conjunto com o Rorschach em amostra de 800 pessoas. Daí surgiu a técnica para aplicação coletiva em 3 dispositivos – Zulliger Diapositive-Teste (1948) e para a aplicação individual em 3 Pranchas ou Cartões – Der Zulliger-Tafeln-Test (1954). Ambas as versões, acompanhadas de manual, foram publicadas pela Hans Huber. As sucessivas publicações 1955, 1959 e 1962 atestam muito bem a receptividade desse instrumento de trabalho no campo das técnicas projetivas. O instrumento construído por Zulliger tem sido usado sob algumas diferentes denominações: Z-Teste pelo próprio autor (Zulliger 1948b), Maza (1952), Cordeiro e Güttler (1955), Zulliger e Salomon na pulbicação original (1962), Semeonoff (1990); Teste Z, a versão espanhola (Salomon, 1970) do livro de Zulliger e Salomon (1962), Macedo (1962), Xavier (1985), Morali-Daninos e Canivet (1986); Teste de Zulliger por, entre outros autores, Mahmood (1990) e Guerra (1977) A denominação que usaremos é Z-Teste e como explicativo Técnica de Zulliger. Usaremos os conceitos Cartões para aplicação individual e diapositivos ou figuras, como sinônimos para aplicação coletiva Z-teste, um teste ou uma técnica? Instrumento de avaliação da personalidade com base no psicodiagnóstico de Rorschach. Teste = é um meio instrumental através do qual se mede o que determinado produto tem, em se tratando de coisas, o que determinado sujeito é capaz de render ou desempenhar, em se tratando de pessoas, relativamente a um padrão previamente estabelecido Descrição O Z-TESTE Coletivo e Individual - Técnica de Zulliger, é uma técnica multidimensional na mensuração da avaliação da personalidade, com sua base no psicodiagnóstico do Rorschach. Apresentado em pranchas e CD para projeção, as manchas não estruturadas suscitam associações percepto-associativas nos examinandos, situações que de uma forma ou outra espelham o interno do examinando, seu modo de tomar decisão, suas tendências a determinadas atitudes, sua maneira de pensar e de sentir, assim como, suas relações interpessoais. O Z-Teste é uma solução para avaliar construtos psicológicos básicos: capacidade de desempenho, objetividade, ansiedade, depressão, controle geral e emocional, funcionamento do pensamento lógico, integração humana e outros aspectos da personalidade. É um instrumento adequado em avaliação psicológica no contexto organizacional, seleção e promoção de pessoal e concurso público. População: Adolescentes a partir dos 16 anos de idade e adultos. Aplicação: Coletiva, com grupos de até 30 sujeitos ou individual. Aplicação: Ambiente físico geral: A sala não deve ser muito larga nem grande. Ruídos e barulhos fortes nos corredores próximos à sala de testagem, circulação inadequada de ar e temperatura demasiadamente elevada, são fatores que podem prejudicar a a confiabilidade da técnica. No caso de a aplicação ser feita durante o dia é necessário que haja cortinas nas aberturas, a fim de que a sala fique adequadamente escurecida e assim os examinandos possam visualizar bem a imagem projetada na tela durante a aplicação. As mesas ou estantes individuais devem ser confortáveis e postas não muito próximas umas das outras. Os interruptores de luz devem funcionar de tal forma que se possa alternar luzes apagadas em toda a sala, com luzes acesas na parte dos fundos da sala, na fase de aplicação propriamente dita. Equipamento e material necessários: Conjunto de 3 dispositivos em bom estado e conservando as cores originais. Uma tela bem clara e que não forme abaulamento, com as dimensões de 1m e 60cm X 1m e 25cm. Quando se tratar de uma sala com parede lisa e bem clara dispensa-se a tela e se projeta cada imagem diretamente sobre a parede. Um projetor de diapositivos, colocado numa distância em relação á tela, de tal forma que não atrapalhe a visão dos examinandos, e a imagem projetada seja vista por ele com bastante nitidez. Folhas de aplicação. Folhas de mapeamento das localizações. Um quadro com giz, ou mesmo folhas de cartolina sobre cavalete, em que o examinador, durante as instruções, possa ilustrar como os examinandos devem proceder ao escrever suas verbalizações. Canetas esferográficas. Número de examinandos na sala Os examinandos devem saber escrever. Pessoas com problemas de visão para a leitura à distância podem ficar prejudicadas. O número de examinandos na sala não deve ultrapassar 35. Os examinandos devem se sentar num ângulo tal em relação à tela que a imagem percebida não sofra distorção visual. A primeira fila de examinandos deve se sentar à distância de 2 metrosda tela e a última fila à distância de no máximo 12 metros. PESSOA AUXILIAR Recomendável um pessoa auxiliar para apagar e acender as lâmpadas, distribuir as folhas, assim como para ajudar no trabalho em qualquer emergência, etc. APLICAÇÃO A aplicação se divide em 4 fases: 1. “rapport”, 2. instruções, 3. verbalização e 4. mapeamento das respostas. 1. RAPPORT Conversa simples, informal, estimulada pelo examinador a fim de que os examinandos se descontraiam, sintam-se bem com a pessoa do examinador, confiem no seu trabalho e assim possam ser espontâneos nas verbalizações do teste. 2. INSTRUÇÕES “Nós vamos projetar na tela algumas figuras. Elas não têm forma precisa, são manchas feitas ao acaso. A sala ficará escura por alguns instantes (30s) enquanto a imagem fica projetada sobre a tela. Cada um de vocês procure fixar a atenção sobre a imagem projetada fazendo a pergunta a si mesmo: o que essa imagem me lembra, o que ela me sugere? Pode ser no total da figura, no centro, dos lados, à vontade. Não se preocupem com acerto nem com erro. O que cada um imaginar está bem! Em seguida serão acesas algumas lâmpadas dos fundos da sala, de tal forma que cada um poderá escrever o que imagina. Trata-se de um teste de imaginação. É importante que cada um deixe a imaginação fluir naturalmente e que escreva tudo que a figura sugere, tudo que a figura lembra! Ao escrever na folha cada um procure observar que ao lado esquerdo, na foilha, se escreve o NOME do que está sendo lembrado e sugerido e em seguida procure COMENTAR aquilo que está sugerido. A coluna COMENTE corresponde ao inquérito na aplicação individual. Convém explicar bem, esclarecendo como cada examinando deve fazer seu comentário, tendo naturalmente todo o cuidado para não induzir o examinando a dar este ou aquele determinante. 3. VERBALIZAÇÃO Ao perceber que todos entenderam a instrução – apagar as luzes e projetar o diapositivo I sobre a tela. Passados 30 seg, acender as luzes do fundo e pedir para os examinandos escreverem. Passados 5 min. incluindo os 30 seg. o examinador pede: “favor traçar uma linha horizontal de fora a fora na folha, após a última frase que foi escrita”. Retira o diapositivo I. Após todos terminarem, projeta o diapositivo II, seguindo o mesmo procedimento do anterior. Depois o diapositivo III. 4. MAPEAMENTO DAS RESPOSTAS Terminada a fase de verbalização o examinador pede que coloquem de lado o conjunto de folhas em que cada um escreveu o que viu nas figuras; lembra que não devem acrescentar mais nada ao que foi escrito nesta folha. Pede que sejam acessas as luzes. Inicia-se então a fase de mapeamento das respostas. É feita a entrega da folha de mapeamento de respostas, uma para cada examinando. Solicita-se a cada um que indique a área da figura onde viu o que escreveu na primeira fase, contornando na folha de localização a área onde se situa o que cada um imaginou e que está escrito à esquerda das folhas (1ª parte): Marcar a área com um contorno e com uma seta, escrever o nome do que foi lembrado, imaginado ou sugerido. Projeta o diapositivo I e só deve projetar o II quando notar que todos terminaram de mapear as respostas do primeiro, e assim também proceder com a projeção do terceiro. As lâmpadas podem ficar acesas durante toda esta fase. Convém, no final, pedir que aqueles que já se submeteram a esse mesmo teste, acrescentem no cabeçalho: “já fiz esse teste há….meses ou …ano(s)”. Este procedimento poderá ser útil ao psicólogo no fechamento da avaliação, no que tange a possível efeito testagem-retestagem nas respostas do examinando. Entendemos que o intervalo testagem-retestagem inferior a um (1) ano, pelo fato de ser muito curto, pode interferir na confiabilidade dos dados. Outras recomendações Evitar circular na sala de aplicação. O examinador deve procurar conduzir o trabalho, desde os primeiros contatos com os examinandos, num clima de amizade e descontração adequadas. Ao terminar a testagem, quando o examinador pergunta “se gostariam de dizer alguma coisa ä mais”, é bastante comum os examinandos procurarem saber “para que serve o teste”? Uma resposta que geralmente satisfaz ao axaminando é que se trata de um teste, que avaliado em conjunto com a entrevista psicológica e os demais testes serve para avaliar as condições gerais de personalidade. DIAPOSITIVO I DIAPOSITIVO II DIAPOSITIVO III CLASSIFICAÇÃO DAS RESPOSTAS Foi adotado o sistema Bruno Klopfer, desde 1966. RESPOSTA - R Mais importante categoria na classificação das verbalizações expressas por uma pessoa no Z-Teste. Resposta é uma ideia, um conceito, expressando um conteúdo identificado e particular, vinculado diretamente à determinada área-estímulo do diapositivo. Ex: Besouro – total da mancha do Diapositivo I A pessoa dá configuração, dá forma à mancha que lhe é proposta como um estímulo difuso, não organizado, não estruturado, atribuindo-lhe um nome, ou seja, um conteúdo com características e peculiaridades. Não se considera resposta um comentário feito sobre o Cartão, sobre o examinador, uma pergunta, uma exclamação, ou uma expressão de admiração, de susto ou coisa semelhante feitos pelo examinando. Exemplo: Diapositivo I – “Este é mais difícil” ; Diapositivo II – “Não gostei disso!” Diapositivo III – “Esse foi mal feito.”; “Por que o psicólogo procura complicar tanto a vida da gente com esses manchas”. Tais comentários, críticas, apreciações, depreciações, etc... São elementos que poderão ser levados em consideração na integração dinâmica e compreensão diagnóstica da pessoa, porém não como um dado quantitativo: Resposta. Podemos dizer que a Resposta, no Z-Teste, atende à pergunta que tecnicamente se faz, o que viu o examinando na figura ou na área da figura do diapositivo? Cada resposta é classificada quanto a: a) Localização - onde a pessoa localizou o que viu; b) Os Determinantes – o que a levou a ver tal conteúdo; c) Conteúdos – o que ela viu; d) Fenômenos Especiais – verbalizações mais difíceis de serem quantificadas. Exemplo: “É difícil explicar”!, “Horrível isso”!, “É complicado isso...”. Os três primeiros grupos constituem os dados quantitativos, básicos de maior consistência para a interpretação, enquanto que o quarto grupo, são elementos qualitativos, que dependendo do caso são muito importantes na compreensão dinâmica da personalidade do examinando. a. LOCALIZAÇÕES Denominam-se localizações as áreas da mancha projetada na tela em que o examinando situa a resposta verbalizada. Em função das áreas, as respostas podem ser classificadas em 3 grandes categorias acompanhadas ou não de espaço branco (S): 1. Globais – codificadas como G, GS, SG. DG. DGS etc... 2. Detalhes Comuns que levam como código, D, DS, SD 3. Respostas de detalhe incomum classicamente Dd, Dds, SDd e que, segundo Klopfer, dividem- se em quatro subcategorias, igualmente acompanhadas ou não de Espaço branco (S): a) Detalhe raro (dr); b) Detalhe diminuto (dd); c) Detalhe interno (di) d) Detalhe externo (de) ou de borda 1. GLOBAL - G Classifica-se G uma resposta englobando toda a figura, toda a mancha, acompanhada ou não de espaço branco (S). Ex: Diapositivo I: “Vejo um morcego” contornado pelo examinando no total da mancha. Não é necessário que o examinando inclua o branco do meio (entre as manchas) para que se considere a resposta como global. A inclusão do branco pelo sujeito, permite ao examinador a classificação GS ou SG, conforme veremos quando tratarmos do espaço branco (S). GLOBAL CORTADA - GCORT A global cortada foi introduzida por Klopfer, dizendo que “assim se classifica quando o propósito usa pelo menos dois terços da mancha na verbalização de uma resposta, sem contudo globalizar” (Klopfer, 1952, p.78). Entendemos eclassificamos como global cortada aquela resposta que incide no mínimo em dois terços da mancha, não atingindo a completa globalização, e cuja incidência estatística seja inferior à razão crítica de 1/22, ou seja, inferior a 4% (detalhe incomum) GLOBAL ELABORADA, CONFABULADA, CONTAMINADA Classificam-se, quantitativamente como DG e em alguns casos como G. Na coluna dos Fenômenos Especiais acrescenta-se Elaboração, ou Confabulação, ou Contaminação. Global Elaborada: É um tipo de global que ocorre quando o examinando inicia a verbalização a partir de um detalhe, segue coordenando o pensamento na organização coerente de uma resposta bem trabalhada, de boa qualidade, abrangendo no final toda a mancha. Ex. Diapositivo III – “de um lado (área escura à direita) uma bailarina, do outro lado outra bailarina” (aponta para a área escura à esquerda) estão dançando num palco iluminado de lâmpadas vermelhas”. A classificação desta resposta é DG na coluna localização e Elaboração na de fenômenos especiais. Global Confabulada: Trata-se de uma global de má qualidade. A global confabulada reveste-se, pelo menos temos observado, de significado não favorável em termos de saúde do examinando. A resposta é construída a partir de um detalhe da mancha e encerrando-se numa percepção global, porém caracterizada por fantasia e divagação verbal; É uma global em que, normalmente, o sujeito inicia o processo de verbalização num detalhe e segue como que montando uma “estória”, usando de imaginação fantasiosa em torno do que segue falando. Ex. Diapositivo III – “Vejo duas pessoas num lado e outras duas no outro; chegaram primeiro duas, depois as outras duas...são do outro mundo, trabalhando e conversando sobre alguma coisa que estão programando... Uma veio de um lugar desconhecido e a outra não sei de onde. Tem ideias espetaculares...As pessoas são assim... se encontram... planejam...vão e voltam na conversa...o mundo é assim....muito plano, muita conversa e por ai vão...”. Classificamos DG como localização e Confabulação como fenômeno especial. Global Contaminada: É uma resposta em que o examinando inicia a verbalização a partir de um detalhe da mancha, tenta integrar detalhes que vai percebendo, só que de forma absurda. Incoerente e ilógica. Se ficarmos atentos para tal tipo de verbalização, poderemos observar que muito embora dissociadamente, o sujeito estaria percebendo separadamente em tais detalhes, conteúdos que seriam vistos como comuns pelas demais pessoas. Acontece que em torno da desagregação do pensamento em que o sujeito entra, ele tenta integrar tais elementos, não o conseguindo adequadamente, caindo numa espécie de síntese ilógica e absurda. Ex. Diapositivo II – “Dois touros, uma floresta e dois touros brigando no céu... Houve uma disputa entre dois homens e dois touros. O início foi no sul, foram subindo pelas florestas até em cima... Daí subiram até o céu no branco. Os homens ficaram por cima e ganharam a luta lá no céu”. Na realidade, touros nas áreas marrons, árvores nas áreas verdes e pessoas na parte superior são respostas comuns a estas áreas, vistas como conteúdos distintos, separados um do outro; a tentativa que a pessoa faz, de junção ou de integração dos conteúdos é porém ilógica. Classificação: DG como localização e Confabulação como fenômeno especial. ESPAÇO BRANCO - S Por espaço branco (S) se entende o uso do branco pelo examinando, quer apontando ou verbalizando a resposta numa área branca do diapositivo, quer quando a resposta dada ou o comentário incida sobre o branco, quer quando o examinando fala sobre o branco, integrando-o ao conteúdo verbalizado. Ex. Diapositivo II – área branca central “Vejo aí uma espinha dorsal”. Diapositivo I – “Isso é uma máscara com uns furos brancos no meio”. Ou quando o conteúdo é localizado na área branca sem o examinando falar sobre o branco. Ex. Diapositivo I, nos dois brancos: “Dois olhos”. Nas respostas situadas em área de mancha com a inclusão do espaço branco das bordas externas ou do meio da mancha (branco intersticial), o S deve ser entendido como um combinatório à resposta do grupo de globais, ou dos detalhes comuns, ou dos incomuns e, consequentemente, deve ser registrado como GS, DGS, Gcort S, DS, drS, etc. Não vemos porque a classificação de S como categoria diferenciada. Nos casos, em que a resposta se situa simplesmente no branco da figura, e é comum a frequência do conteúdo nesta área, p.ex. na área central branca do Diapositivo II, área intermediária do vermelho – “uma coluna vertebral”, registramos DS; se porém, a área em que for localizado o conteúdo não é de frequência comum, classificamos S combinado como detalhes incomuns (drS, Sdr, deS, Sde. ddS Sdd etc.). Classificamos, pois, o espaço branco, S, não como uma categoria específica de localização mas sempre como combinatório ou associativo às localizações dos três grupos (globais, detalhes comuns e detalhes incomuns). ESPAÇO BRANCO ENFATIZADO – SG, SGCORT, SDG, SD, SDd Registra-se S anteriormente à área a que vem associado (SG, SDG, SGCort, SD, Sdr etc.) quando na verbalização da resposta o examinando demonstrou preocupação com o branco, isto é, repetindo-o várias vezes na resposta, detendo-se em comentários apreciativos, depreciativos ou críticos sobre o branco. Vejamos alguns exemplos de Globais com S enfatizados e não enfatizados. GLOBAL ASSOCIADA AO ESPAÇO BRANCO – GS: É a resposta dada no conjunto de mancha com interpretação do espaço branco. O examinando inclui o branco, sem contudo enfatizar a percepção do branco, como no exemplo, Diapositivo I: “Um morcego no céu bem claro”. GLOBAL COM S ENFATIZADO – SG: Não basta que o examinando iniciar a resposta a partir do branco – apontando para essa área é indispensável que o examinando demonstre preocupação, através da repetição, comentários demorados sobre ela. Ex. no total do Diapositivo I: “Uma máscara no céu”. Na coluna prevista para comentário do examinando, aplicação coletiva: “horrível esta máscara por causa dos furos que tem, como se fossem buracos; horríveis esses furos”. Cabe nesta classificação SG, uma vez que a resposta englobou a mancha e o examinando demonstrou ênfase sobre o branco. GLOBAL INICIADA POR DETALHE COM A INCLUSÃO DO BRANCO INTERMEDIÁRIO – DSG É uma global em que o sujeito inicia a verbalização a partir de um detalhe da mancha, inclui o espaço branco intermediário e conclui globalizando uma resposta só. Exemplo Diapositivo II, na área vermelha superior. “O sol nascendo e árvores”. Comentário: “O sol vem nascendo, aos poucos vai projetando claridade sobre as árvores verdes, sobre o vazio do meio (branco intermediário) e o terreno mais em baixo”. Classificação: DSG, como localização. Pelo processo de elaboração na construção da resposta, resultando numa global de boa qualidade, classificamos como fenômeno especial, global elaborada. 2. DETALHE COMUM - D Segundo Rorschach “as D são detalhes que mais se evidenciam em virtude da distribuição das figuras no espaço da prancha…são, a grosso modo, as respostas mais frequentes”(Rorschach, 1922, ed.bras. 1967, p.41). 3. DETALHE INCOMUM - DD Dd – classificam-se nessa categoria aquelas respostas em determinada área numa frequência inferior a 4,5% do total das respostas nesse Cartão, ou seja, abaixo da razão crítica de 1/22. Iremos classificar os detalhes incomuns, segundo Klopfer. DETALHE DIMINUTO - dd Quando a resposta se situa numa área muito pequena da mancha, normalmente nas extremidades externas, como se pudéssemos dizer “naquelas extremidades finas das manchas”, “nas pontas muito finas das manchas”. Exemplo Diapositivo II, áreas situadas nas pontinhas laterais, das áreas marrons inferiores: “uns fiozinhos de bigode”. DETALHE EXTERNO - de Quando o sujeito usa apenas a borda da mancha para aí verbalizar um conteúdo.Exemplo Diapositivo I, na borda lateral esquerda: “Uma encosta”. Comentário: “Na parte de fora uma encosta por onde pode se subir”. DETALHE INTERNO - di Quando o examinando seleciona uma parte interna da mancha e aí verbaliza um conteúdo. Comumente, em tal situação, o sujeito detém-se em comentar minuciosamente o interior dessa área selecionada, analisando o interior do conteúdo verbalizado. No Z-Teste forma coletiva não temos observado a presença de detalhe interno, somente no Teste Rorschach. Teoricamente, no entanto, é possível acontecer. Detalhe inibitório - do Detalhe Oligofrênico. Tornou-se esta denominação pelo fato de nas experiências de Hermann Rorschach, ter aparecido, na época, em pessoas diagnosticadas como oligofrênicas. O que caracteriza uma resposta de DO, o fato de o sujeito perceber parte de uma pessoa (pernas, cabeça, ombro), sem ver a pessoa inteira, comumente percebida pelas demais pessoas. Por exemplo, nas áreas escuras do Diapositivo III o que é frequente ocorrer é o examinando verbalizar duas pessoas e não apenas “Cabeças de gente”, “Pernas de pessoas”, “Braços de uma pessoa” sem as pessoas inteiras com cabeça, pernas, perna. DETALHE RARO - dr Resposta dada numa área pequena ou relativamente grande e que não se enquadre nos critérios dos detalhes incomuns dd, di, de e DO. Detalhe incomuns combinados com espaço branco A combinação do espaço branco com os detalhes incomuns ocorre nas respostas em que o examinando verbaliza um percepto em área da mancha que corresponde a um dr, dd, de, di, DO e que são vistas associadamente com o espaço branco ou localizadas no branco S não enfatizado, e S enfatizado conforme a preocupação que o examinando demonstre com o branco. A codificação passa a ser drS, ddS, deS, diS, DOS ou Sdr, Sdd, Sde, Sdi, SDO. b. DETERMINANTES Foi usado pro Hermann Rorschach para identificar, numa verbalização, quais fatores psíquicos levaram ou determinaram o examinando a dar essa ou aquela resposta. Rorschach parecia atribuir aos determinantes a expressão de algo estrutural da personalidade. Os determinantes mobilizam não apenas a maneira como são captados os perceptos, mas a mobilização dos engramas do mundo interno do examinando pelas manchas, ou seja, são a expressão da memória viva das experiências passadas e projetadas pelo examinando sobre as manchas. São a expressão do modo como o examinando estabelece a relação entre o mundo externo através das manchas e o seu mundo interno. Podemos concluir que enquanto a localização indica a área do Cartão onde o examinador situa o conteúdo verbalizado, o determinante responde à questão: o que há no Cartão, que, mobilizando as funções psíquicas, determina, isto é, leva a pessoa examinando a dar essa ou aquela resposta? FORMA E CRITÉRIOS PARA F+, F- E F± Consideramos como determinantes Forma, (total de F+, F- e F±) o conteúdo baseado em sua forma, com um conceito particularizado, com suas peculiaridades formais na mancha, sem nenhuma combinação com ação, cor, textura e sombreado. FORMA DE BOA QUALIDADE – F+ Quando a resposta se enquadra em um dos dois critérios seguintes: 1. Quando a resposta dada é considerada comum pela área em que está localizada e encerra um conteúdo com forma simples, isto é, sem nenhuma combinação com cor, preto/cinza/escuro, movimento e sombreado, quer o examinando descreva o formato quer não o descreva. Exemplo: Diapositivo II, área D1: “dois touros”. Não foi feito comentário. Classificação: D (como localização), F+ (como determinante), A (como conteúdo). Na mesma área: “Vejo dois touros”. Comentário: “dá para se notar bem o formato da cabeça, das patas e do corpo”. Classificação: D, F+, A 2. Quando o examinando emite a resposta levado simplesmente pela forma e o conteúdo se situa numa área que não é comum naquela figura, mas ele caracteriza bem este conteúdo, descrevendo-lhe o formato e o configurando-o na área. Exemplo, no Diapositivo II: “Esquilo”. No Comentário o examinando explica: “Tem patas, cabeça e corpo perfeito de um esquilo”. Classificação: dr F+ A. Não se trata de uma resposta comum nesta área, entretanto o examinando descreve bem a forma do conteúdo verbalizado e em consonância com o modo como a área selecionada da mancha se apresenta. FORMA DE MÁ PERFORMANCE – F- Quando a resposta de forma pura se enquadra em um dos três critérios: 1. Forma confusa e vaga: quando na resposta, o conteúdo é percebido com forma simples, porém confusa e vaga; dá para se observar que o próprio examinando, sente dificuldades para descrever e mesmo objetivar o conteúdo verbalizado. Ex. No Diapositivo II: “uma coisa que não dá para saber bem”. No inquérito: “É uma coisa assim parecida. Floresta não é, seria qualquer coisa assim, não dá para ver bem”. Há por parte da pessoa confusão e falta de clareza em perceber, caracterizando e particularizando o conteúdo. Às vezes, a pessoa que está sendo examinada tem dificuldades para se expressar. Classificação: G, F- PI (pelo fato do examinando ter feito referência a floresta). O examinador deve procurar uma maneira de buscar a explicação, com cuidado para não induzir o examinando, usando o modo mais simples e adequado de perguntar, pedindo que procure explicar a fim de que o examinando possa entendê-lo bem. 2. Forma combinada com Fenômenos Especiais comprometedores. Pode ocorrer numa resposta em que o conteúdo, percebido somente pela forma, vem associado a um mais dos fenômenos especiais: contaminação, confabulação (ou confabulização), ideia de auto referência, ideia de referência e resposta de posição (PO). Ex. Diapositivo I: “Uma pessoa (área escura) cujos braços se desprenderam e estão parados do lado; elas estão mortas ao redor de quatro caixões com 4 buracos (4 espaços brancos do meio)”. Trata-se de uma resposta DGS, Contaminação como fenômeno especial, (partiu de detalhe, conseguiu globalizar a resposta incluindo o branco não enfatizado, só que de forma não-lógica; não apareceu outro determinante combinatório à forma; viu apenas o formato; devido à contaminação, classifica-se F-. A classificação completa da resposta, portanto é: DGS, F-, H Contaminação. Diapositivo III: “Duas bonecas, são iguaizinhas às minhas…: uma é maior, outra é menor e o mundo tem dessas coisas, grandeza, minoria…bonecas não falam. Paradas porque não conseguem mais viver… o mundo as tornou assim”. Vê-se que o examinando, ao perceber o conteúdo, foi determinado pelo formato simplesmente. Ocorrem aqui dois fenômenos especiais: A confabulação (conta uma história em torno de duas bonecas que está vendo) e uma ideia de auto referência, ao se reportar a elas como sendo iguais às de sua propriedade, ou seja, refere-se a conteúdos como pertencentes a si próprio. Classificação: F_ como determinante; D F- (H) Confabulação, Ideia de auto referência, é a classificação completa da resposta. A resposta de posição, ocorre quando uma pessoa, verbaliza uma resposta levada pela posição em que um conteúdo se encontra em relação ao outro e vice-versa, explicando o formato de um, pela posição em que está na relação com o outro, e descreve o formato do outro pela mesma razão, só que de forma inversa. Diapositivo II: “Dois pulmões”. Comentário: “nesses dois vermelhos dos lados, dois pulmões. O do lado direito porque está deste lado oposto ao esquerdo e o do esquerdo porque está do lado oposto ao primeiro”. Não foram as características formais e peculiaridades dos pulmões que levaram o examinando a ver pulmões, mas a posição em que o primeiro se encontra em relação ao segundo e o segundo em relação ao primeiro. Há forte pobreza de discriminação perceptiva nesta resposta e por isso classifica-se: D F- At PO. 3. Resposta de Forma Abstrata: Quando se trata de uma resposta com conteúdo abstrato e que não vem acompanhado de nenhum determinantecombinatório (movimento, cor, sombreado, preto e branco). Ex. Diapositivo I: No total “felicidade”. Comentário: O examinando não acrescenta nenhuma expressão compatível com qualquer determinante combinatório, resta-nos classificar como determinante Forma pura, no caso: G F- Abst. FORMA DUVIDOSA - F± Aquele conteúdo verbalizado na resposta, cuja forma não está bem clara para o examinando na sua maneira de perceber nem na sua maneira de se expressar. Às vezes o conteúdo é visto numa área em que comumente é dada essa resposta, vem verbalizado com forma simples, mas o examinando por si mesmo tira a precisão formal do que está vendo. Outras vezes, vê dois perceptos na mesma área, ficando logo em seguida em dúvida se são dois ou um só. Ex. Diapositivo I: “Um besouro”. Inquérito: “Besouro ou inseto”. Na folha do mapeamento das respostas indicou com uma seta só, caracterizando bem que se trata de uma só resposta. Qualquer desses dois conteúdos é bastante frequente nesta figura. O examinando ficou em dúvida, ele retirou a precisão formal do conteúdo. Classifica-se: F± AS EXPRESSÕES: ‘PARECE”, “LEMBRA” E A PRECISÃO DA FORMA Estas expressões podem não indicar necessariamente dúvida sobre o conteúdo. Isso as pessoas muitas vezes fazem, até por vício e estereotipia de linguagem e conversação normal. Ex. Diapositivo I (área global): “Um morcego”. Comentário: “Parece um morcego, tem forma de morcego”. A experiência, o domínio da técnica, além do bom senso, por parte do examinador, são elementos muito importantes nessas situações para classificar como F+ a forma. MOVIMENTO HUMANO Inclui-se dentro da Categoria de Movimento Humano, todo conteúdo que expresse pessoa em movimento, em ação, que o conteúdo humano seja percebido pelo sujeito em ação verbalizado como tal. Movimento humano de boa performance – m+ Todas as respostas que o examinando verbaliza uma figura humana inteira em ação, quer a ação seja de deslocamento (correndo, etc..), quer de extensão (em ação com braços, etc..), quer a ação seja de postura ou flexão (olhando, respirando…). Ex, Diapositivo III (áreas vermelhas laterais inferiores): “Duas crianças”” . Comentário: “Uma cena em que vejo duas crianças brincando de pula-pula”. Classificação: D M+ H. Movimento humano de tipo secundário – m- Movimento de má qualidade carcateriza-se por respostas do seguinte teor: 1. Quando a resposta é de conteúdo de detalhe humano percebido em ação. Ex. Diapositivo I (DS9 – dois pontos brancos menores na parte superior da mancha): “Dois olhos”. Comentário: “Dois olhos de pessoa braba”. Devido à ação de postura (braba) classifica-se M- , DS M- Hd 2. Nos casos de resposta de conteúdo humano, mesmo visto como figura inteira, mas com descaracterização do humano, como: humano mitológico (figuras lendárias), monstros, com maior conotação expressa pelo examinando, de gente, fantasmas humanos, caricaturas, etc…. Vistos em movimentos, em ação. Diapositivo I (dr6 – detalhe intermediário superior): “Um fantasma”. Comentário: “tipo humanóide, a maneira de caminhar é de gente, mas tem algo de monstro que não agrada, que afasta crianças e pessoas grandes”. Classificação: dr M- (H) 3. Qualquer resposta de conteúdo humano em ação, acompanhada de um ou mais dos fenômenos especiais, confabulação, contaminação, idéia de auto-referência, idéia de referência e resposta de posição (PO). Ex. Diapositivo II (na área vermelha superior): “São duas crianças”. Comentário: “conversando e se acariciando. Elas falam sobre um passeio espetacular com música, festa, danças e diversões de outra paragens, num palco iluminado e flutuante…”. Há na resposta dada pelo examinando, graças ao processo imaginativo fantasioso, tendência a contar uma estória, caracterizado por um processo associativo-perceptivo confabulatório. Classificação: D (localização M- (determinante) Movimento humano duvidoso - m± Respostas cujo conteúdo figura humana vista por inteiro, mas em que o examinando tem dúvida se está em movimento ou não, ou seja, quando a pessoa não chega a definir bem se o percepto é visto em movimento humano da pessoa inteira, de modo bem claro. Ou conteúdos humanos vistos por inteiro, mas o examinando manifesta dúvida se é uma pessoa do mundo real ou imaginário: “Uma dança”. No comentário: “Pessoa ou bruxa…não dá para ver bem…numa dança”. Classificação: M± Movimento animal - fm Caracteriza-se esse determinante por se tratar de uma resposta de conteúdo animal visto em ação, quer de deslocamento, quer de postura. Classifica-se FM sempre que o conteúdo verbalizado é animal inteiro ou um detalhe de animal em ação vital. É importante que o conteúdo animal ou o detalhe esteja sendo visto pelo examinando, em ação. É necessário que ele expresse a ação. Critérios para o registro de fm: a. Quando o sujeito se refere à percepção de um animal inteiro ou de um detalhe animal, em movimento. Ex. Diapositivo I, no conjunto: “Um morcego voando”; classificação, pelo fato de o animal estar sendo visto em deslocamento, pela sua força vital: FM. No Diapositivo II, áreas inferiores: “Dois touros, Touros brigando”. Classificação: FM. Não classificamos FM como determinante, na seguinte resposta dada na mesma área: “Dois touros”. No comentário o examinando explica que “os dois vinham correndo um em direção ao outro e agora estão parados”. Falta na verbalização do examinando a ação continua dos touros; não estão, agora, correndo, logo não cabe a classificação FM. b. Assim como ocorre com conteúdos humanos em movimento de postura (flexão, classifica-se FM quando o conteúdo animal está em preparação para uma ação, aplicando-se aqui o princípio do movimento de postura animal. Ex. Diapositivo I, no total da mancha: “Duas águias pousadas, prontas para voar, estão pousadas numa árvore, com os pés bem apoiados sobre os galhos, em posição de que vão voar”. Diapositivo I (D7): “Uma cabeça de animal parado, olhando alguma coisa”. Classificação para os dois exemplos: determinante FM, verbalizações olhando, respirando, dormindo, esperando em conteúdos animais, são expressões que permitem a classificação movimento de postura animal, FM c. Em conteúdos animais, porém com alguma carcaterística humana, humanóide, espiritualizada ou antropomórfica em ação. Nota-se que deve predominar na verbalização do examinando a conotação animal em ação. Tal tipo de resposta aparece em verbalizações onde são vistos: animais em estátuas, fossilizados, com alguma coisa de figuras lendárias, mitológicas. Ex. Diapositivo II (D1 – áreas marrons inferiores): “Dois animais pré-históricos”. No comentário, o examinando explica que “Sào mais parecidas com dois animais préhistóricos, brigando, horríveis, grandes e feios; têm cara, corpo, cabeça e braços de animais. Não seriam dois animais reais que a gente vê, é um animal de outras esferas”. d. Também se classifica FM quando o conteúdo é visto como animal, em reação ou atitude própria de pessoas com alguma característica de pessoa, mas o examinando dá mais destaque aos aspectos animais do conteúdo verbalizado. Exemplo de conteúdo animal descaracterizado em ação no Diapositivo II (D3 – área vermelha superior): “São dois ursinhos se namorando, encostando os focinhos, comunicando-se e se acariciando, como se fossem gente, por causa do namoro”. Classificação: D FM (A) MOVIMENTO INANIMADO – Fm, mF e m Fm - Classificam-se aquelas respostas em que o conteúdo está sendo visto em movimento, em ação não vital humana ou animal, isto é, movido por forças física, mecânicas, químicas ou abstratas. Se o conteúdo é verbalizado com forma definida, ou seja, se o examinando caracteriza, singulariza o conteúdo e o precebe em ação, o determinante assume a classificação de Fm. Ex. Diapositivo II (drS5 – área do pequeno espaço brancocentral): “Um avião subindo”. Classificação: D Fm Ojesp. Classifica-se mF quando o percepto é visto pelo examinando em movimento inanimado, mas o canteúdo não é expresso com forma definida. Ex.,apenas com a “impressão de…”, “pode ser que…”, “parece” (como expressão de dúvida. Classifica-se mF sempre que o examinando manifesta dúvida ou incerteza quanto ao que seja realmente em ação não vital. Ex. Suponhamos o mesmo conteúdo do exemplo anterior, se fosse expresso pelo examinando assim, “algo parecido com um avião, só que não sei se é um avião ou outro objeto subindo”. Classificação: drS mF Objesp. CLASSIFICAM-SE m AS RESPOSTAS CARACTERIZADAS POR AÇÃO, COM: a. Conteúdo abstrato, sem nenhuma forma definida. Ex. Diapositivo II, conjunto da figura: “Dança de cores, alegria pela dança das cores”. “As cores em luta, numa guerra. É um ataque feito a cores”. Classificação: G m Abstr para a primeira e para a segunda resposta. b. Conteúdo disfórico, isto é, todo conteúdo visto em difusão, o qual por si só, não teria forma, como por exemplo, líquido sem nenhuma associação a recipiente ou a algo com forma (água, sangue, mercúrio…), nuvem, fumaça, fogo, etc. Ex. Diapositivo I: “Há uma nuvem, do outro lado outra, elas estão se encontrando, sendo levadas pelo vento”. Classificação: como determinantes nessa respostas m, pois trata-se de um conteúdo disfórico em movimento por forças físicas, da natureza. Classificação DG, como localização, pelo fato de a resposta ter sido construída a partir de um detalhe da figura seguida de outras da área até a configuração de toda a mancha; m pelo fato de se tratar de um conteúdo disfórico (totalmente) em ação e Natureza como conteúdo. COR CROMÁTICA Os diapositivos de Zulliger se caracterizam por dois aspectos fundamentais na constituição das manchas: 1. Os estímulos coloridos de vermelho, verde, marrom e seus respectivos matizes (Diapositivo II e parte do III) por um lado; 2. Por outro lado os acromáticos, os não coloridos: preto, cinza, escuro (Diapositivo I e parte do III). Segundo Rorschach: Estímulos do mundo externo = Cores cromáticas Sistema emocional retraído para o próprio sujeito = Cores Acromáticas. Considera-se resposta ou conteúdo de cor cromática quando o examinando emite a resposta levado, em seu processo de percepção, pelo colorido. O examinando integra o colorido da mancha ao conteúdo verbalizado. A seguir as categorias desse grupo de determinantes: COR EM FORMA PRECISA E BEM DEFINIDA - FC Classifica-se aqui um conteúdo visto com forma definida, como colorido e que sua cor seja compatível com a da área de localização dessa resposta. É necessário que o examinando caracterize o conteúdo, particularizando-o como tal, e que haja compatibilidade entre a(s) cor(es) do conteúdo e a(s) da área onde foi localizada a resposta. Ex. Diapositivo III (D1 – detalhe vermelho central): “Uma borboleta. Dessas da primavera, colorida”. A área é vermelha e borboleta vermelha existe ou pode existir na realidade. COR COM FORMA IMPRECISA, NÃO BEM DEFINIDA - CF São consideradas aquelas cujos conteúdos são percebidos como coloridos, em área também colorida, mas sem que o examinando consiga precisar o formato. São as respostas em que a pessoa, sendo levada pela cor emite um conteúdo sem poder (por razões emocionais) identificar bem seu formato. A forma é vaga, confusa. Ex. Diapositivo II (áreas verdes laterais): “Duas coisas verdes”. Na coluna reservado a comentário: “São umas coisas verdes, não sei bem do que se trata”. Na realidade pode-se aceitar que existam coisas verdes, há compatibilidade entre cor de área e de conteúdo, o examinando não particularizou o conteúdo, falta a precisão formal. Classificação: D CF Coisas Condições especiais que requerem como classificação - cf 1. Quando se trata de uma resposta de conteúdo gasoso, líquido e difuso – conteúdos disfóricos - , mas que, para o examinando, está assumindo o formato de alguma coisa, embora não bem definida; se a área é colorida e há compatibilidade de cor. Ex. Diapositivo II, no total: “Uma nuvem no total branco que é céu”. Comentário: “dando a idéia nas pontes (áreas verdes) de folhagem com muitas cores, cores muito variadas”. Nessa situação, a percepção do examinando é basicamente de um conteúdo disfórico, tomando forma de folhagem; na realidade o que está sendo visto não é uma folhagem colorida; é a disforia da mancha que leva o examinando a essa resposta. 2. Em respostas cujo conteúdo é visto e verbalizado com forma definida, mas que esta associada a sangue. Ex. Diapositivo III (D2 – área vermelha central): “São dois pulmões ensanguentados”. N Diapositivo II (D5 – vermelho inferior): “Uma vagina manchada de sangue”. Em tais respostas, a forma está bem definida, e em combinação com a cor, entretanto, se registrássemos FC, estaríamos não valorizando a tendência a descontrole das reações emocionais que o conteúdo sangue indica. A classificação FC, como indicador de adequado controle sobre as reações emocionais estaria prejudicando a avaliação. De forma que a classificação CF, para tais conteúdos, parece mais adequada do que FC. 3. Quando a resposta é dada numa área colorida, com a expressão: mancha de tinta ou mancha colorida, ou manchas coloridas de alguma coisa. Achamos que há tentativas do examinando de dar forma ao conteúdo. Ex. Diapositivo II, no total da figura: “Manchas de tinta”. No comentário o examinando explica: “são só manchas de tinta coloridas”. Classificação: G CF Manchas COR ARBITRÁRIA – F/C E C/F Ocorre num conteúdo visto pelo sujeito como colorido, mas que na realidade não se trata de uma cor autêntica mas de colorido artificial que levado a efeito por processo, quer de laboratório, quer de imagem fotográfica, passa a se convencionar como tal. Tipo mapa, carta topográfica e imagem rádio ou fotografadas vistos com ou pelo colorido. Quando ocorrem são localizadas em áreas coloridas, ou seja, no Diapositivo II ou nas áreas vermelhas central e laterais do número III. Se o conteúdo tem forma clara e definida classifica-se F/C, se a forma não é clara e precisa assume a classificação C/F. Exemplos: Diapositivo II (área D4): “Dois rins”. Comentário: “É a radiografia colorida de dois rins”. Referiu-se ao colorido não pela cor natural do tecido dos rins mas pela cor convencional e artificial do processo de coloração da imagem. Classificação: D F/C AT. Se por acaso na resposta dada o sujeito não tivesse precisado o tipo de conteúdo visto, se rins ou órgão a classificação seria: D C/F At. COR FORÇADA – F-C E C-F Trata-se de outra subclassificação que surgiu das inovações de Klopfer dentro da técnica do Rorschach. O examinando atribui ao conteúdo uma cor que este realmente não tem, levado pelo estímulo da mancha; Ou atribui à mancha uma cor (cromática) que ela não tem, levado pelo conteúdo que verbaliza. Ou seja, há um forçar de cor. Também se denomina de cor forçada quando o sujeito perceptualiza um conteúdo que, na realidade, tem uma cor e ele o verbaliza com expressão cromática não compatível com a cor da mancha. Ex. Diapositivo I (D1): “Uma folha”. “Folha verde forte”. O diapositivo é acromático; folha verde, na realidade, existe. O que acontece é que está havendo incompatibilidade da cor do conteúdo verbalizado com o escuro da mancha. O examinando especificou o conteúdo, uma folha e não qualquer coisa vaga ou duvidosa. Classificação: D F-C PI. Se o conteúdo fosse verbalizado com dúvida: “como se fosse uma folha verde, não tenho certeza”, o determinante seria C-F. COR PURA - C Denomina-se de cor pura aquele determinante correspondente à resposta em que há compatibilidade entre o colorido da área e o conteúdo verbalizado, sem forma. Ex. Diapositivo II (no total): “Cores”. Comentário: “Muitas corese bonitas”. Cores são vistas como um conteúdo, numa área colorida. Classificação: G C Cores Também se consideram respostas de cor pura: conteúdos tipos disfóricos, já expostos anteriormente quando tratamos de movimento inanimado, líquido, nuvem, fogo, etc., vistos como coloridos em áreas de manchas coloridas. Ex. Diapositivo III (D2 – áreas vermelhas laterais): “Sangue”. Comentário: “sangue vermelho, escorrendo”. Estão presentes na resposta os determinantes Cor pura (C) que é o mais enfatizado pela pessoa examinanda, movimento inanimado (m) e sombreado disfórico – conteúdo em estado líquido (K), a classificação, é portanto: D C1/2m, K Sangue. COR DESCRITA - Cdesc O sujeito diante de uma mancha colorida, por se perturbar e não conseguir organizar seu processo de percepção objetiva da realidade, simplesmente descreve as tonalidades das cores, detém-se em descrever as nuances de cor. Ex. Diapositivo II (D1): “Cor marrom”. Comentário: “percebe-se um marrom mais claro e que pouco a pouco tem a tonalidade mais forte”. Classificação: D Cdesc Cores. COR SIMBÓLICA - Csimb O examinando diante do estímulo cromático desencadeia seu processo perceptivo, levado pela cor de que se serve para a expressão simbólica de alguma coisa. Ex. Diapositivo II (área D2): “Bons augúrios”. Comentário: “O verde é sinal de bons futuros, esperança”. Classificação: D Csimb Abstr COR NOMEADA OU NUMERADA - Cn O sujeito, sentindo-se emocionalmente perturbado, como será visto na interpretação, não conseguindo coordenar seu pensamento lógico, com objetividade e precisão, simplesmente nomeia ou enumera as cores que visualiza. Trata-se de uma resposta de cor pura e que via de regra, quando aparece, chama atenção do examinador, como indicador de possível comprometimento emocional. Ex. Diapositivo II: “Três cores”, “Marrom, vermelho e verde”. Classificação: G Cn Cores COR ACROMÁTICA – FC’, C’F, C’ FC’ – Consideram-se respostas de cor acromática aquelas em que o sujeito é levado pelo preto, escuro e cinza do estímulo para expressar um conteúdo visto por ele, como preto, escuro e cinza. Se esse conteúdo verbalizado é manifesto com forma definida. Ex. Diapositivo I (no total): “Um inseto”, “Inseto preto”. Classifica-se: G FC’ A. C’F – Se o conteúdo não tem forma bem explicitada e o examinando se refere ao acromático no percepto, em área acromática como preto, escuro ou cinza. Ex. Diapositivo III (D1): “Pessoas ou extraterrestre”. Comentário: “Não dá para precisar se pessoas deste planeta ou de outro qualquer, sei que estão vestidas de preto”. Classificação: D FC H1/2(H) (Conteúdos humano H em principal e humano descaracterizado [H] pelo fato de a pessoa examinanda não ter se definido por um ou por outro, a classificação mais adequada quanto ao conteúdo é a alternativa principal/adicional. C’- Se o conteúdo não tem forma nenhuma e o examinando se refere ao acromático no percepto, em área acromática como preto, escuro ou cinza sem tentativa de dar forma. Ex. Diapositivo I (no total): “Cores” Comentário: “só vejo cores pretas, nada mais”. Codifica-se G C’ Cor Preta SOMBREADO Se caracteriza pelo fato de o sujeito perceber o conteúdo, levado pela sombra deste conteúdo projetada nas mais variadas dimensões. Existem três tipos de classificação: Sombreado Radiológico, Sombreado Perspectiva e Sombreado Textura. SOMBREADO RADIOLÓGICO – Fk, kF, k Expressa a ideia do “sombreado da impressão de espaço tridimensional”. São perceptos captados pelo examinando em radiografias, cartões de transparência ou mapas geográficos e que, embora deem a impressão de serem vistos em profundidade pelo tridimensional da imagem, da foto, ou do negativo de filme, na realidade ocorrem indicando que está havendo uma percepção tridimensional (o negativo) num plano bidimensional (a transparência, inserida na qual é percebida a imagem). Fk – resposta cujo conteúdo for percebido através de mapa, transparência, radiografia, foto, filme e for visto como forma definida. EX. Diapositivo I (D1 – área escura): “Pulmões. Comentário: “A radiografia de dois pulmões”. Classificação: D Fk At. Ex. Diapositivo III (D5): “Um mapa”. Comentário: “Mapa contendo duas ilhas, da Irlanda no meio do branco que é o mar”. Classificação: DS Fk Geo. kF – Forma não for bem definida. Ex. Suponhamos as duas verbalizações acima, só que sem a especificação de pulmão e se não fosse explicado de que tipo de ilhas seriam. Ex. Diapositivo I (D1 – área escura): “Pulmão” Comentário: “Dá idéia de pulmões, muito vagamente”. Classificação: DS kF AT. Ex. Diapositivo III (D5): “Um mapa”. Comentário: “Mapa como se fosse de ilhas desconhecidas, no mar por causa do branco”. Classificação: DS kF Geo. k – Respostas em que o sujeito é levado pelo sombreado tridimensional em plano bidimensional e não consegue dar forma alguma de conteúdo. Em pessoas consideradas normais raramente ocorre. Ex. Diapositivo III (D4) : “Uma radiografia”. Comentário: “Radiografia simplesmente”. O examinando não consegue falar outra coisa a não ser “uma radiografia”, simplesmente se refere a isso, não conseguindo dar forma alguma de conteúdo visto em radiografia. Classificação: D k Raio X. SOMBREADO PERSPECTIVA – FK, KF, K São respostas que envolvem sempre a percepção através da imagem tridimensional com base no sombreado projetado em profundidade, em perspectiva. São conteúdos vistos numa relação sujeito com o espaço e imagem, sempre num plano visual tridimensional. Expressões comumente usadas: “lá embaixo”, “bem ao longe”, “atrás disso”, “bem ao fundo” e outras semelhantes. FK Quando é dado um conteúdo visto em profundidade, forma definida. Ex. Diapositivo II (D6): “Uma casa com árvores atrás”. Comentário: “Uma casa japonesa tendo dos lados mais atrás duas árvores verdes”. Ocorrem dois elementos que o levam a dar a resposta, a terceira dimensão em que a casa se encontra em relação às árvores (FK) e o colorido das árvores (FC), sendo que o mais enfatizado é FK, e como tal classifica-se como determinante principal. Classificação: D FKêFC Arq. KF Quando se trata de um conteúdo, visto em perspectiva ou profundidade e que assume apenas alguma ideia de forma. A forma do conteúdo não fica bem caracterizada. Ex. Diapositivo I (no total): “Umas nuvens”. Comentário: “Nuvens tomando forma de duas pessoas”. Classificação: G KF Nuvem Todo conteúdo disfórico, quer venha combinado com outro determinante, quer não, recebe K como determinante específico e próprio. Ex. Diapositivo II (D2 – áreas vermelhas laterais): “Fogo no alto, caindo”. Comentário: “São fogo caindo do alto, em duas faíscas vermelhas”. Classifica-se dois determinantes, K o que considera-se próprio do conteúdo disfórico, m pelo fato de o mesmo conteúdo estar sendo visto em ação inanimada, sem forma e C pelo colorido sem forma nenhuma. Não houve ênfase por parte do examinando sobre m nem sobre C, logo pode-se classificar como determinante principal K, por ser o determinante próprio de um conteúdo disfórico. Classificação: D Kêm, C Fogo. SOMBREADO TEXTURA - Fc, cF, c Se caracteriza pela percepção do sujeito quanto ao conteúdo pela sombra projetada sobre a superfície, percebendo o conteúdo sob a sensação de superposição de camadas. É como se ele visse o conteúdo em plano bidimensional projetando a sombra sobre a superfície. Os examinandos associam sempre ao conteúdo a ideia de algo com superfície e as expressões: suave, macio, fofo, áspero, rugoso e semelhantes. Além disse é frequente a “fricção com as pontas do dedo” sobre as áreas da mancha onde estão sendo localizados os conteúdos verbalizados pelo sujeito, configurando-se assim um legítimo processo de percepção tátil. Fc – quandoo conteúdo com textura é descrito com forma definida. Ex. Diapositivo I (D1 – no total): “Um casaco”. Comentário: “De seda, pelas malhas macias”. Classificação: D Fc Hobj cF – quando tal tipo de conteúdo em sombreado sobre a superfície tem forma vaga. Ex. Diapositivo II (D1): “Como se fosse um terreno”. Comentário: “Ideia não muito clara de um terreno muito arenoso, revestido de areia”. Classificação: D cF Nat. c : Quando o conteúdo é verbalizado pelo examinando sem forma, de espécie alguma. Ex. Diapositivo I (no total): “Uma pelugem”. Comentário: “Pelugem, só”. Não está especificado de que poderia ser a pelugem, nem há descrição nenhuma a mais sobre o conteúdo verbalizado. Classificação: G c Pelugem VÁRIOS DETERMINANTES NA MESMA RESPOSTA Cada resposta recebe uma classificação para: Localizações: Principal/Adicional Determinantes: Principal/Adicional Conteúdos: Principal/Adicional Fenômenos Especiais Se há mais que um determinante, ou conteúdo na mesma resposta, aquele que foi mais enfatizado pelo examinando é registrado na coluna principal, ao passo que os demais vão para a coluna adicional. Regra Básica: Havendo mais que um determinante na mesma resposta, registra-se como principal aquele que chamou mais a atenção do examinando, aquele que aparece por primeiro na sequencia da verbalização, ou é o mais repetido. Quando ocorrem dois ou mais determinantes na mesma resposta a) Movimento humano (M) leva prioridade sobre todos os demais; b) Os cromáticos (FC, CF, F-C, C-F, F/C, C/F, C, Cn, Cdesc., Csimb) levam prioridade sobre os outros, menos M, c) Sombreado Textura (Fc, cF) sobre os demais, menos M e Cromáticos. d) Forma (F=, F-, F±) leva prioridade sobre os demais, menos M, Cromáticos e Sombreado Textura. e) Movimento Animal (FM) tem prioridade sobre os outros, exceto, M, Cromáticos, Sombreado Textura e F. f) Movimento Inanimado (Fm, mF, m) tem prioridade sobre os demais, exceto M, Cromáticos, Forma, Sombreado textura e FM. g) Cores Acromáticas (FC’, C’F, C’) levam prioridade apenas sobre os Sombreados Radiológicos e Perspectiva/Profundidade. h) Sombreado Radiológico (Fk, kF,k) não leva prioridade sobre outro determinante. CONTEÚDOS Conteúdo se entende o que foi verbalizado, o que foi percebido, como algo específico e que será registrado de acordo com sua categoria. O conteúdo responde à pergunta: o que viu o examinando na resposta dada? Elementos, em que se inclui: terra, água, fogo e que podem significar: falta de elaboração e preocupação ligada mais diretamente às coisas. Fragmentos: em que estariam conteúdos fragmentados, rochas, nuvens, coisas rasgadas e que podem ser interpretados como comuns em pessoas que gostam de generalizações, que tem medo de se comprometer no que fazem ou pensam. Geográficos: onde se situam os conteúdos: ilhas, lagos, cartas topográficas, costas marítimas a que a autora atribui como interpretação: figa e intelectualização. Botânica para plantas, flores, e que ela interpreta como sendo comum em pessoas como “gosto pela natureza, eufóricas”. Paisagens, montanhas, jardins, a indicar desejo de fuga e afastamento. REFERENCIA Vaz, C. E. (2000). A técnica de Zulliger no processo de avaliação da personalidade. Em: J. A. Cunha, Psicodiagnóstico-V (5a ed., pp. 386–398). Porto Alegre: ArtMed.
Compartilhar